sexta-feira, 15 de abril de 2022

O militar na berlinda

Charge: Kleber
Por Manuel Domingos Neto

A campanha eleitoral, oficialmente, não começou, mas o brasileiro não pensa em outra coisa.

A maioria não decide o voto a partir de avaliação de programas partidários. Temas como a recuperação da capacidade do Estado de impulsionar a economia, garantir educação de qualidade, cuidar da saúde, estimular o desenvolvimento científico e tecnológico, conduzir a política externa, proteger o meio ambiente e assegurar a defesa militar pouco dizem a quem não tem como se alimentar e morar decentemente, encontrar emprego e proteger-se da bandidagem.

Mortes no campo cresceram 75% em 2021

Charge: Verde
Por Altamiro Borges

Levantamento parcial do relatório “Conflitos do campo”, divulgado nesta semana pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) – entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) –, aponta que as mortes em decorrência da violência rural cresceram 75% no ano passado. Segundo o site UOL, o documento completo será divulgado na segunda-feira (18).

Segundo os dados preliminares, foram registrados 35 assassinatos em 2021, contra 20 em 2020. Foi o maior número de mortes desde 2017, quando o país contabilizou 71 casos. “Essa é a 36ª edição do documento, que é lançado anualmente pela CPT e se tornou a mais importante publicação a contabilizar violência e mortes no campo no país”, ressalta o site.

Bolsonaro destrói as políticas públicas

Charge: Laerte
Editorial do site Vermelho:


Os três primeiros anos do governo Jair Bolsonaro (PL) foram de retrocessos gravíssimos nas políticas sociais, agravando ainda mais uma tendência já em curso desde o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff (PT). É o que aponta o estudo “A Conta do Desmonte – Balanço Geral do Orçamento da União”, elaborado pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) e divulgado nesta segunda-feira (11).

Muito embora a pandemia de Covid-19 tenha forçado o governo a ampliar os investimentos na Saúde, o saldo do bolsonarismo é desfavorável até nessa pasta. No geral, as áreas sociais sofreram não apenas com cortes no orçamento – mas, acima de tudo, com o desmonte de ações e programas.

'Armadilha evangélica' custará caro ao Brasil

Charge: Debocheria
Por Fernando Brito, em seu blog:


Ninguém se espante se Jair Bolsonaro sair de Bíblia na mão em seus comícios.

É aquilo a que se agarra e só o que tem para propagandear-se: o salvador da “moral” no Brasil, embora sob uma saraivada de evidências de que o “não roubarás” não é exatamente um mandamento em seu governo.

O resultado da pesquisa PoderData, que baixou a cinco pontos a vantagem de Lula no primeiro turno e a nove a mais no segundo é o primeiro depois do final de semana.

Insuflados pelos bolsonaristas, milhares de cultos neopentecostais exploraram no domingo passado a desastrada forma com que Lula expressou a sua preocupação com a questão do sistema de saúde frente ao aborto. Foi justamente a partir do domingo que a pesquisa foi aplicada.

Petro é a fé em uma Colômbia humana

Por Leonardo Wexell Severo


“Nos somamos com o Pacto Histórico, com Gustavo Petro e Francia Márquez, por uma proposta de vida, por um instrumento de mudança social, política e econômica”, afirmou o reverendo Luis Fernando Sanmiguel, pastor da Igreja Comunidade Esperança, de Bogotá. Nesta entrevista, o coordenador do programa Comunidades de Fé Teusaquillo Território de Paz, espaço que trabalha pela pacificação integral na Colômbia, Sanmiguel denunciou o “sistema de morte excludente, que é preciso confrontar e extirpar”. “Para quê? Para fazer em justiça e liberdade uma proposta de vida que é mais próxima do que a conclamamos como o reino de Deus”, enfatizou. O reverendo organiza para a próxima semana um encontro dos religiosos com Petro e Francia, em que debaterá temas como industrialização, emprego, renda, direitos, saúde e educação.

Sanções: armas de destruição em massa

Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


É comovente ver a sensibilidade da mídia ocidental e brasileira em relação às vítimas ucranianas da presente guerra.

Praticamente todos os dias surgem denúncias estridentes, até agora não efetivamente comprovadas por investigações independentes, de atos de “genocídio” e de hediondos “crimes de guerra” supostamente cometidos pelas forças russas.

A cada manifestação grandiloquente de Zelenski, ex-palhaço e atual arlequim geopolítico, todos se derretem em irrestrita e acrítica solidariedade, ao mesmo tempo em que exigem, aos berros, novas sanções e ações contra os “demônios russos”. Só faltam pedir uma jihad nuclear contra Putin e o “cancelamento” de Dostoievsky e Tolstoi.

Duas novidades dos trabalhadores

Foto do site Agência Sindical
Por João Guilherme Vargas Netto


A primeira novidade, auspiciosa, nos vem dos Estados Unidos com a vitória dos trabalhadores da Amazon ao criarem, pela primeira vez na empresa, seu sindicato local em Nova Iorque.

Naquele país, em algumas situações, o sindicato na empresa somente pode ser criado depois que uma votação dos trabalhadores o aprovar por maioria.

Estas eleições são muito disputadas e as empresas exercem a maior pressão para derrotar a vontade de sindicalização dos trabalhadores.

Na Nissan, em Carton, no Mississipi, por exemplo, alguns anos atrás, quando a campanha do sindicato dos metalúrgicos contou até com a presença solidária de companheiros brasileiros a empresa “doou” um automóvel aos trabalhadores para votarem com ela e contra o sindicato e venceu.

Venezuela adota novo imposto sobre o dólar

Queda no Paquistão teve influência dos EUA?

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Urgência da CPI do MEC para cutucar a ferida

Bolsonaro e as muitas formas de matar

A prótese peniana dos militares

O dramático segundo turno na França

Exploração sexual e sociedade do espetáculo

Damares Alves xinga ministro do STF

A desestruturação do mercado de trabalho

Uma vergonha chamada Forças Armadas

O último suspiro da Lava-Jato

Inflação é o ponto mais fraco de Bolsonaro