Por Cezar Britto, no site Congresso em Foco:
Muitos livros têm o péssimo hábito de nominar, elogiar ou responsabilizar uma única pessoa por acontecimentos históricos, mesmo quando eles são praticados coletivamente ou por meio de um emaranhado de infindáveis atos e múltiplas ações. É como se toda a complexidade da vida em sociedade pudesse ser definida por uma só pena escritora, independentemente da criação coletiva que inspira, motiva, ensina ou colabora com o artista eleito condutor da narrativa anotada. Assim, apontam Hitler e Mussolini como escritores exclusivos das páginas mais violentas, genocidas, intolerantes, racistas e obscuras da história contemporânea.