sexta-feira, 21 de maio de 2021

Mentira e covardia: marcas do bolsonarismo

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Diante do festival de mentiras grosseiras protagonizado por pessoas que até pouco tempo ocupavam altos cargos na administração pública federal, me veio à cabeça uma analogia anedótica, mas que faz sentido. Imaginei o ex-presidente Fernando Collor de Mello no banco de uma CPI :

Senador 1 – O senhor apareceu na cena política nacional com o epíteto de “caçador de marajás”...

Collor – Desculpe interromper Vossa Excelência, mas eu nunca fui chamado de caçador de marajás.

Senador 2 – O que Vossa Excelência tem a dizer sobre a relação fora das regras republicanas que mantinha com o empresário Paulo Cesar Farias, o PC?

Collor – Deve haver algum engano, pois eu jamais ouvi falar deste tal de Paulo Cesar Farias que o senhor mencionou.

Das ruas às urnas: uma lição chilena

Por Roberto Amaral, em seu blog:


O continente americano, que se via, até há pouco, imerso em tempos de pesar político, flagelado por golpes de Estado e regressões econômicas, parece retomar as rédeas de seu próprio destino, quando o povo-massa volta a desempenhar o papel de sujeito histórico e agente de transformações. De uma forma ou de outra, a centro-esquerda se consolida na Argentina; a esquerda acaba de recuperar o governo na Bolívia e conquistar a maioria parlamentar no Equador; avança a olhos vistos no Peru, e a comoção social toma corpo na Colômbia, desestabilizando o governo de Luis Arce, mero títere dos interesses geopolíticos dos EUA na América do Sul, qualquer que seja o inquilino da Casa Branca.
 

O show inútil do general kamikaze

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


No depoimento à CPI da Covid, o general Pazuello candidatou-se a ser chamado de tudo, menos de não ser caninamente leal a Jair Bolsonaro.

Para blindar o chefe, assumindo o papel de bode expiatório que lhe foi reservado, mentiu, tergiversou, distorceu fatos e manipulou a história em curso do morticínio por Covid19.

A história que ele contou não bate com a que foi vivida e sofrida pelos brasileiros.

Jurou que fez tudo certo, tudo por conta própria e nunca recebeu ordens de Bolsonaro, embora tenha dito “um manda e o outro obedece”.

Inútil, porque as digitais de Bolsonaro estão bem gravadas.

Ele mesmo registrou, por todos os meios, sua pregação contra as medidas de isolamento e proteção, como o uso da máscara, contra a compra de vacinas e a favor da cloroquina e de outros emplastos inúteis, dando uma ilusão de segurança aos seguidores de seu apelo para levarem uma “vida normal”, ao encontro da doença e da morte.

Malafaia só deve ir à CPI se fizer exorcismo

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:


O bolsonarismo não consegue mais oferecer grandes surpresas, porque tudo passou a ser possível nas falas e nas atitudes da extrema direita.

Mas a informação de Flavio Bolsonaro sobre o pastor Silas Malafaia tem o poder de nos inquietar, pelo menos isso. Flavio disse na CPI que o pastor é conselheiro diário do pai dele.

Um país devastado por uma pandemia, com um governante incapaz, com ações deliberadas que matam mais gente, com um ministro da Fazenda medíocre, com desalento, desespero, fome e miséria, esse país pode estar tendo seus rumos orientados por um pastor fundamentalista.

Um sujeito que odeia gays, comunistas e feministas deve estar dizendo a Bolsonaro o que ele deve fazer.

Flavio sugeriu que os senadores devem ouvir Malafaia.

O conselheiro de Bolsonaro não é Armínio Fraga, não é um sábio da FGV ou um banqueiro.

Anticorpos contra o vírus golpista

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:


Em condições normais, muito pouco valor teria a imagem do cumprimento trocado entre os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso.

Talvez, até, fosse eleitoralmente negativo, mas, ao contrário do que sugere a foto, creio que o eleitoral é o menos importante no gesto.

Penso que se ela merece um adjetivo, é o de ser um elemento profilático, a afastar a ideia de que o retorno de Lula à presidência poderia justificar vetos militares, judiciais e/ou empresariais.

Ou, para cunhar uma frase-síntese: como voto, é nada; contra vetos, é muito.

Afinal, FHC sempre foi uma espécie de “vaca sagrada”, como as indianas, para essa turma e o ruminar manhoso das ideias do ex-líder do tucanato certamente há de irritar mais os que se agarram à esperança da tal “3ª via” do que aos que ainda não se vergaram à ideia de que, em nome da “extinção dos bolsonaros” tudo deve ser feito.

A pandemia favorece os mais ricos

Por Frei Betto, em seu site:


O Brasil, terra dos paradoxos, regrediu quanto às condições econômicas da população durante a pandemia e, no entanto, aumentou o número de bilionários. O empresariado industrial cede lugar à burguesia financeira. O dinheiro se desloca da propriedade imóvel (agropecuária e industrial) para a propriedade móvel (ativos financeiros).

Segundo Oded Grajew, da Oxfam Brasil, aqui os 5% mais ricos concentram em mãos 95% da renda nacional, e 10% possuem 74% das riquezas.
 

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Bolsonaro impõe privatização da Eletrobrás

Por Altamiro Borges

Apesar do desgaste causado pela CPI do Genocídio, o fascista Jair Bolsonaro, "laranja" do deus-mercado, segue "passando a boiada". Na noite desta quarta-feira (19), a Câmara Federal aprovou, por 313 votos favoráveis e 166 contrários, o texto-base da MP-1031/21, que prevê a privatização da Eletrobrás.

A base governista – que na agenda econômica privatista junta a ultradireita bolsonarista, os fisiológicos do Centrão e o tal "centro civilizado" – passou o trator na votação do parecer do relator Elmar Nascimento (DEM-BA). A oposição esperneou e tentou obstruir a pauta, mas foi esmagada sem dó nem piedade.

Sociedade e cultura no Brasil contemporâneo

Privatização da Eletrobrás e a conta de luz

Cinco razões pra CPI acabar em impeachment

Ernesto Ahhhnnnn Araújo mentiu à CPI

A mão da Justiça alcança Ricardo Salles

Vargas, Lula e o desenvolvimentismo

Ricardo Salles segue "passando a boiada"

Hackers e roubo de dados

O crime da privatização da Eletrobrás

Pazuello e Araújo mentem na CPI da Pandemia

Vivemos na era das fake news?

Sistema público e comunicação comunitária

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Contrabando e outros crimes chamuscam Salles

Por Altamiro Borges

Ricardo Salles, o ricaço ministro da devastação ambiental de Jair Bolsonaro, levou uma chamuscada na manhã desta quarta-feira (19) nas suas ações para "passar a boiada" no campo brasileiro. Ele, serviçais corruptos do seu ministério e madeireiros criminosos foram alvo de operações de busca e apreensão da Polícia Federal em suas casas e escritórios.

Batizada de Operação Akuanduba, a ação policial investiga crimes contra a administração pública – incluindo corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, principalmente, facilitação de contrabando praticada por agentes públicos e empresários do setor. Essa “máfia de madeireiros” seria responsável pela exportação ilegal para os EUA e Europa.