Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:
Escrevi há pouco um post dando conta da entrada do Centrão no núcleo do governo, ação que desaloja as Forças Armadas dos principais espaços decisórios da administração federal.
Com isso, julgo ter fracassado a tentativa de se constituir um governo militar e estaria fora da agenda a possibilidade de um golpe até a realização das eleições de 2022.
Dois amigos me procuraram, argumentando que a análise seria precipitada e que eu não teria levado em consideração o papel do Centrão como expressão política da maior parte do PIB, vale dizer, da Faria Lima. São observações procedentes e vou tentar refletir sobre elas.
domingo, 25 de julho de 2021
Bolsonaro e o "salve-me quem puder"
Por Fernando Brito, em seu blog:
Jair Bolsonaro, ao perceber que seu poder de fascínio sobre uma massa desorganizada e despolitizada da classe média – que vê o “salvador da Pátria” mostrar que, neste quesito, está mais para Belo Antônio de botequim, que precisa culpar o mundo inteiro e suas conspirações pelo seu fracasso – partiu para o “fazemos qualquer negócio” que lhe assegure manter o queixo fora d’água, às espera de um milagre.
Seu projeto é apenas o que o leve à eleições em condições de ser o único capaz de enfrentar o fantasma – que agita todo o tempo – da volta de Lula ao governo.
Seu projeto é apenas o que o leve à eleições em condições de ser o único capaz de enfrentar o fantasma – que agita todo o tempo – da volta de Lula ao governo.
Candidato pede bênção a comandante militar
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Candidato à presidência da República disputa o direito de exercer, por meio da soberania popular, o comando do país – dentro, claro, das normas legais e constitucionais.
A Constituição definiu que o/a Presidente da República é o comandante supremo das Forças Armadas – artigos 8 [inciso XIII] e 142.
Tanto é assim que os constituintes de 1988 atribuíram ao/à Presidente civil, e a ninguém mais, muito menos ao ministro da Defesa ou a qualquer militar, a palavra final sobre qual oficial de patente mais antiga assume o comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Se Presidente da República manda em subordinado, e não o contrário; então seria esdrúxulo um potencial Presidente da República pedir bênção a um futuro subordinado que poderá, inclusive, ser “demitido” [mandado vestir o pijama] por ele/a mesmo/a, Presidente.
Candidato à presidência da República disputa o direito de exercer, por meio da soberania popular, o comando do país – dentro, claro, das normas legais e constitucionais.
A Constituição definiu que o/a Presidente da República é o comandante supremo das Forças Armadas – artigos 8 [inciso XIII] e 142.
Tanto é assim que os constituintes de 1988 atribuíram ao/à Presidente civil, e a ninguém mais, muito menos ao ministro da Defesa ou a qualquer militar, a palavra final sobre qual oficial de patente mais antiga assume o comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Se Presidente da República manda em subordinado, e não o contrário; então seria esdrúxulo um potencial Presidente da República pedir bênção a um futuro subordinado que poderá, inclusive, ser “demitido” [mandado vestir o pijama] por ele/a mesmo/a, Presidente.
sábado, 24 de julho de 2021
sexta-feira, 23 de julho de 2021
Fusão PSL-DEM-PP: onde cabem 3, cabe um?
Por Fernando Brito, em seu blog:
Provavelmente é mais uma “flor do recesso” – aquelas “notícias” que surgem nos intervalos da política parlamentar – mas o fato é que os boatos em torno da criação do “Partido do Centrão”, reunindo o PSL, o Democratas e os Partido (nada) Progressista são algo que tem, a olhos vistos, o “regador” do Planalto a estimular.
Seria, afinal, um partido para Bolsonaro?
Dificilmente será, por uma série de fatores, o primeiro deles sendo, evidentemente, a incapacidade de Jair Bolsonaro de dividir poder ou coordenar arranjos políticos, tanto que não só falhou, em dois anos e meio e poder, em controlar o PSL, em fazer o “Aliança38” e ate em domar o modestíssimo “Patriota” à conveniência de servir-lhe de montaria em 2022.
Provavelmente é mais uma “flor do recesso” – aquelas “notícias” que surgem nos intervalos da política parlamentar – mas o fato é que os boatos em torno da criação do “Partido do Centrão”, reunindo o PSL, o Democratas e os Partido (nada) Progressista são algo que tem, a olhos vistos, o “regador” do Planalto a estimular.
Seria, afinal, um partido para Bolsonaro?
Dificilmente será, por uma série de fatores, o primeiro deles sendo, evidentemente, a incapacidade de Jair Bolsonaro de dividir poder ou coordenar arranjos políticos, tanto que não só falhou, em dois anos e meio e poder, em controlar o PSL, em fazer o “Aliança38” e ate em domar o modestíssimo “Patriota” à conveniência de servir-lhe de montaria em 2022.
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