Por Marco Piva
Deve ser por gosto, desgosto ou pragmatismo eleitoral. O fato é que, uma vez mais, a leitura da sala de espera e a TV muda mantem seu espaço cativo entre aqueles brasileiros que aguardam sua consulta. Dá-lhe Ana Maria Braga e Xuxa na telinha sem som. Não importa se a edição da semanal é de dois, três meses atrás. O conteúdo é o mesmo. Nessa circunstância, o celular até que é uma opção que navega entre o individual e o secreto. É assim, nesse ambiente de mansidão bovina de consultório médico, que o Ministério das Comunicações coloca sua pauta meramente empresarial, com o viés das teles, de um lado, e da servidão ideológica, de outro. Nada mal para quem ostenta uma ficha partidária cujo símbolo é uma estrela – nesse caso, suspeito que vermelha de vergonha.