quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Alguns números não mentem

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É bom não desprezar a importância das estratégicas de marketing numa campanha eleitoral dirigida a uma massa de mais de 100 milhões de eleitores. Convém colocar os pés na realidade, porém.

Há duas semanas que os índices de intenção de voto de Dilma Rousseff estão em alta. Sobem em todos os institutos, em todos os itens, em todas comparações. Conforme os dados mais recentes, Dilma lidera a campanha no primeiro turno e alcançou um empate técnico com Marina Silva em pesquisas para o segundo turno. Se você olhar a curva, pode até enxergar mais crescimento de Dilma pela frente. Se olhar para trás, irá lembrar que há exatamente um mês Dilma era candidata - matematicamente - a vencer a eleição no primeiro turno. O que mudou mesmo?

A síntese de Marina Silva

Por Igor Felippe, no blog Escrevinhador:

Armando Boito Jr, professor titular de Ciência Política da Unicamp, tem se dedicado a entender o movimento das frações de classes sociais nos governos de Lula e Dilma Rousseff.

Para isso, Boito acompanha o posicionamento dos diversos segmentos da classe trabalhadora e da burguesia para compreender as políticas econômicas e sociais do governo federal.

O estudo de quem ganha e quem perde com as políticas do governo é fundamental para entender os setores que sustentam, disputam e combatem a chamada frente neodesenvolvimentista, de acordo com Boito.

Com Marina, governo será do PSDB

Por Bruno Pavan, no jornal Brasil de Fato:

“Caso algo mude até a publicação, a gente pode marcar uma outra conver­sa”, disse o cientista político e professor da USP André Singer no começo da noite do dia 25 de agosto. 12 dias após a mor­te de Eduardo Campos, então candidato do PSB, a pesquisa mais recente que tí­nhamos em mãos mostrava Marina Silva com 21% dos votos no primeiro turno e o tucano Aécio Neves com 20%.

A visão de mundo de Giannetti

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Almocei com um amigo jornalista um dia desses e ele colocou na conversa, por uma fração de minuto, Eduardo Giannetti, o principal economista de Marina.

“Lembra que ele não declarava o voto e você ficava bravo com isso?”

Meu amigo se referia aos dias em que nós dois dirigíamos a Exame, coisa de uns quinze anos atrás.

Uma imprensa sem jornalismo

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Já se disse neste Observatório que não existe mais uma relação orgânica entre imprensa e jornalismo no Brasil. Alguns comentaristas que se manifestam sobre os temas propostos pelo observador neste espaço, entre eles acadêmicos portadores de currículos respeitáveis, consideram exagerada, ou no mínimo controversa essa afirmação. Mas a ruptura entre a mídia tradicional, como instituição, e o jornalismo, como atividade socialmente relevante no equilíbrio entre as forças que atuam no espaço público, fica mais evidente conforme se intensifica a disputa eleitoral. É neste período que os principais protagonistas da instituição conhecida como imprensa extrapolam de suas funções mais nobres para atuar como agentes de propaganda a serviço de determinada pauta política.

Marina não aguenta um tuíte

Por Alisson Matos, no blog Conversa Afiada:

A presidenta Dilma Rousseff provocou a candidata à presidência, Marina Silva (PSB), que teve seu programa de governo alterado em item que mencionava o direito de casais gays a casamento. “Quem não tem força e determinação não aguenta um tuíte, quanto mais uma manchete negativa ou alguém falando mal”, afirmou a petista em comício em Belém (PA) nesta quarta-feira (10).

Marqueteiro do PSDB apronta na internet

Da revista Fórum:

O empresário mineiro Pedro Guadalupe está no centro de mais uma confusão envolvendo campanhas políticas na internet. Depois de ser acusado de tentar cooptar Jeferson Monteiro, criador do perfil Dilma Bolada no Facebook e Twitter, para apoiar o candidato à presidência Aécio Neves, ele agora é suspeito de usar sites laranjas, com o objetivo de difamar adversários do PSDB nas eleições.

Empresas colaboraram com a ditadura

Por Marsílea Gombata, na revista CartaCapital:

Empresas brasileiras e estrangeiras colaboraram com os militares durante a ditadura. Elas funcionavam como fonte de informações sobre sindicalistas e trabalhadores suspeitos de comandarem greves e fazerem parte de organizações de esquerda, comprovam documentos obtidos pelo Grupo de Trabalho “Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical” da Comissão Nacional da Verdade, apresentados nesta segunda-feira 8, em São Paulo. Além de mostrar nomes e endereços de trabalhadores suspeitos de confabular contra o regime, os documentos trazem os nomes do empresariado que monitorava seus funcionários a fim de colaborar com o sistema de censura e repressão nos últimos anos da ditadura civil militar no Brasil (1964-1985).

Marina, Washington e a política externa

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

O Plano de Governo da candidata Marina Silva propõe uma política externa que reveja as relações do Brasil com os Estados Unidos (EUA) e a União Europeia (EU), no sentido de maior aproximação. O plano é dúbio, bate e sopra na diplomacia de Lula e Dilma, mas se oferece como a melhor opção para os parceiros mais ricos.

Oposição quer colher o que não plantou

Por Paulo Donizetti de Souza, na Rede Brasil Atual:

Quando escreveu a obra Quem vai dar o Golpe no Brasil?, em 1962, Wanderley Guilherme dos Santos conquistou um respeitável espaço na ciência política ao antever a tramoia civil-militar detonada dois anos depois, que interromperia por quase três décadas os avanços sociais, políticos e culturais do país. Desde então, jamais deixou de investigar as contradições e desafios da democracia brasileira. Ainda hoje, estuda de seis a oito horas por dia para quatro pesquisas acadêmicas – sem deixar de desfrutar, “a lazer”, de livros de arqueologia, romances policiais e séries do Netflix.

Jornal Nacional manipula pesquisas

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

O Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou nesta quarta-feira nova pesquisa do Datafolha sobre de intenção de voto para presidente da República. .

O Datafolha mostra Marina Silva numa trajetória de queda, ainda que leve, no primeiro turno.

No levantamento realizado em 28 e 29 de agosto, Marina tinha 34 pontos. Manteve os 34 na pesquisa feita entre 1 e 3 de setembro. E, agora, caiu para 33.

O "foguete" Marina está em queda

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A pesquisa Datafolha fez o que pôde.

Mas não dá para esconder que Marina Silva entrou numa trajetória, ainda que suave, de queda.

34, 34, agora 33 pontos.

Já Dilma: 34, 35, 36%.

No segundo turno, diferença pró-Marina de 10, 7 e agora 4 pontos.

Pra frente é que se anda!

Por Wagner Gomes

As eleições deste ano colocam novamente o Brasil diante de escolhas fundamentais que podem marcar a vida futura da nação. Estamos numa encruzilhada com duas direções opostas. Uma indica seguir em frente e avançar nas mudanças iniciadas em 2003 com o ex-presidente Lula, hoje representada pela candidatura à reeleição da presidenta Dilma.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Datafolha enterra Aécio e alerta Marina

Por Altamiro Borges

O Datafolha publicou na noite desta quarta-feira (10) sua nova pesquisa sobre a corrida presidencial. Desta vez, o "Datafalha", como também é conhecido, evitou abusar da inteligência dos que ainda acreditam nestes levantamentos. A pesquisa confirmou o que já havia sido apontado pelo Ibope, Vox Populi e MDA/CNT: Dilma Rousseff cresce, Marina Silva empaca e Aécio Neves, coitado, virou pó. Segundo o levantamento, a atual presidenta teria 36% das intenções de voto no primeiro turno; a candidata-carona do PSB ficou com 33%; e o cambaleante tucano, apesar da ajudinha dos factoides da revistaVeja, aparece com apenas 15%, o maior vexame na história do PSDB.

Comissão da Verdade convocará a Globo?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A Comissão Nacional da Verdade finalmente decidiu convocar para prestar esclarecimentos os executivos das empresas que cooperaram com a ditadura militar. Segundo matéria da Folha desta terça-feira (9), “um dos focos de investigação do grupo, a colaboração de companhias nacionais e estrangeiras com a repressão, será tema de audiência... ‘Ainda vamos estudar as várias formas de responsabilização dessas empresas, mas há tratados e entendimentos internacionais que dizem que, em situações como a da ditadura, a responsabilização das empresas e dos empresários não pode ser esquecida’, ressaltou Rosa Cardoso”, integrante da comissão. Fica a pergunta: os filhos de Roberto Marinho serão convocados?

Tesoureiro de Marina também é censor

Por Altamiro Borges

Aécio Neves, o cambaleante censor tucano, não é o único que persegue ativistas digitais e desrespeita a liberdade de expressão. O jornal O Globo desta terça-feira (9) informa que o pragmático Márcio França – coordenador financeiro da “sonhática” Marina Silva, candidato a vice-governador na chapa do tucano Geraldo Alckmin, deputado federal e cacique nacional do PSB, entre “outras cositas” – também realiza uma ofensiva jurídica contra tuiteiros e facebookeiros. “Só no início deste mês, foram seis ações nas esferas civil e criminal por calúnia e difamação”, relata a repórter Julianna Granjeia. O seu advogado, Jefferson Teixeira, inclusive abriu conta no Twitter para divulgar o perfil dos processados.

Dilma e a expansão da banda larga

Por Luiz Carvalho e Vanessa Ramos, no site da CUT:

Primeira candidata a aceitar o convite para o debate dos movimentos que integram a campanha “Banda Larga é um Direito Seu”, a presidenta Dilma Rousseff esteve em São Paulo nessa terça-feira (9) para discutir propostas de democratização do acesso à internet.

Dilma afirmou o compromisso de campanha de investir em uma estrutura de fibra ótica para levar a rede a 80% do Brasil até o final de seu próximo mandato. O desafio, porém, é grande: segundo a própria presidenta, apenas 47% dos municípios brasileiros possuem essa infraestrutura no país.

Dilma promete universalizar banda larga

Foto: Felipe Bianchi/Barão de Itararé
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Caso reeleita, Dilma Rousseff comprometeu-se a levar a cabo uma série de avanços no campo da Internet. Sabatinada nesta terça-feira (9), no Diálogos Conectados, iniciativa da campanha Banda Larga é um Direito Seu que propõe discutir com os candidatos à presidência suas plataformas para banda larga e cultura digital, a presidente estimou que “em quatro anos, 90% do país terá internet de qualidade e a preços acessíveis”.

Vox Populi confirma arrancada de Dilma

Por Altamiro Borges

O instituto Vox Populi divulgou na manhã desta quarta-feira (10) o resultado de mais uma rodada de pesquisa sobre a sucessão presidencial. Ela confirma que a presidenta Dilma Rousseff voltou a crescer nas intenções de voto; que o “furacão” Marina Silva perdeu intensidade; e que Aécio Neves, coitado, virou pó! Segundo o levantamento, encomendado pela revista CartaCapital, a petista abriu uma vantagem de oito pontos sobre a candidata-carona do PSB no primeiro turno – 36% a 28%; já o cambaleante tucano obteve apenas 15%. A outra boa notícia para a atual ocupante do Palácio do Planalto é que a simulação do segundo turno apontou empate técnico com a ex-verde – 41% a 42%.

Quando a propaganda tem razão

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A reação negativa diante da propaganda de Dilma que denuncia a independência do Banco Central só se explica pelas razões da pequena política. O anúncio tem razão de ser e estimula um debate indispensável depois que Marina Silva se comprometeu com a medida na campanha.

Vamos deixar o estilo de lado, que talvez seja um tanto sombrio demais. O tom é panfletário? Sem dúvida - mas estamos falando de propaganda, certo? Também podemos dizer, avaliando o roteiro com um tom um pouquinho pedante na voz, que o problema das relações entre os bancos privados, os governos de cada país e a prosperidade das famílias “é mais complexo” do que se vê na tela.
Vamos combinar: quando fica difícil sustentar uma divergência frontal, sempre se pode dizer, a respeito de qualquer coisa, que ela é “mais complexa” do que parece - até um exercício de matemática elementar do ensino fundamental.