quinta-feira, 30 de julho de 2020
O Brasil caiu nas mãos do seu torturador
Por Marcia Tiburi, na revista CartaCapital:
Em 17 de abril de 2016, na votação do farsesco impeachment contra Dilma Rousseff, Bolsonaro se tornou o Ubu rei nacional. Ubu Rei é o personagem de uma peça homônima de Alfred Jarry que data do final do século 19. Nela, o personagem principal é um sujeito que quer ser rei para comer muito, matar, enriquecer ilicitamente e fazer todo tipo de maldade e grosseria que estiver ao seu alcance.
O Ubu Rei é um personagem fundamental que nos ajuda a perceber como e por que as figuras mais grotescas fazem muito sucesso na política. Quando a política não se realiza como tragédia, ela se realiza como farsa e a farsa, no sentido do teatro do grotesco que produz efeitos de poder justamente por ser desqualificado e violento, é o que vivemos há um bom tempo no Brasil. Pelo menos desde o golpe de 2016.
Em 17 de abril de 2016, na votação do farsesco impeachment contra Dilma Rousseff, Bolsonaro se tornou o Ubu rei nacional. Ubu Rei é o personagem de uma peça homônima de Alfred Jarry que data do final do século 19. Nela, o personagem principal é um sujeito que quer ser rei para comer muito, matar, enriquecer ilicitamente e fazer todo tipo de maldade e grosseria que estiver ao seu alcance.
O Ubu Rei é um personagem fundamental que nos ajuda a perceber como e por que as figuras mais grotescas fazem muito sucesso na política. Quando a política não se realiza como tragédia, ela se realiza como farsa e a farsa, no sentido do teatro do grotesco que produz efeitos de poder justamente por ser desqualificado e violento, é o que vivemos há um bom tempo no Brasil. Pelo menos desde o golpe de 2016.
A quem interessa a liberação das armas?
Por Clara Assunção, na Rede Brasil Atual:
O aumento na circulação de armas e munições no país – e suas consequências – está diretamente relacionado à liberação por decretos e portarias assinados pelo presidente Jair Bolsonaro desde o início de seu mandato. É o que afirmam especialistas diante do registro de quase 140 mil novas armas de fogo apenas nos primeiros meses de 2020.
Os dados, divulgados em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, a partir de informações da Polícia Federal e do Exército, apontam para um crescimento no número de armas nas mãos dos brasileiros desde 2016. Mas que nesses primeiros meses do ano já ultrapassou o total de 2018, quando pouco mais de 138 mil armamentos foram registrados.
O aumento na circulação de armas e munições no país – e suas consequências – está diretamente relacionado à liberação por decretos e portarias assinados pelo presidente Jair Bolsonaro desde o início de seu mandato. É o que afirmam especialistas diante do registro de quase 140 mil novas armas de fogo apenas nos primeiros meses de 2020.
Os dados, divulgados em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, a partir de informações da Polícia Federal e do Exército, apontam para um crescimento no número de armas nas mãos dos brasileiros desde 2016. Mas que nesses primeiros meses do ano já ultrapassou o total de 2018, quando pouco mais de 138 mil armamentos foram registrados.
A pandemia e os efeitos sobre o SUS
Por Bruno Moretti e Ana Paula Sóter, no site Brasil Debate:
Muito se tem falado sobre a retomada do papel do Estado. Laura Carvalho [1] se refere à “volta do Estado” para designar a explicitação das funções estatais durante a pandemia. Em que condições o pós-pandemia poderia marcar esta retomada? A maior presença do Estado é atestada pelo orçamento da pandemia, de R$ 500 bilhões. Metade do valor se refere ao auxílio emergencial. Segundo a Pnad Covid-19, referente a maio de 2020, os domicílios mais pobres receberam 49% de sua renda habitual do trabalho, mas, com o auxílio emergencial, alcançaram 99% de sua renda usualmente recebida [2].
Muito se tem falado sobre a retomada do papel do Estado. Laura Carvalho [1] se refere à “volta do Estado” para designar a explicitação das funções estatais durante a pandemia. Em que condições o pós-pandemia poderia marcar esta retomada? A maior presença do Estado é atestada pelo orçamento da pandemia, de R$ 500 bilhões. Metade do valor se refere ao auxílio emergencial. Segundo a Pnad Covid-19, referente a maio de 2020, os domicílios mais pobres receberam 49% de sua renda habitual do trabalho, mas, com o auxílio emergencial, alcançaram 99% de sua renda usualmente recebida [2].
Huawei e a bofetada do império
Por Fernando Brito, em seu blog:
É uma bofetada na soberania de nosso país a entrevista do embaixador norte-americano Todd Chapman a O Globo, dizendo que “haverá consequências” se o Brasil permitir a entrada da tecnologia da chinesa Huawei no estabelecimento da telefonia 5G e que empresas norte-americanas deixariam, neste caso, de atuar aqui.
É uma bofetada na soberania de nosso país a entrevista do embaixador norte-americano Todd Chapman a O Globo, dizendo que “haverá consequências” se o Brasil permitir a entrada da tecnologia da chinesa Huawei no estabelecimento da telefonia 5G e que empresas norte-americanas deixariam, neste caso, de atuar aqui.
Um pacto em defesa do emprego e da vida
Editorial do site Vermelho:
O debate das causas do desemprego sempre oferece oportunidade para uma compreensão mais abrangente sobre os problemas sociais, especialmente em um país com tantas desigualdades sociais e econômicas como o Brasil. Na busca de meios para enfrentar seus efeitos é possível identificar a natureza de classe do problema.
Foi o que ocorreu com a proposta do governador do estado Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), de um Pacto Nacional pelo Emprego feita ao presidente Jair Bolsonaro, respondida com ironia e desdém. A atitude de Bolsonaro serve bem para demonstrar sua irresponsabilidade e seu desprezo diante dos problemas enfrentados pelo povo com as crises econômica e sanitária.
O debate das causas do desemprego sempre oferece oportunidade para uma compreensão mais abrangente sobre os problemas sociais, especialmente em um país com tantas desigualdades sociais e econômicas como o Brasil. Na busca de meios para enfrentar seus efeitos é possível identificar a natureza de classe do problema.
Foi o que ocorreu com a proposta do governador do estado Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), de um Pacto Nacional pelo Emprego feita ao presidente Jair Bolsonaro, respondida com ironia e desdém. A atitude de Bolsonaro serve bem para demonstrar sua irresponsabilidade e seu desprezo diante dos problemas enfrentados pelo povo com as crises econômica e sanitária.
quarta-feira, 29 de julho de 2020
CPI da Lava Jato já é proposta na Câmara
Por Plínio Teodoro, na revista Fórum:
Após críticas do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, dizendo que é hora de “corrigir rumos” do “lavajatismo”, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) anunciou que vai pedir a imediata instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os “graves” fatos revelados pelo PGR.
“Os 50 mil documentos que a Lava Jato possui arquivados em um sistema paralelo, sem controle da PGR ou das Corregedorias, revela um Estado Policial dentro do País. Trata-se de uma afronta ao Estado de Direito e não pode ser tolerado impunimente pelo STF e pelo Congresso”, tuitou Pimenta.
“Os 50 mil documentos que a Lava Jato possui arquivados em um sistema paralelo, sem controle da PGR ou das Corregedorias, revela um Estado Policial dentro do País. Trata-se de uma afronta ao Estado de Direito e não pode ser tolerado impunimente pelo STF e pelo Congresso”, tuitou Pimenta.
A arapongagem contra os antifascistas
Por Tânia Maria Saraiva de Oliveira, no jornal Brasil de Fato:
Araponga é o nome de uma ave de porte médio que habita alguns países da América do Sul, inclusive o Brasil, cuja característica mais marcante é o canto alto e estridente. Popularmente, tornou-se sinônimo de espionagem, por ser título e apelido do personagem central de uma telenovela do gênero comédia pastelão da Rede Globo do início dos anos 1990.
Na vida real e nada cômica, o Serviço Nacional de Informações (SNI), que no folhetim televisivo o atrapalhado detetive Aristênio tenta convencer seus superiores de reativar, foi o centro de produção de informações sobre pessoas, grupos políticos, movimentos sociais e instituições, criado no primeiro ano da ditadura civil-militar em 1964.
Na vida real e nada cômica, o Serviço Nacional de Informações (SNI), que no folhetim televisivo o atrapalhado detetive Aristênio tenta convencer seus superiores de reativar, foi o centro de produção de informações sobre pessoas, grupos políticos, movimentos sociais e instituições, criado no primeiro ano da ditadura civil-militar em 1964.
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