quarta-feira, 30 de março de 2016

O telefonema de Bonner para Gilmar Mendes

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Vou dar um exemplo que me chocou. Fui a uma reunião de pauta do Jornal Nacional, e o William Bonner liga para o Gilmar Mendes, no celular, e pergunta. ‘Vai decidir alguma coisa de importante hoje? Mando ou não mando o repórter?’. ‘Depende. Se você mandar o repórter, eu decido alguma coisa importante.’”

É um trecho de um livro de um professor da USP, Clóvis de Barros Filho. O nome é Devaneios sobre a atualidade do Capital.

Lula não cometeu nenhum crime

Do site do Instituto Lula:

Nota à imprensa

1) Lula não é réu, não cometeu nenhum crime nem é investigado pela Justiça

No Brasil, a função de investigar é da Polícia e do Ministério Público. A função de denunciar é exclusiva do Ministério Público, de seus promotores e procuradores.

No Brasil, juízes não investigam, não acusam, não denunciam. Juízes julgam. E só participam de investigações indiretamente, autorizando ou não atos invasivos (apreensões, escutas) e coercitivos (conduções, prisões temporárias) formalmente solicitados pelo Ministério Público e pela Polícia.

O golpe paulista pode ser barrado

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Hoje (terça-feira, 29 de março) é dia de guerra psicológica. E essa guerra vai-se estender por semanas. Por isso, muita calma nessa hora.

Entidades empresariais (as mesmas que apoiaram o golpe de 64) pagam anúncios gigantes em jornais defendendo o golpe jurídico/parlamentar contra Dilma. E o PMDB (com transmissão pela TV) anuncia rompimento formal com governo…

O objetivo de Temer/Cunha/Globo/Serra é criar uma onda, um clima de que “acabou o jogo”.

Globo assume a face da conspiração

Por Reginaldo Nasser, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Em artigo exclusivo para a Campanha da Legalidade, o professor de Ciência Política da PUC-SP, Reginaldo Nasser – que recentemente se negou a dar entrevista para a Rede Globo – faz uma análise do papel conservador e do protagonismo da emissora nas conspirações contra a democracia brasileira. Confira:

Não é novidade para ninguém o papel de protagonista político que a Rede Globo adquiriu no Brasil desde os males de sua origem (na ditadura civil-militar) até o momento atual. Sempre apoiando o “Partido da Ordem” se revelou tendenciosa, parcial, seletiva em tudo o que se refere a algo classificado como pauta de esquerda, ainda que essa definição seja vaga e imprecisa. Desde as questões de política nacional – que envolvem temas de desigualdade econômica, meio ambiente, questões de gênero, reforma agrária e urbana –, até temas internacionais como pauta dos governos de esquerda na América Latina. De forma geral, poder-se-ia dizer que esteve sempre ao lado das elites econômicas e políticas do país estreitamente articulada às estratégias de suas congêneres internacionais

terça-feira, 29 de março de 2016

O protesto contra os golpistas em Lisboa

Globo comanda o golpe no Brasil

Por Altamiro Borges

Em 24 de março, mais de 30 mil pessoas fizeram uma marcha até a sede da TV Globo na zona sul de São Paulo. O ato foi organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne diversos movimentos sociais, e Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), explicou as razões do protesto: “Este monopólio midiático comanda o golpe e o retrocesso no Brasil”. Já a Frente Brasil Popular, que congrega mais de 70 entidades, também planeja realizar os seus próximos protestos em frente às sedes da emissora e das suas afiliadas em todo o país.


A avalanche democrática vai deter o golpe

Por Jeferson Miola

Uma impressionante avalanche democrática e popular está tomando o Brasil.

Todos os dias, em muitas cidades de todas as regiões do país, se organizam assembleias, manifestações, passeatas, debates, reuniões, festas e encontros em defesa da democracia. São jovens, crianças, homens, mulheres, operários, intelectuais, trabalhadores, camponeses, profissionais liberais. As ex-empregadas domésticas da Casa Grande e os bons democratas de todas as origens formam um oceano humano apaixonadamente entregue à luta de resistência contra o golpe.

As batalhas decisivas se aproximam

Do site Vermelho:

A Comissão Política Nacional do PCdoB esteve reunida nesta segunda-feira (28) para debater a delicada situação política nacional. A direção nacional dos comunistas emitiu nota em que denuncia a marcha acelerada do golpe tramado pela oposição de direita e conclama amplos setores sociais a defenderem a democracia nas ruas, nas redes sociais, nas instituições e junto aos parlamentares do Congresso Nacional que decidirão sobre o processo de impeachment contra a presidenta Dilma.

Os comunistas ressaltam que o futuro do país será decidido nas próximas semanas e que a oposição de direita tenta acelerar o impeachment fraudulento contra a presidenta Dilma. “Se o impeachment for derrotado será uma vitória da democracia (...) Se os golpistas triunfarem, que não haja dúvidas: além de mutilar a democracia, eles irão acabar com as conquistas que o povo e a Nação obtiveram nos últimos 13 anos”, alerta o PCdoB.

Lista da Odebrecht: Um elefante na sala

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O que é o assalto a um banco, comparado à fundação de um banco?, perguntou certa vez Bertolt Brecht. O que são dois singelos pedalinhos – ou, vá lá, a ajuda da construtora Odebrecht na reforma de um sítio frequentado por Lula – diante de uma lista em que a mesma empreiteira revela financiar 316 políticos de praticamente todo o arco ideológico, destinando a cada um deles somas que chegam a vários milhões de reais e tratando-os por apelidos típicos de quadrilheiros, como “Caranguejo, “Viagra”, “Drácula”, “Avião”, “Bruto” ou “Nervosinho”?

O Brasil diante da encruzilhada histórica

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O Brasil neste momento chega ao paroxismo da desordem jurídica, aprofundando a polarização política e social, colocando em xeque a democracia duramente conquistada. O povo e a nação se encontram diante de uma encruzilhada de sentido histórico, que importará no destino do país para seu avanço ou retrocesso civilizacional.

O movimento pelo impeachment iniciado logo após a tomada de posse pela presidenta Dilma Rousseff, demonstrando ineditismo na nossa história política, ressaltou desde então que as classes dominantes e as forças políticas a seu serviço, derrotadas nas urnas, não iriam se conformar em ter mais quatro anos fora de seu domínio no centro do poder, mais ainda nas condições de grande crise global do capitalismo.

O xadrez do Supremo Tribunal Federal

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Fique atento a uma discussão entre juristas sobre o papel do STF (Supremo Tribunal Federal). Há uma corrente majoritária de juristas defendendo o papel do STF como Corte Constitucional – ao invés de mero tribunal de apelação.

Em muitos países essas funções são separadas. A Corte Constitucional acaba sendo formada por pessoas indicadas pelos três poderes, mas à parte do Poder Judiciário.

Consórcio Globo/Lava-Jato acusa blogueiro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



No último sábado, o consórcio Globo/Lava Jato voltou à carga contra este blogueiro, quem, do ataque anterior para o atual, perdeu a identificação pelos agressores – o que tem um significado.

Em 4 de março, O Globo publica matéria em que cita esta página como sendo “um blog ligado ao PT” que teria divulgado “um documento de quebra de sigilo”. E atribui as suas suspeitas à “força-tarefa da Lava Jato”.

A ligação da Fiesp com a ditadura militar

Michel Temer e o "novo" consórcio do poder

A ilegalidade e a ilegitimidade do golpe

Por Raul Pont, no site Sul-21:

A instalação da Comissão Processante na Câmara Federal deu início a farsa capitaneada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB), este sim réu no STF com as provas já evidenciadas pelas contas bancárias na Suíça. O criminoso da Lava-Jato usa seu poder na Câmara Federal para barrar seu processo na Comissão de Ética e com a lentidão do STF que não aprecia o pedido da PGR de seu afastamento do cargo para garantir um mínimo de lisura no processo.

Michel Temer queima o barco

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Muitos foram os peemedebistas que lhe ofereceram os fósforos mas houve também o que fizeram advertências sobre o que ele enfrentará se for empossado.

Com o rompimento do PMDB, o impeachment de Dilma torna-se mais provável. O governo, pescando no varejo, pode garantir no máximo uns 15 votos de pemedebistas. Mas, para além dos votos contra o impeachment, há o efeito político sobre outros partidos e parlamentares.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Encontro dos ativistas digitais do RJ

Do blog do Centro de Estudos Barão de Itararé/RJ:

O Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas e Ativistas Digitais do Rio de Janeiro - RioBlogProg vai para sua terceira edição nos dias 1 e 2 de abril de 2016.

Exatamente 52 anos depois do golpe de Estado que fez o Brasil passar por duas décadas de assumida censura institucionalizada, este ano nosso Encontro vai representar um marco ainda mais significativo ao se somar aos atos que se multiplicam pelo País em defesa da democracia e da liberdade de expressão em meio a uma familiar atmosfera golpista fabricada pela velha mídia.

Programa do golpe é o mesmo do FMI

Empresários pagam anúncio pró-golpe

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Na coluna de Jorge Bastos Moreno, em O Globo, a notícia de que “lideradas pela Fiesp, centenas de entidades da indústria, comércio, serviços e agricultura assinam e publicam amanhã – dia da reunião do PMDB que vai decidir pelo rompimento com o governo – nos principais jornais do país anúncio de sete rodapés sequenciais duplos defendendo o “impeachment já”.

Claro está que o cabeça é Paulo Skaf, que com todo o dinheiro que o empresariado paulista pôs em sua candidatura ficou com 20% dos votos em São Paulo e agente de Michel Temer em terras bandeirantes.

A reinvenção do golpe no Brasil

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Ensaia-se um novo, inédito modelo de golpe de Estado e os impávidos inovadores mostram a cara. De Sergio Moro e Gilmar Mendes a José Serra e Fernando Henrique Cardoso. Da Globo, jornalões e revistões a Eduardo Cunha. Da facção peemedebista em busca da rasteira mais eficaz nos aliados a risco ao vice-presidente Michel Temer, que já conta as favas e monta o futuro governo.

O golpe de Estado não é incomum na história brasileira. De um golpe nasceu a República. Uns não passaram do ensaio, outros deram certo. Depois do suicídio de Getúlio Vargas, houve duas tentativas fracassadas antes de 1964, e por este pagamos até hoje. A rigor, houve golpe inclusive na posse de José Sarney, o vice que foi para o trono antes que o falecido titular o ocupasse. No caso, pode-se falar em usurpação.