quarta-feira, 26 de maio de 2021

'Exército' de Bolsonaro é o da sua milícia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Editoriais e analistas políticos, nos jornais, repetem o evidente: Jair Bolsonaro aposta num golpe, na ruptura do que resta das estruturas democráticas do país, como forma de continuar no poder.

Até Edson Fachin, que até há pouco legitimava todo a qualquer atropelo da Lava Jato, passou a dizer que, “se concedermos” no “mínimo essencial” da democracia, “não haverá Judiciário amanhã”.

A questão é que – apesar dos generais que pensaram cavalgá-lo quando o empurrá-lo para o poder e que descobriram tornarem-se, ao contrário, suas cavalgaduras – as Forças Armadas e, muito especialmente, o Exército, não serão pontas de lança de uma aventura golpista.

O Exército Brasileiro, apesar de todo o sabujismo que desenvolveu em relação a ele, não é o que ele chama de “meu” exército.

A escalada de mortes e a CPI da Covid-19

Editorial do site Vermelho:


O alarmante número de óbitos pela Covid-19 no Brasil, que atingiu 450 mil, nesta segunda-feira (24), infelizmente pode ser registrado como mais uma cifra na escada do morticínio decorrente sobretudo da irresponsabilidade do governo Bolsonaro. As projeções são de que, mantida a vacinação lenta, agravada pelo relaxamento das medidas de prevenção e isolamento social, essa escalada poderá chegar a 750 mil óbitos até o fim de agosto.

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terça-feira, 25 de maio de 2021

O ato unitário #600ContraFome

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (26), em Brasília, todas as centrais sindicais brasileiras e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem o grosso dos movimentos sociais, realizam um ato nacional em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, “por vacina no braço e comida no prato”. A hashtag do ato é #600ContraFome.

Em nota à imprensa, os organizadores desse primeiro grande protesto de rua em plena pandemia explicam o motivo: “O povo brasileiro está passando fome e a redução do valor e do alcance do auxílio emergencial, um crime cometido pelo governo federal, levou essa situação ao extremo".

Um carguinho para o irmão de Carla Zambelli

Por Altamiro Borges

Além de se empenhar na tropa de choque bolsonarista, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) também se dedica a cuidar da família. A imprensa informa que seu irmão acaba de arrumar um empreguinho no Ministério de Agricultura. Ele ganhou um cargo de confiança com salário de R$ 10,3 mil mensais.

Nas eleições municipais de 2020, Bruno Zambelli disputou uma vaga de vereador em São Paulo pelo PRTB, mas teve um desempenho pífio. De nada adiantou a campanha feita pela irmãzinha midiática. Agora, porém, ele foi nomeado chefe de gabinete da Secretaria Especial de Assuntos Fundiários.

Bolsonaro torra R$ 545 mil em ato fascista

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (24), o Brasil atingiu a marca de 450 mil mortos por Covid-19. A nação segue atrás somente dos EUA em número de óbitos pela doença. Enquanto isso, o "capetão" Jair Bolsonaro faz aglomerações com recursos públicos, como no macabro passeio de motos deste domingo (23) – que lembrou o fascista Benito Mussolini na Itália.

Segundo o site UOL, "o aparato montado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro para garantir a segurança dos participantes do passeio de moto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) custou aos cofres públicos do estado ao menos R$ 545 mil". E este foi apenas um dos itens de gasto no ato fascista.

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Poesia, mentiras e covardia na CPI

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O escritor alemão Bertolt Brecht (1898-1956) ficou conhecido como um dos mais importantes dramaturgos do século 20, autor de Vida de Galileu, Mãe Coragem e seus filhos e Círculo de giz caucasiano, entre dezenas de outros trabalhos para o palco. Todos sabem da imensa força política de seu teatro. Sua poesia não fica atrás. O lirismo dos poemas não é menos cortante que os diálogos de suas peças. Para um homem que foi político em todos os momentos, talvez a maior força estivesse exatamente nos versos. Não há palavra mais necessária do que aquela que joga luz sobre a retórica do poder.

Barbárie a serviço do capital

Por Antônio Augusto, no site Carta Maior:


No seu depoimento à CPI o general Pazuello empenhou-se em mentir, omitiu evidências, tudo para livrar a própria responsabilidade, e de seu chefe, Jair Bolsonaro.

Uma passagem mostrou-se reveladora: segundo o general, Bolsonaro não usa máscaras, promove aglomerações, por tratar “a parte do psicossocial”, pois como presidente “tem que ver todos os prismas”.

O “psicossocial” significa botar o povo para trabalhar como se não houvesse pandemia.

Que importam centenas de milhares de mortes?

Isolamento social, ou qualquer medida de saúde pública, passaram a ser vistas como “crime” pelo governo. Nada de testagem em massa da população. Vacinas não foram compradas, e sim rejeitadas. Quem as tomasse, segundo Bolsonaro, “poderia virar jacaré”, “mulheres criariam barba”. Fez-se campanha contra o uso de máscaras, “coisa de maricas”.