sexta-feira, 2 de julho de 2021

Belluzzo: "O Brasil é um Ford bigode"

Por César Locatelli, no site Carta Maior:


O simpático carrinho, usado pelo professor Belluzzo para definir o estágio atual da economia brasileira, era o que havia de mais avançado no início do século XX. Há mais de 100 anos, portanto. Sua afirmação completa, no entanto, foi que “o Brasil é um Ford bigode dirigido por um motorista bêbado”. Simbolizando não somente a regressão do desenvolvimento brasileiro, mas a condução das políticas econômicas e o lugar onde o debate econômico no país está enclausurado: completamente fora do que acontece no mundo.

A LGBTfobia e o orgulho da diversidade

Por Cida Pedrosa, no jornal Brasil de Fato:

Os ataques sofridos por uma rede de lanchonetes fast food após fazer campanha que mostra crianças falando sobre homossexualidade ao lado de seus pais, mães ou responsáveis, mostra o quanto ainda é necessário celebrar datas como o 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Especialmente no Brasil, onde o conservadorismo nos costumes, exacerbado após a eleição de Jair Bolsonaro, escancarou ainda mais o preconceito e a homofobia que parece fazer parte da cultura nacional. Uma amostra disso é o fato de um apresentador de TV não ter hesitado antes de chamar, no ar, os LGBTQIA+ de “raça desgraçada.”

O dia em que o cavalo de tróia virou pangaré

Por Maíra Mathias e Raquel Torres, no site Outras Palavras:


Justo no momento em que a CPI da Pandemia começou a se debruçar sobre o tema mais promissor até agora – a relação entre o governo federal e empresas privadas para a compra de vacinas, especialmente a da Covaxin –, apareceu Luiz Paulo Dominghetti.

Sua denúncia-bomba à Folha e a imediata convocação para depor eram o prenúncio de fortes emoções.

Mas o que aconteceu ontem superou todas as expectativas.

Quando, do nada, ele sacou da cartola um áudio que incriminaria o deputado Luís Miranda por tentar “negociar a busca por vacinas diretamente com a Davati”, muitas luzes de alerta piscaram. Miranda – cujo depoimento na semana passada implicava o governo na pressão pela assinatura de um contrato irregular para a aquisição da Covaxin, intermediada pela Precisa Medicamentos e colocou o presidente Jair Bolsonaro no centro do palco por nada fazer diante do alerta de irregularidades – de repente aparecia no áudio como alguém que tentava negociar vacinas para um “comprador com potencial de pagamento instantâneo”.

Bolsonaro desmoraliza o impeachment

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:


Bolsonaro enlameia tudo por onde passa, espalhando baixaria, truculência e falta de educação. Vai demorar até que o Brasil se livre do que ele e seu bando largaram em nossa sociedade.

Foi através de um impeachment que o capitão chegou aonde está. O caminho até o Planalto e ao poder de desmoralização que hoje tem (e exerce na plenitude) abriu-se com a deposição de Dilma.

A mesma maquinação que derrubou a petista fez nascer Bolsonaro.

Aquele é o exemplo mais evidente, em nossa história, de um tiro que sai pela culatra.

A justificativa “técnica” para o impeachment, das pedaladas fiscais, era ridícula.

A “real”, de que seu governo era desastroso e levava o País à instabilidade, sempre foi uma hipocrisia, pois os problemas que enfrentava resultavam, em sua maioria, da ação dos adversários.

Bob Jefferson, Miranda e o bordel bolsonarista

Por Altamiro Borges

Ninguém mais se entende no bordel da extrema-direita nativa. É tiro para todos os lados. Na terça-feira (29), o neobolsonarista Roberto Jefferson, presidente do PTB, entrou com um pedido de cassação do mandato do deputado Luis Miranda (DEM-DF), o ex-bolsonarista que apresentou as graves denúncias de propina na compra da vacina indiana na CPI do Genocídio. De imediato, o parlamentar rebelde reagiu, jurando que vai “explodir a República” com novas revelações de mutretas no laranjal bolsonariano.

Famílias de vítimas da Covid entram com ação

Ilustração:André Dahmer
Por Altamiro Borges

Enquanto o processo de impeachment não avança em Brasília – sabotado por Arthur Lira, o cúmplice do genocida que preside a Câmara Federal – e nem o pedido de crime de lesa-humanidade é julgado no Tribunal Internacional de Haia, mais uma ação judicial contra o “capetão” começa a ganhar corpo. A revista Época destaca no título que "as famílias de vítimas da Covid-19 recorrem à PGR para responsabilizar Bolsonaro por gestão na pandemia".

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Jean Wyllys derrota o “pastor” Feliciano

Por Altamiro Borges


O site UOL informa que "o deputado federal Marco Feliciano (Republicanos-SP) foi condenado ontem [29/06] a indenizar em R$ 41,8 mil o ex-deputado Jean Wyllys em ação por danos morais após postagem de mensagens associando o ex-parlamentar ao atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora (MG)".

Além da indenização, o "pastor" bolsonarista, que é famoso por difundir ódio e preconceito nas redes sociais, foi condenado a publicar retratação em seu perfil no Twitter. A juíza Fernanda Rosada de Sousa, do 5º Juizado Especial Civil do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deu prazo de 10 dias úteis para o deputado se retratar, sob pena de multa de R$ 20 mil.

Bolsonaro no MPF por tirar máscara de criança

Por Altamiro Borges

O número de processos contra o presidente genocida vai crescer nos próximos meses. Nesta semana, a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) ingressou com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o “capetão” por ele ter tirado a máscara de uma criança em mais um evento eleitoreiro no município de Pau dos Ferros (RN).

“A RNPI manifesta por meio da representação e desta nota a sua reprovação pela atitude do Sr. Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República, de tirar a máscara de uma criança e solicitar que outra criança tirasse a própria máscara em evento ocorrido no Rio Grande do Norte" na quinta-feira passada (24).

Alta na conta de luz, apagão e racionamento

Por Altamiro Borges

Na segunda-feira (28), em rede nacional de TV, o ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, afirmou em tom grave que “é fundamental” que o brasileiro evite desperdício de água e economize energia elétrica. A ordem de comando do milico é explícita. Prepare o seu lombo. Vem aí aumento da conta de luz, racionamento ou apagão. Ou tudo junto e misturado. Haja incompetência no laranjal bolsonariano.

Um dia após o pronunciamento do almirante, a Enel Distribuição informou aos seus clientes que a partir de domingo (4) a conta de luz terá um aumento médio de 9,44%. Ele será aplicado nas 24 cidades atendidas pela concessionária privada, penalizando aproximadamente 7,4 milhões de consumidores no Estado de São Paulo.

Um novo projeto de reforma agrária

Doria tem ódio ao sindicalismo

Mulheres, poder e paridade

Governo pediu R$ 2 bilhões em propina

Lula está garantido nas eleições de 2022?

Ministério da Saúde foi tomado por quadrilha

Qual será a trama da elite contra Lula?

Lula com lideranças indígenas em 2017. Foto: Ricardo Stuckert
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Em condições normais de temperatura e pressão, Lula caminha para se eleger até com relativa tranquilidade em 2022. O xis do problema é saber até quando dura este voo em céu de brigadeiro.

Enquanto Bolsonaro aprofunda a cada dia seu isolamento e aumenta sua rejeição, agora acuado por denúncias escabrosas de corrupção, Lula se movimenta em direção ao centro e recupera a olhos vistos eleitores perdidos para Bolsonaro.

Tudo isso turbinado pela CPI e pela retomada do protagonismo da esquerda, que lidera manifestações de rua que não param de crescer. Mesmo analistas ligados ao mercado já anunciam seu ceticismo sobre a possibilidade de a eventual melhoria de alguns indicadores econômicos beneficiar Bolsonaro.

E, para ampliar o favoritismo de Lula atestado por todas as pesquisas, a tal terceira via parece uma miragem. Faltam nomes, um mínimo de unidade e, sobretudo, condições políticas objetivas para que o centro e a chamada direita civilizada ponham esta alternativa de pé.

Vacina contra Bolsonaro é a rua

Por Fernando Brito, em seu blog:


O ‘superimpeachment’ protocolado hoje na Câmara por representantes de um arco político que vai da esquerda à direita – extrema mas não bolsonarista – ajuda a preparação dos atos de sábado, mas não deve provocar ilusões sobre ter um final diferente das mais de cem pedidos já engavetados na presidência da Casa desde que Rodrigo Maia fazia o que faz agora Arthur Lira.

O deputado alagoano, que não sabe mais o que é entendimento e composição desde que venceu a eleição, vai, provavelmente, esperar alguns dias para fazê-lo, apenas para cacifar-se com Jair Bolsonaro, ainda mais num momento em que este está acuado e sem discurso para sustentar a sua fama artificial de incorruptível.

Rejeição a Bolsonaro e o desafio da oposição

Editorial do site Vermelho:


O dado da pesquisa do instituto Ipec dando conta de que 66% dos entrevistados rejeitam a maneira como o presidente da República, Jair Bolsonaro, está governando o Brasil é um bom indicador do seu crescente isolamento. A evolução rápida dessa tendência – um crescimento de oito pontos em quatro meses, de acordo com a pesquisa –, decorre de questões bem conhecidas, a começar por seu comportamento, incompatível com as responsabilidades de quem ocupa o mais importante posto nos poderes da República.

Um governo mortífero e corrupto

Por Jeferson Miola, em seu blog:


O governo militar está cada vez mais afogado num mar de corrupção e mortes [aqui]. Além de causar o morticínio de dimensões catastróficas, também operou um macabro e bilionário esquema de corrupção na negociação de vacinas.

A incrível velocidade de tramitação e as condições fraudulentas negociadas para a compra da Covaxin contrastam com a lentidão governamental nas tratativas com fornecedores de outras vacinas. O fator que explica este contraste, mais além da visão anti-ciência e da incompetência oficial, sabe-se agora, chama-se propina.

Desmonte da Petrobras gera desnacionalização

Foto: Gibran Mendes/CUT-PR
Por Andreza de Oliveira, no site da Associação dos Engenheiros da Petrobras:

Em meio a menor participação da Petrobras no setor estratégico de petróleo e gás, com privatizações e vendas de ativos, gigantes multinacionais encontraram a oportunidade ideal para adentrar o terceiro maior segmento responsável por atividades econômicas no Brasil.

Aumentando exponencialmente seus desinvestimentos desde 2014, a petrolífera brasileira tem desfeito de suas participações em campos terrestres, focando em atividades no polígono do pré-sal, na região Sudeste – o que ocasionou uma ociosidade e queda de cerca de 27% da participação da empresa no setor brasileiro de petróleo e gás.