quinta-feira, 23 de julho de 2015

Um 'ajuste' no ajuste fiscal de Levy

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O ajuste fiscal anunciado pelo governo no fim do ano passado derrubou o PIB em 2015, como há tempos alertavam alguns economistas. Resultado: Brasília viu-se forçada a abandonar a meta fiscal proposta para este ano e para os dois próximos e a rebaixar todas as previsões de crescimento até o fim da gestão Dilma Rousseff. Mas não sem aplicar outra dose de arrocho, com novos cortes no orçamento, e reafirmar que o plano de austeridade segue intacto.

A retumbante vitória política de Cuba

Editorial do site Vermelho:

Nesta segunda-feira (20) ocorreu a reabertura da embaixada cubana em Washington, com a bandeira de Cuba sendo içada naquele local depois de 54 anos. No dia 14 de agosto será a vez da embaixada norte-americana ser reaberta em Havana.

Uma breve retrospectiva histórica é o suficiente para se ter ideia do que significou este momento.

Quando no início dos anos 1990, aconteceu a debacle do campo socialista, os vaticínios sobre o futuro de Cuba eram invariavelmente negativos. Inebriada pela vitória, a burguesia, através dos seus órgãos de comunicação, proclamava a certeza da queda iminente do regime.

"Tarjas brancas" no texto da Odebrecht

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



O leitor CM fez o mesmo que Stanley Burburinho, que identificou o autor das “tarjas pretas” com que a Polícia Federal (ou o Estadão) ocultaram alguns nomes – e divulgaram outros – nos textos de e-mail contidos nos celulares do empresário Marcelo Odebrecht.

Desta vez, porém, tirou as tarjas brancas que apagam, no arquivo divulgado pelo Estadão, os trechos das páginas 23,24 e parte da 25 do relatório da Polícia Federal – arquivo do jornal aqui – e nos permite saber do que elas tratam.

Lava Jato pode virar castelo de cartas?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao decidir mudar-se para Miami e abandonar três clientes no meio do processo, a advogada Beatriz Catta Preta coloca um imenso ponto de interrogação sobre a Lava Jato.

Cabe perguntar: a fortaleza do juiz Sérgio Moro pode se transformar num castelo de cartas?

Falo isso pensando na denúncia de uma escuta clandestina na cela que o doleiro Alberto Youssef e o executivo da Petrobras Paulo Roberto Costa ocuparam ao chegar a carceragem em Curitiba. Constitui um caso grave, digno de reflexão sobre os métodos empregados na Lava Jato, certo? Até porque pelo menos outras duas escutas ilegais -- envolviam conversa entre advogado e cliente -- foram usadas.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Pesquisa CNT mostra avanço do fascismo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Como diz o ditado, nada é tão ruim que não possa piorar.

Antes de falar das coisas ruins, porém, mostremos a única notícia boa da pesquisa CNT/MDA: quase 80% dos brasileiros é contra doações de empresas para campanhas políticas.



Agora vamos às coisas ruins.

Os dez passos para a prisão de Cunha

Da revista Fórum:

O jurista Luiz Flávio Gomes, mestre em Direito Penal pela USP e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil, utilizou sua página do Facebook para divulgar artigo no qual elenca os dez passos que podem levar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à prisão caso sejam comprovadas as acusações que pesam sobre ele. Na visão de Gomes, ainda que isso demore a acontecer, o afastamento do deputado da presidência da Câmara é eminente. Confira:

A crítica insustentável ao 'Mais Médicos'

Por Henrique Gonçalves Dantas de Medeiros e Andreia Cristina Campigotto, no jornal Brasil de Fato:

“Mentiras contadas repetidas muitas vezes e de maneira despudorada, faz com que imaginemos ser verdade”. Com esse aforismo, a Associação Médica Brasileira (AMB) sintetizou sua posição frente ao Programa Mais Médicos em texto publicado no portal R7 no dia 10 de julho em referência aos dois anos do programa, cujo aniversário ocorrera no dia 8. A linha de raciocínio (que não é surpresa para ninguém que esteja minimamente por dentro dessa discussão) é a de que o Mais Médicos não passa de uma estratégia “marqueteira”, que, longe de impactar positivamente nos indicadores de saúde, na verdade, estaria piorando-os. Por esta razão, não haveria nada a comemorar.

O mito da estabilidade no governo FHC

Por Lecio Morais, no blog de Renato Rabelo:

Efeméride convocada no Senado na semana passada comemorou o aniversário do Plano Real. Um importante plano que debelou a hiperinflação, mas que abriu também caminho para implantação plena às chamadas políticas neoliberais de abertura e desregulamentação. Entretanto, o Plano não trouxe estabilidade monetária e financeira para o país, como muitas vezes se divulga. O Plano trouxe, juntamente com as políticas neoliberais, elevados custos relativos à estagnação econômica, bem como os relativos ao endividamento público.

A tarja preta do Serra e a PF de Dilma

Por Renato Rovai, em seu blog:

A PF não tem que servir ao governo. Mas em hipótese alguma pode ser utilizada como ponta de lança de um movimento para derrubá-lo.

A tarja preta no nome de José Serra nos documentos divulgados pela instituição – que foram desvendados da forma mais básica e primária na rede com um Ctrl+C e um Ctrl +V num bloco de notas – demonstram como já passou do tempo de colocar essa polícia no rumo da institucionalidade.

Azevedo e os ‘pixulecos’ da Odebrecht

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Que é engraçado ver Reinaldo Azevedo, sempre tão acusatório, se defendendo estrepitosamente, ninguém pode negar.

Ele está sendo atacado por um público que sempre o idolatrou: a direita.

Um leitor do site arquiconservador Antagonista fez a seguinte pergunta: “Teria RA recebido uns pixulecos da Odebrecht?”

A celeuma está em torno das iniciais RA colhidas pela PF no celular de Marcelo Odebrecht.

Lula, Odebrecht, a toalha e o marmitex

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

No andar de cima, toalhas de linho e finas iguarias. Para o andar de baixo, marmitex.

Na perfeita imagem criada pelo jornalista Elio Gaspari, temos um resumo das divisões da sociedade brasileira, bem estampado num e-mail no qual o empreiteiro Marcelo Odebrecht comunica à mulher, Isabela, que uma sindicalista participaria de um jantar na casa deles. Em resposta, escreve Isabela, segundo o Painel da Folha desta quarta-feira, que reproduziu mensagem encontrada pela Polícia Federal no celular do empresário:

"Se sujar minha toalha de linho ou pedir marmitex... vou pirar. Saudações sindicais? Não mereço".

A ideologia na obra de Gramsci

Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

O que é ideologia para Gramsci? Ele a concebe enquanto "uma concepção de mundo que se manifesta implicitamente na arte, no direito, nas atividades econômicas e em todas as manifestações da vida intelectual e coletiva" (1). No entanto, somente as "ideologias orgânicas" vinculadas a uma das classes fundamentais da sociedade capitalista – a burguesia ou o proletariado – jogariam um papel determinante.

Editora Atitude e o veneno do 'Estadão'

Da Rede Brasil Atual:

A reportagem publicada hoje (22) no portal do jornal O Estado de S. Paulo – “Gráfica ligada ao PT girou R$ 67 mi em cinco anos, aponta PF” – não é a primeira em que, de maneira enviesada e manipuladora, o jornal tenta desqualificar uma empresa de comunicação de esquerda e, ao mesmo tempo, produzir informação sensacionalista baseada em interesses políticos alinhados com o jornal, e não nos fatos.

Ecos do passado na porta do Planalto

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Desde ontem à noite o alarido é grande em frente ao Palácio do Planalto. Ontem lá estavam os servidores do Judiciário esperneando contra o veto de Dilma ao reajuste que pode chegar a 78,5% de aumento. Hoje são os do Executivo, pedindo aumento e ameaçando com uma greve. Enquanto isso, logo mais às 17 horas a equipe econômica anuncia a redução da meta do superávit fiscal e um novo corte orçamentário, que pode chegar a R$ 10 bilhões, para cumprir a nova e bem menor meta. O mercado aguarda de orelha em pé.

A Polícia Federal e o "estado policial

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

O PT ganhou o governo federal, mas não tomou o poder.

Nessa quarta-feira, 21, isso se explicitou mais uma vez.

A Polícia Federal (PF) escondeu o nome do senador José Serra (PSDB-SP), que constava no relatório da perícia do celular do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato. Em compensação, age abertamente contra figuras de governos petistas. Na eleição de 2014, integrantes do órgão criaram no Facebook uma página, onde fizeram campanha veemente contra a presidenta Dilma Rousseff, inclusive com manifestações de ódio ao PT.

A pedalada fiscal que não sai no jornal

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Enquanto a oposição golpista se utiliza dos questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a suposta pedalada fiscal do governo para reforçar a tese da necessidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a coordenadora da Auditoria Cidadã, Maria Lúcia Fattorelli, afirma que a maior maquiagem contábil já feita nas contas da União ocorre sistematicamente todo ano, desde o lançamento do Plano Real, no governo Itamar Franco (1994), e serve a um único propósito: garantir ao sistema financeiro o pagamento dos juros da dívida pública brasileira, avaliada hoje em R$ 3,3 trilhões.

terça-feira, 21 de julho de 2015

As contas de Dilma e as pedaladas do TCU

Por Altamiro Borges

Os golpistas estão novamente excitados. Termina nesta quarta-feira (22) o prazo fixado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o governo Dilma prestar esclarecimentos sobre os seus gastos em 2014. Num fato inédito, o TCU pediu diretamente à presidenta as explicações sobre 13 pontos – até no número das exigências o órgão deixou explícita a sua provocação. Os dois principais questionamentos se referem ao aumento dos gastos federais durante ano eleitoral e às chamadas “pedaladas fiscais” – os atrasos nos pagamentos feitos para equilibrar o caixa da União. Os golpistas aguardam ansiosamente que o TCU rejeite as contas do governo, o que caracterizaria desrespeito à Lei da Responsabilidade Fiscal e resultaria na abertura do processo de impeachment da presidenta.

Lava-Jato e empreiteiros. É para valer?

Por Altamiro Borges

Os jornalões desta terça-feira (21) dão grande destaque para a decisão inédita da Justiça Federal, que pela primeira vez condenou poderosos empreiteiros. A antiga cúpula da construtora Camargo Corrêa, acusada de pagar R$ 50 milhões em propina por contratos na Petrobras, foi considerada culpada na primeira instância pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A decisão penaliza Dalton Avancini, ex-presidente da empresa, Eduardo Leite, ex-vice-presidente, e João Auler, ex-presidente do conselho. Eles são acusados de irregularidades em obras da Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná, e da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Dos três executivos condenados, dois fizeram acordo de delação premiada (Avancini e Leite) e tiveram abatimento de pena. Por decisão do juiz Sergio Moro, eles deverão ficar em prisão domiciliar até março de 2016 e, depois, terão mais dois anos no regime semiaberto.

Para entender o atual jogo político

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Poucas vezes a política mostrou-se tão adequada à definição do sábio Magalhães Pinto, que a comparava às nuvens do céu: agora estão de um jeito, daqui a pouco de outro.

Há dois tempos em jogo: o atual e o das eleições de 2018. Para 2018 habilitam-se os que têm votos; para 2015, os que têm poder. É a partir dessa dicotomia que se torna mais fácil entender os últimos lances políticos.

A mídia e a cultura do silêncio


Por Emiliano José

Venício Lima é desses intelectuais raros. Não só pela erudição, como e principalmente, pelo seu compromisso com as classes trabalhadoras, com a democracia, com a liberdade. Com propriedade, pode ser qualificado, à Gramsci, de intelectual orgânico. Seu mais recente livro – Cultura do silêncio e democracia no Brasil: ensaios em defesa da liberdade de expressão [1980-2015] – é uma expressão disso. Ao selecionar textos básicos de sua produção entre 1980 e 2015, evidencia o quanto seu pensamento contribuiu para a luta democrática no Brasil e o quanto suas formulações têm lado.

Euro, austeridade e decadência europeia

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

O momento de virada da Europa para sua rota de decadência pode ser localizada na impotência em impedir o surgimento do nazismo e do fascismo no seu seio e na incapacidade para derrotá-los. Teve de contar com a intervenção dos Estados Unidos e da União Soviética, o que consolidou seu processo de decadência, iniciada realmente com o fim da longa hegemonia britânica e na superação da Alemanha pelos Estados Unidos na disputa do lugar deixado vazio pela Grã-Bretanha.

O Globo e a arte da calúnia

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

A mídia hegemônica brasileira, sistema Globo à frente, prossegue a sua cantilena udenista, cujo enredo simplista engana muita gente.

Este enredo tem como base a seguinte fábula: acabou a impunidade no Brasil e em pouco tempo o PT e o Lula, que inventaram a corrupção, serão criminalizados. Segue trecho de um colunista amestrado do segundo escalão do jornal O Globo, na edição desta segunda-feira (20): “Os donos do poder não estão mais acima das leis. A transparência de uma sociedade aberta assusta mentes retrógradas que se habituaram à subserviência e à impunidade (...) Barbosa e Moro decretam o fim da impunidade para os donos do poder”.

Desespero de Cunha só apressa seu destino

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O poder de um presidente da Câmara é grande, mas depende, essencialmente, de ter comando sobre a maioria da Casa.

Se ele define o que se vota, isso vale pouco se o voto dos parlamentares não acompanhar os seus desejos.

E, tirando os que vivem dos frutos eleitorais de um radicalismo provocador – os Felicianos, os Bolsonaros e congêneres – , não parece bom negócio ficar perto de Eduardo Cunha.

O mato sem cachorro no Congresso

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Diante das perspectivas no Congresso Nacional, só nos resta ecoar as palavras que Dante pendurou na porta do Inferno:

"Ó vós que entrais, deixai qualquer esperança!"

Minha oposição ao Cunha não é por delação em Lava Jato, a qual precisa ser provada, pois apesar de Cunha ser o que é, não podemos deixar que a política brasileira fique em mãos da ditadura midiático-judicial.

Cinco mentiras de 'O Globo' sobre Lula

Da revista Fórum:

Ao longo deste ano, quase que mensalmente, o Instituto Lula foi a público para explicar ou desmentir reportagens do jornal O Globo sobre o ex-presidente. Em sete meses, foram ao menos cinco matérias que falavam sobre fatos inexistentes, situações ou declarações não confirmadas.

O Instituto, então, listou as cinco vezes em que, somente neste ano, a publicação trouxe alguma informação falsa sobre Lula. Entre as matérias estão desde o ‘mico’ que o jornal pagou quando informou que o ex-presidente teria “confessado” a Mujica que sabia do “mensalão” ou ainda a reportagem sobre a “reunião secreta” em Portugal.

Apuros de Cunha reabrem jogo para Dilma

Por Breno Altman, em seu blog:

As severas denúncias contra o presidente da Câmara dos Deputados talvez sejam a única boa notícia para o petismo nos últimos seis meses.

Encurralado pela ofensiva conservadora, assistindo impavidamente a dissolução de sua base social, o Palácio do Planalto vinha sendo feito de gato e sapato por Eduardo Cunha.

Forjou-se, ao redor do parlamentar fluminense, uma nova coalizão, de centro-direita, que dirigiu a vida política no primeiro semestre e fragilizou as condições de governabilidade da presidente Dilma Rousseff, estabelecendo uma espécie de aleijão parlamentarista.

Refugiados, desconhecido drama global

Por Raissa Leite Zoccal, no site Outras Palavras:

O fenômeno das migrações forçadas sempre esteve presente na história mundial, quer oriundo de desequilíbrios sociais e econômicos, como fome e calamidade natural, quer ocasionado por guerras e opressões. Na maioria das vezes, indivíduos nessas circunstâncias são obrigados a deixar o próprio país para buscar proteção em território estrangeiro, e frequentemente, para salvar a própria vida. O direito internacional contempla uma categoria específica de migrante forçado, o refugiado, que deve conter elementos conceituais bem determinados.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Zuzu Angel: Quem é essa mulher?

http://www.zuzuangel.com.br/
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu filho
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra o sino?
Queria cantar para o meu menino
Que ele não pode mais cantar

(Angélica, letra e música de Chico Buarque de Holanda em homenagem a Zuzu Angel)


Assisti, mais uma vez, na noite de sábado, pela TV a cabo, ao filme sobre a  saga da estilista Zuzu Angel em busca da localização do corpo do seu filho, Stuart Edgar Angel Jones, assassinado pela ditadura militar. Por isso, resolvi começar esta semana ensolarada homenageando uma mulher da têmpera, da fibra e da coragem de Zuzu, que pagou com a própria vida por ter acuado a ditadura, na luta comovente de uma mãe para dar um sepultamento digno ao filho.

FNDC condena golpismo midiático

Do site do FNDC:

O Conselho Deliberativo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) aprovou, neste sábado (18/7), moção "Em Defesa da Democracia e do Estado de Direito". O texto critica a forma como setores conservadores da sociedade, como a mídia privada, parcelas do Judiciário e partidos de oposição, têm tentado criar um clima artificialmente favorável a uma interrupção do mandato da presidenta Dilma Rousseff.

Eduardo Cunha e o silêncio do PSDB

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O PSDB tem um velho problema crônico de não se posicionar diante de certos casos de repercussão nacional - uma atitude que, paradoxalmente, escancara suas intenções.

O silêncio do maior partido de oposição em torno de Eduardo Cunha está longe de ser um episódio isolado.

Apenas para citar alguns eventos recentes em se verificou essa mudez: a execução do brasileiro Marco Archer na Indonésia, o espancamento dos professores pelo governador do Paraná Beto Richa e a cafajestada de Bolsonaro com a colega Maria do Rosário.

Pan-2015: Para que serve a "Veja"?

Por Celso Fonseca, no site R7:

As irmãs Luana Vicente e Lohaynny Vicente, de 21 e 19 anos, tiveram uma infância pobre nas vielas da comunidade do morro da Chacrinha, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ainda bem crianças viram o pai, chefe do tráfico do morro, ser morto num confronto com a polícia. O que vem a seguir é daquelas improváveis histórias brasileiras, que parecem escritas como fábulas de superação.

Lula, a caça que de fato importa

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O enredo que vem sendo rabiscado desde 2003 agora começa a tomar forma. No epílogo desejado por seus autores, o ex-presidente Lula sai da História, do lugar assegurado por sua trajetória e por oito anos de governo que mudaram o Brasil, tomba como réu em um processo desonroso, torna-se inelegível e o povo brasileiro não repete a ousadia de colocar na Presidência alguém saído de onde ele saiu: da pobreza, do Nordeste, da classe operária, do compromisso com os mais pobres e com um Brasil de todos.

Cunha tenta um golpe em causa própria

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

Se ainda não ficou claro o que Cunha quer ao falar em impeachment de Dilma, é bom deixar claro. Mais do que irritação, retaliação ou revanche, Cunha mira em Dilma para acertar Rodrigo Janot, o Procurador-Geral da República.

Janot é responsável pela peça de acusação contra a Cunha, com base na qual o Supremo Tribunal Federal (STF) selará o destino do deputado. As conclusões de Janot podem levar não apenas à perda do mandato de Cunha, mas à cassação de seus direitos políticos e à decretação de sua prisão.

Metrô de SP: Mídia oculta a corrupção

Telesur: 10 anos pela integração

Por Beto Almeida

A Telesur - TV latino-americana, fruto da visão estratégica de Hugo Chávez, com o apoio de outros países - completa 10 anos de jornalismo transformador e de integração dos povos no dia 24 de julho, simbólica data do natalício de Simon Bolivar! Estruturar, manter no ar, qualificar e expandir a programação e o alcance, são vitórias da Revolução Bolivariana e do processo de integração da América Latina, levando ao mundo uma mensagem de que sim é possível fazer um jornalismo que não seja prisioneiro da ditadura de mercado, do consumismo ou da ideologia guerreira que o imperialismo impõe aos meios de comunicação no mundo.

Cunha e golpistas não vão dar trégua

Por Altamiro Borges

A partir desta segunda-feira (20), o Congresso Nacional entra em recesso por duas semanas. A folga dos deputados e senadores, porém, não deve aliviar o clima de tensão política no país. O “achacador” Eduardo Cunha, abatido com a denúncia de que recebeu US$ 5 milhões em propina, está totalmente ensandecido. Ele já avisou que seu maior desejo é “explodir o governo Dilma”. Já a oposição demotucana ficou atordoada com a queda do seu aliado – #CadeAécio, perguntam os internautas –, mas não desistiu da sua tática de “sangrar” Dilma e “matar” Lula. Setores da mídia, que já tinham escolhido Eduardo Cunha como seu novo “mosqueteiro da ética” – depois do triste fim de carreira do demo cassado Demóstenes Torres –, também não vão abandonar a sua cruzada golpista.

A "caixinha" do Pastor Everaldo

Por Altamiro Borges

No terreno nebuloso da política, os moralistas mais histéricos geralmente costumam esconder as suas imoralidades mais abjetas. Na disputa presidencial do ano passado, o exótico Pastor Everaldo posou de vestal da ética. No início da campanha, ele até garantiu os holofotes da mídia com a sua pregação agressiva e pontuou bem nas pesquisas. Na sequência, o "pastor" velhaco foi desmascarado e acabou sendo abandonado até pelos fiéis da sua igreja. A Convenção Geral das Assembleias de Deus decidiu apoiar a também evangélica Marina Silva. Agora, em plena briga pelo comando do seu partido, PSC, ele sofre novos abalos, sendo denunciado por fazer "caixinha" com os funcionários do seu gabinete. Vale conferir a fofoca publicada nesta sexta-feira (17) pela coluna "Expresso" da revista Época:

domingo, 19 de julho de 2015

Eduardo Cunha ainda não está “morto”

Por Altamiro Borges

Muita gente séria tem afirmado que Eduardo Cunha, o famoso 'achacador' que hoje preside a Câmara Federal, está “morto politicamente”. Há quem garanta que a denúncia feita pelo empresário Júlio Camargo, de que o lobista recebeu US$ 5 milhões em propina, pode até resultar no seu impeachment e na sua prisão. Até setores da mídia, que sempre estimularam o oposicionismo do “peemedebista rebelde”, já preveem o seu total isolamento. A revista Época, da famiglia Marinho, registrou uma cena curiosa que confirmaria a difícil situação do seu aliado temporário no ódio ao governo Dilma. Vale conferir a notinha do jornalista Ricardo Della Coletta:

Corrupção na Receita. Cadê o Alckmin?

Por Altamiro Borges

O “midiota” – aquele ser manipulado diariamente pela mídia privada, segundo a já clássica definição do jornalista Luciano Martins Costa – deve mesmo achar que a corrupção foi inventada pelo PT e que os políticos do PSDB são os maiores santos do universo. Neste processo de purificação dos tucanos, um dos mais blindados é o governador Geraldo Alckmin. Nada atinge o “picolé de chuchu”, que é quase um ente divino – até por suas ligações com a seita fascistoide Opus Dei. Na semana passada, o Ministério Público desvendou mais um esquema bilionário de desvio de recursos públicos na Receita de São Paulo. O silêncio da mídia chapa-branca, porém, é ensurdecedor!

Eduardo Cunha e a traição anunciada

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Admitamos uma hipótese altamente improvável, para não dizer impossível, por amor ao raciocínio. E se o Congresso fosse chamado a tomar a decisão do impeachment de Dilma Rousseff?

Caso isso ocorresse será sempre , como em outros casos, um julgamento político que, na Câmara de Deputados, por exemplo, depende de 342 votos, em 513, para alcançar aquilo que, objetivamente, nas circunstâncias de agora, pode ser tratado como golpe. O número de apoios entre deputados é difícil de ser alcançado, a não ser que aconteça uma traição na base do governo.

A quem interessa subverter a ordem?

Por Renato Rabelo, em seu blog:

Chispas rondam o país ameaçando incendiar o Estado de Direito Democrático. Desde que os setores extremados do consórcio oposicionista não aceitaram a derrota eleitoral na eleição presidencial de 2014 - numa conjunção com enorme aparato midiático - o curso político nacional vive um estado de golpe permanente. Alimenta essa situação excepcional as sucessivas ações de vazamentos seletivos da Operação Lava Jato – dirigidas no sentido político antigoverno e anti-PT, procurando atingir o ex-presidente Lula -, em desdém às normas do Estado de Direito e à Constituição.

A crise política e a reação de Cunha

Editorial do site Vermelho:

Os recentes desdobramentos da “Lava Jato”, operação conduzida politicamente por parcelas da máquina policial e judiciária, levou o país às portas de uma grave crise institucional.

Sob o pretexto do justo e necessário combate à corrupção, promovem-se vazamentos de delações para as quais a lei prevê sigilo. Tais vazamentos obedecem a um determinado tempo político e têm sempre como objetivo alimentar a chama da crise.

O ferro malhado ainda quente com Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



A situação de Eduardo Cunha vai ficando patética.

Depois de ressuscitar um pedido de impeachment de Dilma feito por Jair Bolsonaro, agora recebe a manifestação de “solidariedade” de Marco Feliciano, que pede ao Pastor Everaldo, presidente do PSC, a expulsão do também deputado Sílvio Costa (PE), por este ter feito um pronunciamento onde pede o afastamento temporario do presidente da Câmara (veja aqui), enquanto está sendo investigado.

O dono da Globo e o jantar com Odebrecht

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Esse é o tipo de notícia para nos fazer rir, de nervoso, da hipocrisia da mídia brasileira.

É uma hipocrisia que beira a insanidade, como se os barões da mídia achassem que fôssemos todos otários.

Na guerra sem quartel para destruir Lula, a mídia tenta transformar em prova de crime um jantar do qual participaram Lula e Marcelo Odebrecht.

TV Globo destrói o futebol brasileiro