domingo, 19 de junho de 2022

Os fracassos dos generais de Bolsonaro

Por Moisés Mendes, em seu blog:

A elite militar que trabalha para Bolsonaro pode ter feito, pela avaliação de entendidos, boas gestões de quartéis e de planejamento tático e estratégico das suas atividades estritamente castrenses.

Mas essa elite fracassou, e fracassou muito, quando se meteu em áreas que nem os marechais e generais e seus gênios civis da ditadura dominavam.

Os generais fracassaram junto com as missões do Brasil em nome da ONU no Haiti. Fracassaram com Braga Netto na intervenção militar no Rio.

Fracassaram com o desastre de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde e fracassaram com Hamilton Mourão no comando da Amazônia.

Os generais fracassaram já no lançamento, em 2020, do que deveria ter sido o Programa Pró-Brasil, apresentado como um arremedo dos planos desenvolvimentistas da ditadura.

Esses são os militares do entorno de Bolsonaro, muitas vezes vistos não como subalternos do sujeito, mas como seus tutores desde o início do governo.

À memória de Bruno e Dom

Ilustração: Vaccari
Por Cristina Serra, em seu blog:


O dossiê “Fundação Anti-indígena”, organizado pela INA (Indigenistas Associados) e pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), expõe com profusão de detalhes e documentação, como a Funai, sob Bolsonaro, se transformou numa máquina de guerra contra os povos indígenas.

A estrutura do órgão está a serviço de uma política de extermínio, que impede novas demarcações, facilita a invasão dos territórios e a implantação de atividades predatórias e criminosas. O dossiê também mostra as perseguições contra funcionários que tentam resistir ao projeto de etnocídio, como foi o caso de Bruno Pereira.

O banditismo em territórios indígenas

Bruno Pereira com indígenas. Foto: reprodução
Por Jeferson Miola, em seu blog:


“A perda do Bruno hoje seria exatamente a perda de um grande embaixador de relação com os povos indígenas do Brasil” - Antenor Vaz, Conselho de Proteção dos Povos Indígenas Isolados

“Agora que os espíritos do Bruno estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior” - Beatriz Matos, antropóloga, esposa de Bruno

Ainda estamos muito longe de conseguir apreender e compreender a dimensão e as consequências do assassinato do indigenista Bruno Pereira, ocorrido de modo bárbaro junto com o jornalista inglês Dom Philips na terra indígena do Vale do Javari.

Para o sertanista Antenor Vaz, do Conselho de Proteção dos Povos Indígenas Isolados, o assassinato do Bruno representa “a perda de um grande embaixador de relação com os povos indígenas do Brasil”.

sábado, 18 de junho de 2022

Justiça barra escola cívico-militar em SP

Bruno, Dom e o descaso de Bolsonaro

As alternativas à privatização da Eletrobrás

O desespero de Bolsonaro

Violência na Amazônia, eleições e ética

Bruno, Dom e a Amazônia sem lei

Bolsonaro diz que Cristo andaria armado

Quais são os caminhos que nos unem?

Assange será extraditado para morte nos EUA

Foto: AFP
Por Altamiro Borges

O governo britânico acaba de confirmar o envio para a morte nos EUA do ciberativista Julian Assange – que denunciou vários crimes de guerra do império. “Em 17 de junho, após consideração tanto do Tribunal de Magistrados quanto do Supremo Tribunal, foi ordenada a extradição do Sr. Julian Assange para os EUA”, afirma a nota do Ministério do Interior.

Ainda segundo o comunicado cínico e macabro, “não foi concluído que a extradição seria incompatível com seus direitos humanos, incluindo seu direito a um julgamento justo e à liberdade de expressão, e [foi considerado] que, enquanto estiver nos EUA, ele será tratado de forma adequada, inclusive em relação à sua saúde”. Pura patifaria!

Mortes de Bruno e Dom repercutem no mundo

Por Altamiro Borges

Confirmados os bárbaros assassinatos do ambientalista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, o Brasil volta a ser destaque negativo na mídia internacional. O “capetão” Jair Bolsonaro, que já era tratado como um pária planetário, agora é visto como o responsável indireto pelas mortes na Amazônia. A imprensa mundial não vacila em responsabilizar o governo brasileiro pelo aumento da violência na região – ao contrário de parte da mídia nativa, sempre tão dócil com o fascista.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Justiça barra escola cívico-militar em SP

Por Altamiro Borges


O “capetão” e seus generais devem estar ainda mais furiosos contra setores do Poder Judiciário. A Folha informa que “um juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a suspensão da implantação do programa do governo Jair Bolsonaro de escolas cívico-militares na rede de ensino paulista”. 

A decisão do TJ-SP tem caráter liminar e ainda pode ser anulada. Mesmo assim, ela deve ter irritado os milicianos fardados, que estão se achando os donos do Brasil. De forma direta e certeira, o juiz José Eduardo Cordeiro Rocha detonou o Programa Escola Cívico-Militar (Pecim) em sua sentença:

Carla Zambelli e os devastadores da Amazônia

Sob Bolsonaro, Funai é contra os indígenas

O ativismo digital e as mudanças políticas

Crime na Amazônia derrete imagem do Brasil

A culpa de Bolsonaro na tragédia do Javari

Charge: Thiago
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Bárbaro, hediondo, macabro, covarde... Nenhuma palavra basta para qualificar o crime. O assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips dizem ao mundo a quê ponto o Brasil chegou na regressão civilizatória e até onde pode ir a disputa pela Amazônia.

Os fascínoras que os mataram não seguiram apenas o comando do instinto primitivo e bruto.

Agiram segundo a lógica e o ambiente criados por Jair Bolsonaro e seus asseclas.

Na disputa sangrenta pela Amazônia, o governo que investe contra o ativismo ambiental e demoniza os indígenas, é complacente com o garimpo ilegal, o desmatamento, a grilagem, a pesca ilegal e todo tipo de predação, dá sinal verde para os assassinos e arma suas mãos.

A indiferença do general-candidato Mourão

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O general vice-presidente Hamilton Mourão preside o Conselho Nacional da Amazônia, órgão responsável por políticas, estratégias e ações do governo federal naquela região.

Apesar desta atribuição legal, no entanto, ele tomou enorme distância do local em que deveria estar, o Vale do Javari, onde Bruno Pereira e Dom Philips foram barbaramente assassinados, em consequência das políticas do governo militar do qual ele é vice-presidente.

Mourão viajou para o extremo-oposto geográfico de onde deveria estar. O general está no Rio Grande do Sul [RS], mais de 3.479 km longe do local onde, por obrigação legal, ele de fato deveria estar. Desde o final do dia 15/6, véspera do feriadão de Corpus Christi, ele promove atividades da sua campanha eleitoral para o Senado.