sexta-feira, 26 de agosto de 2016

A governanta digna condenada por corruptos

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Usando o estilo medieval do tempo de Sâo Francisco dos Fioretti reconto o processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff: Em de que se narra que uma governanta digna e inocente foi condenada por um bando de corruptos da mente e das finanças.

Era uma vez uma nação grande por sua extensão e por seu povo alegre embora injustiçado. Em sua maioria sofria na miséria, nas grandes periferias das cidades e no interior profundo. Por séculos era governado por uma pequena elite do dinheiro que nunca se interessou pelo destino do povo pobre. No dizer de um historiador mulato, ele foi socialmente “capado e recapado, sangrado e ressangrado”.

O surto de Gilmar contra Moro e Janot

Ideólogos das 'pedaladas' saem chamuscados

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O primeiro dia do julgamento da presidente Dilma confirmou a natureza do processo: foi calculadamente fundado em acusações técnicas e vem sendo conduzido por um discurso que não permite à população entender de quê mesmo a presidente é acusada. Seus defensores, entretanto, conseguiram ontem uma vitória moral e política importante com a desqualificação das duas primeiras testemunhas de acusação. 

A primeira, o procurador de contas Julio Marcelo, autor da representação contra o governo em 2014, da qual originou-se o conceito de “pedaladas fiscais”, foi rebaixado à condição de informante, por conta de sua postura militante contra o governo Dilma, revelada em redes sociais. Já o auditor federal do TCU, Antonio Carlos Costa D'Ávila, confirmou, em resposta ao senador Randolfe Rodrigues, que auxiliou o procurador a elaborar sua representação, que depois gerou uma auditoria coordenada por ele mesmo. “Isso é estarrecedor. É como se o juiz auxiliasse o advogado a escrever a petição que irá julgar!”, resumiu o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo.

Xadrez do fim do ciclo Lava Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 - sobre as diversas nuances da mentira

Dizia Santo Agostinho: “Mente aquele que, pensando de determinado modo, exprime algo diferente por palavras ou sinais”. Por esse prisma, a Lava Jato mente costumeiramente. Seria um pecado.

Provavelmente, em seus cursos nos Estados Unidos, os bravos procuradores deixaram se inebriar pelo pragmatismo das civilizações luteranas. Dizia Lutero: “Uma boa e sólida mentira para o bem comum e para a Igreja inteira, uma mentira em caso de necessidade, uma mentira útil, uma mentira para prestar serviço não seria contrária a Deus”.

Mais planos privados vão piorar a saúde

A etapa final de um julgamento polêmico

Por Ricardo Azambuja, no blog Cafezinho:

Começou nesta quinta-feira (25) a fase final do julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Até segunda-feira (29), quando a presidente afastada fará a apresentação de sua defesa ao senado, serão ouvidas oito testemunhas, duas de acusação e seis de defesa.

Os primeiros depoimentos são das testemunhas de acusação: o procurador do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) Júlio Marcelo de Oliveira e o auditor de controle externo do TCU Antônio Carlos Costa D'Ávila Carvalho. As testemunhas da defesa são o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-secretário-executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa, a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Tributário, Ricardo Lodi, o professor de direito Geraldo Prado e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo.

Nova operação para blindar Aécio Neves

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional dos tucanos, é um dos parlamentares mais citados em delações da Lava Jato.

No final de 2014, o doleiro Alberto Youssef foi o primeiro a mencionar o presidente nacional dos tucanos, como beneficiário de esquema de propinas.

A Youssef, se seguiram Carlos Alexandre de Souza Rocha, o “Ceará”, e Fernando Moura.

A luta de Dilma pelo Brasil e a democracia

Editorial do site Vermelho:

Começou nesta quinta-feira (25), no Senado, o julgamento do processo de impeachment contra a presidenta constitucional e sem crime de responsabilidade, Dilma Rousseff. Os patrocinadores do golpe judicial, político e midiático estão apressados e querem concluí-lo no próximo dia 31.

O julgamento de Dilma Rousseff esconde o objetivo verdadeiro do golpe posto em marcha pelos conservadores e a direita: colocar um ponto final no projeto democrático, nacional e desenvolvimentista inaugurado com a posse de Luís Inácio Lula da Silva na presidência da República em 2003, mantido depois de 2010 por Dilma Rousseff.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Senado não tem moral para julgar Dilma

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A senadora Gleisi Hoffmann sintetizou, na abertura do julgamento final do impeachment no Senado, a grande questão nacional.

Que autoridade moral têm os senadores para julgar Dilma?

Nenhuma.

E quem aparece para defender a autoridade dos senadores? Ele mesmo, o derrotado nas eleições, o corrupto blindado a partir de quem decorreu todo o projeto do golpe: Aécio.

Só dá "Fora Temer", de Norte a Sul

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Pulei” a oportunidade de comentar as pesquisas de intenção de voto para prefeito das capitais, divulgadas anteontem e ontem, por terem pouca relevância do ponto de vista do quadro nacional. São eleições despolitizadas e desmobilizadas como poucas vezes vi em minha vida e, ainda por cima, ao menos no Rio e em São Paulo por candidatos de pouca densidade política, Celso Russomano e Marcelo Crivella, exceto pelo fato de ambos terem mostrado uma enorme capacidade de se desfazerem ao longo da campanha.

A que tradição se filiará o Senado?

Por Haroldo Lima, no blog de Renato Rabelo:

O Senado tomará uma decisão de grande importância nos próximos dias. Decidirá se Dilma Rousseff reassumirá o mandato para o qual foi eleita ou será afastada em definitivo. Na primeira hipótese, restaura a democracia no país, cria as condições para a superação da crise de Poder atual e para a antecipação da eleição presidencial. Na segunda, entrega o Poder a um grupo que o abocanhou com artimanhas iníquas, adulterando a Constituição, inclusive para livrar corruptos de investigação criminal, e que será contestado o tempo todo como golpista.

A mediocridade dos adversários de Haddad

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A eleição de 2018 começa a ser definida nas eleições municipais de 2016, mas, antes de qualquer outra eleição, a do prefeito de São Paulo lidera o simbolismo do que deverá ocorrer daqui a dois anos na sucessão de Dilma – ou, se o pior ocorrer, do usurpador que estiver na Presidência.

Nesse contexto, quem é paulistano de classe média sabe que, por ser do PT, a exitosa gestão do prefeito Fernando Haddad não é reconhecida por uma parcela dos paulistanos. Contudo, a antipatia partidária e ideológica não é maior do que o instinto de sobrevivência até das camadas médias que odeiam o PT.

A Petrobras e a liquidação do futuro

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Em três meses, algumas decisões do governo interino encaminham o País para uma situação de absoluto desastre, que o devolveria à condição de colônia. É como se o Brasil se suicidasse pela determinação de quem manda, diante da desinformação ou indiferença da opinião pública.

As medidas aceleram a liquidação da sua estrutura produtiva relevante, a consequente perda de autonomia no contexto mundial e o fortalecimento de um modelo centrado no rentismo, o nacional e o internacional.

Movimentos programam ato pró-democracia

Da Rede Brasil Atual:

Na segunda-feira (29), quando a presidenta Dilma Rousseff fará pessoalmente sua defesa no Senado Federal contra o processo de impeachment, os movimentos sociais, CUT, Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo farão um conjunto de atividades em Brasília. “Este é o momento decisivo da luta que a CUT vem travando, junto com movimentos sociais parceiros, contra o golpe e em defesa da democracia e dos direitos”, diz a central sindical em nota.

As manifestações começam às 8h de segunda-feira, com recepção de Dilma , em frente ao Senado, pelas entidades. “Vamos levar rosas para enfrentar o ódio dos golpistas”, antecipa a CUT.

Desigualdade de renda é ainda maior no país

Por Róber Iturriet Avila e João Batista Santos Conceição, no site Brasil Debate:

A ampliação da transparência das declarações de imposto de renda à Receita Federal do Brasil facilitou a mensuração das disparidades no rendimento e no patrimônio dos brasileiros. Anteriormente, os dados disponíveis advinham de surveys como a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) ou a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). Sabidamente, a renda dos mais ricos está subestimada nessas pesquisas, uma vez que esses tendem a omitir sua receita quando questionados.

A farsa no Senado e a Lava-Jato

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Jeferson Miola

Ilude-se quem pensa que é séria a gritaria do Gilmar Mendes contra os “delírios totalitários” da força-tarefa da Lava Jato. Não há nenhuma conversão ética ou moral deste juiz tucano do STF. Ele continua no mesmo lugar de sempre: fazendo o jogo da sua famiglia tucana.

Se tivesse o mínimo de seriedade, e considerando a gravidade das acusações que fez, Gilmar não deveria se restringir à crítica política espalhafatosa através da mídia, mas teria o dever funcional e constitucional de determinar a abertura imediata de investigação da Lava Jato.

O marketing fascista de Alexandre Moraes

Por Helton Lucinda Ribeiro, no site Outras Palavras:

O semblante duro lembra Lex Luthor, o vilão das histórias do Super-Homem. O estilo? Feito sob medida para agradar à classe média com fetiche por Estado policial. Assim é o ministro da Justiça Alexandre de Moraes (PSDB), a face mais truculenta do governo interino. Cacifou-se para o cargo ao comandar, do alto da secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a repressão aos estudantes secundaristas, além de ter no currículo uma escalada de violência praticada pela Polícia Militar, incluindo as chacinas ocorridas em 2015. São credenciais atípicas para quem foi considerado, ainda jovem, referência em Direito Constitucional. Como pode, hoje, parecer tão pouco reverente aos direitos e garantias fundamentais consagrados na Constituição?

Não é fácil mas Dilma precisa retornar

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Reunidos a partir das 9 horas da manhã de hoje, os 81 senadores da República têm diante de si uma decisão crucial para o destino dos 200 milhões de brasileiras e brasileiros.

Podem abrir caminho para uma catástrofe histórica, tão ruinosa que pode inviabilizar por décadas a construção do país como nação soberana e menos desigual, capaz de oferecer oportunidades aos fracos e excluídos de cinco séculos. Ou podem dar inicio a uma correção de rumo, retomando um processo histórico que, mesmo envolvendo inúmeros problemas e limites, erros e omissões, deve ser reconhecido como o ponto de partida para um necessário esforço na construção de um país a altura das necessidades da maioria dos brasileiros. A própria população se encarregou de mostrar isso com clareza absoluta nas últimas quatro eleições presidenciais, quando se colocou sempre do mesmo lado, em apoio a um mesmo projeto que é, acima de tudo, uma crítica profunda aos governos voltados para um país dos ricos, dos bem nascidos e sua magra clientela social.

O projeto vira-lata desabilita o país

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Por trás do viralatismo há método –e há teoria.

Se vingar seu projeto de país, o Brasil acaba enquanto possibilidade de um futuro ordenado pela democracia social.

A meta é fazer do país um frango desossado da sadia no cepo dos mercados.

E é esse o motor de um empenho que assumiu singular intensidade nos dias que correm.

A engrenagem envolve uma lista robusta de alvos a desabilitar.