sábado, 21 de abril de 2018

A hegemonia do STF no Jornal Nacional

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Esta semana, iniciei meu novo programa, o Antijornal Nacional, um live de comentários e bate-papo com internautas, que tem como objetivo fazer um contraponto às fake news divulgadas diariamente pelo Jornal Nacional, principal telejornal do país.

Começa sempre às 21:30, de segunda a sexta.

Confesso que há muitos anos eu não assistia à tv globo, e aconselho vigorosamente aos leitores para que não dêem ibope à emissora do golpe. É melhor deixar a missão para profissionais, como modestamente eu me considero.

O tiro no pé de Geraldo Alckmin

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

No segundo turno da eleição presidencial de 2006, o candidato tucano Geraldo Alckmin encolheu 2,4 milhões de votos em relação aos 40 milhões que havia obtido na primeiro. Seu adversário, o ex-presidente Lula, foi reeleito com 60,1% dos votos, o maior sufrágio da história até hoje. Houve na época um consenso analítico: o tucano encolheu porque frustrou sua base, abandonando a agenda liberal, renegando privatizações e medidas fiscais severas. Agora, novamente ele pode ter dado um tiro no pé ao tripudiar sobre o infortúnio de Aécio Neves, exortando-o a não disputar cargo algum para não prejudicar sua campanha, depois de ter virado réu no STF. O troco pode ser uma barreira contra a entrada de Alckmin em Minas, o que seria fatal para quem já é refugado pelo Nordeste.

As masmorras da liberdade

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Sete da manhã, segunda-feira 9 de abril, ano da graça de 2018. Na posteridade da prisão de Lula, enfiei os olhos na página de opinião da Folha de S.Paulo. Topei com o artigo Pau na Imprensa, Tiros na Democracia, assinado por Ricardo Gandour, diretor-executivo da Rádio CBN e professor da ESPM.

Na onda de turbações que se seguiram à prisão do ex-presidente Lula, jornalistas foram hostilizados e agredidos por populares inconformados com o ocorrido. Sob a inspiração de Michael Schudson, Gandour assevera aos leitores da Folha que as “democracias precisam de uma imprensa desagradável”. Não há como discordar. Suspeito que os brasileiros sabem que a grande mídia brasileira é bastante agradável para uns e desagradável para outros. Resta saber quem são uns e outros.

Para FHC, oráculo do golpe, Alckmin é santo

Por Jeferson Miola, em seu blog:

FHC é o oráculo da oligarquia golpista e, ao mesmo tempo, o cimento que une os laços domésticos e estrangeiros do golpe perpetrado no Brasil. Ou seja, um operador central do golpe.

Na derrubada da Dilma e na caçada implacável ao Lula, ele atuou ativamente na conspiração com Aécio, Temer, Cunha, Padilha e caterva; mas usou a camuflagem de “magistrado imparcial”, para tentar conferir legitimidade à sua voz na mídia golpista.

A trajetória política e ideológica decadente do FHC tem a singularidade de ser ao mesmo tempo contínua e, sobretudo, degradante.

Quem falta no trensalão tucano de SP?

Plano de saúde deve ficar mais caro

Entra Joaquim Barbosa, saem os tucanos

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em poucos dias desta semana, o mercado dos votos encontrou um candidato e deu uma guinada radical: bastaram um Datafolha e uma ofensiva da Lava Jato contra os tucanos para a direita abraçar o socialista (?) Joaquim Barbosa e descartar Geraldo Alckmin.

Somos mesmo um país surreal: só aqui mesmo os conservadores alegremente apoiam um ainda eventual candidato do Partido Socialista Brasileiro, que já foi de Miguel Arraes e morreu junto com seu neto e herdeiro Eduardo Campos num desastre de avião.

O Brasil sob o império da estupidez

Por Célio Turino, na revista Fórum:

Em outros tempos talvez eu respondesse com uma piada, como muitos amigos têm feito, um dar os ombros à estupidez. Mas a estupidez e o malcaratismo que têm tomado conta das redes, com as mentiras a respeito da entrevista de uma senadora do PT ao conceituado canal de televisão Al Jaazera, não permitem vacilações. Elas refletem uma nação doente, ao menos da parte daqueles que perderam a vergonha em expor toda sua ignorância, racismo e maldade. O povo árabe não é terrorista e sim vítima do terrorismo. Terrorismo que é resultado da mesma manipulação do ódio e de fundamentalismos religiosos; lá, islâmicos, aqui, cristãos. Mediante o sinal vermelho (entre os muitos sinais vermelhos já ultrapassados em nosso país), há que barrar essa escalada da estupidez, falando sem complacência ou piadas.

Cármen tenta bicampeonato inconstitucional

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, retorna a seus exercícios anti-constitucionais contra o transito em julgado em sentença penal condenatória.

No início de abril, pressionada pelos colegas, ela fez uma concessão e concordou em pautar um pedido de habeas corpus da defesa de Lula. O mesmo processo será retomado agora, depois que Marco Aurélio Mello encaminhou para plenário a decisão sobre a mesma questão de fundo do debate anterior, que envolve o respeito ao artigo 5 LVII da Constituição. A diferença é que agora se pretende fazer debate de interesse geral, com possibilidades maiores de avanço, pois pode beneficiar o PT de Lula e também o PSDB de Aécio Neves, o PMDB de Michel Temer e assim por diante. Levada ao Supremo pelo PCdoB, o conflito envolve uma Ação Direta de Constitucionalidade, assinada pelo professor Celso Bandeira de Mello, um dos grandes juristas brasileiros.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Barão de Itararé renova sua diretoria


Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Em Assembleia anual realizada na noite desta quarta-feira (18), o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé renovou sua diretoria, oficializou novos nomes para o seu Conselho Consultivo e reafirmou seu compromisso na trincheira de resistência ao golpe em curso no país. Para Renata Mielli, Secretária-Geral da entidade, o Barão tem desempenhado um papel relevante na articulação de comunicadores, ativistas e veículos contra-hegemônicos. A tarefa colocada para enfrentar uma conjuntura de aprofundamento do golpe e do cenário de Estado de exceção em que vivemos é fortalecer ainda mais o campo democrático e popular na disputa de ideias, de forma a denunciar os retrocessos e o papel do oligopólio midiático na imposição da agenda regressiva.

A mesada do “tio” Joesley para Aécio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Com notas fiscais e recibos bancários para provar o que diz, Joesley Batista jogou mais umas canecas de gasolina na fogueira onde arde Aécio Neves e que desespera Geraldo Alckmin e Antonio Anastasia.

A “mesada” de R$ 50 mil paga ao senador-zumbi pela JBS acaba por iluminar o fato de que na tal Rádio Arco Iris ficava pelo menos um dos vários potes de ouro que, digamos, serviam para que Aécio se inspirasse a conspirar, de 2015 em diante, contra a Presidenta que o derrotara nas urnas.

O fascismo não perdoa nem seus seguidores

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A cada vez que alguém divulgar uma notícia fake na internet sabendo que no fundo, intimamente, está mentindo miseravelmente e não passa de um canalha vil e desprezível... .

A cada vez que cidadãos que dizem se preocupar com a Liberdade, a Nação, o Estado de Direito e a Democracia, assistirem passivamente à publicação de comentários econômicos, jurídicos e políticos mentirosos, e a outras calúnias e absurdos na internet, mansa e passivamente, sem resistir nem responder a eles...

A moda nazista chega ao Brasil

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Modelos loiras, com semblante sisudo, trajando indumentária militar nos moldes da SS de Adolf Hitler. Com os símbolos, com tudo. O cenário é sombrio, pois é noite em Berlim.

Essa é a nova coleção de inverno da grife Lança Perfume. Difícil acreditar? Dê uma conferida nas fotos.


Folha destila seu ódio contra MTST e MST

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

A liberdade de expressão é um direito fundamental previsto na nossa Constituição. Direito que se inscreve dentro de certos limites, também definidos na Carta Magna, e que são importantes para impedir que, sob a salvaguarda da liberdade de expressão, se propague o ódio, o preconceito e se permita que os poderosos grupos privados de comunicação imponham sua visão de mundo para a sociedade de forma despótica.

A mídia privada, no entanto, parece ignorar que seu papel social requer responsabilidade e que ela deve responder por seus erros e, inclusive, por seus abusos.

EUA: o declínio de uma diplomacia arrogante

Por Alfred W. McCoy, no site Outras Palavras:

Enquanto 2017 acabava com os bilionários norte-americanos torrando os cortes de impostos e executivos do setor de petróleo comemorando acesso irrestrito a terras federais, bem como águas costeiras, um setor da elite americana não bebeu do espumante comemorativo: o corpo de especialistas em política externa de Washington. De diferentes pontos do espectro político, muitos sentiram um profundo mau pressentimento pelo futuro global do país sob a presidência de Donald Trump.

Jornalista da Globo pode dar opinião?

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Meses após o golpe militar de 1964, o tenente Juracy Magalhães, nomeado ministro da Justiça de Castelo Branco, convocou reunião com os donos de grandes jornais e listou uma série de jornalistas comunistas que deveriam ser demitidos. Roberto Marinho se recusou e disse uma frase que se tornaria célebre: “Nos meus comunistas mando eu: eles escrevem o que eu quero.” Esse poderoso aliado, fundamental para o golpe militar, não disse isso por espírito democrático, como se sabe. Ele estava garantindo aos milicos que tomaria as rédeas dos seus comunistas para que o regime não fosse importunado.

O centro do golpe é a destruição do Brasil

Do site Vermelho:

A deputada estadual Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, participou nesta quarta-feira (18) da Aula Pública pelas Liberdades Democráticas, na faculdade de Direito da Universidade Federal Do Rio Grande do Sul (UFRGS). Na ocasião, Manuela falou sobre o golpe ocorrido há dois anos e seus objetivos. Para ela, o objetivo maior é o desmonte do país.

Segundo Manuela, o centro do golpe não foi tirar a presidenta eleita, Dilma Rousseff, do poder ou tirar o ex-presidente Lula das eleições. “O centro do golpe é esse projeto de destruição para o Brasil”, frisou.

Temer declara guerra aos povos indígenas

Por Vinícius Mansur, no jornal Brasil de Fato:

A vida dos povos indígenas sofreu importantes impactos nesses dois anos do governo golpista de Michel Temer. Se mesmo os períodos de maior estabilidade democrática foram marcados por muita resistência dos índios, a longa lista de retrocessos já promovidos pelas forças que levaram e sustentam Temer no poder é interpretada por lideranças indígenas e especialistas como uma verdadeira declaração de guerra contra essa população.

Brasil devagar, quase parando

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A edição do Plano Real em 1994 marcou o início de uma nova fase de coordenação dos instrumentos de política macroeconômica em nosso País. Após uma série de tentativas não exitosas de controle das altas taxas de inflação que marcou as décadas de 1980 e 1990, finalmente a dinâmica econômica e social passou a responder positivamente às mudanças do novo padrão monetário. A adoção da nova moeda fazia parte de um conjunto mais amplo de medidas de política econômica, dentre as quais o sistema de metas de inflação.

O machismo que silencia

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site Brasil Debate:

Em “Os homens explicam tudo para mim” (Editora Cultrix, 2017), Rebecca Solnit conta o episódio em que conheceu um homem e este, ao saber que ela era escritora, não parou de falar sobre um livro sobre o qual tinha lido uma crítica no jornal. Não parou nem mesmo para dar a Rebecca a chance de dizer que era a autora do livro ao qual ele insistentemente se referia (e que ele no fim das contas nem tinha lido).