quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O pior delito de Eduardo Cunha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Desde o início do caso Cunha, uma coisa me intrigou particularmente: como ele, ferido de morte por evidências acachapantes de corrupção, poderia ter o poder de decidir sobre algo de tamanho impacto para o país como um processo de impeachment?

Somos uma sociedade tão vulnerável assim a achacadores como Cunha? Não temos defesas, não temos freios que nos protejam em situações de flagrante perigo?

O impeachment e a antipolítica

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A aceitação do pedido de impeachment pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ocorre em um momento em que poucas vezes a classe política brasileira esteve tão desacreditada, e tão, também – intencionalmente - vilipendiada junto à opinião pública.

No início do ano, logo depois das eleições, pesquisa do Datafolha indicava que 71% dos entrevistados não tinham preferência por nenhum partido político.

Dilma e a possibilidade da virada

Por Renato Rovai, em seu blog:

É nas dificuldades que se conhece as pessoas ou é nas dificuldades que que surgem as oportunidades. Esses são dois ditados populares bastante usados em momentos duros.

Há gente que chama isso de sabedoria popular. Outros entendem essas frases mais na linha da auto-ajuda ou do senso comum.

Seja como for, ambas valem para Dilma e para o seu governo.

Dilma e a hora do enfrentamento

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Em política, nunca se deve ter um enfrentamento que não seja necessário.

Mas também não se pode deixar de enfrentar, quando isso é indispensável.

O desfecho do golpe se dá, é verdade, em hora ruim na economia, porque a teimosia em aprofundar a recessão como forma de, dizem, acelerar a retomada econômica.

Rede da dignidade contra o golpe

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A história apertou o passo e quando sacode a poeira ela derrama transparência por onde passa.

A retaliação de Eduardo Cunha contra o governo e contra o PT guarda semelhanças com uma cena recorrente da crônica policial.

Enredado em evidências grotescas de ilícitos e falcatruas, o presidente da Câmara sacou um processo de impeachment contra a Presidenta Dilma, depois que o PT - graças à corajosa decisão de seu presidente, Rui Falcão - determinou que o partido não acobertasse o delinquente no Conselho de Ética.

Natal sem Cunha! Vamos derrotar o crime

Por Valter Pomar, em seu blog:

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, quer o impeachment da presidenta da República.

O povo brasileiro sabe quais os interesses e motivos de Eduardo Cunha.

1. Eduardo Cunha mantém uma conta bancária no exterior, onde estão depositados o equivalente a 9 milhões de reais, de origem ilícita;

Impeachment de Dilma: perguntas e respostas

Da revista CartaCapital:

Na quarta-feira 3, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatou um pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A decisão abre um novo período de instabilidade política. Nas perguntas e respostas abaixo, entenda os próximos passos da crise pela qual passa o País.

Cunha aceitou o processo de impeachment de Dilma. E agora?

A história dos podres da Rede Globo

Cunha comete crime ao acolher impeachment

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu um dos vários pedidos de impeachment protocolados naquela Casa por partidos da oposição contra a presidente Dilma Rousseff. “Proferi a decisão com o acolhimento da denúncia”, disse em entrevista coletiva na Câmara na tarde desta quarta-feira (2).

Cunha já havia prometido que faria isso se os três deputados do PT no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados não votassem contra a admissibilidade do processo de cassação de seu mandato.

Que país você quer para seus filhos?

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Para tentar desvirtuar o foco das denúncias contra si mesmo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Foi o melhor que poderia ter acontecido: Dilma está sofrendo esta retaliação porque o PT anunciou que vai votar a favor da continuidade do processo de cassação de Cunha, vai ajudar a varrê-lo do Parlamento. O partido atende, assim, às expectativas de seus eleitores e livra a presidenta de uma chantagem. Não se pode fazer acordos com um inimigo do país. Eduardo Cunha representa o que há de mais sórdido na política brasileira hoje.

'Folha', Alckmin e o vídeo das ocupações

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

O jornal Folha de S. Paulo, que até semana passada chamava de “reorganização escolar” o fechamento de mais de 90 escolas imposto pelo governo do estado de São Paulo, adotou, agora, uma nomenclatura ainda mais sutil: “reforma de ciclos”. A adoção de um termo ou de outro, no entanto, passa longe de uma decisão que aparenta ser, senão uma blindagem, pelo menos uma flexibilidade em mudar seu direcionamento editorial de acordo com a ocasião. Poucas horas depois de uma visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB) à redação do jornal, um vídeo sobre o dia a dia de algumas ocupações de estudantes que são contra a proposta do governo foi retirado do ar.

Impeachment: o risco e a libertação

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois de 12 anos de servidão ao poder para conservá-lo o PT fez o gesto que lhe pode custar a Presidência mas aponta para a sobrevivência política e a libertação, tanto do partido como da presidente Dilma, aparentemente jogada ao mar pela decisão petista de votar contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética. O enfrentamento do processo de impeachment porá fim ao jogo de chantagem estabelecido por Cunha desde que, em fevereiro, derrotando o PT, conquistou a presidência da Câmara. Esta relação política degenerada produziu situações que muito contribuíram para aprofundar a própria crise econômica.

O pior dia para deflagrar o impeachment

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há duas circunstâncias que levam ao impeachment: a perda total da base de apoio e a legitimidade do pedido. Nenhuma das duas circunstâncias está presente no momento.

Aliás, a grande notícia é a de que a presidente – e o país – livraram-se de um chantagista.

O papel da oposição é complexo. Por mais que a popularidade da presidente Dilma Roussef esteja em baixa, como justificar a aliança com um futuro réu condenado – e provavelmente preso – contra uma presidente sem nenhum respingo da corrupção levantada pela Lava Jato?

UNE rechaça imoralidade de Cunha

Do site da União Nacional dos Estudantes (UNE):

A presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, pronunciou-se sobre a decisão do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que enfrenta processo de cassação no Congresso Nacional, em aceitar o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Em declaração pelas redes sociais, ela afirmou que a medida é imoral e fruto de chantagem política.

“A aceitação do impeachment por Eduardo Cunha é imoral, sua admissibilidade é fruto de uma chantagem política e não terá apoio da UNE!.”, publicou em sua conta no microblog Twitter (@carina_une)

Cunha e a chantagem do impeachment

Por Jean Wyllys, em seu perfil no Facebook:

O senhor Eduardo Cosentino da Cunha acaba de entrar para a história política brasileira como uma das personalidades mais carecedoras de respeito que já pisaram o nosso parlamento. Não há muito a se esperar de uma personalidade que não hesita em mentir, chantagear, ameaçar, ocultar, usar o cargo em benefício próprio e tomar o Executivo, o Legislativo e a República toda de reféns para salvar sua própria pele. Mas a chantagem barata de Cunha agora há pouco, acolhendo o pedido de impeachment da Presidenta no momento em que percebeu a real possibilidade da cassação de seu mandato, vai além do que jamais suporia Maquiavel.

A violação dos direitos humanos na mídia

Por Érica Aragão, no site da CUT:

A unidade dos movimentos sociais é essencial para democratizar a comunicação.

Está é a afirmação das convidadas e convidados do debate “Discurso de ódio, regulação e democracia na mídia: como enfrentar o conservadorismo e as violações dos direitos humanos nos meios de comunicação” organizado pelo Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC).

A atividade, que aconteceu na última sexta (27), fez parte da reunião ampliada do Conselho Deliberativo da realizada no último fim de semana, em São Paulo, no Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, no auditório Vito Giannotti, local recém renomeado em homenagem ao grande militante pela democratização da Comunicação, falecido neste ano.

O povo nas ruas vai barrar o impeachment

Editorial do site Vermelho:

A Câmara dos Deputados já foi presidida por homens com alto sentido da função pública, da moralidade republicana, e da responsabilidade democrática. A lembrança de deputados do calibre e da honradez de Ulysses Guimarães ou Adauto Lúcio Cardoso se impõe. Eram políticos que colocavam os interesses do país, as exigências da democracia, e sua própria honra, acima de qualquer interesse pessoal.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Começa a batalha do impeachment

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Eduardo Cunha, derrotado no conselho de ética, prestes a ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu acolher um dos pedidos de impeachment contra a presidenta Dilma.

O processo chega em hora difícil para a oposição. Hoje mesmo, ela - a oposição - acaba de sofrer fragorosa derrota na Câmara e no Senado.

O governo conseguiu aprovar, com larga maioria, a revisão da meta fiscal, o que contou, naturalmente, como uma contabilidade da força do governo no parlamento.

A guerra de verdade começou

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num governo que parece condenado a só conseguir superar um problema quando já é possivel vislumbrar uma dificuldade maior pela frente, na tarde de hoje o Planalto festejou a aprovação de uma nova lei orçamentária pela folgadíssima vantagem de 360 votos contra 119.

Menos de 60 minutos depois, contudo, a poucos metros do plenário onde senadores e deputados aprovaram uma decisão que dará um fôlego indiscutível para Dilma Rousseff ("ela terá direito a um sono tranquilo", me disse um deputado do PT quando o mapa da votação já se mostrava favorável), o governo foi obrigado a encarar a notícia de que Eduardo Cunha resolveu acolher o pedido de impeachment formulado por Helio Bicudo e Miguel Reale Jr.

O Brasil pós-pedido de impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A melhor palavra para o que Eduardo fez hoje é a seguinte: palhaçada.

Não vai dar em nada. Não pode dar em nada. Mas Cunha conseguiu sujar ainda mais sua folha corrida ao acatar o pedido de impeachment de Dilma em circunstâncias patéticas.

Ele confirmou o que todos já sabiam: que vinha fazendo chantagem com o PT. Em troca da proteção do PT ele seguraria o pedido de impeachment.