sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Schumacher e a fragilidade da imprensa

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher não é o herói que a imprensa pintou na última semana. Ele se encontra hospitalizado em estado grave, após sofrer um acidente na estância de esqui de Méribel, nos Alpes Franceses, porque resolveu sair da pista regular e descer por uma área não delimitada, acabando por cair e bater a cabeça em uma pedra.

Até quando Barbosa debochará da justiça?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Acabo de ler que o juiz da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, no Mato Grosso, autorizou o deputado federal Pedro Henry (PP-MT), condenado na Ação Penal 470, a trabalhar como médico num hospital da sua cidade. O juiz nada mais fez do que cumprir a lei. É bom que fique claro que, conforme vários juristas vêm repetindo, deixar o presídio para trabalhar durante o dia não é uma mera possibilidade, a depender da boa vontade de um juiz, mas sim um direito previsto em lei para os condenados pelo regime semiaberto. O procedimento do presidente do STF, Joaquim Barbosa, trancafiando na Papuda os petistas e negando-lhes o direito ao trabalho é uma flagrante ilegalidade, uma afronta à Justiça aplaudida por quem de fato conduziu e conduz todo o processo, a mídia golpista brasileira.

O rolezinho de Demóstenes em Florença

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Nunca as fotos de um homem e uma mulher passeando em Florença geraram tanto barulho. Seriam absolutamente ordinárias se o casal não fosse formado pelo ex-senador Demóstenes Torres e uma senhora.

As imagens foram publicadas no Blog da Cidadania. Numa boa, Demóstenes passeia com a loira mais alta que ele olhando as lojas - lambendo vitrines, como dizem os franceses. Estão ali flanando, como dois turistas. Dois turistas ricos.

Um livro que é a vergonha do Brasil

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O livro Operação Banqueiro, de Rubens Valente, é um deprimente retrato do Brasil das elites.

Um mundo de investidores, governantes, operadores de dinheiro, polícia, juízes – de todos os níveis – e dinheiro, muito dinheiro público.

Algo que, em qualquer país do mundo onde houvesse um Judiciário brioso, abalaria a República e aposentaria, de vez, muitos de seus pró-homens.

O STF e a desigualdade escancarada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em agosto de 2012, no início do julgamento da ação penal 470, o advogado Márcio Thomaz Bastos colocou uma questão de ordem.

Queria desmembrar o julgamento, separando os réus com direito a foro privilegiado – três deputados – e os demais 35, que teriam direito a serem examinados na primeira instância. O pedido foi rejeitado por 9 a 2.

Os absurdos na terra de Roseana Sarney

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Tem notícia que a gente lê no jornal e simplesmente não acredita. Pois não é possível que, em meio à maior crise na segurança pública do Estado, com 60 mortos nos presídios rebelados, cujos líderes espalharam a violência pelas ruas de São Luís, a governadora Roseana Sarney lance, na mesma semana em que foram divulgadas imagens de presos decapitados, um edital para abastecer os seus palácios das mais finas iguarias, prevendo o gasto de R$ 1 milhão até o final do ano.

O Brasil do Maranhão e de Daniel Dantas

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Este é o país do futebol e da oligarquia ainda viva em muitos de seus recantos. Este é o país do batuque no morro e das atrocidades ocorridas nestes dias no Maranhão, feudo dos Sarney.

Este é o país do príncipe dos sociólogos, e também aquele que, conforme o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o Pisa, entre 65 países pesquisados fica em 58º lugar em matemática, 55º em leitura e 59º em ciência, superado pela maioria dos países latino-americanos. Mas o ministro da Educação fala em “grande avanço”, embora tenhamos regredido em matemática e leitura e mantido a mesma classificação em ciência no confronto com a pesquisa de três anos atrás.

Prisões desumanas e o papel da mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O que mais assusta na tragédia ocorrida na região metropolitana de São Luis (MA) e no Complexo Penitenciário de Pedrinhas é a constatação extemporânea, tardia e hipócrita da mídia, de parte da classe política e dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário sobre as condições desumanas dessa prisão e de praticamente todas as outras pelo país afora.

Internet, o segundo meio de informação

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A Internet já passou o rádio e se consolidou como o segundo meio mais consultado pelos brasileiros atrás de informação - perdendo apenas para a TV aberta.

É a conclusão da "Pesquisa Brasileira de Mídia 2013", um amplo trabalho do Ibope Inteligência contratado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) para balizar sua estratégia de comunicação.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A Constituição de 1988 e a comunicação

Por Theófilo Codeço Machado Rodrigues, na Revista Mosaico:

O presente artigo tem o objetivo de apresentar o processo histórico de debate sobre a regulamentação dos artigos da Constituição Federal de 1988 que tratam da comunicação social. Embora os constituintes tenham apresentado na Carta Magna de 88 a preocupação com os limites necessários aos meios de comunicação, ainda hoje os principais artigos não foram regulamentados pelo Congresso Nacional de modo a serem efetivados. Serão apresentados, portanto, as diretrizes constitucionais de 88 e o posterior debate ocorrido na sociedade civil e política em torno de sua regulamentação. Palavras chave: Constituição Federal; Comunicação Social; Democracia

O “novo rumo” subserviente de FHC

Por José Reinaldo Carvalho, no sítio Vermelho:

Na luta política, nada como enfrentar um adversário que fala, fala, fala e, no caso de um tucano, literalmente abre o bico. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso presta-nos este favor quando vem a público em seus artigos publicados nos jornalões do PIG defender seus pontos de vista.

Jango e a atualidade política

Por Beto Almeida, no jornal Brasil de Fato:

O Congresso devolveu simbolicamente o mandato ao ex-presidente João Goulart, derrubado por um golpe fascista organizado pelos EUA. Mesmo sem efeitos práticos, a iniciativa dos senadores Pedro Simon e Randolfe Rodrigues faz justiça com Jango porque contribui para reescrever a história do Brasil. Diante de Dilma Rousseff, presente ao ato, o fi lho de Jango, João Vicente Goulart, acertou lembrando que o pai é ainda uma mensagem viva em defesa das reformas de base.

Facebook censura ativistas de esquerda



Por Claudia Rocha, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com o Facebook no papel de plataforma importante de debate em diversos temas da sociedade, incluindo a política, é possível perceber a reprodução de comportamentos vistos fora do ambiente virtual. A perseguição à militância de esquerda, observada nos últimos meses, é um exemplo. Páginas famosas e com consideráveis números de seguidores, como ‘Política no Face’, ‘Soldadinho de Chumbo’ e ‘Brizola Comenta’, saíram do ar por meio de denúncias de usuários em publicações relacionadas a candidatos à campanha presidencial de 2014.

Globo, Folha e Estadão “podem” acabar!

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Nos primeiros dias de 2014, a mídia tucana se superou na sua aposta catastrofista contra o governo Dilma Rousseff. Está até difícil escolher quem são os principais urubólogos deste início de ano. O Estadão de terça-feira (7) estampa o título “S&P [suspeita agência de risco dos capitalistas sem risco] diz que pode cortar nota do Brasil ainda neste ano”. Já a Folha abusou na manchete: “Alta de preços pode afetar desemprego em 2014”. O jornal O Globo garante que o país “pode” entrar em recessão neste ano de eleições presidenciais. Já que todos os veículos estão fazendo as suas previsões, lanço também a minha: “Globo, Folha e Estadão ‘podem’ acabar”, para o bem do jornalismo nativo.

STF, a mídia e a juristocracia

Por Maria Luiza Tonelli, no blog Viomundo:

Estamos vivendo, há tempos, um processo galopante de judicialização da política. Nesse contexto, o discurso e os debates políticos começam a tomar a forma de uma linguagem jurídica, substituindo a linguagem política. Tanto os que pretendem vencer nos tribunais o que não conseguem nas urnas como os que representam a maioria apelam para o discurso jurídico nesse processo de verdadeira tribunalização da democracia.

50 verdades sobre "Che" Guevara

Por Salim Lamrani, no sítio Opera Mundi:

Continuando com a série de artigos sobre os 55 anos da Revolução Cubana, 50 verdades sobre o “guerrilheiro heroico” Ernesto "Che" Guevara, que perdura na memória coletiva como símbolo da resistência à opressão.

1. Ernesto Guevara nasce no dia 14 de junho de 1928 em Rosário, na Argentina, no seio de uma família de cinco filhos. Seus pais, Ernesto Guevara y Lynch e Celia de la Serna, fazem parte da classe acomodada e aristocrática.

AP 470 foi julgamento político

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Para os que ainda teimam em acreditar na isenção do Supremo Tribunal Federal (STF), está aí mais uma prova do contrário: o processo do esquema de propina nas licitações do metrô em São Paulo, apelidado de “trensalão”, foi desmembrado.

A barbárie e o seu ventre

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Coube ao editor de Carta Maior, Marco Aurélio Weissheimer, esticar o olhar para além do muro da conveniência que acomoda a questão prisional brasileira num círculo de ferro feito de superlotação, precariedade, guerra de facções e barbárie.

As cinco palavras selam a vida de 500 mil pessoas que subsistem do lado de dentro, mas não esclarecem o conjunto que interliga o seu destino ao dos demais 189,5 milhões que completam a sociedade do lado de fora.

O Maranhão e a banalidade do mal

Ilustração: Alex Pardee
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
 

A Folha de S. Paulo se destaca na imprensa brasileira pela preferência por expressões fortes, como recurso para chamar a atenção dos leitores ou para reforçar certo sentido que se quer dar à informação. Foi com esse olhar espetaculoso sobre a notícia que o jornal paulista buscou se apresentar, nas duas últimas décadas, como uma marca de vanguarda. “Hiperinflação”, “megaempresário”, “super-salários”, são alguns exemplos desse estilo, que acabou contaminando os outros jornais, contribuindo para uma mudança na linguagem jornalística cujas consequências ainda estão a merecer estudos de pesquisadores em comunicação.

Como a Veja se tornou uma olavete

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


Bandeira de Mello fez uma das melhores definições de 2013, pela brevidade e pela acurácia: Joaquim Barbosa é um homem mau.

Poderia estar na lápide de Barbosa: “Foi um homem mau”. Seria justo. Finalmente Joaquim Barbosa e a justiça se encontrariam, e juntos permaneceriam per omnia saeculae saeculorum.