sábado, 23 de abril de 2016

O escracho na casa de Temer em Brasília

Da revista Fórum:

Um grupo de manifestantes realiza, nesta tarde de sábado (23), um protesto em frente ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), em Brasília. De acordo com os organizadores, o ato tem como objetivo alertar a população sobre o golpe executado por Temer junto ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a democracia e a presidenta Dilma Rousseff.

A ponte para o passado dos golpistas

Por Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo, no site Carta Maior:

Os neurônios dos impichadores emitem certezas dos maníacos-obsessivos: todos os males se encerram com o fim deste governo.

Cosmopolitas desconectados do resto do mundo, reapresentam as recomendações que comandavam as políticas sociais e econômicas desde os anos 80 do século XX. Os remédios estão com a validade vencida e a caducidade ocorreu ainda antes da Grande Recessão de 2008.

A polarização entre o individualismo xenófobo de Donald Trump e o socialismo democrático de Bernie Sanders e as manifestações contra a reforma trabalhista que tomaram as ruas na França atormentam o mundo desenvolvido.

Golpistas envergonham o Brasil no mundo

Ilustração: http://www.cartoonmovement.com/
Editorial do site Vermelho:

A inquietação da direita e dos golpistas brasileiros ante a viagem da presidenta Dilma Rousseff a Nova York, para a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na sede da ONU, revela justamente aquilo que eles tentam desmentir: o impeachment que açulam contra a presidenta ofende a legalidade e a ordem constitucional e, depois da vexatória sessão da Câmara dos Deputados no domingo (dia 17), aos bons costumes. É um golpe, e o mundo está convencido disso.

O que pesa contra Temer na Lava-Jato

Da revista CartaCapital:

No domingo, 17, a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Por 367 votos a 137, os deputados entenderam que as acusações de crime de responsabilidade procedem e impedem Dilma de continuar a governar.

O vice-presidente Michel Temer, que deve assumir a presidência da República caso o Senado confirme a decisão da Câmara, não deve ter vida fácil, entretanto. Ao contrário de Dilma, ele é citado como beneficiário nos escândalos de corrupção investigados na Lava Jato.

O significado da cuspida de Zé de Abreu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A cuspida de Zé de Abreu num imbecil que o xingou num restaurante em São Paulo é muito mais que uma mera cuspida.

É um símbolo do Brasil que a plutocracia predadora criou. (Aqui, você pode ver o vídeo.)

Pela imprensa, a voz da plutocracia, milhões de midiotas foram manipulados brutalmente nos últimos anos e estimulados a agredir petistas onde quer que os encontrassem.

FNDC rechaça golpe e denuncia a mídia

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A defesa da democracia e o rechaço ao golpe midiático ditaram o tom da abertura da XIX Plenária Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), nesta quinta-feira (21). O deputado federal Orlando Silva e o professor João Sicsú alertaram para o horizonte de retrocessos que o processo ilegal do impeachment de Dilma Rousseff deve trazer para os campos social, econômico e político.

O direito de resposta da Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

João Roberto Marinho enviou resposta ao jornal inglês The Guardian, onde suas Organizações Globo são apontadas como parte das forças que promovem e apoiam a derrubada de Dilma Rousseff.

Basicamente, contra um parágrafo:

Na verdade, a maioria dos maiores meios de comunicação de hoje – que aparecem respeitáveis para pessoas de fora – apoiou o golpe militar de 1964, que marcou o início de duas décadas de ditadura de direita e e enriqueceu mais os oligarcas do país.Este evento histórico chave ainda lança uma sombra sobre a identidade e política do país. Estas corporações – liderados pelos braços múltiplos de mídia da organização Globo – anunciam um golpe como uma ação nobre contra um governo liberal corrupto, democraticamente eleito. Soa familiar?

Acuada, mídia dá sinais de desespero

Por Thiago Takamoto, no blog O Cafezinho:

A grande imprensa brasileira não consegue mais disfarçar o desespero que veio à tona após a descoberta, pelo mundo, da trama na qual está envolto o pedido de impeachment apresentado contra a Presidenta Dilma, pedido esse que foi meticulosamente desenhado e construído pelas famílias que controlam os grandes conglomerados midiáticos em conluio com os políticos oportunistas que apenas ocupam espaço no Congresso Nacional.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Câmara censura por ordem de Cunha

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Eu já tinha denunciado aqui o PIG de Eduardo Cunha: a mão-de-ferro com que o presidente da Câmara passou a gerir os órgãos de comunicação da Casa, sobretudo a TV Câmara, sem nenhum republicanismo, favorecendo a si mesmo. Esta semana, após o impeachment da presidenta Dilma passar no plenário, uma matéria de 2014 da agência Câmara começou a circular nas redes sociais, mostrando que apenas 36 dos 513 deputados se elegeram de fato com votos próprios, uma demonstração de que precisamos urgente fazer uma reforma política.

Mais um golpe: querem cortar a Internet!

Por Manuela D´Ávila e Fabricio Solagna, no site Sul-21:

Nas últimas semanas as operadoras de telecomunicação anunciaram uma mudança na forma de cobrar pelo uso de Internet banda larga fixa, essa que utilizamos em nossas casas, empresas e escolas. Além da velocidade de navegação, teremos que optar também pelo limite de dados das franquias, como já ocorre no celular, e quando atingirmos o limite previsto, a Internet será cortada. Para continuar navegando teremos que desembolsar mais e comprar um pacote adicional.

Crise brasileira e a geopolítica mundial

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Seria errôneo pensar a crise do Brasil apenas a partir do Brasil. Este está inserido no equilíbrio de forças mundiais do âmbito na assim chamada nova guerra fria que envolve principalmente os EUA e a China. A espionagem norte-americana, como revelou Snowden atingiu a Petrobrás e as reservas do pre-sal e não poupou até a presidenta Dilma. Isto é parte da estratégia do Pentágono de cobrir todos os espaços sob o lema:”um só mundo e um só império”. Eis alguns pontos que nos fazem refletir.

O dia da vergonha e a democracia

Por Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo e Marcelo da Silveira Campos, no site Brasil Debate:

No dia 17 de abril de 2016, a Esplanada em Brasília amanheceu dividida por um muro de metal. A proposta era impedir que os dois lados em confronto se enfrentassem fisicamente, evitando assim consequências piores do conflito político instalado no país. Quando a sessão que votaria o início do processo de impeachment contra a Presidenta começou, se percebeu que o muro físico era apenas uma pequena representação concreta de um muro muito maior e mais antigo, erguido pelas velhas oligarquias, e atualizado com a forma das bancadas da bala, do boi e da bíblia.

A falácia do decano Celso de Mello

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há 157 dias está no Supremo o pedido de julgamento do presidente da Câmara Eduardo Cunha. O decano nunca se pronunciou.

No domingo, mais de 300 deputados deram o mais indigno show público já registrado na Câmara Federal. O decano se calou.

O país está prestes a ser governado por um vice-presidente envolvido na Lava Jato e por um presidente de Câmara que só não vai preso por leniência do Supremo. O decano se resguarda e nada diz.

O STF fugirá como lebre

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

Avalio como inoportuna, inviável, e ilegal, exceto se por decisão do Superior Tribunal Eleitoral, a sugestão à esquerda de que reivindique “eleições, já”. Inoportuna porque lançada em meio ao processo decisório, primeiro, do Senado da República, e depois, se for o caso, do Supremo Tribunal Federal; inviável porque a Câmara, os partidos que votaram de forma truculenta a favor do impedimento de Dilma Rousseff, não irão introduzir tal mudança na Constituição; e ilegal porque se trata de mudança na regra do jogo ao fim do segundo tempo. Perder a bandeira da legalidade é presentear os golpistas com o argumento de que não dispõem e buscam desesperadamente forjar: o de que a presidente Dilma comete crime de responsabilidade, atentando contra a letra da Carta Magna. E sem ele não há justa causa para a violência impeditiva.

Aos jovens que resistem

Movimentos estudantis e a Democracia Corinthiana em frente à Fiesp. Foto: Jornalistas Livres

Por Artur Scavone, no blog Viomundo:

O sonho de uma sociedade livre e solidária era muito forte entre nós. Che Guevara era nosso ídolo. Cuba era a referência de uma sociedade livre em que todos tinham saúde, educação, não conheciam a fome e tinham amor à pátria.

O império norte-americano dominava os territórios da América Latina, controlava nossos governos e treinava os torturadores locais. E sugava nossas riquezas em conluio com a burguesia local.

Ovo da serpente foi chocado no 'mensalão'

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                    

Como jornalista, blogueiro e militante, me orgulho de ter feito parte de um grupo pequeno de ativistas da esquerda brasileira que se insurgiu e denunciou a gigantesca farsa montada por Joaquim Barbosa, e endossada pela maioria do STF, durante o julgamento da Ação Penal 470.

A blogosfera progressista em peso e guerrilheiros digitais em geral travaram uma guerra desigual contra as manipulações e as mentiras da mídia golpista, contra a narrativa sem pé nem cabeça criada por Barbosa para dar vazão à sua obsessão de criminalizar o PT, contra o cerceamento do direito de defesa, contra a liquidação da presunção de inocência, contra a condenação sem provas via interpretação canhestra de teorias estranhas ao bom direito, contra as seguidas violações do Código Penal, do Código de Processo Penal e da Constituição.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Dilma promete lutar até a última trincheira

Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

A presidente Dilma Rousseff recebeu ontem no Palácio do Planalto blogueiros e jornalistas da imprensa independente. Disse e repetiu que é vítima: “Eu sou vítima. Eu não estou me vitimizando. Eu sou vítima. Eu sou vítima. Estou sofrendo o pior dos agravos que é ser condenada injustamente.” E prometeu lutar até a última trincheira em defesa da Democracia. “Vou às últimas consequências contra o golpe. Estou colocando tudo em que acredito porque esta é uma situação extrema. Eu vou lutar em todos os níveis. Onde for necessário eu vou lutar. O que está em questão não é o meu mandato. Está em questão o processo democrático.”

Intensificar a denúncia do golpe no mundo

Por Jeferson Miola

A imprensa séria do mundo, os segmentos jurídicos, políticos, intelectuais e acadêmicos; governos e organismos internacionais são unânimes na condenação do golpe de Estado que está em andamento no Brasil através de um processo fraudulento de impeachment.

Numa emissora de TV de Portugal, o analista Miguel Sousa Tavares, que acompanha a realidade brasileira há mais de 30 anos, disse que a sessão da Câmara dos Deputados “foi uma assembleia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha fazendo a destituição de uma Presidente sem qualquer base jurídica nem constitucional, mas, sobretudo, com uma falta de dignidade que eu diria que é de arrepiar; uma bandalheira”. Ele diz, ainda: “nunca vi o Brasil descer tão baixo”.

O 'governo invisível' dos EUA e o golpe

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O golpe em marcha contra o governo Dilma Rousseff tem por trás de si a mão do imperialismo? Os Estados Unidos estão por trás das táticas e estratégias que, principalmente no segundo mandato da atual chefe de Estado brasileiro, vêm cercando e minando todas as possibilidades políticas, jurídicas e econômicas de a gestão petista se tornar viável? Segundo analistas ouvidos pela RBA, embora não haja como "provar" que sim, os dados e as relações políticas e históricas evidenciam que, nesse campo, nada acontece por acaso.

O escracho na casa de Michel Temer

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

Michel Miguel Elias Temer Lulia, o vice-presidente mais conhecido somente como Michel Temer, ganhou hoje uma nova alcunha: Temer Silvério dos Reis. A provocação de manifestantes faz referência direta, neste 21 de abril, à morte de Tiradentes, em 1792, em consequência da traição de Joaquim Silvério dos Reis. Não é à toa que cerca de 100 jovens do Levante Popular da Juventude escolheram esta data para protestar contra o peemedebista considerado por eles, assim como o algoz de Tiradentes, um traidor.

O que temer no governo de Michel?

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O Brasil conseguiu a proeza de oferecer ao mundo as lamentáveis imagens de encerramento do primeiro round da tentativa do golpeachment, com o apoio essencial do réu Eduardo Cunha no comando do processo no interior da Câmara dos Deputados. A aceitação da denúncia ocorreu sem a apresentação de nenhuma prova contra a Presidenta da República que justificasse seu impedimento, uma vez que a Constituição prevê a existência de crime de responsabilidade no mandato em curso.

A luta contra o golpe e a traição

Editorial do site Vermelho:

O feriado desta quinta-feira, 21 de abril, tem uma conotação, por assim dizer, ambígua. Ele homenageia a memória de Tiradentes, herói da Independência e da República. E lembra também, inevitavelmente, a traição de Joaquim Silvério dos Reis, que levou à prisão, condenação e morte do herói do povo brasileiro.

Onde estão hoje os herdeiros dos ideiais de Tiradentes? Onde estão, hoje, os silvérios dos reis que traem o povo e a nação?

Câmara aprovou o impeachment. E agora?

Por João Pedro Stedile, no jornal Brasil de Fato:

Usando a metáfora do futebol, estamos no início de um longo campeonato no qual acontece a disputa entre duas equipes: uma que defende os interesses da burguesia e outra que está ao lado da classe trabalhadora. Cada um dos times tem vários jogadores atuando. Às vezes, eles batem cabeça, enfrentam contradições internas e até fazem gol contra. A classe trabalhadora pode ganhar, empatar ou perder –e o inverso é verdadeiro para o time da burguesia. No entanto, o mais importante é entender que, neste longo campeonato para sair da crise econômica, política, social e ambiental em que estamos inseridos, enfrentaremos muitas partidas.

A operação salva-Cunha está em marcha

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Nos dias que precederam a votação do impeachment, tornou-se cristalina uma trama de venda casada. Enquanto trabalhava pela abertura do processo contra Dilma Rousseff, uma expressiva bancada de parlamentares articulava uma “anistia” ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Nem mesmo a delação de Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, constrangeu a turma. O empresário entregou aos investigadores da Lava Jato uma tabela que aponta 22 depósitos, no valor total de 4,6 milhões de dólares, em propinas repassadas ao peemedebista entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014. A planilha foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira 15, dois dias antes da derrota do governo no plenário.

“Vou às últimas consequência contra golpe”

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Houve um erro de cálculo no golpe levado a cabo por Michel Temer, Eduardo Cunha et caterva: Dilma e sua resiliência foram subestimadas.

Isso fica claro a cada dia, quando seu discurso, amparado em fatos, força gente como Aloysio Nunes e Romero Jucá, por exemplo, a explicar o inexplicável e partir para a desqualificação.

Na entrevista que concedeu a blogueiros na quarta à tarde no Palácio do Planalto, à qual estive presente, ela reforçou a narrativa que se mostrou vencedora e que tem nela, afinal, a força motriz: é golpe. Ponto.

Barão renova diretoria e aprova ação

Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:

Aconteceu, na quarta-feira (20), a assembleia anual do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. A atividade reuniu diretores, integrantes dos núcleos regionais e do Conselho Consultivo para aprovar a renovação da diretoria da entidade e definir o planejamento para o próximo período, que promete ser agitado devido ao golpe à democracia perpetrado pelo processo ilegal de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"A mídia foi o principal agente articulador do golpe", opinou Altamiro Borges. Para o presidente do Barão de Itararé, os grandes meios de comunicação foram responsáveis por 'chocar o ovo da serpente', do ódio e da intolerância na sociedade brasileira. "Pagamos pelo governo não ter enfrentado a batalha da democratização da mídia. Essa bandeira, que já estava 'mofada', tende a ser enterrada", avalia. "Será difícil pedir a Michel Temer para que regule o setor?".

Temer e a antevisão do desastre

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

De um lado, 367 deputados “por Deus e pela minha família, não nesta ordem”- e mais os chefes regionais do MDB – a exigirem a paga pelo serviço sujo.

De outro, a crise econômica que nunca os governos de natureza conservadora – e na era Levy do segundo Governo Dilma – imaginaram outra forma de combater senão produzindo arrocho sobre o trabalhador ativo ou aposentado – e sobre todo o povão, pela via dos cortes nas despesas com educação, saúde e assistência social.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Dilma: mídia assumiu atitude golpista

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Tranquila e bem humorada, apesar das circunstâncias dramáticas que a cercam. Assim posso descrever a presidenta Dilma Rousseff, durante a entrevista concedida a nove blogueiros.

E, no entanto, profundamente lúcida sobre a violência de que não somente ela é vítima, mas o próprio sistema democrático.

A presidenta foi muito dura com os que ela chamou de conspiradores, especialmente com seu vice, Michel Temer. Nunca se viu, disse a presidenta, no mundo ocidental, um caso tão torpe de traição de um vice contra um presidente da república de sua mesma chapa eleitoral, tentando usurpar o poder ao qual não tem direito, porque não teve votos.

Dilma: “Lutem contra o golpe”

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

“Vou lutar em cada trincheira contra o golpe”, disse Dilma ao responder a excelente questão formulada pela jornalista Laura Capriglione (do grupo Jornalistas Livres) durante entrevista que a presidente da República concedeu nesta quarta-feira (20) a 9 blogueiros (eu entre eles) no 3º andar do Palácio do Planalto.

Laura disse a Dilma que a união das esquerdas contra o golpe alenta porque permite prever que, se esse atentado à democracia se consumar, a resistência já tem seu exército. E perguntou se a presidente estará presente aos protestos que eclodirão após sua eventual deposição.

Dilma: "Vou lutar em todas as trincheiras"

Por Bruno Trezena

Dilma Rousseff estava sentada à mesa do gabinete presidencial no Palácio do Planalto na tarde de quarta-feira (20) olhando alguns papeis. Ela e uma assessora especial conversavam quando eu e mais oito blogueiros irrompemos delicadamente pela porta do espaço. A presidenta levantou-se com agilidade e veio nos abraçar afavelmente, perguntando o nome dos veículos de mídia independente presentes ali e sorrindo ao reconhece-los. Ali era Dilma Rousseff, uma mulher de 68 anos disposta a conversar sobre tudo. Iniciava-se, assim, mais uma coletiva de blogueiros com a Presidência da República.


Gim Argello vai dedurar o demo Agripino?

Por Altamiro Borges

Com a chegada do criminoso processo de impeachment contra Dilma no Senado Federal, o presidente do DEM, Agripino Maia, parece ser um dos mais excitados. O demo quer pressa na votação - dane-se o regimento e o rito democrático. Segundo a revista Época, "o líder da oposição José Agripino Maia vai propor ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que a Casa trabalhe no feriado e no final de semana para que o impeachment de Dilma Rousseff seja consumado o quanto antes". A pressa talvez se justifique por motivos pessoais. É forte o boato de que está em curso uma operação para abafar as denúncias de corrupção contra líderes da oposição demotucana. Na semana passada, o demo "ético" levou um baita susto com a prisão do ex-senador Gim Argello (PTB), que conhece bem seus podres.

As “merdas” de Luciano Huck

Por Altamiro Borges

O apresentador Luciano Huck, da Globo, nunca escondeu suas relações carnais com Aécio Neves. Na apuração do segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2014, ele apareceu com cara de nádega ao lado do cambaleante tucano. A imagem bombou na internet. Talvez temendo nova chacota, na deprimente votação do impeachment de Dilma no domingo (17), o "menino" da famiglia Marinho preferiu se preservar. Em sua página no Facebook, ele justificou a sua omissão: "Tenho opinião. Mas não vou compartilhá-la hoje aqui, porque não é o dia". Mesmo assim, ele não conteve o seu veneno: "Que este domingo nos leve para águas mais calmas, tranquilas e prósperas sejam elas quais forem. Porque, do jeito que está, está uma merda".

A prioridade é derrotar o golpe

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A derrota sofrida pela democracia brasileira neste domingo foi seguida de um debate que merece mais do que um minuto de reflexão. Estou falando da proposta de apoiar um projeto de emenda constitucional que propõe a antecipação de eleições presidenciais para outubro de 2016. Sou contra.

Num país onde o voto direto encontra-se historicamente ligado a luta contra a ditadura militar, não há dúvida de que essa ideia até parece uma resposta oportuna quando se recorda que a soberania popular foi o principal alvo atingido pela votação de domingo. Considerando que Dilma Rousseff foi vítima de um golpe de Estado, por que não questionar o governo provisório de Michel Temer, seu beneficiário direto?, pode-se perguntar. Por que não abrir as urnas presidenciais para que o povo dê seu veredito final?

Nova etapa da batalha contra o golpe

Por Valter Pomar, em seu blog:

Acabou há pouco a votação, na Câmara dos Deputados, da primeira etapa do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Roussef.

Perdemos uma batalha. Mas não perdemos a guerra. A luta contra o golpe continua. E a luta contra o golpismo é parte da luta mais geral que travamos pela transformação do Brasil.

O processo de impeachment segue agora para análise do Senado.

Caso os prazos legais sejam respeitados, por volta de 11 de maio o Senado decidirá se instala ou não o processo contra a presidenta Dilma. Para isto bastará maioria simples dos senadores. Mas para condenar será necessário o voto de 2/3 do Senado, onde em tese a correlação de forças é melhor do que na Câmara.

As duas faces da resistência ao golpe

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Lá dentro, havia terminado, poucos antes, o espetáculo deprimente oferecido pelos homens brancos, cínicos e toscos. Diante do Congresso Nacional, Guilherme Boulos empulhou o microfone e se dirigiu às milhares de pessoas que – tanto em Brasília, quanto em dezenas de cidades – acreditaram que poderiam, com seus corpos, frear o golpe urdido pela TV Globo, pelos maiores empresários e pela mídia.

Não foi possível, por enquanto. Mas Boulos acredita que ainda estão rolando os dados. “O Brasil todo sabe: o que acabamos de assistir foi uma farsa golpista, conduzida por um sindicato de ladrões”, frisou ele. E tirou as consequências: “Os golpistas não têm condições de governar este país. Nós não reconhecemos sua legitimidade. Este recado tem que ecoar país afora. Perdemos a batalha do carpete, mas vamos ganhar a batalha do asfalto. Não tem um minuto de trégua. Vai ter ocupação. Vai ter luta. Tomaremos este país, incendiaremos as ruas até derrotar os golpistas.”

Por Deus, pela família, por Cunha

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Você pode ser a favor ou contra o impeachment de Dilma Rousseff, não importa.

Mas se tem, pelo menos, dois neurônios funcionais irá concordar que grande parte da Câmara dos Deputados é composta de semoventes incapazes de demonstrar empatia, quiçá exercerem aquela que deveria ser a mais nobre das atividades, que é a política. Pelo contrário, consideram-se a si mesmos o centro do universo e seus interesses como os interesses do Estado. Se multiplicassem o seu bom senso pelo número de conchinhas do mar e elevasse o resultado ao número de estrelinhas do céu, eles ainda não veriam problema algum em agradecer ao seu poodle querido no microfone de votação.

EUA agem nas sombras pelo golpe

Por Jeferson Miola

É intrigante a política silenciosa e leniente do Barack Obama em relação à tentativa de golpe de Estado no Brasil. Os Estados Unidos jamais são indiferentes à realidade interna da mais minúscula nação do mundo; menos indiferentes ainda seriam em relação ao Brasil.

Ao contrário desta aparente indiferença, os EUA são mega-interessados no Brasil: uma grande potência agrícola, natural, industrial, energética, mineral; grande potência petroleira, financeira e, além disso, uma potencial potência bélica do planeta que exerce importante influência geopolítica em toda a região.

Quando a informação está lá fora

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Quem diria que um dia ainda voltaríamos a recorrer à mídia internacional para saber o que acontece no Brasil. Era assim, durante a última ditadura, especialmente depois da promulgação do AI-5, em 1968. Diante da censura do Estado sobre os meios de comunicação só restavam aos brasileiros, para se informar, os veículos produzidos no exterior: jornais, revistas e principalmente o rádio em ondas curtas. Faziam sucesso a BBC de Londres, a Voz da América e a Rádio Central de Moscou.

Os isentões e o verniz democrático do golpe

Por Renato Rovai, em seu blog:

Um golpe não é. Ele vai sendo. Exatamente por isso que a disputa deste momento é tão ou mais importante do que a corrida pelos votos da semana passada cujo ápice foi a noite de domingo. O que está em jogo agora é a narrativa dos acontecimentos, o que vai ficar para a história.

Uma parte do jornalismo está escandalizada com o fato de Dilma Rousseff ter denunciado que o Brasil vive um golpe de Estado. E que a atitude de seu vice foi de conspiração e traição.

Mídia internacional denuncia o golpe

Por Dandara Lima, no site da UJS:

Enquanto nossa mídia hegemônica local vibrava com a votação da admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a mídia internacional acompanhava estarrecida nossos parlamentares “orientados por Deus”, homenageando torturadores, dedicando seus votos às suas famílias (modelo tradicional, claro), deixando de lado em suas justificativas a questão central, as pedaladas fiscais. Só faltou o clássico “e um beijo para a Xuxa”.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Câmara em dia inglório e a luta no Senado

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Haroldo Lima, no blog de Renato Rabelo:

Foi um espetáculo grotesco o da sessão da Câmara dos Deputados do dia 17 de abril passado. Durante horas, deputados votaram pela continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma no Congresso Nacional. A cena revelou aspectos inusitados.

Ficou claro que muitos votantes pareciam desconhecer, ou desconsideravam inteiramente , o tema em questão, declarando seus votos por razões que não estão em questão. Uma legião de deputados alteou sua voz para homenagear mãe, pai, filhos e netos, às vezes nominado-os individualmente. Houve um que foi ao microfone com seu filho de 18 anos a tiracolo e queria que o rapaz votasse em seu lugar. Outro, depois de votar, voltou correndo para dizer que se esquecera de anunciar à Nação o nome de um seu parente, que precisava ser homenageado. Uma mulher fez o elogio de seu marido, prefeito de Montes Claros, cujos méritos eram tais que demonstravam que o “Brasil tinha jeito”, sem imaginar que o dito marido seria preso no dia seguinte pela manhã.

O 'golpe à paraguaia' chega ao Brasil

Por Juan Manuel Karg, no site Vermelho:

A presidenta Dilma Rousseff alertou, em outubro de 2015, sobre uma tentativa de “golpe à paraguaia” que começava a ser planejado no Brasil. A advertência foi feita apenas um ano depois de seu triunfo eleitoral, quando 54 milhões de brasileiros optaram pelo PT, derrotando uma vez mais o PSDB.

À época, a direita começou a falar em “terceiro turno” eleitoral nas ruas, pedindo a renúncia da presidenta durante os meses seguintes à eleição. Tudo estava pavimentado pelo tripé midiático (concentrado na Globo, Folha de SP e Estadão), que centralizava todas as atenções na Operação Lava Jato, investigação onde paradoxalmente Dilma não aparece.

Webtv: O papel da mídia na democracia

Do site do Sindicato dos Bancários de São Paulo:

A cobertura dos grandes veículos de comunicação e o papel da mídia alternativa para a democracia serão destaques do MB com a Presidenta desta terça-feira 19. O programa de webtv fará também um alerta sobre os riscos de projetos em tramitação no Congresso sobre controle da internet, considerado uma ameaça ao Marco Civil, justamente nos aspectos que protegem os internautas contra vigilância e censura.

Alckmin depena sem dó “tucano histórico”

Por Altamiro Borges

Em pleno turbilhão do criminoso processo de impeachment de Dilma, os tucanos continuam se bicando de forma sangrenta. Mas a mídia oposicionista – que torce pela volta do PSDB ao Palácio do Planalto num pretenso governo de Michel Temer, o Judas, e Eduardo Cunha, o correntista suíço – evita dar destaque à degenerescência no ninho. Na semana passada, o governador Geraldo Alckmin simplesmente deu um pontapé no traseiro do “histórico tucano” Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo. O fato curioso virou uma notinha na Folha de quinta-feira (14), que vale conferir:

Impeachment foi fabricado pela mídia

Por Mônica Mourão e Helena Martins, na revista CartaCapital:

A ausência de discussões profundas sobre a situação do país e o excesso de discursos reacionários que vimos no domingo 17 não se restringiram às falas de parlamentares na Câmara dos Deputados. Nos últimos meses, foram recorrentes também nos meios de comunicação brasileiros.

Desde o ano passado, toda uma construção de sentidos veio legitimando a aprovação da admissibilidade do pedido de impedimento da Presidenta Dilma Rousseff. Assim, a “opinião pública” - em essência, a “opinião publicada” pelos órgãos de comunicação hegemônicos –, um elemento essencial deste processo, se mostrou garantida neste jogo.

Por que a mídia festeja o golpe?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que fez a imprensa lutar tão brutalmente pelo golpe?

Muito mais importante que questões ideológicas, a grande bandeira das companhias jornalísticas se resume em três sílabas: di-nhei-ro.

Nenhuma empresa jornalística brasileira sobrevive sem dinheiro público. Remover o PT é uma garantia de que não haverá risco nenhum de interrupção no abjeto fluxo de recursos do contribuinte.

Miriam, as sementes do teu ódio brotaram

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Muitas vezes critiquei aqui Miriam Leitão.

Como quase todos que transitam da esquerda para a direita, ela tornou-se não apenas uma propagandista feroz do neoliberalismo como a mais simbólica ave de agouro de toda alternativa a ele.

Hoje, porém, não posso senão ter piedade da pessoa e da profissional.

É que Míriam “caiu na besteira” de escrever, ontem à tarde, um post criticando Jair Bolsonaro e sua defesa da ditadura e da tortura.

Golpe ganha primeira batalha. O que fazer?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Por incrível que pareça, não estou triste com a derrota. Não gostei dela, claro. Acho que a democracia sofreu um revés. Mas não carrego em meu coração, neste momento, nenhum sentimento de tristeza ou ressentimento.

Ao contrário, sinto-me alegre, sereno e disposto a continuar lutando, porque entendo que a luta é o que dá sentido à nossa vida.

Permitam-me algumas frases de darwinista de botequim.

Jean Wyllys cuspiu no golpe e no fascismo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

“Je suis Jean Wyllys” e não abro. Muitos foram os votos emocionados e indignados contra a farsa encenada no último domingo na Casa dos Representantes do povo, mas o dele foi o que mais me representou.

Houve, por exemplo, o voto da deputada federal Professora Marcivânia, do PCdoB do Amapá:

Golpista tucano presta contas nos EUA

Do blog Viomundo:

A degradante atuação do Congresso brasileiro ao aplicar um golpe em nome da República dos Corruptos, liderada por Eduardo Cunha, teve grande repercussão internacional.

Segundo The Intercept, o site mantido pelo jornalista Glen Greenwald a partir do Rio de Janeiro, a oposição despachou para os Estados Unidos o senador Aloysio Nunes, que se encontrará com integrantes do poderoso Comitê das Relações Exteriores do Senado, com o subsecretário de Estado Thomas Shannon e com um grupo de lobistas ligados à ex-secretária de Estado Madeleine Albright, diplomata influente desde o governo Reagan e que representa dinheiro grosso nos Estados Unidos.