sexta-feira, 20 de abril de 2018

A mesada do “tio” Joesley para Aécio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Com notas fiscais e recibos bancários para provar o que diz, Joesley Batista jogou mais umas canecas de gasolina na fogueira onde arde Aécio Neves e que desespera Geraldo Alckmin e Antonio Anastasia.

A “mesada” de R$ 50 mil paga ao senador-zumbi pela JBS acaba por iluminar o fato de que na tal Rádio Arco Iris ficava pelo menos um dos vários potes de ouro que, digamos, serviam para que Aécio se inspirasse a conspirar, de 2015 em diante, contra a Presidenta que o derrotara nas urnas.

Reynaldo Turollo Jr. e Camila Mattoso, na Folha, dizem que “de acordo com Joesley, foram solicitados diretamente pelo tucano em um encontro no Rio, no qual Aécio disse que usaria o dinheiro para 'custeio mensal de suas despesas', segundo palavras do empresário da JBS.”

De “brinde”, o Globo ainda traz o desclassificadíssimo ex-ministro Osmar Serragio acusando Aécio de ter “sugerido” indicar o delegado da PF que deveria “investigá-lo”. Delegado da PF aecista, como se sabe, não falta,

A rigor, pouca importância tem Neves. O grau das chamas sobre ele dependerá do quanto a mídia queira apostar ou descartar Geraldo Alckmin, por mais patéticas que sejam suas tentativas de se isolar do chorume que escorre do monturo que se tornou o ex-candidato do PSDB a Presidente.

Até porque, na escolinha tucana, já se deveria ter aprendido a lição de Paulo “Preto”: não se abandona assim um líder na beira da estrada.

1 comentários:

DARCY BRASIL RODRIGUES DA SILVA disse...

Não se pode perder de vista a função da investida do Poder Judiciário da plutocracia financeira contra o senador tucano, que é a de fazer com que os trabalhadores e o povo acredite que esse Poder controlado pelo Capital Financeiro é isento, sem partido, comprometido apenas com o combate à corrupção. Tanto Aécio Neves quanto o seu partido, o PSDB, tornaram-se não funcionais para a plutocracia financeira. Embora certamente os intelectuais orgânicos da plutocracia devem reconhecer os tucanos como determinados e confiáveis representantes na política brasileira dos interesses do capital financeiro e do imperialismo, não há mais como reparar os estragos na imagem dessa legenda, necessitando-se, portanto, configurar uma outra agremiação, com ares de novidade e isenção, para cumprir esse papel. Por isso, Aécio será sacrificado no altar da demagogia política do Poder Judiciário da plutocracia financeira, que está, no presente momento, chamado a defender os interesses do Capital Financeiro e do imperialismo, diante da dificuldade de proteger esses interesses através da vitória em eleições presidenciais, de um nome como FHC e um partido, como o PSDB. Desse modo, é de se esperar também que a grande mídia, com destaque para a Globo, porta-voz do Capital Financeiro em nosso país, passe a abandonar parcialmente o PSDB, execrando o senador mineiro e desqualificando os tucanos como partido de políticos absolutamente impolutos e honestos, como tentaram os apresentar até recentemente, sem permitir, entretanto, que os laços políticos que os vinculam sejam completamente rompidos, oferecendo uma saída honrosa para a maioria dos políticos do PSDB, todos corruptos e vende-pátrias como os donos da mídia , protegendo-os para que não tenham o mesmo destino do senador Aécio, que, devido ao fato de ser o elo mais fraco dessa cadeia de políticos safados e criminosos, será oferecido como troféu pelos promotores, juízes e policiais tão ou mais corruptos do que o senador tucano, os donos da mídia e os demais caciques políticos do PSDB.