quarta-feira, 9 de outubro de 2013

BC dá mais carne para os leões

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como se esperava, o Comitê de Política Monetária aumentou em mais meio ponto a taxa pública de juros, a Selic.

Passou, agora, a 9,5% ao ano, frente aos 9% anteriores.

É, certamente, ainda muito baixa frente à história de juros monstruosos pagos por este sofrido país. Mas é muito alta – e agora mais ainda, como o declínio da inflação – seja qual for o critério de comparação internacional que se utilize.

Jogo eleitoral e falta de programas

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Os partidos políticos no Brasil, ao longo da história republicana, como regra nunca representaram os interesses de uma classe social em específico, e muito menos tinham como objetivo um programa de mudanças socioeconômicas para a sociedade brasileira. Sua natureza sempre foi de disputar cargos para ascender ao controle do Estado, e assim se locupletarem com recursos públicos para interesses específicos de grupos e frações de classe. E o Estado, com sua natureza burguesa, sempre funcionou na lógica de reprodução dos interesses das classes proprietárias, os capitalistas.

46 anos do assassinato de Che Guevara

Um balanço negativo da comunicação

Por Theófilo Rodrigues, no sítio do PCdoB:

A avaliação que a tese para o 13º Congresso Nacional do PCdoB realiza na área das políticas públicas de comunicação social ainda é muito benevolente com os governos de Lula e Dilma. Pretendo aqui de forma breve e direta apontar as debilidades que comprovam a covardia ou conservadorismo do governo federal nesta área.

Mosquitos transgênicos no Sertão

Pelo Coletivo Nigéria, no sítio da Agência Pública:

No começo da noite de uma quinta-feira de setembro, a rodoviária de Juazeiro da Bahia era o retrato da desolação. No saguão mal iluminado, funcionavam um box cuja especialidade é caldo de carne, uma lanchonete de balcão comprido, ornado por salgados, biscoitos e batata chips, e um único guichê – com perturbadoras nuvens de mosquitos sobre as cabeças de quem aguardava para comprar passagens para pequenas cidades ou capitais nordestinas.

É difícil saber o que Marina quer

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Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Três dias após o anúncio da sua chapa com Eduardo Campos, em longas entrevistas exclusivas para os três principais jornais nacionais (Folha, Estadão e Globo) publicadas nesta quarta-feira, Marina Silva ocupou todos os principais espaços da mídia, como se ainda fosse candidata a presidente, para explicar a inesperada aliança da sua Rede Sustentabilidade, que não conseguiu registro no TSE, com o PSB do governador de Pernambuco, quarto colocado nas pesquisas.

Novo ciclo eleitoral na América Latina

Por Rafael Cuevas Molina, no sítio da Adital:

Após vários anos nos quais forças nacional-progressistas puderam assumir a gestão governamental em vários países da América Latina, aproxima-se um novo ciclo de eleições, que possui distintas conotações em função de cada um dos países; porém, em termos gerais, constitui um momento importante, que possibilitará fazer um balanço do nível de fortaleza de tais projetos.

Alckmin quer demitir metroviários

Marina no PSB e a reforma política

Por Cadu Amaral, em seu blog:

E Marina Silva optou por se filiar ao PSB, um partido, dito por ela, tradicional que não tem diferenças do PT ou do PSDB. Resolveu jogar o jogo com a regra que está posta. Pelo gesto em si, não há o que condenar.

O problema é a nossa legislação política-eleitoral. Todos os partidos, em maior ou menor grau, realizaram movimentações como essa para garantir filiações de prováveis candidatos ano que vem.

Artistas contra a terceirização

Kátia Abreu nega trabalho escravo

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Antônio Mello, em seu blog:

Numa entrevista à Folha e ao UOL, comandada pelo jornalista Fernando Rodrigues, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) disse que há muito preconceito contra o agronegócio no Brasil. Um dos maiores, segundo ela, é aquele que diz que o agronegócio se utiliza muitas vezes de trabalho escravo.

O antichavismo de Marina Silva

Editorial do sítio Vermelho:

Quando Marina Silva declarou, no último sábado (5), que sua briga, “neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil”, ela indicou com clareza o rumo e o campo de sua opção política: o campo da direita. E da direita mais retrógrada que tem, hoje, no “chavismo” um dos alvos de seu ataque. E revelou o caráter da sua estratégia. Tem por alvo Dilma e a esquerda e revelou que está disposta a tudo para organizar uma frente de luta com esse sentido.

Constituição: Bodas de prata sem festa

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

Decorridos 25 anos de promulgação da Constituição de 1988, e apesar da batalha travada ao logo do processo Constituinte de 1987-88 em torno das questões relacionadas ao setor de comunicações, a maioria das normas e princípios, tanto incisos do artigo 5º (capítulo 1, do Título II, “Dos Direitos e Garantias Fundamentais”) quanto artigos do capítulo V, “Da Comunicação Social” (do Título VIII, “Da Ordem Social”), não logrou ser regulamentada.

O mal-estar de Marina Silva

Por Antonio Lassance, no sítio Carta Maior:

Um mal-estar tomou conta de Marina Silva nesta segunda-feira (dia 7) e a levou ao hospital. A informação oficial divulgada é que a "pré-vice-candidata" de Eduardo Campos sofreu uma reação alérgica a uma mistura de chocolate com aspargos, um cardápio tão surpreendente e indigesto quanto sua pregação “antichavista”.

Serra deu abraço de afogado em Freire

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

José Serra deu o abraço do afogado em Roberto Freire, o presidente do PPS, seu amigo de fé e irmão camarada.

Serra era a grande esperança branca de Freire e do PPS. Depois que JS voltou para o lugar de onde nunca saiu, o PSDB, Freire tentou a qualquer custo trazer Marina Silva para sua legenda. Era sua chance de permanecer respirando politicamente. Fez questão de deixar público seu apelo: “Estou à disposição. Ela [Marina] diz o que quer fazer. Temos abertura. Não tem problema vir a Rede apenas em um período. Não há impedimento nenhum”.

Nada será como antes em 2014

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Está certo que não é da cultura do eleitorado brasileiro optar pelo candidato A ou B com base nos seus respectivos vices. Por isso, a transmissão de votos de Marina para Eduardo Campos é uma operação sujeita a chuvas e trovoadas, pois em política 1 + 1 quase sempre não é igual a 2. Também parece cristalino que Dilma saiu ganhando com a adesão da sonhática Marina ao projeto pragmático do governador de Pernambuco. Simples : o número de candidatos competitivos de oposição caiu de três para dois. Já Aécio foi quem mais perdeu com Campos posando de terceira via. O fato é que Dilma tem boas possibilidades de vencer as eleições, quem sabe até no primeiro turno. Contudo, ela e os estrategistas do PT e aliados têm de entender que o desafio de 2014 será diferente das duas últimas eleições presidenciais, quando o discurso da continuidade seduziu o eleitorado. Agora, o xis da questão é mostrar quem tem mais credibilidade para aprofundar as mudanças que o Brasil vem sofrendo desde 2002.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Não existe "chavismo" no Brasil

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Estamos vivendo, desde o chamado “mensalão”, um preocupante processo de judicialização da política no Brasil, que cria uma situação paradoxal: enquanto a oposição manobra para tentar mudar no tapetão o que não consegue nas urnas, começam a se levantar vozes aludindo a um suposto “chavismo” imposto pelo PT ao mesmo Judiciário que condenou membros do partido. Foi essa expressão –”chavismo” ou “bolivarianismo”– a utilizada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ao demonstrar falta de esportiva, para dizer o mínimo, quando sua tese foi derrotada no mês de setembro pela maioria da Corte, que optou pela aceitação dos embargos infringentes e pela defesa do Estado de Direito.

O jogo de xadrez de Marina e Campos

Por Luis Nassif, na revista CartaCapital:

O jogo político eleitoral tem tantas nuances que é impossível prever todos seus desdobramentos. Tome-se o episódio da aliança Eduardo Campos e Marina Silva. Dependendo da forma como se enxerga, o grande derrotado é Aécio Neves. Dependendo da forma, não é.

Bola de cristal em cinco pontos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O acordo Marina Silva-Eduardo Campos continua no centro das análises políticas e vai seguir assim por vários meses. Representa, na prática, uma tentativa de formar uma chapa competitiva para enfrentar Dilma Rousseff, até hoje com 38% das intenções de voto, contra 32% da soma dos adversários. Ninguém sabe o que vai acontecer com essa aliança. Ninguém imaginava uma operação dessas há uma semana. É possível avaliar alguns pontos:

FHC e Gilmar: “esqueçam o que escrevi”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O jornalista Frederico Vasconcelos, que mantém o blog Interesse Público na Folha, ironiza, sem usar adjetivos, o comportamento de Fernando Henrique Cardoso e do Ministro Gilmar Mendes.

Fred, como é conhecido, extrai trechos do artigo publicado no jornal “O Estado de S. Paulo” pelo ex- presidente, com lamúrias pelo STF ter acolhido os embargos infringentes, “recurso de que só os doutos se lembravam e sabiam dizer no que consistia”, diz que isso caiu sobre a opinião pública “como ducha de água fria”.