terça-feira, 5 de abril de 2016

Globo: arma de distorção em massa

Por Manoel Dourado Bastos, Miguel Enrique Stédile e Rafael Villas Boas

A Rede Globo expôs na noite de 16 de março, por meio do Jornal Nacional, sua atuação empenhada no projeto golpista em curso, intensificando seus procedimentos de manipulação como um mecanismo de agitação e propaganda, empenhando o prestígio de sua audiência na tentativa de fazer com que protestos mirrados se tornassem grandes insurreições civis. Sua participação desde 2015 na propaganda dos atos contra o governo do PT, com polpudos financiamentos de empresas nacionais e internacionais, foi decisiva no crescimento de organizações reacionárias, até então minúsculas, a ponto de se tornarem forças políticas importantes no cenário nacional.

Os destinos do país em disputa

Do site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Que futuros se anunciam para o Brasil, em meio à crise política e econômica que vem convulsionando a vida dos brasileiros? Em um cenário de esgotamento do sistema político tal qual hoje se apresenta, no qual a presidente da República sofre um processo de impeachment sem que haja crime de responsabilidade caracterizado, quem são os agentes que disputam os destinos do país, hoje?
O seminário Futuros do Brasil - Crise atual e alternativas de longo prazo, que será realizado pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz) em parceria com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), nos dias 11 e 12 de abril de 2016, levará essas questões a quatro mesas de debates – Encruzilhadas da conjuntura; O movimento da política institucional; A política e o movimento da sociedade; e O horizonte do futuro.

Impeachment é "vingança" de Cunha

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) José Eduardo Cardozo apresentou a defesa da presidenta Dilma Rousseff (PT) perante a Comissão Especial do Impeachment na Câmara dos Deputados na tarde desta segunda-feira (4), em Brasília (DF). Ele afirmou que um processo sem fundamentos jurídicos pode ser qualificado como “golpe” e que o pedido foi aceito pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como retaliação.

Advogada quer "cortar as asas" de Lula

Do blog Viomundo:

Em discurso em ato pró-impeachment no Largo de São Francisco, na noite de segunda-feira 4, a advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma que tramita no Congresso, disse a respeito do ex-presidente Lula: “Nós não vamos deixar esta cobra continuar dominando nossas mentes”.

Em tom de pregação religiosa, afirmou: “As vezes a cobra cria asa, mas quando isso acontece Deus manda uma legião [de anjos] para cortar as asas da cobra”.

O PMDB e o espanto que educa

Por Haroldo Lima, no site do Jornal do Brasil:

O ministro do STF Luis Roberto Barroso exclamou estupefato: "Meu Deus! Essa é nossa alternativa de Poder?" À sua frente, estava a foto de líderes do PMDB, no ato em que se declararam afastados do Governo Dilma. O grupo, esfuziante na pose fotográfica, estava convencido de que assumiria o controle do país, caso o impeachment sem causa desse certo, pois eles eram a "alternativa de Poder" que emergia. Barroso disse "um desastre".

Denúncia contra Dilma é nocauteada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Se o impeachment estivesse submetido a um debate responsável pela Câmara de Deputados, a discussão teria tomado um outro rumo no final da tarde de ontem, quando José Eduardo Cardozo terminou uma intervenção de uma hora e 50 minutos na qual fez a defesa de Dilma Rousseff.

Você pode achar que a palavra de Cardozo, Advogado Geral da União depois de ter passado os últimos cinco anos como Ministro da Justiça deve ser colocada sob suspeita em função dos cargos que ocupou. Pode estar convencido de que estamos diante de um espetáculo cínico, onde todas as mentiras se equivalem, todos os personagens são farsantes e todas as explicações não passam de pura fraude. A verdade não é esta.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

A democratização da mídia precisa de você

Do site da revista Caros Amigos:

Enquanto houver o monopólio midiático não haverá democracia no nosso Brasil.

Enquanto a Globo e a grande mídia hegemônica disserem para milhões de brasileiros, sem qualquer contraponto, o que é a “verdade” dos acontecimentos no mundo, no Brasil e na vida das pessoas, não haverá um país mais justo e soberano. A democracia, a justiça social e a defesa da nossa soberania dependem e precisam de pluralidade de vozes e pontos de vista.

A falsidade do "impeachment" de Dilma

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Tarso Genro

A crise institucional, política e econômica, que o nosso país está vivendo, inaugura uma nova época política na América Latina e a forma pela qual sairemos dela terá grande influência no destino das nações latino-americanas. Pela primeira vez – pelo menos nos últimos cinquenta anos – a tentativa de interrupção de um processo político, num dos principais países do continente, é ensaiada sem a participação direta das Forças Armadas e sem que as elites conservadoras tenham feito apelos salvacionistas aos militares, como sempre o fizeram, ao longo da formação dos nossos Estados Nacionais.

A sujeira da lista da Mossack Fonseca

Por Jeferson Miola

A Mossack Fonseca [MF] é uma empresa de gestão financeira com sede no Panamá, um paraíso fiscal por onde circulam trilhões de dólares oriundos do narcotráfico, da corrupção, do comércio de armas, da lavagem de dinheiro e, também, de dinheiro limpo em busca do discutível privilégio da isenção fiscal – daí a expressão “paraíso”.

A MF criou ou vendeu offshore´s [contas bancárias ou empresas instaladas em paraísos fiscais] a vários políticos, banqueiros, agentes públicos e empresários brasileiros – tanto em operações legais [a chamada “sonegação legal” (sic) de impostos aceita pela lei brasileira, desde que declarada no imposto de renda (IR)]; como em operações irregulares, que envolve dinheiro de origem duvidosa.

A capitã do mato da revista IstoÉ

Por Nathali Macedo, no blog Diário do Centro do Mundo:

Estão fazendo gaslighting com Dilma. E a quem isso surpreende?

Um parêntese: gaslighting é uma forma de abuso psicológico que consiste em distorcer informações para fazer com que a vítima duvide de sua própria sanidade. Em outras palavras, é o ato de associar as atitudes femininas à loucura ou descontrole emocional como forma de mascarar o abuso.

A essa altura, ler uma matéria em que chamam a Presidenta de louca beira o clichê: é exatamente o que se espera de uma mídia desesperada. Que meta os pés pelas mãos e seja incapaz de disfarçar o sexismo embutido no discurso pró-golpe.

A democracia na mira da oposição

Por Adilson de Araújo, no site do CTB:

O ano de 2016 começou em meio a fortes disputas. Está em curso um golpe contra a democracia, que orquestrado por setores conservadores propõe a volta ao passado e ameaça conquistas históricas da classe trabalhadora. Esse golpe ataca nossos direitos duramente conquistados e barra a continuidade das mudanças.

O bloco de oposição ao Brasil, respaldado pela mídia golpista e por setores do empresariado, com destaque para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), não se conforma com a derrota em 2014 e opera com uma toada só: quanto pior, melhor.

Revanchismo conservador na América Latina

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Se falava de restauração conservadora para designar o projeto de contraofensiva da direita na América Latina. Uma expressão um tanto fria, intelectualizada, para mencionar os objetivos dessa forca política atualmente no continente. Porque não se trata de um processo cirúrgico, técnico, de substituição de um modelo por outro. Dentro dessa mudança estão transformações profundas nas relações de classe, acompanhadas de ódios e rancores.

Os golpistas não têm legitimidade

Editorial do site Vermelho:

“Meu Deus do céu! Essa é nossa alternativa de poder!” – a reação atribuída ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao assistir pela TV a transmissão da convenção em que a cúpula do PMDB decidiu deixar o governo, reflete semelhante perplexidade de democratas e patriotas diante dos acontecimentos recentes. Das pessoas que não aceitam o ataque golpista contra a legalidade constitucional.

Semana crucial: vento a favor do governo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A semana será decisiva para a guerra do impeachment e ela começa com o vento soprando a favor do governo e a oposição e a parcela do PMDB que aderiu ao movimento golpista admitindo que perderam terreno. O governo avançou tanto nas ruas, com o crescimento do movimento “não vai ter golpe”, como no Congresso, onde evolui positivamente a formação do chamado “Centrão”, frente composta PP, PR, PSD e talvez PRB, não apenas para barrar o impeachment, pela soma de seus votos com os da esquerda (PT, PC do B e PDT), mas também para dar sustentação ao governo Dilma depois de eventualmente garantida a sua sobrevivência. Sobre o futuro desta coalizão, disse o ministro Ricardo Berzoini em sua entrevista ao Estadão: “Não adianta vencer o impeachment sem garantir governabilidade. Estamos construindo uma base para governar e estabilizar o País.”


A indecorosa ambição de Sergio Moro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não publiquei aqui a foto da mulher de Sérgio Moro posando para o próprio com uma patética máscara de papelão com o rosto do “justiceiro”.

Embora tenha viralizado nas redes, acho que todo mundo tem o direito à privacidade nas suas tolices, ainda mais neste mundo de “selfies”.

Mas é diferente com a página que ela abriu no Facebook – e não o faria sem sua ordem ou anuência – para angariar apoios políticos.

Os delírios de poder da família Frias

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


Ao menos este blogueiro não se surpreendeu em nada com o “editorial” publicado neste domingo (3 de abril) pelo (ainda) principal tentáculo da família Frias, o jornal Folha de São Paulo. O texto “decreta” que a presidente Dilma Rousseff renuncie ao mandato concedido pela maioria dos brasileiros em 2014.




Os jovens trabalhadores na boa luta

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

Quem entrou no mercado de trabalho depois de 2004 muito provavelmente desconhece o que é o desemprego estrutural ou de longa duração, esse facão que destrói vidas, sonhos e perspectivas. Por aproximadamente uma década, a geração de empregos foi resultado de uma dinâmica econômica de crescimento em um ambiente de expectativa favorável sobre o futuro.

Há algum tempo, a situação mudou e a crise econômica, fenômeno cíclico no capitalismo, ganhou predominância. A incerteza sobre o futuro voltou. A crise mundial é muito grave e atinge o Brasil. Porém, esta nossa crise também decorre de vários problemas internos, sobrepostos. Estamos dentro de uma grande tempestade econômica e política, que tem efeitos devastadores sobre o emprego e os salários. O que podemos dizer aos jovens é que essa grande turbulência vai passar, que sairemos dela. O que ninguém sabe dizer é quando.

Golpe: "cavalo de tróia" do neoliberalismo

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

O golpe é o cavalo de tróia para a implantação definitiva do projeto neoliberal no Brasil. O alerta é do professor de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) e membro fundador do Fórum 21, que representou a entidade no encontro dos artistas e intelectuais pela democracia com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta (31), no Palácio do Planalto.

#panamaleaks: É preciso vazar o vazamento!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Estava na praia, trabalhando ao celular (vantagens de ser blogueiro), quando vejo notícias sobre os "Panamá Papers", chamado de "o maior vazamento da história".

Os arquivos da Mossack Fonseca, a maior parideira de offshores do mundo, foram vazados.

Minha empolgação, porém, não durou muito.

Os vazamentos estão em mãos de um jornal alemão e do ICIJ - The International Consortium of Investigative Journalists...

O escândalo da reeleição de FHC

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Em 2007, durante uma sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou participação no esquema de compra de votos para permitir sua reeleição, mas não negou a existência do esquema. “Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos”.

A compra de votos teria sido realizada por quem, então? A delação premiada do ex-presidente do PP Pedro Corrêa, que integra as investigações da Operação Lava Jato e ainda não homologada pela Justiça, pode ajudar a responder.

Mídia atinge a democracia à queima-roupa

Por Celso Vicenzi, em seu blog:

Já se disse que jornalismo “é a história à queima-roupa”. Expressão que nos remete, de imediato, para “um tiro à queima-roupa”. Um atentado. É o que os tradicionais veículos da mídia oligopolizada do país estão promovendo neste momento contra a democracia. A sangue frio, como narraria Truman Capote.

Todos os movimentos, feitos com sutileza, astúcia, insinuação, artimanha, dissimulação, logro, malícia, maquiavelismo, trapaça e distorção (exagero? não!) são habilmente manipulados para tentar induzir boa parte da opinião pública a aceitar inverdades. A começar por uma que já se fixou na mente de boa parte dos brasileiros desinformados: a de que nunca se roubou tanto neste país quanto nos governos do PT e que uma quadrilha se instalou no poder – como nunca antes houvera na história dessa nação de anjos.

domingo, 3 de abril de 2016

Show de Gil e Caetano: "Não vai ter golpe"

Moro vai desenterrar o caso Paolicchi?

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

O juiz Sérgio Moro, o chefe da “Operação Lava Jato”, anuncia que o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, que era do Partido dos Trabalhadores (PT), pode ter ligações com possíveis casos de “corrupção” (sempre na condicional). Já que ele tocou em assunto tão complexo, poderia ressuscitar outro cadáver, este do seu círculo político, o do secretário da Fazenda da prefeitura de Maringá, Paraná, Luiz Antônio Paolicchi, durante a gestão do ex-prefeito tucano Jairo Gianoto, que comandou o desvio de R$ 500 milhões, na época.

Autoritarismo, golpe e recalque

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

No último dia 22, um grupo foi até a casa do ministro Teori Zavascki intimidá-lo por conta de sua decisão de enviar a investigação contra Lula para o Supremo Tribunal Federal. Decisão esta que foi confirmada, na última quinta-feira, pelo plenário da corte.

O endereço do ministro foi divulgado nas redes sociais pelo movimento “Vem pra Rua”. O “músico” Lobão foi além e divulgou o endereço do filho do ministro, estimulando um cerco à sua casa.

"Domínio do fato" para Joaquim Barbosa?

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Messi, Macri, Mubarak, Eduardo Cunha, Joaquim Barbosa. Os #panamaleaks estão bombando. A empresa Mossack & Fonseca avisou seus clientes, ontem, que tinha sido vítima de uma invasão de seu banco de dados.

Na verdade, há mais de um ano o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, ICIJ, numa parceria que envolve 100 empresas jornalísticas de todo o mundo, está debruçado sobre os registros de mais de 214 mil empresas offshore criadas pela Mossack. Algumas podem ter servido a propósitos legais. Mas, na maioria das vezes, trata-se de esconder dinheiro sujo, sonegar imposto ou esconder patrimônio.


Celso Daniel é salto no escuro de Moro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quatorze anos depois, por iniciativa do juiz Sérgio Moro, o caso que envolve o sequestro e a execução do prefeito Celso Daniel, de Santo André, retorna à pauta da mídia.

A tentativa de vincular crime ocorrido em 2002 às denúncias investigadas pela Lava Jato é um grande salto no escuro, sem nenhuma relação com fatos e provas que envolvem a morte do prefeito.

Só para esclarecer qual é a discussão. Não conheço quem seja capaz de negar a existência de um esquema de corrupção, troca de favores e pagamentos de propina em Santo André, durante a gestão de Celso Daniel, num universo comum ao de grande parte das prefeituras e governos brasileiros. A questão sempre foi ligar o assassinato do prefeito à corrupção. Isso nunca foi demonstrado.

A autora do ataque misógino da IstoÉ

Por Renato Rovai, em seu blog:

A IstoÉ repete sua aula de antijornalismo e publica mais um texto vergonhoso e sem fontes. Dessa vez misógino e machista contra a presidenta Dilma Rousseff.

A autora da matéria é de novo Débora Bergamasco que publicou a tal delação do senador Delcídio do Amaral (s/part-MS) só com as partes que interessavam ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

A tentativa de criminalizar Boulos e o MTST

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Da mesma forma que é democrática a livre manifestação popular em defesa do impeachment de Dilma Rousseff, também é democrática a livre manifestação popular que considera um golpe de Estado a forma como é conduzido o processo de cassação.

Grupos e partidos contrários ao governo, que discordaram do resultado das eleições de 2014, foram às ruas contesta-las e demonstrar sua insatisfação, o que foi fundamental para colocar Dilma e o PT a um passo do cadafalso (bem, na verdade, eles mesmo caminharam para a forca por conta dos seus próprios erros). Posso discordar dos métodos e narrativas desses grupos e partidos mas, até aí, faz parte do jogo.

O deslumbramento fotográfico de Moro

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:



Circula com intensidade neste sábado nas redes sociais uma foto postada pela senhora Moro numa página que ela criou para o marido no Facebook.

Moro a fotografa com uma máscara de Moro.

É um sintoma notável de deslumbramento, de autoembevecimento. Moro não apenas tem uma máscara dele mesmo como manda a mulher usá-la, e registra isso numa foto.

PSDB e DEM pedem prisão do líder MTST

Da revista Fórum:

Favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o PSDB e o DEM agora querem calar o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos. Eles entraram com representações contra o militante em que o acusam de “incitação à violência”. Ele tem sido uma importante voz contra o golpe que pretendem dar contra a democracia e o mandato presidencial.

Sugestões para as novas fases da Lava-Jato

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                    

Depois de ser desautorizado pelo STF, com a derrota acachapante de 8 x 2, perdendo definitivamente a cereja de seu bolo, que era o controle do processo contra Lula, Moro e os procuradores do Paraná resolveram se vingar ressuscitando o caso Celso Daniel, ocorrido há 14 anos. De quebra, ofereceram mais munição golpista para a mídia.

Para quem não lembra, tanto o inquérito preparado pela Polícia Civil tucana de São Paulo como o Tribunal de Justiça paulista que julgou o assassinato do então prefeito de Santo André descartaram quaisquer conotações políticas no crime.

'Folha' admite que o golpe é inviável

Por Jeferson Miola

Em editorial publicado na versão online deste sábado, 2 de março, a Folha de São Paulo admite que o golpe é inviável. Como disse o Chico Buarque na manifestação na Cinelândia no dia 31, eles não conseguirão como conseguiram em 1954 e 1964; “de novo não”.

O Grupo Folha “... passa a se incluir entre os que preferem a renúncia à deposição constitucional”. A Folha entende que “embora existam motivos para o impedimento, até porque a legislação estabelece farta gama de opções, nenhum deles é irrefutável [sic].

Golpistas de 64 se parecem com os de hoje?

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

As conjunturas são muito parecidas. Durante o governo de João Goulart (1961/1964) a direita, apoiada pelo imperialismo do s EUA e com farto financiamento em dólares, conspirou contra o governo constitucional e a legalidade, e depôs o presidente, dando início à ditadura de 1964. A grande diferença é que, então, o movimento operário e social não tinha a mesma força que tem hoje.

O golpe militar de 1964 não foi, certamente, um "raio em céu azul". A conspiração para a derrubada do presidente João Goulart articulou o grande capital, agentes do imperialismo e chefes militares desde da posse do presidente após a renúncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961.

Peemedebistas contestam 'golpe do Michel'

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O pedido de expulsão da ministra da Agricultura Katia Abreu, apresentado nesta sexta-feira pelo diretório baiano do PMDB, liderado por Geddel Vieira Lima, deflagrou as reações da ala governista contra o que estão chamando de “golpe do Michel” – a aprovação do rompimento com o governo por aclamação numa reunião relâmpago, sem discussão e votação. Eles devem contestar internamente e até mesmo na Justiça Eleitoral a legalidade do ato, com base na decisão da convenção do dia 14, que deu 30 dias para o Diretório Nacional decidir sobre a relação com o governo Dilma. “Não houve delegação para rompimento”, diz um dos articuladores da reação.

sábado, 2 de abril de 2016

Dilma vai processar a revista 'Lixoé'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eu nem ia comentar a histérica capa da IstoÉ, hoje, dizendo que Dilma Rousseff anda chutando móveis e querendo pilotar o Airbus presidencial.

É que tenho pouca paciência com quem exerce o jornalismo de forma calhorda e estimulando qualquer um a fazer fofocas escandalosas sem fontes ou tendo como fonte qualquer palhaço que queira dizer coisas desabonadoras por alguém.

O ódio machista da revista IstoÉ

Por Soninha Corrêa, em sua página no Facebook:

Acabei de ver a capa do panfleto semanário IstoÉ. Não li a matéria por dois simples motivos: 1) Não é possível que haja qualquer coisa que se aproxime de jornalismo, quando uma capa e sua respectiva chamada são de um nível que não consigo encontrar palavras para classificar. 2) Meu estômago não resistiria a tamanha putrefação.

A capa da IstoÉ ultrapassa todos os limites. Todos. Poderíamos falar do limite da dignidade humana. Ou, quem sabe, do desrespeito humano. Ou ainda à institucionalidade. Não. Nada disso responderia a atitude misógina do panfletário folhetim.

Porta dos Fundos e a "delação" da Lava-Jato

"Ainda haverá uma 'Jéssica' presidente"

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Um grupo expressivo de artistas e intelectuais se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta (31), no Palácio do Planalto, para dizer que não vai ter novo golpe. Exatos 52 anos após aquele outro golpe que instaurou a ditadura militar no país, eles ressaltaram que a democracia é a conquista mais importante desta geração e que não irão permitir que ela seja novamente fraturada.

“Neste momento, em que os avanços sociais conquistados estão seriamente ameaçados pela direita -sim, a direita existe! - a classe artística, mais uma vez, se levanta para cumprir seu papel de vanguarda na defesa da democracia e da legalidade. Não vai ter golpe. Vai ter luta!”, conclamou a cantora Beth Carvalho, eterna diva da luta pela democratização do país, que pediu mais amor para a sociedade enfrentar esses novos tempos difíceis.

Dobradinha Moro/Globo ataca outra vez

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Numa prova de que a Lava Jato está conectada intimamente à agenda golpista, a operação amanheceu nesta sexta-feira, no dia seguinte às grandes manifestações contra o golpe, com mais conduções coercitivas ilegais, além da prisão espetacular de Silvio Pereira, ex-secretário do PT.

A condução coercitiva de Breno Altman, editor do site Opera Mundi e reconhecido intelectual progressista, obviamente crítico ao golpe e à Lava Jato, reflete bem o pensamento de Sergio Moro e comparsas: é preciso prender, prender, prender, todo mundo que é crítico.

Guilherme Boulos e o desespero golpista

Por Jean Wyllys, na revista CartaCapital:

Nos últimos dias, diferentes porta-vozes da direita golpista pediram a prisão do dirigente do MTST Guilherme Boulous. Primeiro foi o jornal O Estado de S. Paulo, num editorial que lembra os piores tempos da nossa história, sugerindo o início de uma caça às bruxas, o primeiro passo de uma ofensiva macartista na qual Boulous seria uma espécie de ensaio, uma primeira tentativa para ver se cola.

A sugestão do jornal veio envolta em propaganda golpista, com a home do site do Estadão pintada de amarelo, com a imagem do pato do Skaf e uma enorme legenda a favor do impeachment. Talvez nunca a parcialidade tenha sido tão descarada: o próprio site do jornal era uma grande propaganda golpista.

'Tarifazo' de Macri agita a Argentina

Do site Opera Mundi:

A partir desta sexta-feira (01/04), os argentinos estão pagando mais caro pelos serviços de gás e água e na compra de combustíveis. Os aumentos podem chegar até 375% e, segundo o governo de Mauricio Macri, são necessários para melhorar o cenário econômico e equilibrar as contas do Estado.

Além destes aumentos, que haviam sido anunciados no começo deste ano, o governo argentino anunciou nesta quinta-feira (31/03) um aumento de 100% nas tarifas de transporte de ônibus, trens e metrôs, que entrará em vigor a partir do dia 8 de abril.

PT e PCdoB ingressam contra Moro no CNJ

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Oito deputados do PT e do PCdoB protocolaram na última quarta-feira (30) mais uma representação, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra práticas do juiz Sérgio Moro. A mais recente medida requer processo administrativo disciplinar contra o juiz de Curitiba por divulgar interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo diálogo com a presidenta Dilma Rousseff, e também pelos grampos no escritório dos defensores de Lula, alcançando 25 advogados e 300 clientes.

Ouvir a voz das ruas. Qual voz?

Por João Batista Moreira Pinto, no site Brasil Debate:

Alguns políticos têm dito que os deputados saberão ouvir a “voz das ruas”. Da mesma forma, o juiz Sergio Moro soltou nota, no 13 último, dizendo ser “importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas”. Ora, essas afirmações que, em um primeiro momento, sem uma análise crítica, poderiam indicar uma posição democrática ou uma perspectiva pós-positivista no campo do direito, quando confrontadas a alguns elementos da realidade, expressam o caráter conservador e antidemocrático desses atores. Vejamos as bases dessa nossa inferência lógica, social e política.

Rejeição à Globo preocupa anunciantes

Do blog de Sidney Rezende:

A sucessiva multiplicação de palavras de ordem, faixas e cartazes contrários ao Grupo Globo nas manifestações populares a favor da democracia e a rejeição estampada nas redes sociais - inclusive expressada por artistas contratados - começa a preocupar anunciantes. O temor de algumas companhias é que este movimento possa crescer e expor ao risco as suas marcas e o consumo dos seus produtos.

A sistemática cobertura a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff e o noticiário envolvendo o ex-presidente Lula acenderam o sinal de alerta nas direções de marketing de grandes empresas.

O homem que ameaçou matar o ministro


Do blog Viomundo:

Adrianno Ravaglio é cantor de sertanejo universitário.

Com o parceiro Marcello, canta letras de amor: “Eu só penso em você, com a força do coração, cada segundo que passa, aumenta a minha paixão”.

No Facebook, exibe os músculos e as tatuagens, mas é de poucas palavras.

Refere-se ao ministro Teori Zavascki, do STF, como “velho filha da puta, pelego do PT”.

O PMDB e o rabinho entre as pernas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

“Não foi uma decisão muito inteligente”, disse Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, sobre a debandada do PMDB na semana que finda. Para ele, a decisão majoritária do partido de entregar os cargos no governo Dilma e passar à oposição pode ter vida curta, daí a precipitação que viu nessa atitude. Fatos posteriores mostrariam que Renan sabe das coisas.

Some-se a isso declaração de outro presidente do Legislativo federal, o também peemedebista e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no sentido de que “Se por acaso o governo conseguir evitar a abertura do processo de impeachment, ele vai ter que governar no outro dia, e não vai governar com esse número”.

O Brasil democrático dá show

Por Renato Rovai, em seu blog:

O povo foi às ruas mais uma vez. De novo de vermelho, mas também de verde e amarelo. De novo em todas as capitais do Brasil. E de novo deu show.

Haja mortadela pra tanta gente nas ruas em todas as capitais no Brasil.

Haja mortadela pra garantir que toda a esplanada dos ministérios tenha ficado lotada como nunca esteve nas manifestações pelo impeachment.

Jornadas permanentes pela democracia

Por Dandara Lima, no site da UJS:

O mês de março foi marcado por constantes manifestações de setores progressistas, denunciando as novas tentativas de golpe no país. A Jornada Nacional em Defesa da Democracia fechou o mês mobilizando 800 mil pessoas, segundo a Frente Brasil Popular.

Os atos do dia 31/03 ocorreram em mais de 80 municípios brasileiros e em pelo menos 25 cidades de outros países como Paris, Berlim, Amsterdã, Buenos Aires, Santiago, Barcelona, Nova York, Bogotá, Cidade do México, Coimbra, Londres, Montevidéu e Montreal.

O Brasil no epicentro da 'Guerra Híbrida'

Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:

Revoluções coloridas nunca são demais. Os Estados Unidos, ou o Excepcionalistão, estão sempre atrás de atualizações de suas estratégias para perpetuar a hegemonia do seu Império do Caos.

A matriz ideológica e o modus operandi das revoluções coloridas já são, a essa altura, de domínio público. Nem tanto, ainda, o conceito de Guerra Não-Convencional (UW, na sigla em inglês).

Esse conceito surgiu em 2010, derivado do Manual para Guerras Não-Convencionais das Forças Especiais. Eis a citação-chave: “O objetivo dos esforços dos EUA nesse tipo de guerra é explorar as vulnerabilidades políticas, militares, econômicas e psicológicas de potências hostis, desenvolvendo e apoiando forças de resistência para atingir os objetivos estratégicos dos Estados Unidos. […] Num futuro previsível, as forças dos EUA se engajarão predominantemente em operações de guerras irregulares (IW, na sigla em inglês)”.

O Waterloo do juiz Sergio Moro

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Está claro agora que Sérgio Moro enfrenta seu Waterloo.

Ele acreditou na Globo e achou que poderia voar. Só que se espatifou.

A contundente derrota que ele sofreu ontem no SFT na questão dos grampos foi um marco na mudança de sua imagem.

O juiz superstar de quem ninguém ousava falar por ele parecer simbolizar a luta contra a corrupção ficou para trás. Em seu lugar emergiu a figura de um juiz partidário, descontrolado e sócio da Globo na aventura macabra de destruir a democracia pelas vias jurídicas.