sábado, 10 de janeiro de 2015

Conflito da água em banho-maria

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

No ambiente tenso de Brasília, onde, na semana passada, o segundo escalão buscava seu lugar após a definição do ministério, Vicente Andreu tinha direito a uma situação diferente. Diretor-presidente da ANA (Agência Nacional das Águas), ele tem mandato assegurado até 2018.

Mas a tranquilidade na rotina de Andreu, 57 anos de idade, casado, pai de Lara, se encerra nesta segunda-feira, com seu retorno à Capital Federal após o descanso de fim-de-ano. Num país que enfrenta aquela que está se transformando na pior crise hídrica de sua história, afetando o consumo das famílias não apenas no Nordeste, mas também em São Paulo - sem falar nas usinas hidroelétricas, cada vez mais atingidas pela estiagem -. ele estará no centro de um debate que, a julgar pelos boletins metereológicos, não deve terminar tão cedo. Apesar das chuvas de dezembro, que tanto a ânimo despertaram em São Paulo, os números do sistema Cantareira seguem muito baixos - em janeiro de 2015, a marca de quinta-feira, 8, já era pior que a do mesmo período em janeiro de 2014.

Os novos tempos no Maranhão

Por Theófilo Rodrigues, no blog O Cafezinho:

Em tempos em que governadores aprovam pensões vitalícias para eles próprios, usam helicópteros e jatinhos para viagens particulares periódicas, aumentam seus salários e nomeiam assessores e motoristas que os servirão pelo resto da vida, dá um pingo de esperança ver o que o novo governador do Maranhão está fazendo.

PM reprime manifestação em SP

Por Wanderley Preite Sobrinho, na revista CartaCapital:

Ao contrário das manifestações que encerraram o levante pelo passe livre em 2013, quando a Polícia Militar baixou a guarda diante da adesão popular, o protesto contra o aumento da passagem nesta sexta-feira 9 em São Paulo terminou em repressão. Um pelotão de 800 homens, incluindo 110 da Tropa do Braço (com treinamento em artes marciais), não suportou a provocação de um pequeno grupo de Black Blocs e decidiu por fim à toda manifestação faltando 200 metros para que ela terminasse na região da Avenida Paulista.

A sórdida campanha dos Marinho

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Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Como descrevemos neste post, no Reino Unido qualquer leitor, ouvinte ou telespectador pode reclamar do conteúdo de jornais, revistas, emissoras de rádio ou TV a entidades independentes, reguladoras da mídia.

Elas abrem investigações e têm o poder de exigir retratações com o mesmo destaque, no mesmo espaço, se decidirem que os meios manipularam, distorceram, omitiram ou divulgaram informações de forma desequilibrada.

É direito de resposta na veia.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Jornal aecista demite em Minas

Por Altamiro Borges

O jornal “Estado de Minas”, que se transformou em comitê eleitoral do cambaleante Aécio Neves no pleito de outubro passado, está em crise e corre o sério risco de falir. Nesta quarta-feira (7), o diário demitiu 12 profissionais – entre editores, repórteres e fotógrafos. O clima na redação é de pânico, já que o decadente império midiático está endividado e enfrenta drástica queda de tiragem e a fuga dos anunciantes. O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais divulgou nota condenando as demissões, que reproduzo abaixo:

Charlie Hebdo e a asneira de Sheherazade

Por Altamiro Borges

O oportunismo dos barões da mídia é descarado. Diante do atentado à sede da revista francesa Charlie Hebdo, que resultou em 12 mortos, seus serviçais têm aproveitado para fazer uma campanha em defesa da “liberdade de expressão”. Eles evitam analisar o contexto que gerou este ato criminoso – com o crescimento do ódio e do preconceito na França, decorrente da grave crise econômica do país. Neste esforço, porém, alguns se superam nas asneiras. A jornalista Rachel Sheherazade – que até hoje não “levou pra casa” os traficantes da classe média que acorrentaram um jovem negro a um poste nas ruas do Rio de Janeiro – é a expressão até agora mais patética e tacanha deste oportunismo.

Palmas para o genovês Guido Mantega

Por Bepe Damasco, em seu blog:

No mundo da política e da administração pública, o alvoroço causado pelas mudanças de comando e pelos novos projetos e linhas de atuação a serem adotados pelos novos titulares muitas vezes ofusca as realizações e o legado dos que estão de saída. É de se lamentar o não reconhecimento público dos inúmeros méritos da longa passagem de Guido Mantega pelo Ministério da Fazenda (oito anos e nove meses, nenhum outro ministro da Fazenda ocupou o cargo por tanto tempo) por parte do PT, partidos aliados e setores progressistas e do campo democrático popular da sociedade. Tampouco, lemos ou ouvimos manifestações de expoentes do pensamento acadêmico desenvolvimentista, corrente ao qual este brasileiro nascido em Gênova, na Itália, se filia. Mesmo na blogosfera progressista só lembro de ter lido um post elogiando a obra do ex-ministro, assinado pelo bravo Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador.

Para se entender o terrorismo na França

Ilustração: MohammadSaba'aneh
Por Leonardo Boff, em seu blog:

Uma coisa é se indignar, com toda razão, contra o ato terrorista que dizimou os melhores chargistas franceses. Trata-se de ato abominável e criminoso, impossível de ser apoiado por quem quer que seja.

Outra coisa é procurar analiticamente entender porque tais eventos terroristas acontecem. Eles não caem do céu azul. Atrás deles há um céu escuro, feito de histórias trágicas, matanças massivas, humilhações e discriminações, quando não, de verdadeiras guerras preventivas que sacrificaram vidas de milhares e milhares de pessoas.

Charlie Hebdo e o preconceito da mídia

Ilustração: MohammadSaba'aneh
Por Thiago Cassis, no site da UJS:

Não demorou muito para a grande mídia conservadora brasileira começar a tentar transformar o trágico atentado contra o jornal Charlie Hebdo, em um atentado contra a “liberdade de expressão”.

Por liberdade de expressão na nossa mídia hegemônica entenda-se: o direito de acusar sem ter provas, simular imparcialidade para defender seus próprios interesses e difundir padrões de comportamentos e preconceitos.

Joaquim Levy e a cartilha neoliberal

Por Bruno De Conti, no site Brasil Debate:

Nesta segunda-feira, 5 de janeiro, tomou posse o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Sua entrevista concedida ao jornal Valor Econômico na semana passada talvez tenha passado despercebida por muita gente, em função das datas festivas, mas vale a pena retomá-la, pois o ministro apresenta, em linhas gerais, as diretrizes para a economia brasileira nos próximos quatro anos.

Revista "Veja" no rumo da falência

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

O ano de 2015 começou com uma boa notícia para a liberdade de expressão e a democratização dos meios de comunicação. Ela relata as dificuldades financeiras que levaram a Editora Abril, dona da revista Veja, a abrir mão de metade do prédio onde a revista está sediada, na marginal Pinheiros, em São Paulo. A notícia sobre as dificuldades enfrentadas pelo monopólio midiático merece ser saudada.

Elas não são recentes. No início dos anos 90 a Editora Abril chegou a tomar “emprestado” parte dos salários de seus empregados (que devolveu depois) para enfrentar problemas de caixa.

Eduardo Cunha e a justiça poética

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Há uma espécie de justiça poética no vendaval que arrastou o deputado Eduardo Cunha para o pântano da Lava Jato.

Pouco antes de ganhar o noticiário, ele se apressara em avisar, pelo Twitter, que era terminantemente contra qualquer espécie de regulação de mídia.

Provavelmente ele imaginara estar ganhando blindagem – e louvação — das grandes empresas de jornalismo ao adotar uma postura tão servil a elas e tão contrária à sociedade.

Tudo é culpa do governo. Qual governo?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Com a água, ou melhor, a falta d´água batendo no seu pescoço, e como não temos eleições neste ano, finalmente o eterno governador paulista Geraldo Alckmin resolveu agir: a partir desta quinta-feira (8), quem gastar mais do que a média do consumo nos últimos 12 meses vai ter que pagar multa pesada, que pode chegar a 100% sobre o valor da conta.

Nem governismo cego e nem esquerdicídio

Por Renato Rovai, em seu blog:

Desde a eleição de Lula para presidente da República, em 2002, se acentuou uma disputa no campo progressista entre um setor que defende todas as ações do governo em nome da governabilidade e de um outro que apoiou Lula na sua primeira candidatura, mas que foi ampliando sua crítica às políticas adotadas pelo governo petista desde a reforma da Previdência, em 2003.

"Charlie": Uma charge, muitas perguntas

Osval/Rebelión
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Como não podia deixar de ser, os jornais de quinta-feira (8/1) abrem grandes manchetes para noticiar o atentado contra o semanário francês Charlie Hebdo. As edições dos diários brasileiros não podiam ser mais homogêneas e previsíveis, como se os editores tivessem planejado cada uma delas em uma mesma reunião de pauta. Mas, embora sobrem muitas questões a serem abordadas, o essencial está dito: a democracia precisa inventar uma maneira de se defender sem abrir mão daquilo que a caracteriza e justifica.

O Globo demite. Cadê os "calunistas"?

Por Altamiro Borges

Em mais uma prova de que a mídia impressa está agonizando, o jornal O Globo efetuou nesta quinta-feira (8) um drástico corte em sua redação. Ainda não há dados oficiais e o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro sequer foi comunicado previamente sobre o facão. Fala-se de 18 a 30 funcionários sumariamente dispensados, entre repórteres, editores e colunistas. Segundo o Portal Imprensa, "entre os demitidos estão Fernanda Escóssia, ex-editora de 'País'; os colunistas Jorge Luiz ('Esporte'), Artur Xexéo ('Cultura') e Agostinho Vieira ('Meio Ambiente'); e a ex-editora de 'Rio', Angelina Nunes". A lista macabra também incluiria as repórteres Carla Alencastro, Isabela Bastos, Laura Antunes e Paula Autran, além dos diagramadores Claudio Rocha e Télio Navega. 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A saúde, a saúva e a virtude

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Nenhuma outra corporação profissional se destacou tanto na guerra aberta à reeleição da Presidente Dilma quando a do jaleco branco.

O pleito foi o ápice de uma espiral de colisões iniciada em 2013, quando as entidades médicas alinharam-se ao conservadorismo mais feroz na oposição ao programa ‘Mais Médicos’.

Classificada como uma fraude, a iniciativa federal de levar cerca de 5,5 mil profissionais cubanos a rincões não cogitados por médicos brasileiros mereceu do Cremesp, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, a seguinte nota, em maio de 2014: ‘Tomaremos iniciativas políticas e eventuais medidas judiciais para impedir essa afronta à saúde da população e à dignidade da medicina brasileira’.

Dr. Anastasia, melhore seus álibis

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O problema das feitiçarias é que elas acabam atingindo os aprendizes de feiticeiro.

É claro que Paulo Roberto Costa montou uma estrutura de apoios políticos para manter sua roubalheira na Petrobras.

Era um, como se diz no jargão da política eleitoral, “viabilizador” de recursos.

Atentado na França... e ódios no Brasil

Regulação da mídia, será que agora vai?

Por Renata Mielli, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé;

O objetivo da edição 2397 da revista Veja era garantir a derrota da candidata Dilma Rousseff. A divulgação antecipada de sua capa foi tratada como a bala de prata da elite brasileira contra a esquerda e os “petralhas”.

Riram antes, choraram depois. Ficaram atônicos e sem compreender como foi possível a reeleição mesmo com a guerra sem tréguas travada pelos principais veículos de comunicação contra o governo, contra o Partido dos Trabalhadores, e contra a própria Dilma.

E o mundo vai piorar, tenham certeza!

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Há muito para se lamentar no assassinato coletivo da redação do Charlie Hebdo.

Na realidade, tudo é lamentável: as mortes covardes; o silêncio imposto a raros talentos que não perderam a coragem de suas ideias.

Mas o atentado de ontem provavelmente irá gerar um efeito muito pior, mais destrutivo, mais vergonhoso, do que ele próprio.

O terrorismo e o suicídio europeu

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

O ato terrorista contra os jornalistas do Charlie Hebdo francês, em Paris, que também provocou a morte de um funcionário da revista, de dois policiais no ato e possivelmente de mais um em tiroteio posterior – num total de 12 mortos –, são apenas pontas de uma mesma ameaça.

A Europa inteira está assentada sobre uma bomba-relógio. Não é uma bomba comum, porque casos como o do Charlie Hebdo mostram que ela já está explodindo. Nas pontas da bomba estão duas forças antagônicas, com práticas diferentes, porém com um traço em comum: a intolerância herdeira dos métodos fascistas de antigamente – e de sempre.

Globo passou a perna no editor

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em 1962 a Globo associou-se ao grupo Time-Life, em um momento em que as redes norte-americanas tentavam se internacionalizar. Recebeu cerca de US$ 6 milhões, a dólares da época, e um know-how imbatível de operação.

Foi beneficiada por uma CPI conduzida por João Calmon, dos Diários Associados, que levou os gringos a venderem sua parte. O próprio Roberto Marinho adquiriu com financiamento do Banco Nacional autorizado por José Luiz de Magalhães Lins.

Tim Maia e as falsificações da Globo

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Vi muita gente escandalizada com o fato de a Globo ter cortado, na minissérie que pretendia ser um resumo do filme sobre Tim Maia, os trechos em que Roberto Carlos desprezava o ex-colega de banda. O filme - e, portanto, a minissérie - foram baseados no livro Vale Tudo, de Nelson Motta.

Talvez por não envolver um ídolo tão popular, outros casos muitos parecidos e recentes de tentativas da emissora de reescrever a História não mereceram a mesma atenção.

Intelectuais apoiam mudanças na Grécia

Do site Vermelho:

Mais de 300 intelectuais e acadêmicos de renome internacional pediram, nesta quarta-feira (8), em um comunicado o fim das medidas de austeridade e o direito do povo grego a decidir livremente as eleições do próximo dia 25 de janeiro.

O texto publicado na Internet em cinco idiomas, sob o título de "El Cambio en Grécia", a mudança na Europa, a mudança para todos", foi subscrito por personalidades como Noam Chomsky, David Harvey, Marta Harnecker, Immanuel Wallerstein, entre outros.

Lava Jato pode atingir a oposição

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A se confirmar reportagem da Folha de São Paulo que afirma que o deputado pelo PMDB fluminense Eduardo Cunha, supostamente “favorito” para presidir a Câmara dos Deputados no início da próxima Legislatura, está entre os citados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, poder-se-á concluir que, antes arma política anti-PT, essa Operação pode melhorar o Brasil.

Tim Maia e o vale tudo no plim-plim

Por Paulo Pacheco, na revista CartaCapital:

Vilão no filme Tim Maia (2014), Roberto Carlos virou herói na minissérie exibida pela Globo a partir do próprio longa-metragem, que foi reeditado e transformado numa mistura de ficção com documentário. No filme, Roberto Carlos, no auge da juventude e já famoso, esnoba Tim Maia, então em início de carreira. Na minissérie, Roberto Carlos é apresentado como o artista que lançou Tim Maia.

O governo Dilma está numa encruzilhada

Editorial do jornal Brasil de Fato:

O governo Dilma está numa encruzilhada. E o caminho que escolher vai definir não apenas os quatro anos de seu mandato, mas também antecipará os resultados de 2018.

A classe dominante brasileira e a direita saíram das eleições com mais força política e social. Não só pela vitória apertada da candidatura Dilma no segundo turno, mas por outras situações criadas.

Morte em Paris e dilemas da Europa


Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Uma das hipóteses mais lúgubres do sociólogo Immanuel Wallerstein concretizou-se, em parte, esta manhã em Paris. Dois homens encapuzados e vestidos de negro, aparentando (ou simulando) ser fundamentalistas islâmicos, invadiram a sede de um jornal satírico francês, o Charlie Hebdo, e executaram, a rajadas de metralhadoras, ao menos doze pessoas. Entre os mortos estão o editor da publicação e outros três chargistas de enorme talento e renome internacional. Charlie Hebdo é irreverente, inclinado à esquerda e crítico às instituições religiosas. Esta postura levou-o, algumas vezes, a provocar o islamismo, religião de milhões de imigrantes oprimidos e discriminados na Europa.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Atentado fortalece o fascismo europeu

Por Altamiro Borges

O atentado terrorista à sede da revista Charlie Hebdo, na manhã desta quarta-feira (7), em Paris, gera ainda maiores temores sobre o futuro do velho continente. A onda fascista que contagiou a Europa nos últimos anos, em decorrência da grave crise econômica, tende a ganhar maior impulso – com o fortalecimento de organizações racistas e xenófobas, o crescimento de grupos paramilitares e as vitórias eleitorais dos partidos da direita. Ainda sem a confirmação da autoria dos responsáveis pelo crime, a acusação já recai sobre os grupos fundamentalistas islâmicos. A perseguição à comunidade mulçumana, numa região já contaminada pelo ódio e o preconceito, deve crescer. O fascismo ronda a Europa.

A agonia da Editora Abril

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A retirada do busto de Victor Civita do saguão da sede da editora Abril neste começo de janeiro é um capítulo dramático do declínio acelerado daquela que foi uma das maiores empresas de jornalismo.

A Abril está morrendo.

Victor Civita foi abatido porque a Abril já não tinha mais como bancar o aluguel do megalomaníaco prédio da Marginal de Pinheiros.

A concentração da mídia e a democracia

Por Josué Franco Lopes, no site do FNDC:

A predominância do sistema privado comercial na comunicação eletrônica brasileira, fortalecido pelo sistema de concessão sem regulação e concentrado na mão de uma meia dúzia de famílias, privatiza o direito de liberdade de expressão, tornando homogênico o processo de formação da opinião subordinado a um projeto liberal conservador.

Um ataque à imprensa e aos muçulmanos

Foto: Joel Saget/AFP
Por Gilberto Maringoni, no Blog da Boitempo:

O terrível, injustificável e indefensável atentado contra a redação do Charlie Hebdo não pode ser visto apenas como a ação de muçulmanos alucinados que, contrariados com alguns cartuns, resolveram mostrar suas insatisfações através de rajadas de AKs-47.

A teia de processos e acontecimentos que desembocou no sangrento episódio possui profundas raízes na cena política francesa.

O dia em que a vaca tossiu

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Ao trabalho, amigos e amigas.

Estou levando à sério minha ideia de iniciar um processo de afastamento definitivo da nossa mídia como fonte de informação.

Vamos discutir assuntos a partir de fontes primárias.

Eliminando os “atravessadores”, reduziremos de maneira extraordinária o custo da nossa informação.

Qual é, afinal, a agenda da oposição?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Por absoluta falta de assunto, a imprensa e as oposições em geral poderiam dar férias coletivas aos seus colaboradores. Cada vez que termino de ler o tedioso noticiário do dia, lembro-me da célebre frase do filósofo Ronald Golias, um gênio que faz muita falta nos dias atuais: "A humanidade não está se comportando bem..."

Dilma e o jornalismo Cafuringa

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Desde que foram anunciados os nomes dos novos ministros da área econômica, os principais jornais do país se esforçam para decifrar o que pode mudar no segundo mandato de Dilma Rousseff. Mas, se o leitor atento e crítico revisitar as primeiras páginas publicadas desde a última semana de dezembro, vai encontrar uma grande fartura de contradições, como resultado de apostas e conjecturas fabricadas nas redações.

O fim da televisão como a conhecemos

Por Ignacio Ramonet, no site Carta Maior:

A televisão continua mudando rapidamente. Essencialmente, pelas novas práticas de acesso aos conteúdos audiovisuais que observamos sobretudo entre as gerações jovens. Todos os estudos realizados sobre as novas práticas de uso da televisão nos EUA e na Europa indicam uma mudança acelerada. Os jovens telespectadores passam do consumo “linear” da TV para um consumo de programas gravados e “à la carte” em uma “segunda tela” (computador, tablet, smartphone). De receptores passivos, os cidadãos estão passando a ser, mediante o uso massivo das redes sociais, “produtores-difusores”, ou produtores-consumidores (prosumers).

A vocação de mosca de O Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O mundo vive a maior tensão econômica desde 2008, com a queda de braço entre os produtores de petróleo convencional e o “fracking” do xisto que ameaça romper o equilíbrio energético do planeta.

O que está acontecendo com esta indústria, que só não quebrou porque seus contratos de hedge aliviam sua situação por algum tempo, tem as proporções de hecatombe, não só na economia mas no meio ambiente, porque torna inviável financeiramente a produção de energia limpa, que é cara.

Lava-Jato banhou Eduardo Cunha?

Por Altamiro Borges

A Folha publicou nesta quarta-feira (7) uma matéria que deve acirrar ainda mais a inflamável disputa pela presidência da Câmara Federal. Segundo o jornalão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de investigação contra o deputado Eduardo Cunha por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Em seu twitter, o líder do PMDB – que na semana passada bombardeou a proposta de regulação da mídia apresentada pelo novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini – desmentiu a acusação e atacou o jornal. "Fazer manchete baseado numa citação de que ouvi dizer, sem prova, é um verdadeiro absurdo".

A greve contra a chantagem da Volks

Assembleia na Volks. Foto: Paulo de Souza / SMABC
Por Altamiro Borges

Em assembleia realizada nesta terça-feira (6), os metalúrgicos da Volkswagen de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado contra as 800 demissões impostas pela empresa – que usou o período das férias coletivas do final do ano para comunicar o covarde facão. Após auferir lucros recordes com a expansão do mercado automobilístico no Brasil – inclusive com a inestimável ajuda do Palácio do Planalto, que isentou de impostos as montadoras de veículos – a multinacional alemã investe contra os trabalhadores com o nítido propósito de chantagear o governo para obter novas vantagens econômicas.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Dilma e a República dos Economistas

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

O Brasil já teve sua “República dos Bacharéis”. Durante a primeira fase republicana (1889-1930), o ambiente político era dominado pelo vocabulário jurídico e recheado de frases pomposas em latim – forjadas nas “Academias” de Direito (especialmente, a Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo).

Era um saber disponível para poucos. Era a marca distintiva do poder.

2015: ano de diálogo e combate

Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:

O significado da vitória de Dilma em 2014 é muito mais problemático do que a vitória de Lula, em 2002. Por um lado, a correlação política de forças é mais desfavorável do que a dos períodos anteriores. A direita burguesa conseguiu fazer com que alguns milhões de beneficiados pelas políticas governamentais de transferência de renda acreditassem em sua campanha anti-petista. E seus candidatos até hoje não desceram do palanque, com seus setores mais reacionários tentando mobilizar os brasileiros a apoiar um terceiro turno sem urnas, e transformar a Operação Lava Jato em processo exclusivo contra o PT e o governo Dilma. Em vários setores da população, enraíza-se a suposição de que, com a democracia, aumentaram a violência urbana e os casos de corrupção, supostamente inexistentes durante a ditadura militar.

A mídia na "ditadura" britânica

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Um homem reclamou que o diário Edinburgh Evening News, da capital da Escócia, publicou numa chamada de primeira página a foto da casa dele, remetendo erroneamente a uma reportagem nas páginas internas que tratava de abuso sexual. Por isso, queixou-se à recém-criada Organização Independente de Padrões da Imprensa (IPSO, na sigla em inglês).

Patrus traz Kátia Abreu à realidade

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Coube ao Ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, hoje, chamar à realidade a colega da Agricultura, Kátia Abreu, pela tolice de ontem, ao dizer que “não existe mais latifúndio” no Brasil.

A nossa ruralista precisa entender que ela não é mais líder de um segmento da sociedade, mas uma agente pública de toda a sociedade para a produção rural.

O plano de Dilma para regular a mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Durante a cerimônia de posse de Dilma no Palácio do Planalto este blogueiro teve chance de conversar com personalidades da política que confirmaram que, ao menos no discurso, a presidente pode ter se convencido de que regular a mídia pode até não vir a ajudá-la em seu mandato, mas pode dar ao país, no futuro, uma comunicação mais plural e democrática.

O Brasil tem latifúndios: 70 mil deles

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Por Marcelo Pellegrini, na revista CartaCapital:

As grandes propriedades rurais improdutivas, consideradas por definição como latifúndio, não apenas existem no Brasil, ao contrário do que afirmou na segunda-feira, 5, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, como cresceram. Apenas no governo Lula (2003-2010), os latifúndios ganharam 100 milhões de hectares. Com isso, em 2010, as terras improdutivas representavam 40% das grandes propriedades rurais brasileiras, segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ao todo, 228 milhões de hectares estão abandonados ou produzem abaixo da capacidade, o que os torna sem função social e, portanto, aptos para a reforma agrária de acordo com a Constituição.

A falta de escrúpulos do cartel da mídia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Convicções políticas, ideológicas e filosóficas variadas, diferentes visões de mundo, defesa de interesses corporativos e de classe.Tudo isso faz parte da essência do regime democrático e se constitui num bem civilizatório. Desse choque de ideias surge o caminho republicano a ser seguido. A honestidade intelectual, a tolerância e a conduta ética são requisitos fundamentais para o enriquecimento desse debate. Mas os barões do monopólio da mídia e seus porta-vozes no parlamento ignoram esses preceitos e apelam para a mentira e a calhordice para manter seus privilégios.

O latifúndio e as mortes no campo

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Por Cristiane Passos, no jornal Brasil de Fato:

2014 inverteu a lógica de violên­cia que vinha se mantendo nos últimos anos. Foram seis membros de comuni­dades tradicionais assassinados, con­forme dados preliminares da CPT. A lu­ta organizada desses povos e a atenção midiática que se voltou para suas pautas em todo o mundo pode ter freado a in­vestida do capital contra suas vidas. Em compensação, tal investida voltou-se para os assentados, pequenos proprie­tários, trabalhadores sem-terra, possei­ros e sindicalistas, que perderam 28 mi­litantes nesse ano.

“Máfia das próteses” e os votos de Aécio

Por Altamiro Borges

O programa Fantástico, da TV Globo, apresentou no último domingo (4) uma longa reportagem sobre a “máfia das próteses”. Ele revela que alguns médicos prescrevem cirurgias desnecessárias, colocando em risco a vida de pacientes, para ganhar comissões das empresas que comercializam os produtos para os implantes. Eles também fraudam documentos para obter liminares judiciais que obrigam o SUS e os planos privados de saúde a pagar por procedimentos superfaturados. A negociata renderia até R$ 100 mil por mês aos médicos corruptos. Segundo o Fantástico, a “máfia das próteses” movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano.

"Veja", o nazismo na PM e os leitores

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Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Veja publicou uma reportagem na sua última edição com uma denúncia envolvendo um tenente-coronel da PM do Rio chamado Fábio Almeida de Souza, que supostamente teria simpatia pelo nazismo dentro da Tropa de Choque. Ele participou das manifestações de 2013 e pode ter incitado confrontos físicos com black blocs. A publicação reuniu conversas no Whatsapp que estão em um inquérito de 230 páginas da Corregedoria-Geral da Polícia Militar.