domingo, 6 de fevereiro de 2022

Preconceito que maltrata e mata

Por Cida Pedrosa, no jornal Brasil de Fato:


Um relatório apresentado na última semana de janeiro pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra) confirmou que, apesar dos avanços, o Brasil ainda é o país mais perigoso do mundo para uma pessoa trans viver. Foram 140 homicídios em 2021, mantendo a triste marca de país que mais mata essas pessoas no mundo.

E o mais chocante é que essa barbaridade é motivada por puro preconceito. Diferentemente do que ocorre em casos de violência doméstica contra mulheres, quando os agressores geralmente são os namorados ou companheiros, 73% dos criminosos não tinham qualquer relação com a vítima.

Moro recebeu R$ 811 mil de CNPJ “dublê”

Charge: Adnael
Por Henrique Rodrigues, na revista Fórum:

Na ânsia de mostrar lisura em suas contas e bens, o ex-juiz Sergio Moro pode ter se complicado.

O antigo chefe da Lava Jato, como ele mesmo se autointitulou, divulgou uma nota fiscal de sua empresa referente a um serviço de consultoria prestado ao escritório Alvarez & Marsal.

A relação do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro com a firma que trabalha com recuperação judicial de empresas quebradas em ações comandadas por ele mesmo no passado tem sido investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), está virando alvo de ações na Justiça e até de um pedido de CPI na Câmara dos Deputados.

Mas o que havia de errado na nota apresentada pelo pré-candidato à Presidência pelo Podemos?

A empresa que aparece na nota fiscal emitida por Moro, que pagou por seus serviços “referentes ao mês de fevereiro de 2021” a bagatela de R$ 811.980, é identificada como Alvarez & Marsal Consultoria em Engenharia Ltda, com CNPJ 28.092.933/0001-75.

Céu midiático está mudando

Na economia, Moro repete Bolsonaro e Guedes

sábado, 5 de fevereiro de 2022

A bolsonarista RedeTV afunda no ibope

A ação de grupos neonazistas na Ucrânia

Como a mídia vai atuar nas eleições de 2022?

Os interesses dos EUA no conflito na Ucrânia

Foi golpe “político” o impeachment de Dilma

Economia solidária e trabalhador de APP

Bolsonaro deve radicalizar para manter base

100 anos da Semana de Arte Moderna

TCU pode bloquear os bens de Moro?

Militares baixam a bola. Será?

Moro é um indigente intelectual

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

A "deforma" trabalhista na berlinda


Prometendo geração de emprego, prosperidade e competitividade econômica, governo e Congresso, com decisivo apoio da mídia comercial, impuseram à sociedade brasileira a Lei 13.467, de 2017. Na prática, a tal reforma eliminou garantias dos empregados, dificultou seu acesso à Justiça e enfraqueceu suas entidades representativas.

Passados quatro anos e meio de sua aprovação, finalmente entra em pauta a necessidade premente de rever a legislação e resgatar regras civilizatória nas relações capital-trabalho, meta que obviamente enfrentará resistência ideológica do ultraliberalismo, hoje à frente da gestão econômica do país - e, mais uma vez, dos veículos de comunicação hegemônicos.

#JustiçaPorMoïse

Ilustraçao: Artivistha
Editorial do site Vermelho:


A bárbara morte de Moïse Mugenyi Kabagambe provocou um luto nacional espontâneo. Ao conhecer seu martírio, brasileiros e brasileiras foram de imediato da perplexidade à indignação, tamanha a crueldade com que a vida do jovem trabalhador congolês foi ceifada.

Moïse fazia “bicos” no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Por um dia de serviço – como ajudante de cozinha e garçom –, recebia R$ 100. Não bastassem as precárias condições de trabalho, o dono do quiosque deixou de pagá-lo. Após dois dias sem receber, Moïse exigiu o pagamento da dívida, mas foi vítima de uma emboscada. Quatro homens agrediram o trabalhador até a morte.

Foi golpe, afinal!

Charge: Latuff
Por Eliara Santana, no Jornal GGN:


Numa velocidade de dar inveja a Rubinho Barrichello, o presidente do TSE e ministro do STF, Luís Roberto Barroso, reconhece, afinal, que as tais “pedaladas fiscais” não foram mesmo o motivo do golpe, camuflado de impeachment, contra Dilma Rousseff em 2016.

Agora que Inês é morta, que a Lava Jato se desintegrou, que Sergio Moro derrete, que o Brasil está afundando mais que a cratera do metrô em São Paulo, o representante do Iluminismo no Brasil, o ministro que mais aparecia no JN para falar bem do funcionamento das instituições e da Lava Jato, finalmente reconhece que pedalada fiscal foi uma historinha idiota inventada pelos grupos de poder – com a mídia e o judiciário integrando o núcleo fortemente – para tirar o PT do governo, não apenas Dilma.

O bolsonarismo matou Moïse Kabagambe

Ilustração: Crisvector
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Há um detalhe, e que detalhe, que passa quase encoberto nas abordagens sobre o assassinato do congolês Moïse Kabagambe no Rio. É o detalhe político que merece ser posto ao lado da questão do racismo.

O detalhe começa pelo fato de que todos ali são parte do que já se chamou de a ralé brasileira. Começando pela vítima, que é na verdade um brasileiro desde os 14 anos. São 10 anos de Brasil. Ele não veio sozinho, veio com a família.

As imagens do espancamento mostram que não há personagens de uma elite clássica como algoz nesse episódio. Não há ali ninguém da elite branca. Isso está claro no vídeo, não precisa ir buscar detalhes no histórico de cada um.

Nenhum deles poderia ser definido como o capitão do mato que conhecemos. Os assassinos são o que a gíria brasileira definiria como chinelões.

STF, anula a farsa!

Charge: Carol Cospe Fogo
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Não é preciso ser exímio constitucionalista ou notório especialista em Direito para saber que “perda de sustentação política” jamais poderia fundamentar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, eleita em outubro de 2014 com 54.501.118 votos.

Qualquer pessoa com a menor capacidade de discernimento e que leia e releia cada um dos 250 artigos da Constituição da República e cada um dos 82 artigos da Lei 1079 de 1950 – que define os crimes de responsabilidade –, não encontrará a “perda de sustentação política” como um dos fundamentos constitucionais e legais para a promoção do impeachment.

Quando o ministro da Suprema Corte Luis Roberto Barroso confessa que “o motivo real” para o impeachment da presidenta Dilma foi “a perda de sustentação política” e não “a justificativa formal das denominadas ‘pedaladas fiscais’”, ele reconhece a ocorrência de uma fraude jurídica.