sexta-feira, 5 de julho de 2019

Bolsonaristas ameaçam de morte 2 senadores

Por Altamiro Borges

A exemplo das hordas nazifascistas, que espalharam ódio e violência na Alemanha e na Itália, os bolsonaristas não toleram a democracia. Eles rejeitam qualquer diferença ou polêmica. A intolerância não atinge apenas as forças de esquerda. Mesmo antigos aliados são tratados como inimigos a serem exterminados – que o digam, na área do jornalismo, os “petralhas” Reinaldo Azevedo e Rachel Sheherazade. Até no terreno institucional, essas milícias que atuam no mundo real e virtual fazem ameaças e espalham o terror. Elas são adoradoras da morte!

Xadrez da guerra Veja x Moro

Faustão e o Domingão da Lava Jato

Por Leandro Fortes

De todas as mazelas da Lava Jato desnudadas pela matéria da revista Veja, em parceria com o Intercept Brasil, uma nota tragicômica se sobressai ao lodo geral: Fausto Silva, o Faustão, era conselheiro do então juiz Sérgio Moro.

Deslumbrado, o bacharel da zona rural não se conteve. Foi ao Telegram revelar a Deltan Dallangnol os conselhos de Faustão de como falar ao “povão” sobre as atrocidades que cometia à margem da lei. Um media training inusitado que acabou servindo, agora, para confirmar o que todos sabiam, mas que Moro mentia, descaradamente, para se safar: as mensagens são todas reais.

Veja prendeu Lula e vai prender o Moro

Entender o bolsonarismo para combatê-lo

Charge: André Dahmer - malvados
Por Aristóteles Cardona Júnior, no jornal Brasil de Fato:

O governo federal segue tropeçando em suas próprias pernas. Dia após dia, afirmações são feitas, para rapidamente serem negadas e assim o governo segue sem acertos. O que alguns entendem como uma tática política, para mim não passa de bizarrice mesmo. Em resumo, um governo composto por figuras e ações patéticas. E a população já sente isso. Recente pesquisa divulgada pelo Ibope coloca que 48% da população brasileira já desaprova o governo de Bolsonaro. Número alto para um governo que sequer completou seis meses.

Sugestões para uma estratégia de luta

Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:

Al­guns se­tores da bur­guesia co­meçam a con­si­derar que as tra­pa­lhadas do go­verno, contra as esquerdas e contra si pró­prio, agra­vadas por seu cons­tante em­penho em cri­mi­na­lizar a po­lí­tica e os po­lí­ticos, já teria ido longe de­mais.

Tais tra­pa­lhadas te­riam efeitos an­tagô­nicos em re­lação a suas pre­ten­sões po­lí­ticas, le­vando à perda total do foco sobre os pro­blemas a serem re­al­mente re­sol­vidos, a exemplo da queda de quase 7% no PIB per ca­pita, da ex­pansão trá­gica do de­sem­prego (que tende a su­perar os 13 mi­lhões), e do endivida­mento do setor pú­blico (que está perto de 70% do PIB).

A loucura como método de destruição

Por Joaquim Palhares e Mariana Serafini, no site Carta Maior:

Tolstói abre seu clássico Anna Karenina com a célebre frase “todas as famílias felizes se parecem, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, “e a nossa maneira é mais cruel”, acrescenta o ex-chanceler Celso Amorim, ao explicar os desafios que o Brasil deve enfrentar para voltar a se posicionar no mundo como um país soberano.

Em conversa exclusiva com a Carta Maior, o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa dos governos Lula e Dilma analisou o cenário político brasileiro, as mudanças no quadro geopolítico e os impactos da Operação Lava Jato na soberania nacional. Para o diplomata, que em 2009 foi considerado o melhor chanceler do mundo, o Brasil e o povo brasileiro são vítimas de um projeto de desmonte acelerado e será necessário o trabalho de gerações para reverter o estrago. “[O que está acontecendo] é uma coisa muito horrorosa, é uma loucura, é a instalação da loucura como método. Método de destruição”.

"Juízes devem ser isentos", diz o Papa

ONU e OEA defendem Glenn Greenwald

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos de Barão de Itararé:

O Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, e o Relator Especial das Nações Unidas para a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e de expressão, David Kaye, manifestaram preocupação com a situação de Glenn Greenwald, de sua família e dos jornalistas do The Intercept Brasil. Em comunicado oficial, os especialistas denunciaram o assédio e os abusos que Greenwald vem sofrendo, bem como o fato de o governo brasileiro permanecer inerte quanto às hostilidade e ameaças sofridas pelo jornalista. Esse tipo de proteção é dever do Estado de acordo com inúmeras resoluções e recomendações de tais órgãos internacionais.

Moro toma pito do Papa Francisco

O PT e o combate à corrupção

Por Fábio Kerche e Marjorie Marona, na revista Teoria e Debate:

Ao longo das últimas semanas, com as revelações e reportagens do The Intercept Brasil acerca dos bastidores da operação Lava Jato, que culminou com a prisão do ex-presidente Lula, muito foi escrito sobre combate à corrupção, ética da magistratura, imparcialidade do juiz, garantias processuais, utilização política da justiça (lawfare) etc. Diante do Senado, o ex-juiz e hoje ministro da Justiça Sérgio Moro se esforçou para transferir a flagrante ilegalidade dos seus atos para aqueles que divulgaram as conversas entre ele e o procurador da República Deltan Dallagnol. O conteúdo das conversas indica que ambos atuaram no sentido de buscar a condenação de Lula, mesmo que isso significasse passar por cima de princípios balizares da Justiça, como o do devido processo legal, da ampla defesa e da imparcialidade do juízo.

Congresso instala a CPI da fake news

Entrevista exclusiva de Lula ao site Sul-21

Bolsonaro e a mentira fascista

Por Jean Wyllys, em seu blog:

Jair Bolsonaro faz um governo de mentira. De mentiras.

Eleito por uma campanha feita à base de fake news (notícias falsas), insultos a adversários e discursos de ódio contra LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros), mulheres, quilombolas e comunistas, uma vez presidente da República, Bolsonaro decidiu governar o país com os mesmos ingredientes, cercando-se de gente tão mau-caráter quanto ele para levar adiante seu empreendimento fascista.

Sim, embora a imprensa séria brasileira ainda tenha pudores em usar esta palavra (e mesmo a expressão "governo de extrema-direita", usada pela imprensa europeia para se referir ao governo Bolsonaro), a verdade é que o país está sob um governo fascista.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

A rendição no acordo Mercosul-União Europeia

Por Moara Crivelente, no site da Fundação Maurício Grabois:

As negociações do Acordo de Associação Estratégica entre Mercosul e UE, lançadas há 20 anos, tomaram novo impulso em 2016, com uma nova troca de ofertas. Em 2018, as componentes política e de cooperação foram acordadas, focando em temas como a migração, a economia digital, pesquisa e educação, responsabilidade empresarial e social, proteção ambiental, governação dos oceanos e a luta contra o terrorismo, a lavagem de dinheiro e os crimes cibernéticos.

Bolsonaro: capacho dos EUA e lobista

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Vamos falar a verdade como ela é: nos últimos dias, o capitão Bolsonaro perdeu completamente a compostura e está fazendo papel de palhaço, ridicularizando o papel de presidente da República.

Nem se trata de seguir a liturgia do cargo, como pregava o ex-presidente José Sarney, mas apenas de um mínimo de decoro e respeito ao cargo que ocupa.

Como se fosse um torcedor qualquer que rompeu o cordão de segurança, na noite de terça-feira Bolsonaro apareceu dando a volta olímpica no Mineirão, acenando com uma bandeira do Brasil.

Parecia aquela Janaína Pascoal, advogada do impeachment que se elegeu deputada pelo PFL, rodopiando com a bandeira num palco armado em frente à Faculdade de Direito da USP, feito uma pomba gira, pouco antes do golpe de 2016.

Moro fugiu da Câmara aos gritos de ladrão

Por Jeferson Miola, em seu blog:               

Sérgio Moro fugiu do depoimento na Câmara dos Deputados aos gritos de “ladrão, ladrão, ladrão” ….

O criminoso desmascarado pelo Intercept repetiu o procedimento covarde do seu chefe, o fujão que na eleição de 2018 fraudou a democracia e evitou por todos os meios expor sua dimensão política e existencial miserável nos debates eleitorais.

Esses 2 personagens deploráveis – Moro e Bolsonaro – se merecem. O Brasil e o povo brasileiro, lamentavelmente, não mereciam ser vitimados dessas figuras deploráveis.

Por que os psicopatas chegaram ao poder

Por George Monbiot, no site Outras Palavras:

Quem, em seu juízo perfeito, poderia desejar esse trabalho? É quase certo que acabará, como descobriu Theresa May, em fracasso e execração pública. Procurar ser primeiro-ministro britânico, hoje, sugere ou confiança imprudente ou fome insaciável de poder. Talvez necessitemos de uma ironia como a de Groucho Marx: alguém louco o suficiente para candidatar-se a essa função deveria ser desqualificado para concorrer.