sexta-feira, 17 de julho de 2020

É preciso resistir ao desmonte do SUS

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Quando a pandemia do novo coronavírus foi decretada pela Organização Mundial de Saúde, havia apenas uma constatação em meio a muitas incertezas: a melhor forma de enfrentar o problema seria com um sistema de saúde universal, com atenção integral, norteado pelo princípio da equidade, organizado desde a base, com estrutura de comando compartilhada, que carregasse experiência em programas de saúde coletiva e com controle social que permitisse uma ampla aliança com a população. Em outras palavras, o Sistema Único de Saúde brasileiro, o SUS.

Tribunal popular contra crimes de Bolsonaro

Ilustração da capa do jornal Le Monde diplomatique
Por Roberto Amaral, em seu blog:

São muitas e variadas as tentativas de explicação da degenerescência do quadro político brasileiro que nos trouxe a este ponto lamentável em que nos encontramos. Há interpretações para todos os gostos e filiações, desde as que remontam à nossa formação de país, Estado e nação (lamentavelmente nesta ordem), fundada na predação do meio ambiente, no escravismo e no etnocídio das populações originais, àquelas formulações que radicam nossos males presentes ora na falência da democracia representativa, ora no esgotamento do “presidencialismo de coalizão”, ora numa coisa e outra, frente e verso do mesmo fenômeno. Talvez todas essas hipóteses de trabalho sejam pertinentes, principalmente se pudermos vê-las como um conjunto.

O novo ministro da Educação e o ensino laico

Por Carlos Pompe

Foi empossado nesta quinta-feira, 16, o novo ministro da Educação, pastor, teólogo e advogado Milton Ribeiro. Em seu primeiro discurso, prometeu dialogar com acadêmicos e educadores e priorizar o ensino técnico e profissionalizante, dizendo-se entristecido “com o que vem acontecendo com a educação em nosso país, haja vista nossos referenciais e colocações no ranking do Pisa” (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).

O que está acontecendo

Por João Guilherme Vargas Netto

Bem que a oposição tentou. Mas o plenário da Câmara dos Deputados barrou a ampliação do auxílio emergencial de 600 reais até dezembro em votação nominal virtual derrotando a emenda da oposição com 309 votos contra 123, uma abstenção e um voto do presidente (não votaram 79 deputados).

Estes 309 votos (que superam em um voto o quórum necessário para a aprovação de uma PEC) somaram os seguidores do presidente Rodrigo Maia, o centrão e os apoiadores do presidente da República caindo sobre eles e sobre o plenário uma cortina fiscalista que dificulta os necessários e emergenciais gastos do governo para combater a pandemia e diminuir os estragos do pandemônio.

Brasil, um país enviesado

Por Flavio Aguiar

Que ninguém se iluda: os desmandos do sr. Bolsonaro na política interna e as sandices do chanceler Ernesto Araújo na política externa têm uma funcionalidade positiva em parte considerável da mídia mainstream internacional.

Sobre o governo Bolsonaro, o novo papel do Itamaraty, a “imagem do Brasil”, todo o mal já está feito, e daqui para a frente só poderá piorar, apesar de medidas paliativas anunciadas, como a proibição de queimadas durante três meses. O governo Bolsonaro é um governo completamente desmoralizado na mídia mundial, e também fora dela. Ninguém pode levar a sério um governo que, pela primeira vez na História do país desde sua independência, atrelou sua política externa automaticamente não apenas à de um outro pais, mas a uma facção de um partido político deste país, os Estados Unidos. Até mesmo a ressonância que Bolsonaro e Araújo obtém entre governantes reacionários como os da Hungria, Polônia, Israel, ou políticos como o italiano Matteo Salvini devem ser vistos com cautela desconfiança. Nem mesmo a francesa Le Pen fica à vontade diante de Bolsonaro. O próprio Trump não cessa de tratar Bolsonaro como um cão amestrado e menor, enquanto (e por isto mesmo) disputa como ele, em ano eleitoral, o título de pior governante frente à pandemia.

Carta aos amigos e amigas do exterior

Por Frei Betto

Queridos amigos e amigas:

No Brasil ocorre um genocídio! No momento em que escrevo, 16/7, a Covid-19, surgida aqui em fevereiro deste ano, já matou 76 mil pessoas. Já são quase 2 milhões de infectados. Até domingo, 19/7, chegaremos a 80 mil vítimas fatais. É possível que agora, ao você ler este apelo dramático, já cheguem a 100 mil.

Quando lembro que na guerra do Vietnã, ao longo de 20 anos, 58 mil vidas de militares usamericanos foram sacrificadas, tenho o alcance da gravidade do que ocorre em meu país. Esse horror causa indignação e revolta. E todos sabemos que medidas de precaução e restrição, adotadas em tantos outros países, poderiam ter evitado tamanha mortandade.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Bolsonaro e o genocídio dos trabalhadores

Leandro Narloch e a homofobia na CNN

Bolsonaro é perverso com os desempregados

Editorial do site Vermelho:

A combinação da crise econômica estrutural e de âmbito global com a pandemia do coronavírus vai desenhando um cenário dramático. O Brasil é um dos países em que essa resultante já apresenta dados alarmantes. Informações do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) mostram que a perda de ocupação entre os trabalhadores informais é mais do que o dobro em relação aos formais, formando um cenário social que se deteriora rápida e continuamente.

Após Serra, Lava-Jato agora mira em Alckmin

Da Rede Brasil Atual:

A Polícia Federal indiciou hoje (16) o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) por corrupção passiva, em processo da Operação Lava Jato. Também entraram no processo o ex-secretário de Planejamento do tucano, Sebastião Eduardo Alves de Castro, e o ex-tesoureiro de campanha Marco Monteiro. Além de corrupção, estão listados crimes de falsidade ideológica, caixa dois e lavagem de dinheiro. Segundo o Estadão, o inquérito da PF foi instaurado a partir de delações de executivos do grupo Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. As denúncias possuem relação com a prática de cartel em obras do Metrô de São Paulo e do Rodoanel.

O triunfo da mentira no Brasil

MBL operava um gabinete do ódio

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

O cerco se fechou contra as fake news nesta semana. Depois que diversas páginas e contas ligadas ao bolsonarismo foram derrubadas pelo Facebook, o Ministério Público de São Paulo prendeu homens ligados ao MBL, sendo um deles um famoso propagador de mentiras. Essa indústria de fake news, que forneceu a base para ascensão da extrema direita no Brasil, parece estar com os dias contados.

Na manhã de sexta-feira, a Polícia Civil prendeu dois empresários ligados ao MBL. Eles são acusados pelo Ministério Público de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O MBL nega que eles tenham ligação com o grupo e tenta a todo custo descolar sua imagem dessa investigação. Mas o fato é que a polícia também cumpriu um mandado de busca na sede do movimento e investiga empresas ligadas a ele. Não é possível afirmar que a sede do MBL não é ligada ao MBL, não é mesmo?

Bolsonaro quer ir à guerra contra Venezuela

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

O Brasil foi surpreendido nesta quinta-feira, 16 de julho, com a notícia de que o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro e as Forças Armadas estão elaborando uma nova política de defesa que incorpora a possibilidade de guerra contra países vizinhos. O texto não menciona o alvo, mas o contexto demonstra que se trata de uma trama, mancomunada com o imperialismo estadunidense, para atacar a Venezuela.

Trata-se de uma mudança chocante de orientação, porquanto documentos anteriores elaborados sob a coordenação do Ministério da Defesa traçando linhas para a atuação das armas nacionais, suas relações com a política externa e os objetivos permanentes do Estado nacional – documentos que no período dos governos progressistas se aperfeiçoaram como peças democráticas e expressão da soberania – foram concebidos com uma visão defensiva e solidária com o entorno geográfico do Brasil.

Quilombolas enfrentam pandemia sem apoio

O STF e a questão militar

Bolsonaro é genocida de brasileiros

Bolsonaro está contaminado ou é pegadinha?

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Vergonha! Imagem do Brasil afunda no exterior

Inscrições abertas para o V Curso do Barão

Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:

Estão abertas as inscrições para o V Curso Nacional de Comunicação do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Desta vez 100% online, por conta da pandemia do novo coronavírus, o curso acontece nos dias 24, 25 e 26 de agosto, reunindo um timaço de 27 palestrantes para discutir "Como enfrentar e derrotar o bolsonarismo". O período para adesões vai até dia 10 de agosto e o valor da inscrição é de R$ 100 - o pagamento pode ser feito por boleto ou cartão de crédito, podendo ser parcelado em até 10 vezes.

Envergonhada, elite patronal apoia Bolsonaro

Por Marco Piva, no site Dom Total:

Sabem aquela história: melhor com ele, pior sem ele? Pois é assim que pensa a elite econômica brasileira sobre o governo de Jair Bolsonaro. Pouco dada a pensar o país além dos limites de seus interesses imediatos como já fizeram no passado gente do calibre de um Roberto Simonsen, os detentores atuais do capital tem noção da vergonha, mas preferem ficar calados ao invés de debater com seriedade um modelo de desenvolvimento para a nação.