quarta-feira, 6 de junho de 2018
Questões sobre o fascismo brasileiro
Por Claudio Reis, no site Brasil Debate:
O fascismo como forma de governo nasce nas primeiras décadas do século 20. E o seu contexto geográfico é a Europa. Os motivos para o seu nascimento, portanto, devem ser buscados nesse tempo/espaço. Num primeiro momento, o fascismo é fruto da crise das correlações de forças políticas entre as potências imperialistas. A tentativa tardia de países como a Alemanha e a Itália de invadir e dominar outras nações na África e na Ásia levou a um profundo conflito de interesses entre as nações imperialistas da Europa. A Primeira Guerra Mundial é o resultado mais dramático desse conflito. E o fascismo, o desdobramento político-social desse drama.
O fascismo como forma de governo nasce nas primeiras décadas do século 20. E o seu contexto geográfico é a Europa. Os motivos para o seu nascimento, portanto, devem ser buscados nesse tempo/espaço. Num primeiro momento, o fascismo é fruto da crise das correlações de forças políticas entre as potências imperialistas. A tentativa tardia de países como a Alemanha e a Itália de invadir e dominar outras nações na África e na Ásia levou a um profundo conflito de interesses entre as nações imperialistas da Europa. A Primeira Guerra Mundial é o resultado mais dramático desse conflito. E o fascismo, o desdobramento político-social desse drama.
Lula esbanja dignidade em depoimento
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
O depoimento de Lula ao juiz da Lava Jato Marcelo Bretas deve ter desapontado os vermes rastejantes que passam seus dias inventando que ele está choroso e desanimado na prisão. Lula foi digno e revelou rara coragem diante do suplício a que está sendo submetido, mantido em isolamento. O vídeo do depoimento dele certamente fará sucesso na campanha eleitoral.
O primeiro encontro entre o ex-presidente Lula e o juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio, foi marcado pelo bom humor de ambas as partes. Houve piadas e momentos de descontração no começo e no fim da audiência, realizada nesta terça-feira (5).
O primeiro encontro entre o ex-presidente Lula e o juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio, foi marcado pelo bom humor de ambas as partes. Houve piadas e momentos de descontração no começo e no fim da audiência, realizada nesta terça-feira (5).
Violência no Brasil tem cara, cor e idade
Do Blog do Renato:
A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila publicou em suas redes sociais nesta terça-feira (5), comentários sobre o Atlas da Violência 2018, com base em dados do Ministério da Saúde, que mostram que os números de assassinatos de homens e mulheres negros cresceram no Brasil, enquanto, para os brancos caíram. “Esses dados comprovam que a violência do Brasil tem cara, cor e idade”.
A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila publicou em suas redes sociais nesta terça-feira (5), comentários sobre o Atlas da Violência 2018, com base em dados do Ministério da Saúde, que mostram que os números de assassinatos de homens e mulheres negros cresceram no Brasil, enquanto, para os brancos caíram. “Esses dados comprovam que a violência do Brasil tem cara, cor e idade”.
Despesas com juros a todo vapor
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:
A crise de abastecimento acentuada pelo movimento dos caminhoneiros, a tentativa de paralisação dos petroleiros abortada pela arbitrariedade da Justiça do Trabalho e a comemorada renúncia de Pedro Parente do comando da Petrobrás terminaram por ofuscar a divulgação das tenebrosas informações oficiais a respeito dos efeitos provocados pela política fiscal do governo Temer.
A crise de abastecimento acentuada pelo movimento dos caminhoneiros, a tentativa de paralisação dos petroleiros abortada pela arbitrariedade da Justiça do Trabalho e a comemorada renúncia de Pedro Parente do comando da Petrobrás terminaram por ofuscar a divulgação das tenebrosas informações oficiais a respeito dos efeitos provocados pela política fiscal do governo Temer.
As duas vidas de Aécio Neves
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
O que poderia ter acontecido:
26 de outubro de 2014. Derrotado na eleição por uma margem estreita de votos, o senador Aécio Neves saúda a presidenta reeleita Dilma Rousseff e anuncia que irá tirar alguns meses de férias com a família. Afinal, tem um casal de filhos gêmeos nascidos durante a campanha.
“Vou aproveitar para tirar um tempinho para mim, para a Letícia e pros meus bebês. Família em primeiro lugar”, diz Aécio, sorridente, ao embarcar para uma temporada de férias em Cancún, seguida de uma temporada de estudos na Califórnia. Durante a estadia nos EUA, Aécio é flagrado em cenas cotidianas, comprando fraldas no supermercado, andando de bicicleta e a pé, e concede inúmeras entrevistas aos jornais brasileiros, sedentos por estampá-lo em suas páginas, e também à imprensa estrangeira.
Mercado saqueia Petrobras. Mídia acoberta!
Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:
A paralisação dos caminhoneiros e a dos petroleiros demonstrou, de forma cabal, o abismo entre os interesses do mercado financeiro e os do povo brasileiro. Com o preço dos combustíveis nas alturas, a população teve um vislumbre do que significa, na prática, a privatização da Petrobras.
Os veículos de comunicação, por sua vez, esmeraram-se em acobertar o saque na estatal brasileira realizado pelos acionistas estrangeiros. Não apenas justificaram a adoção de preços internacionais para os combustíveis brasileiros, como legitimaram o repasse da conta à população, tecendo elogios a Pedro Parente.
A paralisação dos caminhoneiros e a dos petroleiros demonstrou, de forma cabal, o abismo entre os interesses do mercado financeiro e os do povo brasileiro. Com o preço dos combustíveis nas alturas, a população teve um vislumbre do que significa, na prática, a privatização da Petrobras.
Os veículos de comunicação, por sua vez, esmeraram-se em acobertar o saque na estatal brasileira realizado pelos acionistas estrangeiros. Não apenas justificaram a adoção de preços internacionais para os combustíveis brasileiros, como legitimaram o repasse da conta à população, tecendo elogios a Pedro Parente.
FUP exige confisco de bens de Parente
Do site da FUP:
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) ingressou segunda-feira, 04/06, com Ação Civil Pública contra o ex-presidente da Petrobrás, Pedro Parente, por improbidade administrativa. A ação cobra a anulação do pagamento de US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) que a estatal fez em maio ao banco J.P. Morgan, como antecipação de quitação de uma dívida que só venceria em setembro de 2022. A transação foi autorizada diretamente por Parente, que é sócio do presidente do banco, José de Menezes Berenguer Neto, o que revela conflito de interesses.
Os descaminhos da Justiça no Brasil
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autoriza um credor a sequestrar a carteira de motorista do devedor, atropelando todos os princípios que impedem as penas indiretas.
O corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autoriza um juiz a presidir julgamentos armado de revólver. A inacreditável Carmen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ minimiza, dizendo que a decisão não está definindo normas, mas analisando um caso particular, como se a jurisprudência não fosse formada pelos julgamentos de casos particulares.
O corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autoriza um juiz a presidir julgamentos armado de revólver. A inacreditável Carmen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ minimiza, dizendo que a decisão não está definindo normas, mas analisando um caso particular, como se a jurisprudência não fosse formada pelos julgamentos de casos particulares.
Lava-Jato e democracia são incompatíveis
Acertou em cheio o ex-ministro Eugênio Aragão ao apontar, em entrevista publicada na revista CartaCapital desta semana, como pré-requisito para a retomada da democracia no Brasil o enquadramento do Judiciário através de um.ato de força: “Acho que temos um consenso, tanto à direita quando à esquerda, de que algo precisa ser feito para colocar o Judiciário no lugar. O Judiciário cresceu demais, transbordou, tomou a autoridade do Executivo e do Legislativo. O Judiciário tem que parar de querer governar”, pregou o procurador aposentado do MP.
Lula é o nome da unidade
Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:
Não mais que de repente, parece que descobriram a pólvora, e em todos os espaços do espectro político a unidade passa a ser a ‘bandeira da esperança’.
Este foi um mote lançado há 30 anos por João Amazonas e logo abraçado por Miguel Arraes, que os levou à união com Lula e à fundação da Frente Brasil Popular, motor da memorável campanha de 1989, uma daquelas batalhas que na História se perde ganhando. Mais tarde, incorporou-se Leonel Brizola.
As quatro vitórias alcançadas pela ampla coalizão de forças em torno de Lula e depois de Dilma comprovaram a validade da tese e o valor da unidade.
Não mais que de repente, parece que descobriram a pólvora, e em todos os espaços do espectro político a unidade passa a ser a ‘bandeira da esperança’.
Este foi um mote lançado há 30 anos por João Amazonas e logo abraçado por Miguel Arraes, que os levou à união com Lula e à fundação da Frente Brasil Popular, motor da memorável campanha de 1989, uma daquelas batalhas que na História se perde ganhando. Mais tarde, incorporou-se Leonel Brizola.
As quatro vitórias alcançadas pela ampla coalizão de forças em torno de Lula e depois de Dilma comprovaram a validade da tese e o valor da unidade.
terça-feira, 5 de junho de 2018
A busca incerta do "centro"
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
Prossegue a busca incerta do chamado “centro” por uma convergência entre seus vários candidatos, embora sem apontar um deles como estuário natural, pois todos continuam mal posicionados nas pesquisas. Hoje à tarde, na Câmara, será lançado o manifesto “Por um polo democrático e reformista”, articulado pelo secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira e o senador Cristóvam Buarque. No domingo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em seu artigo mensal, defendeu a unidade das forças progressistas que se comprometam com "finanças públicas saudáveis e políticas adequadas, taxas razoáveis de crescimento que gerem emprego, confiança e decência na vida pública".
Prossegue a busca incerta do chamado “centro” por uma convergência entre seus vários candidatos, embora sem apontar um deles como estuário natural, pois todos continuam mal posicionados nas pesquisas. Hoje à tarde, na Câmara, será lançado o manifesto “Por um polo democrático e reformista”, articulado pelo secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira e o senador Cristóvam Buarque. No domingo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em seu artigo mensal, defendeu a unidade das forças progressistas que se comprometam com "finanças públicas saudáveis e políticas adequadas, taxas razoáveis de crescimento que gerem emprego, confiança e decência na vida pública".
Sem candidato, direita pode melar eleição
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Primeiro, alguns grupos de celerados pediram intervenção militar durante a greve dos caminhoneiros, mas nem os fardados querem saber disso.
Em seguida, a madre superiora global Cármen Lúcia veio com a mágica de pautar o parlamentarismo sem plebiscito, mas já voltou atrás porque pegou mal.
Qual será a próxima tentativa de novo golpe?
Massacres no campo marcam ano de 2017
Desde 2003, a violência no campo no Brasil não era tão alta quanto foi em 2017. Naquele ano foram 73 pessoas assassinadas, enquanto ano passado a estatística macabra chegou em 71 pessoas mortas. O número é 16,4% maior que em 2016, quando aconteceram 61 assassinatos, e quase o dobro de 2014, com 36 vítimas. A análise consta no relatório Conflitos no Campo Brasil 2017, lançado nesta segunda-feira (4), em Brasília, pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Moro, um caipira em Monte Carlo
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Uma vez, convidado para participar do programa de entrevistas do empresário Henry Macksoud, Leonel Brizola ganhou uma hospedagem – a gravação terminaria tarde demais para pegar de volta a ponte aérea de São Paulo ao Rio – na suíte presidencial do luxuoso Macksoud Plaza. Quando chegamos, já na escada rolante, o velho gaúcho quase torceu o pescoço olhando os pingentes que desciam pelo vão de vários andares. Depois, ao se instalar no quarto, tirou os sapatos e afundou o pé no espessíssimo tapete, virou para mim e disse:
– Brito, vamos para o Jaraguá…
Uma vez, convidado para participar do programa de entrevistas do empresário Henry Macksoud, Leonel Brizola ganhou uma hospedagem – a gravação terminaria tarde demais para pegar de volta a ponte aérea de São Paulo ao Rio – na suíte presidencial do luxuoso Macksoud Plaza. Quando chegamos, já na escada rolante, o velho gaúcho quase torceu o pescoço olhando os pingentes que desciam pelo vão de vários andares. Depois, ao se instalar no quarto, tirou os sapatos e afundou o pé no espessíssimo tapete, virou para mim e disse:
– Brito, vamos para o Jaraguá…
Brasil lidera uso de agrotóxicos no mundo
Por Caroline Aragaki, no jornal Brasil de Fato:
Desde 2008, o Brasil é o principal consumidor de agrotóxicos do planeta, representando 20% do total mundial, e o impacto desse uso vai além da produção de alimentos agrícolas em larga escala, que não significa melhoria na oferta de alimentos para os brasileiros, pelo contrário, a prática do uso de agrotóxicos é responsável por um número alto de mortes todos os anos.
Ada Cristina Pontes Aguiar, professora da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e participante do Núcleo Trabalho Meio Ambiente e Saúde (TRAMAS) da Universidade Federal do Ceará (UFC), afirma que “é um problema estrutural, há um alto incentivo aos agrotóxicos - inclusive em relação aos impostos”.
Ada Cristina Pontes Aguiar, professora da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e participante do Núcleo Trabalho Meio Ambiente e Saúde (TRAMAS) da Universidade Federal do Ceará (UFC), afirma que “é um problema estrutural, há um alto incentivo aos agrotóxicos - inclusive em relação aos impostos”.
O julgamento abortado do auxílio-moradia
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
A recente greve dos petroleiros deveria ter sido de 72 horas, mas durou 24h. A Justiça viu uma ação “abusiva” da categoria e uma tentativa de “ingerência” em decisões do governo e da Petrobras, tascou multa diária de 500 mil reais contra os sindicatos dos petroleiros, não adiantou no primeiro dia, a cobrança subiu para 2 milhões, daí eles recuaram.
O mesmo Poder Judiciário que barrou greve de trabalhador por “abuso” e “ingerência” fez uma paralisação em 15 de março que os brasileiros talvez carimbem com palavras iguais. Uma história de bastidores espantosos, capazes por enquanto de salvar uma mordomia togada, o “auxílio-moradia”.
O mesmo Poder Judiciário que barrou greve de trabalhador por “abuso” e “ingerência” fez uma paralisação em 15 de março que os brasileiros talvez carimbem com palavras iguais. Uma história de bastidores espantosos, capazes por enquanto de salvar uma mordomia togada, o “auxílio-moradia”.
Aecismo tenta sobreviver em Minas Gerais
O mês de junho começou com a revista Época trazendo um texto publicitário, maquiado para parecer jornalismo, que comprova a velha máxima de que uma meia verdade é uma mentira inteira.
O texto começa relatando um evento burocrático do governador Fernando Pimentel, de Minas Gerais, no Palácio da Liberdade, para afirmar que ele fazia um governo “encastelado”, longe da população.
Os mineiros costumam dizer que mentira tem pernas curtas.
Bolsa Família e o oportunismo de Bolsonaro
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Bolsonaro continua em sua louca cavalgada para convencer os incautos de que não é Bolsonaro.
De olho em eleitores de menor renda, ele prepara uma “carta de princípios” na qual se comprometerá a manter o Bolsa Família com “mais auditorias” - seja lá o que isso significa.
A estratégia é formalizar compromissos na área social e ver se morde votos de Marina Silva e Ciro Gomes, ambos bem avaliados entre mais pobres.
“Lula está fora de combate”, diz Bolsonaro. “Eu vou fazer a minha parte.”
PIB pífio, desemprego e propaganda
Ilustração: Paulo Roberto Barbosa |
“Dois anos: no fundo, você sabe que melhorou”. Este é o mote da última campanha publicitária do Palácio do Planalto, fazendo referência ao período de tempo em que Michel Temer (MDB) está na Presidência da República. Nas peças de propaganda, o governo se ampara em dados que demonstrariam a retomada do crescimento.
Para Paulo Kliass, doutor em Economia e especialista em políticas públicas e gestão governamental, os índices econômicos não permitem a conclusão de que o país retomou seu desenvolvimento.
Para Paulo Kliass, doutor em Economia e especialista em políticas públicas e gestão governamental, os índices econômicos não permitem a conclusão de que o país retomou seu desenvolvimento.
Assinar:
Postagens (Atom)