terça-feira, 28 de outubro de 2014

Dilma reeleita: Nada será como antes

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Com a alma lavada depois da vitória de Dilma sobre um dos maiores massacres midiáticos da história republicana e uma onda de ódio conservador sem precedentes, é preciso interpretar corretamente o recado das urnas e valorizar as forças e os atores sociais que emergiram da mobilização da campanha eleitoral. Só assim será possível reinventar o governo, sintonizando-o com a demanda das ruas. O modelo seguido até aqui, através do qual a criação das condições de governabilidade praticamente se limita aos acordos com partidos e suas bancadas no Congresso Nacional, se esgotou.

Quarta derrota seguida do neoliberalismo

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Pela sexta vez consecutiva se enfrentaram candidatos do PT e do PSDB, com duas vitórias iniciais para os tucanos e quatro triunfos sucessivos para os petistas.

O que isto significa? Que os governos neoliberais - Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso - foram definitivamente rejeitados pelos brasileiros. Que cada vez que estes se veem diante da alternativa, preferem a continuidade dos governos que constroem alternativas ao neoliberalismo.

Uruguai rejeita redução da maioridade

Do site Opera Mundi:

Os dados iniciais da apuração oficial das eleições deste domingo (26/10) no Uruguai confirmam que os candidatos Tabaré Vázquez e Luis Alberto Lacalle Pou definirão a Presidência do país em segundo turno, marcado para o dia 30 de novembro. Em plebiscito que também foi realizado ontem, 53% dos uruguaios rejeitaram a redução da maioridade penal.

Regulação da mídia: a gota d’água

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

Conhecidos os resultados eleitorais, espera-se que, no seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff enfrente a questão inadiável de um marco regulatório democrático para o setor de comunicações ou “da regulação econômica do setor” como ela mesma tem dito.

As eleições e o susto no PT

Por Frei Betto, no site da Adital:

A eleição presidencial deu um susto no PT. Não esperava que Marina Silva se tornasse cabeça de chapa e obtivesse votação mais expressiva do que em 2010. E muito menos que ela, derrotada, apoiasse Aécio.

Não esperava que Aécio fosse um concorrente tão ameaçador. E muito menos que o PMDB entrasse rachado na campanha, com Hartung, do Espírito Santo, e Sartori, do Rio Grande do Sul, como cabos eleitorais do PSDB.

A primeira entrevista de Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Muito melhor do que a dada ao Jornal Nacional, a entrevista de Dilma Rousseff ao Jornal de Record, hoje, é reveladora do espírito da Presidenta.

Ela vai ouvir, esperando passar a histeria de uma direita que sentou na boca o gosto da vitória e se retorce de ódio.

Crise da água em SP é falta de gestão

Por Paulo Fiorilo, na revista Teoria e Debate:

São Paulo vive uma crise sem precedentes em seu sistema de abastecimento de água. Muitos paulistanos já têm como realidade o racionamento em casa, sendo obrigados a adaptar a rotina à crise hídrica e às torneiras secas, noite após noite. Até mesmo estabelecimentos comerciais e escolas – inclusive da rede estadual – estão sofrendo com a descontinuidade do fornecimento.

Os grandes micos da eleição

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Passada a eleição, é hora de selecionar os grandes “micos” dessa campanha eleitoral que mobilizou ódio e preconceito – por fim, derrotados na urna.

Faço aqui uma breve lista, mas gostaria que os internautas ajudassem a completá-la.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A promessa de democratizar a mídia

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita, neste domingo (26), com 51,63% (54.501.118) dos votos, contra 48,36% (51.041.155) de Aécio Neves (PSDB). Dentre os compromissos assumidos por ela em sua campanha, estão o debate pela “regulação econômica” dos meios de comunicação, a universalização da banda larga e a regulamentação do Marco Civil da Internet – o candidato tucano Aécio Neves não havia tocado nos temas ao longo da disputa eleitoral.

Para entender a vitória de Dilma

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Nestas eleições presidenciais, os brasileiros e brasileiras se confrontaram com uma cena bíblica, testemunhada no salmo número um: tinha que escolher entre dois caminhos: um que representa o acerto e a felicidade possível e outro, o desacerto e infelicidade evitável.

A esperança venceu o ódio

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

A presidenta Dilma Rousseff foi reeleita com mais de 51% dos votos, dados por mais de 54 milhões de eleitores.

A vitória revela a força de seu governo e do legado das duas presidências de Lula.

Dilma mostrou que é dura na queda.

Dilma deve buscar o apoio nas ruas

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Foi uma vitória épica, à altura das biografias de Lula e Dilma.

Nunca antes na História deste país, diria o ex-presidente, tantas forças se juntaram, dentro e fora do Brasil, para derrotar eleitoralmente um projeto político.

Um projeto cheio de defeitos, insuficiente e sustentado por uma coalizão instável; porém, o projeto possível.

"Veja": Última tacada de Fábio Barbosa

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O amigo liga em pânico: “A imprensa vai acabar com a democracia no Brasil”. Respondo: “É a democracia que vai acabar com a imprensa e implantar o jornalismo”.

A aventura irresponsável de Veja – recorrendo a uma matéria provavelmente falsa para pedir o impeachment de um presidente da República - não se deve a receios de bolivarianos armados invadindo a Esplanada. Ela está sendo derrotada pelo mercado, pelo fato de que, pela primeira vez na história, a Internet trouxe o mercado para o setor fechado, derrubando as barreiras de entrada que permitiram a sobrevida de um jornalismo anacrônico, subdesenvolvido, a parte do país que mais se assemelha a uma republiqueta latino-americana.

A pressão por uma guinada de Dilma

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Dilma Rousseff não ganhou o segundo turno por conta de João Santana. A atuação de Lula, que segue sendo o grande eleitor do país, foi fundamental, mas outro elemento se mostrou determinante: a militância.

Petistas ou pessoas que não são ligadas ao partido, mas defendem bandeiras de esquerda e enxergavam na continuidade do mandato uma possibilidade maior de diálogo para essas pautas, levaram, junto com organizações e movimentos sociais, a campanha ao espaço público e às redes sociais. Conquistaram votos como o PT fazia antigamente antes do partido se apegar demais ao poder e se apaixonar pelo reflexo no espelho.

As eleições e o ódio à democracia

Por Matheus Pichonelli, na revista CartaCapital:

"Nordestino não sabe votar". "Pobres merecem o que têm". "Abaixo o Bolsa Esmola". "Vão pra Cuba". "Muda para Miami". "Os empregados deveriam ser proibidos de participar". "Paulista é uma raça egoísta". "Deveríamos nos separar do resto do país". Não, não é por acaso que as manifestações de ojeriza à política, ao contraditório e ao voto das populações mais pobres tenham se intensificado ao longo desta eleição, a sétima desde a reabertura democrática. A democracia brasileira é jovem, mas não é uma criança. Parte do ódio que ela provoca é antes o resultado de sua maturidade do que de seu ineditismo: quem vocifera não são os que desconhecem seu funcionamento, mas os que o conhecem muito bem – a ponto de, em pleno 2014, falarem em golpe, impeachment ou cegueira coletiva para deslegitimar um resultado adverso.

Minas de Aécio deu a vitória a Dilma

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma das certezas desse fim de eleição é que os ignorantes de sempre culparão os nordestinos ignorantes pela derrota de Aécio Neves e proporão um racha.

Estarão errados, mais uma vez, não apenas pelo julgamento odioso. O Nordeste escolheu Dilma maciçamente - inclusive Pernambuco, onde a viúva de Eduardo Campos declarou apoio a Aécio Neves -, mas decidiu o pleito com a ajuda inestimável dos mineiros.

A vitória da classe trabalhadora!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Amigos e companheiras,

o blogueiro desperta com uma ressaca estranha.

Uma ressaca de alívio.

Testemunhamos, ontem, o final de uma batalha épica, que marcará a história do Brasil e do mundo por décadas, quiçá por séculos.

A esquerda ganhou contra tudo e contra todos.

Mídia sofre sua quarta derrota

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

2002, 2006, 2010, 2014.

Nas últimas quatro eleições presidenciais, a velha mídia familiar brasileira fez o diabo, vendeu a alma e foi ao fundo do poço para derrotar o PT de Lula e Dilma.

Perdeu todas.

Desta vez, perdeu também a compostura, a vergonha na cara e até o senso do ridículo.

A lição de Dilma em vitória histórica

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para se tentar fazer uma ideia do futuro político do Brasil até 2018, é preciso, num exercício de humildade, tentar compreender o que ocorreu em 26 de outubro de 2014.

Num esforço para enfraquecer o segundo mandato de Dilma Rousseff antes mesmo do início do segundo mandato, procura-se usar os números da apuração do segundo turno para escrever a profecia de um governo frágil, pré-condenado ao fracasso e à desorientação. A vantagem de 3,2% sobre Aécio Neves - ou 3,4 milhões de votos - é uma das menores da história da república mas ninguém tem o direito de fingir que não sabe o que aconteceu em 26 de outubro de 2014, marco de um evento histórico.

Não esqueçam o que eles escreveram

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A imprensa brasileira escavou o poço da dignidade no último fim de semana, em sua derradeira e desesperada tentativa de reverter a direção dos votos para a Presidência da República. Como na tradição recente, coube à revista Veja dar partida ao factoide que deveria interromper a tendência dos indecisos em favor da candidatura do Partido dos Trabalhadores. Não foi suficiente. Ainda que por margem estreita, Dilma Rousseff se reelegeu.