quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O "soldado do Serra" na TV Cultura

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Por Igor Carvalho, na revista Fórum:

O deputado estadual João Paulo Rillo (PT) irá questionar a Fundação Padre Anchieta sobre a indicação do jornalista e colunista de Veja, Augusto Nunes, para o comando do Roda Viva. De acordo com o parlamentar, o apresentador é “um soldado de José Serra” no programa.

Dirceu e a indignação seletiva do JN

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Por Nelson Ferraz, no blog Diário do Centro do Mundo:

O Jornal Nacional foi ao Panamá e dedicou uma reportagem de 6 minutos - uma enormidade em termos de televisão - ao escândalo do dia: a estrutura societária do hotel que cometeu a ousadia de oferecer um emprego a José Dirceu.

Seguindo o conhecido script, o senador tucano Álvaro Dias (PSDB/PR) foi ao plenário repercutir a matéria, dizendo que “o Jornal Nacional fez uma denúncia da maior gravidade, desenhando os caminhos da ilegalidade que levam esse empreendimento hoteleiro a uma arapuca no Panamá”; o que certamente será repercutido pela mídia num processo de auto-referência.

Globo não mandou ninguém à Suíça

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O escândalo dos trens paulistas acontece há meses. Há confissões, documentos, auditorias, investigações já prontas feitas em outros países. Não há nenhuma necessidade de se apelar para “domínio do fato”, ou condenar alguém porque “assim a literatura me permite”. No entanto, a Globo, e nenhum outro órgão de imprensa, mandou ninguém à Suíça, onde acontecem as principais investigações sobre as empresas Siemens e Alstom.

O objetivo único da 'grande imprensa'

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Com mais repeteco do que cantiga de grilo, a campanha para criminalizar o PT segue a todo vapor na “grande imprensa”. Não que isso tenha dado à direita brasileira resultados eleitorais, mas vale, no caso, a lógica da natureza do escorpião.

O tratamento dispensado é o da ocultação total das falcatruas do PSDB e lentes de aumento em qualquer coisa que possa ter relação, mesmo com milhas de distância, do PT.

Primeiro balanço de 2013: ano cinzento

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Pedem-me para fazer um primeiro balanço do ano com os cinco fatos que, na minha opinião, foram os mais importantes de 2013. Em resumo, se o país fosse uma escola, diria que passamos o ano raspando, com média cinco, e olhe lá. Não há muito o que comemorar. Para mim, não foi bom nem ruim, nem preto nem branco, mas cinzento, com todos aqueles 50 tons do livro de sucesso.

Como o mercado enredou o Banco Central

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Por trás das teorias econômicas, existe o que se chama de economia política – a análise das medidas econômicas a partir dos interesses de grupos internos ou externos.

É uma obra de arte política a maneira como o mercado se apropriou internacionalmente das políticas econômicas nacionais e manteve esse predomínio mesmo após o fim da utopia com a crise de 2008.

"Globeleza" e a luta feminista

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Do jornal Brasil de Fato:

Racismo, exploração, patriarcalismo e “caça as mulatas” são críticas centrais do texto recém divulgado por militantes do Núcleo Negra Zeferina da Marcha Mundial das Mulheres, na Bahia.

No documento, feministas alertam que o corpo das mulheres negras é constantemente hipersexualizado nas TVs, seja nas propagandas, novelas, nos programas de esporte ou auditório. “A mercantilização da nossa sexualidade é naturalizada para que as mulheres sejam cada vez mais exploradas”, dizem.

Eleição ou mera competição?

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

O "golpe de mestre” de Marina Silva ao aderir ao PSB de Eduardo Campos comprova o quanto o Brasil necessita, urgente, de profunda reforma política.

As manifestações de rua, em junho, demonstraram que expressiva parcela da população, sobretudo jovens, não confia em partidos políticos. Estes se desgastaram devido à falta de fidelidade a seus princípios estatutários e programáticos.


A lógica torta da Globo contra Dirceu

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Dezenas de milhares de presos brasileiros, que cumprem pena em regime semiaberto, trabalham.

Não é nenhum privilégio: está previsto na legislação. Assim como está prevista a remissão de pena, ou seja, a redução da pena em função dos dias trabalhados.

As causas do fiasco do PIB

Editorial do sítio Vermelho:

Os dados da economia referentes ao terceiro trimestre do ano (julho, agosto e setembro) provocaram um alarme no país. A economia recuou 0,5% nestes três meses. É um recuo severo, tecnicamente uma recessão. Normalmente, o terceiro trimestre do ano registra dificuldades na economia mas, este ano, foi além do esperado pelos economistas, que estimavam um desempenho negativo em torno de 0,2 ou 0,25%. Foi maior.

Genoino e a igualdade de ocasião

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:


Ao tentar manter-se no regime de prisão domiciliar e ali cumprir uma pena de 6 anos e 11 meses, José Genoíno tenta exercer um direito confirmado e reconfirmado pela medicina. 

Ele conseguiu uma vitória importante em seu esforço, quando o procurador geral da República, Rodrigo Janot, deu parecer favorável ao regime domiciliar, numa avaliação que pode ser aceita ou rejeitada por Joaquim Barbosa.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ruas exigem avanços no Brasil [3]

Foto: RodrigoDacioli
Por Altamiro Borges

Todos estes avanços, porém, mostram-se ainda insuficientes. A “jornada de junho” comprova que a sociedade brasileira quer mais, que almeja mudanças mais profundas. Ainda persistem enormes gargalos no Brasil, que se mantém como uma nação extremamente injusta. As mudanças efetuadas nos governos Lula e Dilma não mexeram com os graves problemas estruturais do país. O chamado lulismo optou pela via da conciliação de classes, que melhora lentamente a distribuição de renda sem enfrentar os interesses da minoria de rentistas e ricaços. Como não dá para fazer omelete sem quebrar ovos, as mudanças são lentas e tímidas.

Ruas exigem avanços no Brasil [2]

Foto: Igor Carvalho
Por Altamiro Borges

Os efeitos políticos da “jornada de junho” ainda demandarão tempo para serem mensurados. Da parte do governo, a presidenta Dilma Rousseff reagiu com certa rapidez e propôs medidas concretas para atender o “clamor das ruas”. Diferentemente do reinado neoliberal de FHC, que acionou as tropas do Exército contra a greve dos petroleiros e nunca dialogou com os movimentos sociais, o Palácio do Planalto adotou uma postura democrática ao respeitar os protestos de rua e ao convocar as entidades populares – como as centrais sindicais, o MPL, o MST e a UNE – para o diálogo.

Ruas exigem avanços no Brasil [1]

Foto: Igor Carvalho
Por Altamiro Borges

A exemplo do contexto mundial de tensão e instabilidade, o cenário brasileiro também é de incertezas. Até junho passado, alguns otimistas de plantão avaliavam que o país estava totalmente imune às turbulências internacionais. Apesar dos impactos da crise capitalista e do terrorismo de setores da mídia rentista, a economia nacional não parecia afundar numa nova recessão econômica. No campo político, o Palácio do Planalto já dava como certa a reeleição de Dilma Rousseff e a oposição conservadora estava abatida e dividida.

Marco Civil da Internet: só em 2014?

Por Bruno Marinoni, no Observatório do Direito à Comunicação:

Continua se arrastando a novela do Marco Civil da Internet, no Congresso Nacional. Tramitando em regime de urgência na Câmara, a proposta tranca a pauta de votações devido à falta de acordo entre as lideranças partidárias e à pressão das empresas de telecomunicações, que buscam esterilizar o chamado princípio da neutralidade de rede, contido no documento. O governo que, no primeiro momento, após a repercussão da espionagem americana, agiu para acelerar a aprovação da regulamentação dos direitos na rede mundial de computadores, agora parece interessado em utilizar os processos burocráticos da tramitação em regime de urgência como estratégia para travar outras votações, como a da PEC do Orçamento Impositivo.

Quem superfaturou a reforma do Metrô?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Estadão publica a notícia de que “o Ministério Público Estadual pediu nesta terça-feira, dia 3, ao governo de São Paulo a suspensão de seis contratos de reforma de trens das linhas 1 e 3 do Metrô. Assinados entre 2008 e 2010, eles somam, segundo o MPE, R$ 2,47 bilhões. O objetivo do promotor Marcelo Milani, que investiga a possível improbidade administrativa na execução dos contratos, é convencer o governo a abrir sindicância para que seja feita a apuração de supostos prejuízos causados pela atuação de cartel metroferroviário nos contratos.

A demissão coletiva na Globo

Por Bepe Damasco, em seu blog:

A edição do Jornal Nacional desta terça-feira, 3/12, mostra que a mesma empresa que sonegou R$ 1 bilhão à Receita Federal, depois de ter forjado um negócio em paraíso fiscal para encobrir a compra de direitos de transmissão de uma Copa do Mundo, quer impedir o José Dirceu de trabalhar por conta de problemas na estrutura societária do hotel que lhe ofereceu emprego. A mesma empresa que apoiou o golpe militar, sendo, portanto, conivente com crimes contra a humanidade como a tortura, quer dar uma patética lição de moral empresarial . Ridículo. Por essa lógica, todos os milhares de funcionários da Globo teriam que pedir demissão em caráter irrevogável.


El Pais e o Cavalo de Tróia

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O lançamento, na semana passada, da seção em português da edição de internet do jornal espanhol El Pais elucida e ilustra, com clareza, a visão neocolonial e rasteira que continua dominando o comportamento dos espanhóis com relação ao Brasil - apesar da condição de crise e de extrema fragilidade que caracteriza a Espanha neste momento.

Genoino renuncia ao mandato

Por Najla Passos, no sítio Carta Maior:

O ex-presidente do PT, José Genoíno, condenado a prisão em regime semiaberto na ação penal 470, renunciou ao cargo de deputado federal, nesta terça (3). No documento apresentado à mesa diretora da Câmara quando o placar da votação para decidir sobre a abertura do processo de cassação do seu mandato lhe era desfavorável, ele critica a espetacularização midiática do processo, reafirma sua inocência e reitera que sempre lutou por ideias e jamais acumulou patrimônio ou riqueza.


O jornalista Antonio Gramsci

Por Dênis de Moraes, no Blog da Boitempo:

Este texto é uma versão preliminar de parte da pesquisa “Gramsci e a imprensa: jornalismo, hegemonia e contra-hegemonia”, que coordeno com os apoios do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Programa Cientista do Nosso Estado da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Meu objetivo é contribuir para tornar mais conhecida entre nós a trajetória e os escritos jornalísticos do filósofo marxista italiano Antonio Gramsci (1891-1937), desde os anos de iniciação em Turim até a fundação do jornal L’Unità, órgão oficial do Partido Comunista da Itália (PCI), do qual foi redator-chefe.