domingo, 16 de agosto de 2015

Círculos viciosos da direita brasileira

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

A direita pode gozar, durante um tempo, da sua capacidade de impor uma estabilidade política – baseada na força – e um crescimento econômico, mesmo se com aumento das desigualdades e da exclusão social. O modelo brasileiro serviu de referência para outros países da região, tanto como imposição violenta da ordem, quanto como modelo econômico. O primeiro aspecto se reproduziu em outros países. O segundo não.

Como terminam "as vidas sem valor"

Por Liliana Sanjurjo e Gabriel Feltran, no site Outras Palavras:

"Guerra às drogas", "guerra ao crime", "guerra contra a subversão", "guerra ao terror". Palavras de ordem na contemporaneidade. A lógica guerreira da militarização vem pautando as políticas de segurança nacional e, mais recentemente, as políticas de segurança pública em diversos países do mundo (1). Especialmente no contexto latino-americano, tanto no passado ditatorial recente quanto na presente forma democrática, observa-se como distintos governos, por meio dos sujeitos e instituições que os constituem, colocam em ação enunciados valorativos a fim de justificar, sobretudo moralmente, as políticas estatais de segurança e os atos repressivos perpetrados contra aqueles categorizados como seus “inimigos internos”. A política é a cada dia mais guerreira, a fronteira que define o inimigo é cada vez mais moral e ele está cada vez mais próximo. O conflito precisa ser administrado.

"Lei antiterrorismo é perigosíssima"

Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:

O projeto de lei antiterrorismo, de autoria do Executivo, aprovado na noite desta quarta-feira, 12, na Câmara dos Deputados, em Brasília, é perigosíssimo e inconstitucional, segundo o presidente da Associação Juízes para a Democracia (AJD), André Bezerra.

“Indígenas que ocupem o prédio da Funai, podem ser considerados terroristas, no limite... Os conceitos da lei são muito vagos. E não se sabe como serão aplicados. Existe uma definição de organização terrorista (no texto) muito perigosa, muito perigosa”, reforça.

Eduardo Cunha e a corda bamba

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

A atenção da mídia voltada para a sustentação da campanha contra o governo tem, como pano de fundo, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Essa solução, um golpe disfarçado, hoje parece coisa do passado. Mas nas últimas semanas pairou um sentimento triunfal de que o tempo do governo Dilma tinha entrado em contagem regressiva. Houve mesmo aproximações semelhantes às palavras de ordem “Basta” e “Fora”, estampadas na primeira página do jornal Correio da Manhã. Quase uma senha para a queda do presidente João Goulart em 1964.

Instituto Lula rebate mentira de O Globo

Do site Vermelho:
O Instituto Lula desmentiu a reportagem "Dinheiro liga doleiro da Lava-Jato à obra de prédio de Lula", do jornal O Globo, que afirma ser de propriedade do ex-presidente o apartamento no edifício Solaris, no Guaruja - edifício cuja obra foi relacionada a dinheiro supostamente de propina pago a construtora na investigação da Lava Jato. "Lula poderia, perfeitamente, ter um apartamento comprado a prestações no Guarujá. Mas não tem", informa o Instituto.

Mídia instiga o ódio e a violência

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

Manifestações racistas continuam a manchar a imagem do Brasil no exterior, mas crescem diariamente na TV, no rádio, na imprensa escrita e nas redes sociais. O caso mais recente refere-se ao programa dito humorístico Pânico na Band. Porque a emissora paulista, da família Saad, pôs no ar o personagem de Eduardo Sterblitch, “Africano”, onde esculacha com os negros de maneira extremamente rasteira.

PF investigará ataque ao Instituto Lula

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

O Viomundo denunciou nessa sexta-feira, 14, às 14h32: Bomba contra o Instituto Lula: Polícia Federal não está no caso; investigação está sendo feita pela Polícia Civil.

Foi a própria assessoria de imprensa da Superintendência da PF-São Paulo, que deu essa informação a mim, Conceição Lemes, e justificou:

“A Polícia Federal só age quando o fato envolve prédio da União. Como o Instituto Lula, é um órgão privado, a apuração está sendo feita pela Polícia Civil. Nós estivemos lá e oferecemos a nossa colaboração, caso necessitem. Se a Polícia Civil chegar à conclusão que a bomba foi jogada contra o Instituto Lula por questões políticas – o que por enquanto não está provado –, aí, poderemos atuar”.

TV prepara show para a marcha golpista

Por Altamiro Borges

Na semana retrasada, o jornal O Globo publicou um editorial criticando a "marcha da insensatez" dos que pregam o impeachment de Dilma. Na mesma semana, um dos três filhos de Roberto Marinho - que não têm nome próprio - participou de uma reunião com nove senadores do PT na qual ouviu várias críticas e se comprometeu a averiguar a linha editorial dos veículos da famiglia - TVs, rádio, revista e jornais. Muita gente séria avaliou que a famiglia Marinho teria optado por um "recuo tático" na sua cruzada golpista - temendo seus efeitos destrutivos na economia e os riscos de uma convulsão social no país. Os últimos sinais, porém, não parecem confirmar esta hipótese otimista.

sábado, 15 de agosto de 2015

Vai ter selfies com os PMs de Osasco?

Por Altamiro Borges

Nas marchas golpistas de março e abril, uma cena patética virou motivo de galhofa nas redes sociais. Dignos representantes das elites paulistas, hoje batizados de "coxinhas", fizeram questão de tirar suas egocêntricas selfies com soldados do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Ao mesmo tempo que rosnavam pelo "Fora Dilma" e até pela volta dos generais ao poder, eles explicitaram o seu apoio incondicional à repressão policial. Neste domingo (16), estes adoradores da violência e do ódio bem que podiam fazer uma homenagem aos soldados da PM que assassinaram 18 pessoas em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Golpistas e carrascos em selfies simbólicas da barbárie.

Mídia e democracia nas Américas

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:



Entre os dias 18 e 20 de setembro, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e a Agência Latino-Americana de Informação (Alai), do Equador, promovem o Seminário Mídia e Democracia nas Américas. O encontro reunirá autoridades e especialistas internacionais para discutir o cenário político, o papel da mídia e a luta pela democratização da comunicação no continente.

A cobrança da democratização da mídia

Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

A democratização da comunicação foi uma das principais reivindicações que as lideranças sociais presentes no encontro com a presidenta Dilma Rousseff levaram ao governo nesta quinta-feira (13/8), junto com as reformas agrária e política, além do apelo pelo fim do ajuste fiscal e contra a redução da maioridade penal. A urgência de um novo marco regulatório para o setor de comunicação esteve presente em todas as falas. A presidenta, no entanto, não tocou no assunto ao encerrar o evento Diálogo com os Movimentos Sociais, realizado no Palácio do Planalto.

O valetudo da Polícia Federal contra Lula

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Até quando seremos obrigados a engolir vazamentos criminosos da Polícia Federal?

Ou será que viramos um estado policial, em que a PF não presta contas a ninguém.

Quebrar o sigilo bancário de Lula e passá-lo logo a quem, a Veja, foi um golpe de extrema sordidez.

O objetivo foi apenas confundir uma parcela dos leitores incapazes de qualquer tipo de discernimento.

Agenda de Renan: salvação ou tragédia?

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

Dois homens investigados pela Lava-Jato: Eduardo Cunha preside a Câmara e é acusado de cobrar propinas de empreiteiras; Renan Calheiros preside o Senado e é acusado de se locupletar com nomeações na Petrobrás.

Os dois merecem o benefício da dúvida. Isso do ponto de vista jurídico.

Mas na política não deve haver qualquer dúvida: Cunha e Renan manobram as instituições de forma vergonhosa, para tentar se safar na Lava-Jato.

PSDB pode esvaziar marcha golpista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Este texto já estava escrito na cabeça de seu autor antes de matéria da Folha de São Paulo, publicada neste sábado, 15 de agosto, ter informado que “a movimentação nas redes sociais para os protestos antigoverno deste domingo (16) foi mais fraca do que a observada antes das outras duas grandes manifestações que ocorreram neste ano, em 15 de março e 12 de abril”.

Segundo a Folha, “análise de termos relacionados a protestos feitos pela empresa de monitoramento de redes sociais Seekr” mostrou que “o assunto rendeu mais de 20 mil postagens no Twitter, no Instagram, no YouTube e no Google+, no intervalo de segunda (10) a quinta (13)”.

PT: sonho à procura de seus personagens

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Florestan Fernandes, que o Brasil perdeu há vinte anos (10-08-1995), dizia que o seu socialismo era a democracia levada às últimas consequências. Uma democracia para valer, uma democracia de todos. Sobretudo para todos.

O marxista que foi professor de Fernando Henrique Cardoso, entre outros, rompeu com o pupilo a quem ironizava a pretensão de ser um cavalo de Tróia das elites – querer reformar o capitalismo por dentro, em parceria com seus donos.

Ataques a Lula são tiro no pé da mídia

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Primeiro: uma bomba contra o Instituto Lula, cujos estragos na porta de aço foram descritos por Merval Pereira como "buraquinho".

Segundo: a PF vaza uma conversa normal entre Lula e um diretor da Odebrecht, falando de artigos para jornal. E a mesma PF e a mídia tentam insinuar crimes.

Terceiro: a PF vaza para a Veja - logo quem - o sigilo bancário de Lula.

Por que não uma Lava Jato da sonegação?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A ideia proposta no título desta coluna não é minha, nem dos leitores que enviaram dezenas de sugestões de pauta, atendendo ao pedido que fiz no post anterior, a quem agradeço.

É da dona Mara, minha mulher, que é quem cuida das contas aqui de casa.

Recorri ao doutor Google para procurar respostas e, em poucos minutos de pesquisa, encontrei várias, que me deixaram deveras assustado com o tamanho do rombo provocado pela sonegação fiscal nas contas públicas, um assalto ao Erário sem precedentes, que bota todos os recentes escândalos de corrupção no chinelo, como atesta a BBC Brasil, em matéria assinada por Fernando Duarte.

Lula deve assumir ministério já

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Luiz Inácio Lula da Silva deve aceitar imediatamente um convite para integrar o ministério de Dilma Rousseff. Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, não se trata de um atalho para a impunidade ou qualquer outra posição privilegiada.

É uma medida dramática, ainda que sujeita a vários graus de incompreensão.

O abuso de poder da PF contra Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A escuta telefônica, legalmente autorizada, não abrange a violação da intimidade de terceiros, salvo estes estejam, nos contatos com aquele que foi “grampeado”, combinando ilícitos ou se referindo a informações relativas à produção de provas.

Fora isso, é uma violação indevida e criminosa e é isso que a Polícia Federal está fazendo ao vazar para o Estadão que o ex-presidente Lula teria conversado duas vezes com um dirigente da Odebrecht ao telefone.

Overdose de ajuste já afeta empregos

Por Vitor Nuzzi, na Revista do Brasil:

Duas notícias, uma boa e outra má, alteraram a rotina do operador de máquinas especiais José Djalma de Souza. Seu filho mais velho, Pablo Lênin, de 17 anos, passou pela seleção do Senai e vai começar a trabalhar na Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. "São testes difíceis. Ele sempre estudou em escola pública e conseguiu. Para mim, foi uma bênção. Sempre quis ver meu filho trabalhando numa grande empresa. Dá para fazer uma faculdade mais na frente", comemora Djalma. Ao mesmo tempo, ele recentemente passou por um drama que voltou a assombrar a rotina dos trabalhadores brasileiros. Prestes a completar 12 anos de fábrica, foi demitido. Pela mesma Mercedes, por telegrama. Djalma chegou a passar seis meses afastado, por meio do sistema conhecido como lay-off, de suspensão de contratos de trabalho.