quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Bolsonaro e o esvaziamento da política

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Há uma percepção geral de que o fascismo precisou tanto do caldo de cultura do profundo colapso econômico entre guerras quanto da ameaça da luta revolucionária deflagrada pela Rússia em 1917 para florescer. Porem, há um outro fator fundamental que, por vezes, passa desapercebido: o esvaziamento da política.

Com a repressão aos comunistas e a frustração de governos social democratas, a alternância no poder perdeu potencial transformador na década de 1930, em países como a França, Alemanha e Itália. Os limites das disputas políticas, sempre determinados pelos grandes interesses imperialistas, acarretaram uma enorme frustração, possibilitando a penetração de discursos demagógicos e a manipulação na qual se construiu o fascismo.

Janot "arquiva" escândalo Globo/FHC

Do site Vermelho:

Há quase um ano, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) busca junto ao Ministério Público Federal (MPF) que seja aberta uma investigação para apurar as conexões entre a Rede Globo, a Fifa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e offshores do Panamá que teriam sido utilizadas para cometer crimes contra o sistema financeiro, a ordem tributária e a administração pública. O escândalo, conhecido como Panamá Papers, utiliza empresas de fachada para lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial.

Temer oculta lista suja do trabalho escravo

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

O governo recorreu de liminar que determinou a volta da publicação da chamada "lista suja" do trabalho escravo. O prazo fixado em dezembro pela Justiça do Trabalho, em primeira instância, terminaria nesta semana, mas a Advocacia-Geral da União informou que a decisão está suspensa desde o dia 10. A liminar havia sido concedida em dezembro pela 11ª Vara do Trabalho do Distrito Federal, em ação civil do Ministério Público do Trabalho (MPT) – que fala em omissão do Executivo.

A prisão de Boulos é recado do Estado

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A acusação de que Guilherme Boulos incita ao crime por mediar uma reintegração de posse e sua detenção são tão bizarras quanto as ações que foram movidas contra o coordenador do MTST por ter afirmado que parte da sociedade iria resistir nas ruas às reformas que reduzem direitos propostas pelo governo Michel Temer.

A Polícia Militar de São Paulo deteve Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), na manhã desta terça (17). Ele dava apoio a cerca de 700 famílias em uma reintegração de posse na ocupação ''Colonial'', em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Temer abusa da nossa inteligência

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Temer, como todos os temerosos, tem uma atração fatal por falas temerárias. A declaração à Reuters de que é “zero” a possibilidade de seu governo vir a ser desestabilizado pela Operação Lava Jato não tranquiliza nem a Marcela. Embora emudecida por ordem do marido, ela deve saber, como todo mundo no Brasil, que o segundo tempo da Lava Jato vai começar agora, com a homologação da delação premiada da Odebrecht e a nova delação da Camargo Corrêa, em fase de negociação, que envolverá 40 executivos.

Para que mais chacinas, Bruno Júlio?

Por Bruno Vieira, no site Brasil Debate:

A declaração do ex-secretário de juventude do governo Temer, Bruno Júlio, gerou comoções diversas tanto na vida real como na vida virtual. Várias pessoas apoiaram-no em relação à frase, sobre o massacre no presídio de Manaus, de que “tinha que ter era uma chacina por dia”. Ao lado de outras, condenei veementemente sua declaração – apesar de saber que é isso que a parte majoritária da sociedade deseja: soluções rápidas e práticas para os indesejados e os indesejáveis.

Qual será a política comercial de Trump?

Ilustração: Sherif Arafa/Cartoon Movement
Por Michelle Ratton e Fabio Morosini, na site da Fundação Maurício Grabois:

Se, até a eleição nos Estados Unidos, uma pergunta desafiadora às estratégias de comércio do Brasil era sobre os impactos da Parceria Transpacífico (Transpacific Partnership – TPP), a partir de agora, teremos dois novos desafios: 1) quais serão as novas parcerias do Pacífico; e 2) quais serão as novas estratégias dos Estados Unidos na área do comércio internacional.

Os acordos regionais de comércio, em formatos bilaterais e plurilaterais, ocuparam o espaço central da liberalização econômica internacional e das suas novas regras, desde o início do século XXI. Uma agenda regulatória ampla e profunda foi promovida por estas negociações, tendo os Estados Unidos como o principal – senão único – promotor de regras (rule maker) da cena internacional.

As perversidades da reforma da Previdência

Por Antônio Augusto de Queiroz, no site do Diap:

As regras de transição nas reformas previdenciárias, tanto no Brasil quanto no exterior, costumam ser generosas, com longos períodos para respeitar o direito “acumulado” e não frustrar completamente a expectativa de direito. Foi assim na reforma de FHC e, via PEC paralela, na do Lula.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, do governo Temer, ao contrário da tradição, restringe drasticamente as possibilidades transição, especialmente para os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que congrega os trabalhadores da iniciativa privada, contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e filiados ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Reflexões de uma batedora de panela

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Vânia olhou para a sua panela tramontina roxa ali guardada no fundo do armário da cozinha.

Foi um olhar em que havia ao mesmo tempo melancolia e frustração.

Não era uma panela qualquer. Era aquela que Vânia usara nos protestos contra Dilma. Escolhera-a por ser leve e barulhenta. Perfeita, portanto, para a ocasião.

A panela remetia a Dilma. Vânia, naqueles dias de panelaço, abominava Dilma.

A monumental incompetência do PSDB

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Eles se vendem como ótimos gestores (no que contam com a ajuda inestimável do oligopólio midiático), mas a realidade é implacável: mais cedo ou mais tarde a incompetência tucana salta aos olhos até dos desavisados.

Esta matéria de ontem, no site da Folha, discorre sobre como o governo de São Paulo “exportou” o PCC para outros estados. Alguns trechos:

Segundo o Ministério Público de SP, em outubro de 2014, a facção tinha cerca de 10 mil criminosos afiliados, 26% deles fora do Estado. Hoje, quando trava uma guerra com outras quadrilhas para dominar rotas e monopolizar o tráfico de drogas no país, possui cerca de 21,5 mil “batizados”, 64% deles para além da fronteira original.

A imagem de um país dominado por máfias

Por Jeferson Miola

A imprensa internacional, à diferença da brasileira, assinalou com realismo os passos da conspiração da oligarquia brasileira que redundou no golpe de Estado jurídico-midiático-parlamentar perpetrado através do impeachment fraudulento da Presidente Dilma.

Um analista português especializado em Brasil resumiu com notável precisão o contexto da aprovação do impeachment inconstitucional pelos deputados em 17 de abril de 2016: “uma assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha”!

Boulos e o guarda da esquina do AI-5

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em dezembro de 1968, quando o Brasil ingressava na noite do AI-5, que abriu a fase de terror da ditadura militar, o vice-presidente da República Pedro Aleixo produziu uma frase insubstituível sobre a capacidade dos regimes de exceção transformarem a vida do país numa baderna institucional. Justificando seu voto, o único contrário ao AI-5, Pedro Aleixo explicou com a elegância possível na hora que a partir daquele instante a vida política iria se transformar num vale-tudo de atos violentos, sem qualquer amparo constitucional:

Dilma: Prisão de Boulos fere a democracia

Do Blog do Alvorada:

A prisão do líder do MTST, Guilherme Boulos, é inaceitável. Os movimentos sociais devem ter garantidos a liberdade e os direitos sociais, claramente expressos na nossa Constituição cidadã, especialmente, o direito à livre manifestação.

Prender Guilherme Boulos, quando defendia um desfecho favorável às famílias da Vila Colonial em São Paulo, evidencia um forte retrocesso. Mostra a opção por um caminho que fere nossa democracia e criminaliza a defesa dos direitos sociais do nosso povo.

O que esperar da era Trump

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

A previsão de curto prazo é uma atividade das mais traiçoeiras, que procuro nunca fazer. Prefiro analisar o que está acontecendo em termos da história de longa duração e as prováveis consequências no médio prazo. Contudo, decidi agora fazer previsões de médio prazo, por uma simples razão. Parece-me que todo mundo, em todo lugar, está neste momento focado naquilo que acontecerá no curto prazo. Parece não haver outro tema de interesse. A ansiedade está ao máximo, é preciso lidar com isso.

Alckmin e o empresário ficha suja

Por Carlos Neder, no blog Viomundo:

Todo mundo sabe. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pretende disputar a presidência da República em 2018.

É fundamental, portanto, que a população, particularmente a de outros estados, saiba como tem sido a gestão dele e do PSDB em São Paulo nos últimos anos.

Para começar, Alckmin age o tempo todo para levar a proposta do Estado mínimo às últimas consequências, ao seu limite. É a sua principal característica.

Nesse processo, é possível identificar três fases que mostram a sua evolução, embora elas coexistam.

Uau! Miriam Leitão descobre efeito Trump

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eu estava me sentindo um pouco solitário, de tantas vezes que repetia aqui que era para colocar as barbas de molho em matéria de economia com a iminência da posse de Donald Trump, que vai significar um abalo – não se sabe de quantos graus na “escola Richter”, enquanto os comentaristas da grande imprensa praticamente ignoravam os impactos negativos que ela vai trazer para nossa economia, o mais rápido na questão cambial.

Mas hoje, finalmente, diante da revisão para baixo do prognóstico de crescimento da economia brasileira pelo FMI para 0,2%, Miriam Leitão admite que ” o resultado pode ser pior”, em razão das "incertezas provocadas pelo governo de Donald Trump".

Os discursos de ódio prosperam no Brasil

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Na República de Platão, Polemarco, em diálogo com Sócrates, busca no senso comum seu conceito de justiça. Para ele, a definição passa pela maniqueísta formulação de “devolver o que se deve, sendo o bem ao amigo e o mal ao inimigo”.

No Brasil que naturaliza a barbárie, a definição do personagem platônico impõe-se em discursos de políticos, promotores e juízes. A repercussão das matanças recentes nas prisões brasileiras confirma a preferência da atual classe política pelo “olho por olho, dente por dente” de Polemarco.

Mídia prometeu que golpe salvaria economia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O impeachment de Dilma Rousseff foi vendido pela mídia, pelos grandes empresários e pelos políticos golpistas (PSDB e PMDB à frente) como panaceia para a crise econômica. Com base nesse estelionato político, grande parte da população apoiou o golpe.

Em dezembro de 2015, o jornal Valor Econômico afirma que “Empresários querem que processo de impeachment corra de forma rápida” para destravar a economia

Em maio de 2016, o jornal O Globo afirma que “A aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff abre espaço para uma retomada de confiança na economia brasileira”

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Alexandre de Moraes: "fascista e mentiroso"

Por Luana Spinillo, no site do PT:

O jurista e deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) foi enfático ao afirmar que o ministro golpista da Justiça, Alexandre de Moraes, é “despreparado moral e intelectualmente” para exercer o cargo.

A comprovação, para Damous, foi a forma como o atual ministro agiu após as chacinas ocorridas na primeira semana do ano nas penitenciárias do Amazonas e de Roraima, onde mais de 90 presos foram mortos.

Isso porque, na avaliação do petista, além de despreparado, Moraes é também “fascista e mentiroso”, já que o golpista declarou não ter recebido pedido de ajuda para crise no sistema penitenciário de Roraima, mas foi desmentido por um ofício da governadora Suely Campos (PP), pedindo em novembro o envio da Força Nacional para auxiliar na segurança de presídios.

Doria quer privatizar bibliotecas públicas

Da revista Fórum:

A cidade de São Paulo possui uma rede composta por 107 bibliotecas públicas – entre temáticas, de bairro, centrais, ônibus biblioteca e bosque de leitura. Trata-se do maior sistema de bibliotecas públicas da América Latina, recebendo cerca de 4 milhões de consultas por ano. Todo esse sistema pode, em breve, deixar de ser público e de ser administrado pelo poder municipal. O secretário municipal de Cultura da gestão João Doria, André Sturm, anunciou na semana passada que passará o controle de ao menos 52 bibliotecas, além do Centro Cultural São Paulo (CCSP), para as mãos de Organizações Sociais (OS).

O golpe e o retrocesso na reforma agrária

Por Gerson Teixeira, no site do MST:

O governo Dilma já entrou para a história por ter sido interrompido por meio de um golpe político protagonizado por uma ampla aliança das classes conservadoras. Tais setores, não apenas fulminaram a ordem democrática: em tempo sumário, violaram a soberania do país; solaparam direitos dos trabalhadores; e estão retroagindo, de forma intensa a economia e o quadro social brasileiro para posição anterior a 2003. É como se tivessem colocado o país numa máquina do tempo para uma viagem de volta súbita a um passado que julgávamos ter superado.

O Deus brasileiro devora seus filhos

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Diz-se que Deus é brasileiro, não o Deus da ternura dos humildes mas o Moloc dos amonitas que devora seus filhos. Somos um dos países mais desiguais, injustos e violentos do mundo. Teologicamente vivemos numa situação de pecado social e estrutural em contradição com o projeto de Deus. Basta considerar o que ocorreu nos presídios de Manaus, Rondônia e Roraima. É pura barbárie: a fúria decapita, fura os olhos e arranca o coração.

Não há uma violência no Brasil. Estamos assentados sobre estruturas histórico-sociais violentas, vindas do genocídio indígena, do colonialismo humilhante e do escravagismo desumano. Não há como superar estas estruturas sem antes superar esta tradição nefasta.

Meirelles ataca o funcionalismo público

Por André Forastieri, no site Vermelho:

Sem alarde, o governo de Michel Temer e o Supremo Tribunal Federal iniciaram esta semana o maior ataque ao funcionalismo público que o Brasil já viu. À frente da operação está o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A blitz continua na semana que vem, quando deve ser aprovado o acordo da União com o estado do Rio de Janeiro. Esse compromisso incluirá a redução da jornada de trabalho e dos salários dos funcionários públicos do Rio. Também está previsto o aumento da contribuição previdenciária dos funcionários públicos, que hoje é de 11%.

A perseguição a Lula e o sentido ético

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Na peça Galileu Galilei, Bertolt Brecht estabelece uma polêmica acerca do sentido e do significado do herói. Em conversa com seu secretário Andreas o sábio italiano enfrenta a angústia de defender a verdade de que a Terra não é centro do sistema planetário sabendo que a Santa Inquisição lhe ceifaria a vida ou de negar a verdade e continuar mantendo a dádiva da vida. Andreas, jovem idealista, incita o mestre a defender a verdade da evidência científica argumentando que a possível morte o tornará herói. Entre as ponderações dos argumentos, Andreas declara: "Pobre do povo que não tem herói!". Ao que Galileu responde: " Não Andreas. Pobre do povo que precisa de herói!".

Ano da esperança ou dos retrocessos

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Este é um ano decisivo porque de transição, entre o golpe de 2016 e o que deve ser o ano das novas eleições presidenciais, em 2018. Pode ser o ano da consolidação do governo golpista, caso ele consiga blindar o processo eleitoral, eliminando Lula da disputa, ou pode ser a preparação do cenário de recuperação, por parte do povo, do direito de eleger por via direta, de novo, o presidente do país.

O Brasil saiu da ditadura, mas nunca chegou à democracia. O caráter predominantemente liberal da transição à democracia fez com que esta fosse um processo limitado às estruturas políticas – descentralizando o poder em torno do Estado, restabelecendo a autonomia dos três poderes da República, promovendo os processos eleitorais, a diversidade partidária, entre outras medidas.

Justiça bloqueia bens de Blairo Maggi

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Do jornal Brasil de Fato:

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT), teve bens bloqueados pela Justiça do Mato Grosso nesta quarta-feira (11). Ele responde a processo por improbidade administrativa, acusado de ter participado de um esquema que comprou uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A decisão, que bloqueou R$ 403 mil de Maggi foi tomada na segunda-feira (9) pelo juiz Luís Parecido Bertolussi Júnior, tornando indisponíveis também veículos do político. José Riva (PSD), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, também foi alvo do processo. As informações são do jornal Folha de São Paulo.


A tragédia de Mariana e a febre amarela

A crise da previdência privada no mundo

Por Pere Rusiñol, no site da CTB:

Os lobistas das aposentadorias privadas passam toda a vida anunciando a iminente crise do modelo público. E agora que os recursos das aposentadorias atingiram níveis mínimos, o que ameaça de fato entrar em erupção são os sistemas privados. Em todo o mundo.

O modelo público espanhol é de repartição: os trabalhadores de hoje pagam os vencimentos dos aposentados. A maioria dos sistemas privados, por outro lado, tem um modelo de capitalização: cada trabalhador coloca dinheiro em uma conta própria, que será sua futura pensão.

Por que o PCC cresceu tanto sob Alckmin?

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que o PCC ganhou no acordo com o governo paulista em 2006?

Na época, a facção realizou vários ataques, especialmente a postos da Polícia Militar, de maneira coordenada. Eles foram interrompidos após uma reunião no presídio de Presidente Bernardes, no interior do estado.

De acordo com o Estadão, a solução foi encaminhada pela advogada Iracema Vasciaveo, então presidente da ONG Nova Ordem, que defendia os direitos dos presos e representava o PCC.

Folha tenta levantar o moral de Moro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A assessoria de imprensa da Lava Jato – leia-se, Folha de São Paulo – estampa a seguinte manchete em seu site, triunfante: “TRF mantém ou endurece 70% das penas aplicadas por Sergio Moro”.

De 23 condenados por Moro, 8 tiveram as penas mantidas, 8 tiveram as penas endurecidas, 4 foram absolvidos pelo TRF e 3 tiveram suas penas diminuídas.

No meio da matéria vem a pegadinha.

FMI rebaixa previsão de crescimento

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta segunda-feira previsão de crescimento de apenas 0,2% para o Brasil em 2017, índice menor que o divulgado na semana passada pelo boletim Focus do Banco Central e pelo Mundial, de 0,5%. A previsão do FMI, de crescimento maior, embora moderado, para as economias dos Estados Unidos e da China, é mais um indicador de que a estagnação brasileira tem um forte componente interno, que é a incerteza dos agentes econômicos em relação ao futuro do governo Temer.

Pastor Everaldo e os cristãos de araque

Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

Esse PSC, onde fundamentalistas religiosos, fascistas e pilantras em geral militam e se misturam, pode ser a chave para se descobrir como funcionou o financiamento do golpe que tirou a presidenta Dilma Rousseff do poder.

Trata-se, antes de tudo, de uma quadrilha mal disfarçada.

A taxa de juros e a farra dos bancos

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A situação geral de nosso país continua indo de mal a pior. A crise econômica se entrelaça cada vez mais à crise econômica, com seus tentáculos atingindo também a dimensão social e institucional. A cada novo dia que passa as imagens, as novidades e as rotinas repetidas retratam uma Nação que afunda a olhos vistos.

A recessão grave se impôs como uma realidade da dinâmica econômica, perpassando todos os setores de atividade e todas as regiões. O desemprego segue firme e forte, com o aumento expressivo no número de pedidos de falência de empresas por todos os cantos. A tragédia social começa a atingir também as finanças públicas de unidades importantes da federação, a exemplo do que ocorre de forma mais visível no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Uerj: uma universidade na UTI

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

O estado de calamidade pública do Rio de Janeiro - reconhecido pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em novembro de 2016 - pode causar sérios danos à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), 11ª melhor universidade do País, de acordo com o ranking da Times Higher Education, também do ano passado. Nesta terça-feira (10), o reitor Ruy Garcia Marques e a reitora Maria Georgina Munis Washington divulgaram uma carta afirmando que a crise financeira pode fazer com que a universidade não seja aberta no início do ano letivo, que começa nesta segunda-feira (16).

Doria: a política sob a forma do ridículo

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fran Alavina, no site Outras Palavras:

Após o ano do absurdo, 2017 inicia-se como passagem do absurdo ao ridículo. A história política mostra que uma vez alcançado o absurdo fatalmente se chega ao ridículo. Parece ser algo inevitável, como se tratasse de um aspecto imanente aos períodos de decadência dos regimes políticos. Antes que Maria Antonieta ridicularizasse os famintos de Paris, a monarquia francesa havia se refestelado em absurdas pompas e banquetes. Em Roma, Nero não era menos absurdo que ridículo. Se é verdade que na história as coisas se repetem a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. não se deixe de reconhecer que não há tragédia sem algo de absurdo, nem farsa sem algo de ridículo.

O golpismo de Janot: eternizar-se na PGR

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Globo noticia que Rodrigo Janot pretende mais um mandato à frente da Procuradoria Geral da República.

Diz, segundo o jornal, que ele é “a garantia da Lava Jato”

Quando as ações institucionais são personalizadas, deixam de ser instituições e se tornam projetos de poder.

E isso virou uma febre na Justiça e seu entorno.

O golpe e os dez passos para trás

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

Na história recente do Brasil, será difícil encontrar um período tão marcado pelo retrocesso como 2016. Num curto espaço de tempo, a democracia e os direitos sociais foram atacados de modo selvagem. Foi o ano em que a relação entre as forças sociais perdeu qualquer equilíbrio, em uma guinada a favor do 1%, sem sistema de freios.

A consumação do golpe parlamentar, em abril-maio, e sua confirmação, em agosto, abriu a caixa de Pandora, que estava à espera de uma oportunidade adequada. Velhos projetos foram desengavetados. O atrevimento da casa-grande, contido por algum tempo, voltou com força redobrada.

Temer pode tornar Lula “invencível”

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Setores do PT articulam o lançamento da terceira candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. O evento seria na próxima sexta-feira (20/1) durante reunião do Diretório Nacional do partido, em São Paulo. É uma boa ideia. Talvez não no contexto pretendido inicialmente, mas certamente em outros contextos possíveis.

Antes de prosseguir, porém, quero avisar ao leitor que vou me valer, aqui, de um recurso estilístico conhecido como nariz-de-cera, ou seja, um longo preâmbulo ao tema central, determinado pelo título do post.

Cármen Lúcia e o conflito de interesses

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A campanha já indiscreta para transformar Carmen Lúcia em candidata séria à sucessão de Michel Temer - agora ou em 2018 - deveria receber um tratamento mais cauteloso de seus aliados assumidos ou encobertos. Presidente do STF pelo prazo de dois anos, Carmen Lúcia está condenada a desempenhar um papel decisivo na definição de candidaturas que eventuais adversários - num caso em que o conflito de interesses pode assumir um caráter particularmente vergonhoso.

Vamos examinar a questão essencial da sucessão de Temer: o candidato declarado Luiz Inácio Lula da Silva, hoje o líder em todas as pesquisas para o primeiro turno.

Clã Marinho degola Alexandre de Moraes

Por Altamiro Borges

O truculento Alexandre de Moraes – “ministro da justiça”, em minúscula, como escreve Eugênio Aragão – parece que está com os seus dias contados no covil golpista de Michel Temer. Além de incompetente e mentiroso, como ficou evidente nos recentes massacres em presídios, o egocêntrico vai colecionando inimigos por todos os cantos. Juristas e advogados de renome já lançaram um manifesto pelo sua imediata exoneração do posto. Agora, a própria revista Época, do Grupo Globo, parece que resolveu rifá-lo. Numa longa reportagem, que não seria publicada sem o prévio consentimento da famiglia Marinho, ela concluiu que Alexandre de Mores é “o homem errado” para a função.

Outro traste na Secretaria da Juventude?

Por Altamiro Borges

O Judas Michel Temer parece consultar os boletins de ocorrência para indicar seus ministros. Sete inclusive já foram defenestrados do covil golpista. O último a ser defecado foi o Secretário Nacional da Juventude, o fascistinha Bruno Júlio, que andou pregando uma “chacina por semana” após os lamentáveis episódios do presídio de Manaus. Em seu lugar, o usurpador nomeou nesta quinta-feira (12) outro traste: o advogado Francisco de Assis Costa Filho. Nem a mídia chapa-branca, tão subserviente diante das besteiras do governo ilegítimo, conseguiu esconder a ficha corrida deste “jovem”. Até o jornal O Globo, da mercenária famiglia Marinho, estranhou a indicação. Vale conferir:

Posse de Trump atemoriza brasileiros nos EUA

Do site Vermelho:

A uma semana da posse do novo presidente americano, a comunidade brasileira nos Estados Unidos segue com apreensão por conta das declarações de Donald Trump. Afinal, uma das promessas de campanha do republicano foi a deportação em massa de imigrantes ilegais. As informações são da Rádio França Internacional.

Legais ou ilegais, estudantes ou profissionais, imigrantes recentes ou “veteranos”, os brasileiros residentes nos EUA não estão tranquilos. Afinal, as últimas nomeações de Trump para seu gabinete sinalizam com razões concretas para as apreensões dos “brazucas”. Além de ter feito da “deportação em massa” de imigrantes ilegais um dos cavalos de batalha de sua campanha, o magnata nomeou o senador republicano Jeff Sessions, conhecido por seu discurso anti-imigração, como secretário de Justiça dos Estados Unidos.

Carnaval é espaço de luta política

Por Juliana Gonçalves, no site The Intercept-Brasil;

Purpurina, transgressão e resistência. No meio da folia carnavalesca, que já encena seus primeiros atos em 2017, a discussão política ganha espaço nos blocos de rua. Com o lema “Carnaval, folia e luta”, blocos não autorizados pela Prefeitura do Rio ocuparam as ruas do centro da cidade no primeiro domingo do ano, dia 8, em um ato festivo contra as imposições do governo, como o monopólio da cervejaria patrocinadora do evento oficial nas vendas de bebida.

Trump assume sob bombardeio midiático

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Nem analistas, nem altas esferas de Washington podem prever o que Donald Trump vai realmente fazer, ou poder fazer, após tomar posse no próximo dia 20. A imprevisibilidade e o temperamento errático, além de seu caráter outsider, são alguns dos motivos pelos quais o presidente republicano, eleito após oito anos de domínio democrata com Barack Obama, tem causado calafrios e tem sido vítima de uma verdadeira guerra midiática.

Imperatriz Leopoldinense e o agronegócio

Por Alan Tygel, no jornal Brasil de Fato:

Há alguns meses, publicamos neste espaço um artigo sobre a tentativa desesperada do agronegócio em salvar sua imagem perante a sociedade com a novela O Velho Chico. Na ocasião, afirmamos que o investimento na novela tentava construir a imagem de um agro-pop-tudo em oposição ao velho coronelismo. A motivação para esse esforço veio de uma percepção do próprio agronegócio de que a sociedade o associa ao desmatamento, aos agrotóxicos e ao trabalho escravo.

A estaca zero na corrida aeroespacial

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Em meados de 2003, os ministros da Defesa (José Viegas Filho), das Relações Exteriores (Celso Amorim) e da Ciência e Tecnologia (Roberto Amaral) recomendaram à presidência da República a retirada, do Congresso Nacional, da mensagem com a qual FHC encaminhara o acordo por ele firmado com o governo dos EUA visando à cessão, pelo Brasil, do Centro de Lançamentos de veículos espaciais de Alcântara (CLA), no Maranhão. O acordo, demonstravam os ministros, contrariava os interesses nacionais e afetava nossa soberania.

sábado, 14 de janeiro de 2017

O papel da mídia no golpe do impeachment

O mimimi do “ministro da justiça”

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

Esconder um erro com uma mentira é o mesmo que substituir uma mancha por um buraco. (Aristóteles)

Meu sucessor, que a convenção – uma mera convenção, nada mais – manda chamar “ministro da justiça”, costuma ser homem de muita lábia – que, no seu caso, não é sábia. Afinal, sua retórica até hoje não foi nada convincente. Inúmeras são suas iniciativas que ultrapassam o limite da prudência e do bom-senso, quando não beiram o mais tosco populismo. Vãs e voláteis são suas palavras, “dust in the wind”. Uma vez ditas, não resolvem o problema, mas geram uma pletora de novos problemas, constrangendo seu autor à exposição continuada e à defesa do indefensável.

João Doria, o poste (de pole dance)

Ilustração de Cris Vector
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Quando começaram a surgir as primeiras notícias de que seria candidata a presidente da República, Dilma Rousseff foi logo apelidada “poste”. Por nunca haver disputado cargo eletivo, Dilma era um “poste” de Lula. As palavras “marionete” e “fantoche” também foram utilizadas. Mesmo que, antes de se candidatar, ela estivesse como ministra da Casa Civil da presidência da República, tendo sido antes ministra das Minas e Energia e ocupado vários cargos públicos a partir dos anos 1980.

Sim, Sergio Moro é réu na ONU!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Cafezinho foi parar na capa da Veja.

Felizmente, não é para falar bem do blog. Se assim o fosse, seríamos suspeitos, aí sim, de sermos farsantes.

Como é para falar mal, então estamos bem. Continuamos sendo um blog “sujo” e honesto.

A matéria da Veja é um post encomendado pelo consórcio de golpistas e corruptos que tomaram o poder para blindar Sergio Moro, o heroi dos coxinhas e eleitores de Bolsonaro.