quarta-feira, 22 de julho de 2015

Editora Atitude e o veneno do 'Estadão'

Da Rede Brasil Atual:

A reportagem publicada hoje (22) no portal do jornal O Estado de S. Paulo – “Gráfica ligada ao PT girou R$ 67 mi em cinco anos, aponta PF” – não é a primeira em que, de maneira enviesada e manipuladora, o jornal tenta desqualificar uma empresa de comunicação de esquerda e, ao mesmo tempo, produzir informação sensacionalista baseada em interesses políticos alinhados com o jornal, e não nos fatos.

Em meio ao texto postado no blog do jornalista Fausto Macedo, assinado por Julia Affonso, Valmar Hupsel Filho e Ricardo Brandt, são incluídos hiperlinks para dois relatórios da Polícia Federal, um relacionado ao funcionamento, movimentações e operações da Editora Atitude – que mantém o portal Rede Brasil Atual, a Revista do Brasil, o programa de rádio Jornal Brasil Atual, entre outras publicações – e outro ao inquérito da PF contra o empresário Marcelo Odebrecht e outros, que nada têm a ver a Editora.

Nenhum dos documentos dá sustentação à intenção da manchete – criminalizar a editora. Registre-se ainda o caráter “confidencial” dos relatórios, portanto, mais um caso de emprego de vazamento seletivo e privilegiado de informação a ser investigado pelas autoridades competentes por um veículo tradicionalmente hostil aos movimentos sociais. Para se ter uma ideia da manobra ilusionista da manchete, equivaleria a utilizar algo como “Jornal ligado a oligarquias movimenta ‘N’ zilhões em 140 anos”, para uma notícia descrevendo o quanto paga a seus colaboradores e quanto recebe de seus clientes, assinantes e patrocinadores.

A direção da Editora Atitude lamenta que uma imprensa tão zelosa em ocultar com tarjas pretas siglas e nomes de pessoas citadas em investigações da PF, com as quais nutre identidade partidária ou de classe – não tenha o mesmo zelo com informações de caráter privado de pessoas com reputação, papel social e profissional respeitável.

A editora enfatiza a sua origem independente, como iniciativa do movimento sindical pelo direito à liberdade de expressão, reafirma que todas as receitas e despesas da empresa têm como finalidade exclusiva o custeio de produção e veiculação de informação jornalística e contesta inverdades publicadas pelo site – que ignora depoimentos de diretores e colaboradores da Editora Atitude, prestados perante à Justiça com transparência e correção. Segue nota da editora.

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Nota à imprensa

Em relação a matéria “Gráfica ligada ao PT girou R$ 67 mi em cinco anos, aponta PF”, divulgada nesta quarta-feira (22) no blog do jornalista Fausto Macedo, no site Estadão, assinado por Julia Affonso, Valmar Hupsel Filho e Ricardo Brandt, a Editora Gráfica Atitude Ltda esclarece:

1. A Editora Gráfica Atitude, fundada em 2007, não funciona como gráfica e sim como editora com o objetivo de viabilizar um projeto de comunicação construído em conjunto por entidades sindicais e movimentos sociais para levar à sociedade informação de qualidade e fortalecer a luta dos trabalhadores e sua participação maior em assuntos relacionados ao seu cotidiano.

2. A Editora Atitude é formada por 40 entidades sindicais que escolheram o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para representá-los. Localizada no centro de São Paulo, sua estrutura é composta por 34 profissionais que integram a equipe.

3. A Editora Atitude é uma empresa privada que produz conteúdo jornalístico para vários veículos, sem vínculo partidário. Seu conteúdo é focado no mundo do trabalho, no emprego, no crescimento econômico do país com inclusão social, nos direitos humanos e na defesa da cidadania do povo brasileiro.

4. A matéria publicada pelo site ignora os depoimentos de diretores, funcionários e coordenadores da Editora Atitude, prestados no mês de julho, perante à Justiça, onde foram esclarecidas as demandas com total transparência.

5. As transações financeiras da Editora passam por uma única conta corrente e sua contabilidade é retratada nos respectivos extratos. Entre junho de 2010 a abril de 2015, a Editora teve receita média de R$ 6,1 milhões/ano (o que totaliza R$ 33 milhões no período) para custeio de despesas com a folha de pagamento e produção jornalística, valor este totalmente compatível com as atividades prestadas.

6. Não é verdadeira a informação de que seriam depositados em espécie (em dinheiro) na conta Editora Atitude R$ 17,95 milhões entre dezembro de 2007 e março de 2015. Não há nenhuma movimentação financeira em dinheiro feita pela Editora e todos os depósitos ocorrem por meio de cheques cruzados e nominais.

7. A matéria também erra ao relacionar a Odebrecht com a Editora Atitude. Em relação a reunião organizada a pedido do ex-presidente Lula em 2012, tratou-se de evento realizado entre sindicalistas e empresários para debater a conjuntura nacional, absolutamente comum no meio político e empresarial.

8. A Editora contesta a publicação de O Estado de S. Paulo que apresenta relatório policial confidencial, expondo dados pessoais de jornalistas e dirigentes sindicais.

9. A Editora Atitude reafirma que toda a receita da empresa destina-se ao custeio das atividades de produção jornalística.

Editora Gráfica Atitude Ltda.

1 comentários:

Anônimo disse...


... Ainda sobre o veneno do 'Estadão'!...

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O que há debaixo das “tarjas brancas” do texto da Odebrecht ? A conversa com a Folha que “só fale para mandar recados”

Autor: conspícuo e impávido jornalista Fernando Brito

22 de julho de 2015 | 20:34

O leitor CM fez o mesmo que Stanley Burburinho, que identificou o autor das “tarjas pretas” com que a Polícia Federal (ou o Estadão) ocultaram alguns nomes – e divulgaram outros – nos textos de e-mail contidos nos celulares do empresário Marcelo Odebrecht.
Desta vez, porém, tirou as tarjas brancas que apagam, no arquivo divulgado pelo Estadão, os trechos das páginas 23,24 e parte da 25 do relatório da Polícia Federal – arquivo do jornal aqui – e nos permite saber do que elas tratam.
Mas o amigo leitor teve um trabalho que qualquer um pode fazer, sem qualquer conhecimento maior de informática.
Basta selecionar o texto “em branco” e colar num editor de texto ou mesmo no bloco de notas e…bingo! Lá está todo o “conteúdo secreto” que omitiram dos leitores.
E o que é?
Um belo exemplo do jornalismo “podemos tirar se achar melhor”…
São e-mails entre Marcelo e seus assessores combinando entrevistas, com conhecimento prévio do conteúdo – que beleza! – com a Folha de S. Paulo que só serviria se fosse “para mandar recados”.
Transcrevo os “arquivos confidenciais de Polichinello”, para que os leitores possam ter acesso a tudo...
(...)

FONTE [LÍMPIDA!]: http://tijolaco.com.br/blog/?p=28453&cpage=1#comment-210149