domingo, 5 de março de 2017

O plano do Facebook para dominar o mundo

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

Seria de esperar, após a eleição de Donald Trump, alguma autocrítica por parte dos executivos do Facebook, mais eficiente das ferramentas para a difusão dos boatos e mensagens de ódio que contribuem para a ascensão da ultradireita no mundo.

Foram anunciadas em janeiro ideias sobre consultar agências especializadas na veracidade de notícias e restringir anúncios pagos em publicações de produtores contumazes de falsidades, até agora com poucos resultados práticos, mas faltava uma reflexão mais geral sobre o papel da rede.

O que Skaf tem a dizer sobre a Odebrecht?

Montagem do site Saiu Notícias
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A pergunta que não quer calar: por que Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), citado tantas vezes nas delações sobre as doações feitas pela Odebrecht ao PMDB, ainda não foi ouvido pela Lava Jato nem pelos jornalistas que fazem a cobertura diária da operação?

Até agora, pelo menos que eu tenha visto, não se tornou pública nenhuma declaração do empresário sobre o assunto.

Temer e a transposição do São Francisco

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Da usina de pós-verdades na qual se transformou o noticiário político e econômico salta o aviso de que o senhor Michel Temer se considera o grande credor da obra de Transposição do São Francisco, planejada, viabilizada e realizada desde 2005 pelos governos Lula e Dilma, sob os protestos costumeiros da secessão paulista.

Em uma pauta expressiva destes novos tempos, o jornal Valor (02/03/2018) ouviu de Temer um estupendo exemplar de pós-verdade e o transcreveu sem obtemperar: 'Temer acha que tirou da oposição mais de uma bandeira na área social. Entre elas, talvez a mais significativa, a bandeira da transposição do São Francisco, que Temer empunhou e promete levar até o fim. O presidente quer inaugurar já no dia 9 o eixo Leste da transposição...'

sábado, 4 de março de 2017

Aécio Neves finalmente “será comido”?

Por Altamiro Borges

Na conversa vazada em maio de 2016 entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o lobista Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, o chefão da “suruba” golpista mostrou-se preocupado com os danos potenciais da midiática Lava-Jato e soltou a famosa frase de que era urgente “estancar a sangria” das investigações. Esta seria uma das motivações para o “golpe dos corruptos” que derrubou Dilma Rousseff e alçou ao poder a gangue de Michel Temer. Na ocasião, Romero Jucá afirmou que “todo mundo [está] na bandeja para ser comido”. De imediato, Sérgio Machado, que foi dirigente do PSDB e conhece os podres da sigla, respondeu: “O primeiro a ser comido vai ser o Aécio [Neves]... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu participei de campanha do PSDB”.

Sem reforma da Previdência, ‘Tchau Temer’

Por Altamiro Borges

O covil de Michel Temer está desesperado com o aumento da rejeição à sua proposta de “reforma” da Previdência, que eleva para 65 anos da idade da aposentadoria e aumenta o tempo da contribuição, entre outros golpes. As pesquisas já apontam o crescente desgaste do usurpador com esta regressão; até parlamentares da base governista afirmam que o texto poderá ser rejeitado no Congresso Nacional; prefeitos e governadores alertam para a queda da receita em milhares de municípios e nos Estados. O clima é de revolta. Diante deste cenário, o PMDB – presidido por Romero Jucá, o chefe da “suruba” palaciana – lançou na sexta-feira (3) uma campanha terrorista na internet: “Se a reforma da Previdência não sair, tchau Bolsa Família".

Míriam Leitão e o machista polonês

Por Altamiro Borges

Na véspera do Dia Internacional das Mulheres, a jornalista Míriam Leitão - bastante afinada com a campanha publicitária milionária do covil de Michel Temer e com as teses regressivas de seus patrões - postou na quarta-feira (1) um artigo no jornal O Globo defendendo o fim da diferença na concessão de aposentadorias entre homens e mulheres - talvez desconhecendo a existência das jornadas duplas e até triplas das trabalhadoras. Segundo sua tese, que possivelmente será usada por algum parlamentar golpista no debate sobre a contrarreforma da Previdência, "é totalmente sem sentido, e desatualizada, a proposta de que a mulher deve ser compensada com uma idade menor de aposentadoria". 

Em surdina, mais um ataque à Petrobras

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

O governo divulgou em 22/2 os novos índices de exigência de conteúdo local no setor de petróleo e gás. A destruição da política de conteúdo local, um dos pilares da Lei de Partilha sobre a exploração do Pré-Sal, é parte constitutiva do golpe, como até as pedras já sabiam. Haverá, conforme matérias na imprensa, uma redução média de 50% nos percentuais de equipamentos e serviços produzidos no país, exigidos em licitações de exploração de petróleo e gás. Nas plataformas marítimas, cujo conteúdo local atual é de 65%, a exigência será de apenas 25%. Estas novas regras valerão já para a 14ª rodada de licitações, que deve ocorrer em setembro, e para a terceira rodada de leilões de blocos no pré-sal, prevista para novembro.

Aécio mirou Dilma e acertou o próprio pé

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Quando o senador tucano Aécio Neves escolheu passar o Carnaval no condomínio luxuoso Aldeia da Praia, em Guarapari, local de propriedades de famílias endinheiradas do Espírito Santo e de outros estados, não imaginou que continuaria em evidência na imprensa durante os dias de folia, mas de uma forma bastante diferente da que sempre gostou.

A colunista Heloisa Tolipan, do Jornal de Brasil, contou que o senador ficou hospedado na casa dos amigos empreiteiros mineiros Martha e Flamarion Wanderley - herdeiro da Cowan, uma construtora sediada em Belo Horizonte, conhecida pelas grandes obras públicas naquele estado.

A ilha de Moro (e suas estranhas criaturas)

Ilustrações: Mário César
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Este mês se completam três anos desde que se iniciou a operação Lava-Jato, com a ambição de “acabar com a corrupção na política brasileira”. Mas o que ocorreu com o país de lá para cá? Uma presidenta petista foi arrancada do poder e um ex-presidente petista está sendo ameaçado de prisão. No entanto, 38 fases depois, nenhum membro do PSDB foi indiciado. E a corrupção no Brasil, acabou? Que nada! Os próprios delatores passaram pouquíssimo tempo presos e continuam ricos como sempre foram. Na cúpula do poder, temos hoje alguns dos maiores corruptos da História.

Os reflexos da eleição no Equador

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Uma semana depois da realização do primeiro turno presidencial do Equador, o candidato Lenin Moreno, que pretende levar adiante a Revolução Cidadã do Presidente Rafael Correa, aparece com 18 pontos na frente do candidato da direita, o banqueiro Guillermo Lasso. Moreno não chegou a 40% dos votos - o que lhe daria a vitória no primeiro turno - por uma pequena fração (0,7%).

Pelo resultado da pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa Social, o candidato Lenin Moreno obteve 59%, enquanto Lasso ficou com 41%. Para muitos observadores dificilmente haverá alguma reversão no resultado do segundo turno a se realizar no dia 2 de abril próximo.

Reforma trabalhista e ataque aos direitos

Por Jefferson José da Conceição, na revista Teoria e Debate:

O governo Temer pretende fazer reformas na legislação trabalhista e previdenciária. Essas reformas surgem por pressão especialmente dos segmentos empresariais – como a Fiesp, de Paulo Skaff – que apoiaram Temer no processo que levou ao impeachment da presidenta Dilma.

A cobrança dessa fatura política começou logo após o afastamento de Dilma, mas já estava prevista no programa Uma ponte para o futuro, lançado em outubro de 2015. Esse Programa já prenunciava a política que é agora abraçada por Temer.

Desde o ano passado, inúmeros projetos de lei surgiram no Congresso Nacional tratando de alterações na legislação trabalhista e previdenciária.

As mulheres e a luta por direitos políticos

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Neste ano quando comemoramos os 85 anos da conquista do voto feminino é preciso relembrar as situações degradantes que viveram as mulheres durante séculos e a luta persistente que travaram para, finalmente, conseguirem se firmar como cidadãs. É claro que muito ainda falta a ser conquistado, mas olhando para trás vemos o quanto já se caminhou.

No Brasil, por exemplo, as mulheres apenas puderam se matricular em estabelecimentos de ensino em 1827. O direito a cursar uma faculdade só foi adquirido cerca de 50 anos depois. Apenas em 1887 o país formaria sua primeira médica. As primeiras mulheres que ousaram dar esse passo rumo à sua autonomia e profissionalização foram socialmente segregadas.

O movimento sindical está sob ataque

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

O movimento sindical e os trabalhadores estão sob ataque. A última decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe que sindicatos cobrem de suas respectivas categorias a taxa ou contribuição assistencial em razão da celebração de acordos ou convenções coletivas, é a mais recente prova deste fato. Sobre esta decisão, a dirigente sindical da Força, Ruth Coelho Monteiro escreveu um pertinente artigo que recomendo a leitura - A quem interessa o desmonte da estrutura sindical?

Esta decisão do STF não é isolada e tampouco visa proteger os trabalhadores. Trata-se de uma orquestração para enfraquecer o movimento sindical pela via da asfixia financeira. Essa orquestração envolve ainda os poderes Executivo e Legislativo.

As ilusões com a Lava-Jato e a Globo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A grande imprensa americana está em choque. Pela primeira vez em décadas, quiçá desde os anos 30 e 40, quando se opôs agressivamente às ações sociais de Roosevelt (gerar empregos sempre foi considerado “esquerdista” demais para os magnatas da imprensa), ela terá que fazer jornalismo de verdade.

Trump é o Mefistófeles da imprensa corporativa americana: “aquele que, fazendo o mal, engendra o bem”.

O slogan do Washington Post agora é “a democracia morre na escuridão”, e o New York Times lançou uma campanha em que afirma que “a verdade é difícil. Difícil de encontrar. Difícil de saber. A verdade é mais importante agora do que nunca”.

Temer pressiona contra CPI da Previdência

Do site Vermelho:

A oposição conseguiu 30 assinaturas para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da reforma da Previdência para que o processo seja instaurado no Senado. No entanto, o senador Paulo Paim (PT-RS), denuncia que o governo Temer já pressiona parlamentares da sua base a retirar as assinaturas do requerimento.

“O governo está pressionando senadores e pedindo que recuem. Isso é um absurdo e precisa ser combatido", afirma o senador, que pede o apoio da centrais sindicais e demais entidades que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência para barrar a manobra do governo em seus estados.

A propina de Aécio e a sua hipocrisia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Alguns textos, algumas reflexões, se você não fizer acabará ficando doente. A indignação é como um incêndio que queima de dentro para fora. Começa ali, na boca do estômago, acelera o coração, tira o ar de seus pulmões, faz o sangue subir à cabeça e explode no olhar e na voz inconformados.

Há mais de uma década que falar de corrupção no Brasil passou a ser falar do PT. A partir de 2005, com a eclosão do escândalo do mensalão, os grupos políticos que sempre governaram e sempre roubaram foram tomados por surtos hipócritas de moralismo.

Direita tenta se livrar dos seus trastes?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A imagem aí de cima não é de um site ou blog de esquerda.

São as manchetes do site da Veja esta manhã.

Aécio jamais foi tratado assim pela revista, muito ao contrário.

Claro que há fatos, mas fatos sempre houve.

Desde que a revista colocou Temer na capa com um dos macaquinhos das estatuetas que não olham, não falam e não vêem, há uma reversão de tratamento flagrante do grande “display” da direita brasileira.

O Itamaraty vira feudo tucano

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A escolha do senador Aloysio Nunes Ferreira como novo ministro das Relações Exteriores humilha o Itamaraty não por se tratar de um político agressivo e intransigente, o que lhe vale a alcunha de “pitbull tucano”. Não lhe falta familiaridade com o tema, depois de ter presidido a Comissão de Relações Exteriores e de ter atuado como embaixador do golpe junto aos Estados Unidos, nos idos de abril. Muito jovem, ele foi também embaixador da luta armada, que hoje renega, na Paris dos exilados brasileiros durante a ditadura.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Skaf, Odebrecht e os patos da Fiesp?

Por Altamiro Borges

O falso empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), andava meio sumido. Ele foi um dos principais líderes do “golpe dos corruptos”, distribuindo “patinhos amarelos” para os otários que foram às ruas exigir o “Fora Dilma”; na sequência, o oportunista passou a frequentar com assiduidade o covil de Michel Temer, pregando a urgência nas regressões trabalhista e previdenciária. De repente, ele desapareceu do noticiário. Alguns acharam que foi em decorrência do agravamento da crise econômica, que tem devastado as indústrias e gerado fraturas no meio empresarial. Pode ser! Mas o depoimento de Marcelo Odebrecht nesta quarta-feira (1º) talvez explique melhor o sumiço do golpista covarde.

Yunes esclarece a história do golpe

Por Jeferson Miola

No relato ao MP, José Yunes fez revelações esclarecedoras sobre os preparativos do golpe. Sabe-se agora que no processo eleitoral de 2014, Michel Temer e Eduardo Cunha financiaram com propinas as campanhas de 140 deputados oposicionistas que, em contrapartida, assegurariam a eleição de Cunha à presidência da Câmara Federal em fevereiro de 2015.

O depoimento do Yunes é também importante porque elucida o papel do Eliseu Padilha e do doleiro Lúcio Funaro no esquema de Temer e Cunha. Yunes ainda ajuda a entender porque o juiz Sérgio Moro, já em novembro de 2016, atuou como advogado do Temer e anulou as perguntas sobre o próprio Yunes que Cunha direcionou ao presidente usurpador.