segunda-feira, 31 de março de 2014

Mídia e alarmismo em tom de campanha

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
 

Os três principais diários de circulação nacional produzem nas edições de terça-feira (25/3) o fenômeno das manchetes trigêmeas: “Agência rebaixa nota do Brasil”, dizem a Folha e o Globo. Com mínima variação, O Estado de S. Paulo anuncia: “Agência de risco rebaixa nota do Brasil”.

Imprensa apoiou o golpe e a ditadura

Por Beatriz Kushnir, na revista CartaCapital:

Desde fins da década de 1990, parte da historiografia brasileira sublinha que o (equivocado) processo de Anistia cunhou a (errônea) visão de que vivemos envoltos em uma tradição de valores democráticos. A partir das lutas pela Anistia, como sublinha Daniel Aarão Reis, “libera-se” a sociedade brasileira de “repudiar a ditadura, reincorporando sua margem esquerda e reconfortando-se na ideia de que suas opções pela democracia tinham fundas e autênticas raízes históricas”. Nesse momento, plasmou-se a imagem de que a sociedade brasileira viveu a ditadura como um hiato, um instante a ser expurgado. Confrontando-nos à tal memória inventada, há no período republicano longos momentos de exceção – como nos referimos aos regimes ditatoriais.

Eleições de 2014 e "humor do mercado"

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A última semana (de 24 a 28 de março) terminou com um factoide político: uma pesquisa Ibope que mostrou queda da aprovação do governo Dilma Rousseff teria “animado” o mercado financeiro, que fechou essa semana com a Bolsa de Valores subindo e com as ações da Petrobrás se valorizando.

A participação dos EUA no golpe de 1964

Por Haroldo Lima, no sítio Vermelho:

Há um dado novo nesse meio século do golpe de 1964. Vieram à tona, há quatro anos, informações sobre o que o governo americano fez e planejou para alterar a situação brasileira. E as gravações americanas reveladas chocam nosso sentimento de brasilidade.

Golpe de 1964: imprensa escondeu Ibope

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O caro leitor sabia que, ao contrário do que nos foi vendido ao longo de todos estes anos, João Goulart, o Jango, presidente deposto por um golpe militar, civil e midiático, em 1964, tinha amplo apoio popular e seria reeleito, segundo pesquisas do Ibope feitas nos dias que antecederam a sua derrubada, e que nunca haviam sido divulgadas pela imprensa? Pois é, nem eu.

domingo, 30 de março de 2014

Marco Aurélio e os bastidores da Globo



No debate sobre a Globo e o golpe de 64

Aécio e o "mensalão da internet"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No final de maio do ano passado, o senador Aécio Neves publicou um artigo na Folha, fazendo coro às acusações de Marina Silva de que havia um ”Mensalet” ou “mensalão da internet”, “uma indústria subterrânea voltada a disseminar calúnias e a tentar destruir reputações”.

Analfabetismo político está na moda

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Diálogo entre dois coxinhas, de não mais de 25 anos de idade, presenciado por mim, numa fila de supermercado, no bairro da Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro :

Coxinha 1: Quem bom de ver, amigo, passe lá em casa um dia desses para colocarmos a conversa em dia. Mas avise antes porque toda noite costumo jantar na casa dos meus país no Leblon. Hoje, estava com preguiça e resolvi comprar um miojo para jantar.

Golpe e a mídia colaboracionista

Do blog Viomundo:

No debate deste sábado, TV Globo: Do golpe de 64 à Censura Hoje, a historiadora Beatriz Kushnir, autora do livro Cães de Guarda - Jornalistas e Censores, do AI-5 à Constituição de 1988, se disse surpresa com a contribuição de um jornalista a um recente caderno da Folha de S. Paulo sobre o golpe de 64.

Pasadena e o jogo sujo da mídia

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A matéria da Folha deste domingo sobre Pasadena é uma obra-prima de manipulação com objetivo eleitoral. O título é “Para entender Pasadena”, só que não explica nada. Não traz nenhuma informação nova. Bloqueia todas as informações, já publicadas inclusive pelo Valor, que pertence ao mesmo dono da Folha, que podem trazer um pouco de luz ao caso.

Ipea e os soldados do machismo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Todo o barulho causado pelos resultados do estudo do Ipea sobre violência contra mulheres e pela campanha “Eu não mereço ser estuprada” serviu para reforçar outro fato: os soldados do machismo são péssimos nos quesitos “interpretação de texto” e “argumentação”.

Devo confessar que fiquei com uma vergonha alheia forte ao ler algumas coisas que brotaram desse debate. Sensação de “putz, olha lá o cara fazendo cocô de porta aberta!”

A corrupção na ditadura militar

Por Marcelo Semer, no blog Sem Juízo:

Uma das grandes sandices dos saudosistas da ditadura, ou daqueles que evocam a nostalgia do que jamais conheceram, é pregar por “um golpe militar contra a corrupção”.

Nessas toscas, porém não ingênuas, chamadas para uma marcha com Deus, família, liberdade e canhões, a ideia se repete com uma irritante constância.

"Eu, o Direitista Raivoso"

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Eu não vou cumprimentar ninguém porque estou com raiva.

Então vamos direto.

Eu sou o DIRAI. O Direitista Raivoso.

"Mensalão" tucano: cadê a indignação?

Por Cadu Amaral, em seu blog:

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu conceder a Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas Gerias e ex-deputado federal, o direito a ser julgado em primeira instância no caso do “mensalão” tucano porque renunciou ao mandato na Câmara dos Deputados. Ao contrário do que aconteceu com os réus do “mensalão” petista na Ação Penal 470. José Dirceu, por exemplo, não era mais deputado federal – foi cassado – quando o processo se iniciou no STF, mas a ele não lhe foi dado o direito a um duplo julgamento. Dois pesos, duas medidas.

A grande mídia e o golpe de 1964

Por Venício A. de Lima, no sítio Carta Maior:

No debate contemporâneo sobre a relação entre história e memória, argumenta-se com propriedade que a história não só é construída pela ação de seres humanos em situações específicas como também por aqueles que escrevem sobre essas ações e dão significado a elas. Sabemos bem disso no Brasil.

'Cordão da Mentira' repudia a ditadura

Por Xandra Stefanel, na Rede Brasil Atual:

“Para de mentir, canalha
Para admitir a 'Falha'
Para de omitir que a dita foi dura demais

Para de fingir que é justa
Para de fugir do Ustra
Para difundir a farsa impressa nos jornais”


O Frevo da “Falha”, de autoria de Cuca e Everaldo, é a música mais famosa do Cordão da Mentira, grupo que desde 2012 sai às ruas no dia 1° de abril para relembrar o golpe de 1964 e as heranças que este período deixou para a sociedade brasileira. O bloco carnavalesco fora de época faz o último ensaio amanhã (30) para sair oficialmente em marcha na próxima terça-feira (1º), dia que o golpe militar completa 50 anos.

Feliciano e o preconceito religioso

Da revista Fórum:

Na última sexta-feira (21), o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de inquérito para investigar se o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) cometeu o crime de preconceito contra religião. A ação foi movida a partir de um vídeo no qual o pastor diz que no futuro haverá “o sepultamento dos pais do santo” e o “fechamento de terreiros de macumba”.

O PCdoB e o golpe de 1964

Do sítio da Fundação Mauricio Grabois:

O Golpe de 1964 – que depôs o presidente João Goulart – completa agora 50 anos. Foi a principal iniciativa política da direita e dos conservadores da história brasileira do século 20, e se insere na trajetória da luta de classes do país. Além disso, para ser compreendido em toda a sua complexidade, deve ser visto no contexto das tensões da guerra fria quando o imperialismo norte-americano fomentava golpes de Estado na América Latina e mundo afora.

César Maia critica Aécio e Campos

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O ex-prefeito do Rio, César Maia, deu uma instigante entrevista ao UOL. Analisa o quadro eleitoral sem brigar com os fatos. Faz a crítica aos erros da oposição, mas prevê uma eleição muito dura para Dilma. A avaliação de Maia aproxima-se bastante do que escrevi aqui – indicando que a eleição de 2014 será muito mais difícil para Dilma (PT) do que indicam os atuais percentuais de voto em Aécio (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).