Belo Horizonte, 09/10/22. Foto: Ricardo Stuckert |
Na eleição de 2018 as oligarquias dominantes fizeram ordem unida contra o petista Fernando Haddad.
Como numa avalanche indomável, não havia lugar para a razão, para o argumento racional e, nem mesmo, para um mínimo de sanidade mental.
Os estamentos políticos, até mesmo aqueles segmentos autodefinidos como expoentes de uma “burguesia dinâmica, moderna e metropolitana”, estavam totalmente entorpecidos pela onda da extrema-direita lavajatista que criminalizou e estigmatizou Lula, o PT e a esquerda.
Essas elites padeceram duma sinistra amnésia; fingiram não lembrar que do lado oposto ao da civilização, ou seja, contraposto ao candidato Haddad, estava ninguém menos que o capitão expulso do Exército que idolatra torturadores, cultua ditaduras, faz ode à morte, odeia mulheres e defende o extermínio de adversários convertidos em “inimigos da pátria”.