sexta-feira, 28 de abril de 2023
Relevância inconteste no 1º de Maio
Tirinha: Alexandre Beck |
As comemorações brasileiras do 1º de Maio 2023 deveriam ter como eixo a oportunidade de avanço civilizatório com o anúncio presidencial do novo valor acrescido do salário mínimo e a apresentação de uma proposta de política permanente para sua valorização.
Repetiria-se no Brasil da atualidade a relação histórica entre as manifestações e comemorações do 1º de Maio que se afirmaram no mundo inteiro no século passado como ocasiões de luta pela redução da jornada de trabalho; aqui, este ano, trata-se de avançar na valorização do salário mínimo.
De todas as bandeiras a serem agitadas no 1º de Maio, cumprindo a pauta da Conclat-2022, as reivindicações do mínimo e de sua política têm um alcance primordial.
Repetiria-se no Brasil da atualidade a relação histórica entre as manifestações e comemorações do 1º de Maio que se afirmaram no mundo inteiro no século passado como ocasiões de luta pela redução da jornada de trabalho; aqui, este ano, trata-se de avançar na valorização do salário mínimo.
De todas as bandeiras a serem agitadas no 1º de Maio, cumprindo a pauta da Conclat-2022, as reivindicações do mínimo e de sua política têm um alcance primordial.
O que esperar da CPMI do golpe
Charge: Amorim/Le Monde |
Vem ai a CPMI do golpe de Estado fracassado de 8 de janeiro, que não será como as outras que já vimos.
Os bolsonaristas, em minoria, e diante de um pelotão qualificado de governistas, não conseguirão reinventar a verdade dos fatos e poderão sair dela mais enlameados, deixando mais expostas as responsabilidades de Bolsonaro e auxiliares. Mas a verdade para eles é secundária.
O que eles querem é fazer da CPI uma arena da luta política, para realimentarem a extrema-direita ressabiada desde a derrota do ano passado.
O Brasil inteiro sabe que houve uma tentativa de golpe contra o presidente legitimamente eleito e contra os outros dois poderes da República.
O PT, a paz e a guerra
Foto: Elineudo Meira |
O Partido dos Trabalhadores concentra sobre seus ombros grande parte do peso da responsabilidade de governar o país e melhorar a vida do povo.
Após esta obviedade estelar, vamos direto ao ponto deste artigo: não estaria o maior partido de esquerda do hemisfério sul incorrendo outra vez no erro de canalizar todas suas energias políticas apenas para as questões relacionadas ao governo?
A direção do PT, por acaso, discute uma estratégia para o caso da burguesia, mais uma vez, partir para a ruptura da ordem democrática?
Um partido comprometido com a soberania popular e nacional, como o PT, não tem que estar preparado para todos os cenários?
Quais são as ações planejadas pelo partido para a disputa política, cultural e ideológica na sociedade visando a derrota do fascismo, cujos valores estão hoje impregnados na população?
A atualidade do combate ao escravismo
Ilustração: Jennifer McCormick |
“Os exemplos brasileiros mostram que você tem que colocar o país em recessão para recuperar a credibilidade” - Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
Chegamos ao terceiro milênio do que conhecemos como mundo civilizado, quinhentos anos de terra, natureza e homens depredados, dois séculos de país independente, ainda em busca da dignidade: em 2023 navegamos na periferia do capitalismo a cujo anti-humanismo intrínseco acrescentamos a miséria de brutal concentração de renda e riqueza, ou seja, de desemprego e fome, uma espécie de escravismo em plena revolução tecnológica. Somos campeões de desigualdade mesmo entre os mais pobres: 1% dos brasileiros mais ricos controla 31% da riqueza nacional. O Brasil é o segundo país com maiores desigualdades dentre os membros do G20 (o primeiro é a África do Sul). A renda média nacional de nossa população adulta é R$ 43,7 mil, sendo que os 10% mais ricos, com renda de R$ 253,9, são donos de 58,6% da renda total do país (dados do World Inequality Lab).
quinta-feira, 27 de abril de 2023
Bob Fields Neto insiste em sabotar a economia
Charge: Jota Camelo |
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira (25), o abutre financeiro que chefia o Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a explicitar que não dará trégua ao presidente Lula, sabotando o crescimento da economia com sua política de juros pornográficos.
De forma arrogante, o neto do ministro da ditadura militar – que ficou famoso pelo seu entreguismo e, por isso, ganhou o apelido de Bob Fields – chantageou o novo governo afirmando que a taxa básica de juros, a Selic, só será reduzida quando forem implementadas medidas de austericídio fiscal, com corte de gasto e investimento.
quarta-feira, 26 de abril de 2023
terça-feira, 25 de abril de 2023
A mídia boliviana e a luta anti-imperialista
O governo do general Juan José Torres foi um marco na história boliviana e da América Latina para romper com as amarras do imperialismo. Apesar da curta duração da sua gestão presidencial - de 7 de outubro de 1970 até 21 de agosto de 1971 - derrubada pela oligarquia a serviço dos Estados Unidos, nos deixou frutíferos ensinamentos, expressos no livro “Em defesa de minha nação oprimida”.
Torres encarava a mídia como imprescindível na batalha de ideias, seja nos campos político, econômico e cultural. Daí a razão de ter investido tanto na construção de meios próprios - como o jornal “El Nacional” -, não só para dar sustentação às medidas do governo revolucionário, mas contribuir, diariamente, para a formação de uma geração cada vez mais consciente. E independente.
Torres encarava a mídia como imprescindível na batalha de ideias, seja nos campos político, econômico e cultural. Daí a razão de ter investido tanto na construção de meios próprios - como o jornal “El Nacional” -, não só para dar sustentação às medidas do governo revolucionário, mas contribuir, diariamente, para a formação de uma geração cada vez mais consciente. E independente.
A ameaça do gigante chinês
A “Newsweek” noticiou que o ex-presidente Jimmy Carter recebeu telefonema de Trump, preocupado com o crescimento geopolítico da China. Carter reagiu:
"Você tem medo que a China nos supere, e concordo com você. Sabe por que a China nos superará? Eu normalizei relações diplomáticas com Pequim em 1979, e desde aquela data sabe quantas vezes a China entrou em guerra com alguém? Nenhuma, enquanto estamos constantemente em guerra. Os EUA são a nação mais guerreira da história do mundo, quer impor aos Estados se submeterem ao nosso governo e aos valores americanos em todo o Ocidente, e controlar as empresas que dispõem de recursos energéticos em outros países. A China, no entanto, investe seus recursos em projetos de infraestrutura, ferrovias de alta velocidade, tecnologia 6G, inteligência robótica, universidades, hospitais, portos e edifícios, em vez de usá-los em despesas militares. Quantos quilômetros de ferrovias de alta velocidade temos em nosso país? Já desperdiçamos U$ 300 bilhões em despesas militares para submeter países que procuravam sair da nossa hegemonia. A China não desperdiçou nenhum centavo em guerras e, por isso, nos ultrapassa em quase todas as áreas. Se tivéssemos U$ 300 bilhões para instalar infraestruturas, robôs e saúde pública nos EUA, teríamos trens bala transoceânicos de alta velocidade. Teríamos pontes que não desabam, sistema de saúde grátis para os americanos não infectarem, por Covid-19, mais conterrâneos do que qualquer outro país do mundo. Teríamos estradas adequadas. Nosso sistema educativo seria tão bom quanto o da Coreia do Sul ou Xangai."
Confronto da verdade com o poder da narrativa
Charge: Miguel Paiva |
Conforme podemos avaliar pelas notícias veiculadas nos meios de informação nos últimos dias, uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação deverá ser instalada brevemente para apurar as responsabilidades com relação aos acontecimentos de 08 de janeiro, em Brasília, quando foi desfechado um golpe de Estado com o intuito de depor ou, ao menos, inviabilizar o governo recém-empossado de Luiz Inácio Lula da Silva.
Como todos sabemos, graças a uma rápida e firme atuação do governo nacional, em especial de parte do Ministro da Justiça Flávio Dino e de seu assessor Ricardo Capelli, o golpe foi debelado e uma grande quantidade de participantes nos atos vandálicos foi detida e colocada à disposição do Poder Judiciário.
A dimensão social da liberdade de expressão
Por Tatiana Carlotti, no site do Fórum-21:
A questão da desinformação surge nos últimos dez ou quinze anos, quando os valores Modernidade, que organizaram a esfera pública do pós-Guerra até 2010, são abandonados e, “de repente, essa esfera pública passa a ser organizada por engenheiros e programadores que buscam o engajamento como uma métrica chave” lançando-nos “em um experimento behaviorista de longo prazo em termos de direitos individuais e de compra de direitos coletivos”.
A questão da desinformação surge nos últimos dez ou quinze anos, quando os valores Modernidade, que organizaram a esfera pública do pós-Guerra até 2010, são abandonados e, “de repente, essa esfera pública passa a ser organizada por engenheiros e programadores que buscam o engajamento como uma métrica chave” lançando-nos “em um experimento behaviorista de longo prazo em termos de direitos individuais e de compra de direitos coletivos”.
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