quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Argentina: no caminho do inferno

Por Guadi Calvo, no site Vermelho:

Por fim a dúvida que pairava sobre os argentinos se esclareceu: o próximo presidente do país será o ultraliberal Mauricio Macri. À luz dos resultados do último domingo (25), deixa-se claro uma coisa: nada, mas nada pode ser dado por certo.

A mínima diferença entre as duas forças – um com 51,40% e o outro com 48,60% – deixa bem claro que o famoso boato que anunciava que o kirchnerismo estava acabando não está certo, ele segue muito vivo e é muito difícil que comece a ruir, principalmente se o novo presidente insistir com suas políticas de arrasar com tudo que foi construído nos 12 anos.

#MinhaAmigaSecreta e os atos machistas

Ilustração extraída do site: Geledés
Por Lia Bianchini, no blog O Cafezinho:

Desde terça-feira (24), as redes sociais têm sido inundadas de textos e mensagens da campanha #MeuAmigoSecreto, uma onda criada por mulheres para denunciar atos machistas cotidianos que são cobertos com o véu da normalidade.

A campanha surgiu na véspera do Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher e vem dando voz, principalmente, a um aspecto quase esquecido da realidade feminina: a violência psicológica. Grande parte dos depoimentos denunciam relacionamentos abusivos, gaslighting, silenciamento em espaços políticos, racismo e lesbofobia.

Para a mídia, Aécio Neves não tem amigos

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O senador Aécio Neves é um homem sem amigos, para a imprensa.

Ele não é amigo de Perrela, o homem em cujo helicóptero foi encontrada meia tonelada de pasta de cocaína.

Ele também não é amigo de Andre Esteves, o banqueiro preso hoje na Lava Jato.

Em contraste, Lula, segundo a mídia, é um homem cheio de amigos. Você é informado ubiquamente em jornais e revistas, por exemplo, que ele é amigo de um pecuarista preso na Lava Jato como o banqueiro Esteves.

Delcídio: morte súbita e velório no Senado

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Em 33 anos de cobertura e acompanhamento das atividades do Congresso eu pensava já ter visto acontecer tudo o que é possível na política. Na manhã desta quarta-feira, entretanto, o espanto me pegou no trânsito pelas ondas do rádio. A notícia de que o senador Delcídio Amaral fora preso pouco antes pela Operação Lava Jato foi como o aviso da morte súbita de alguém conhecido. Esta morte política repentina, singular e inesperada seria muito lamentada à noite na sessão do Senado que lembrava um velório.

'Vale' comete crime e quem protesta é preso

Do site do MST:

O MST vem a público denunciar e repudiar veementemente a prisão de quatro jovens do movimento após uma intervenção na Câmara dos Deputados Federais em solidariedade às vítimas de Mariana e contra o novo Código da Mineração, nesta quarta-feira (25), em Brasília, ao denunciarem o crime ambiental causado pela mineradora Samarco e a Vale.

Delcídio Amaral, o mais tucano dos petistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Delcídio do Amaral Gómez, que acaba de ser preso pela Operação Lava Jato sob razões incontestáveis, trabalhou para a Shell quando morou na Europa – nos últimos meses, vinha defendendo projeto de José Serra que, na prática, entrega o pré-sal.

Em março de 1994 (governo FHC), ocupou a secretaria executiva do Ministério das Minas e Energia. No final do governo Itamar Franco, foi ministro de Minas e Energia.

Delcídio foi filiado ao PSDB de 1998 a 2001. Fez parte da diretoria de Gás e Energia da Petrobrás durante o Escândalo do apagão, a crise de energia de 2000/2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

O lado invisível do terrorismo

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

I. Os recentes e trágicos atentados terroristas cometidos na França voltaram a colocar em debate, no chamado Ocidente e no Brasil, a questão do terrorismo.

II. Entretanto, é fácil constatar que tal debate está muito centrado no terrorismo que afeta eventualmente países ocidentais. Também é visível que se desenvolveu um senso comum em torno do tema, o qual impede ou distorce análises mais abrangentes, equilibradas e realistas sobre o fenômeno.

A aula de cidadania nas escolas ocupadas

Por Isabela Cristina Coev Hornos, no site Carta Maior:

Há alguns dias, várias escolas públicas estaduais de São Paulo estão sendo ocupadas por estudantes que são contra a política de “Reorganização Escolar” realizada pelo governador Geraldo Alckmin.

A chamada “reorganização”, sob o pretexto de organizar alunos e alunas em ciclos de estudos e faixas etárias, está fechando mais de 94 escolas da rede estadual, além de transferir vários estudantes de suas escolas atuais. Na realidade, não passa de uma estratégia descarada de corte de gastos públicos onde mais deveria existir investimento: educação. Tanto é assim, que a maior parte das escolas fechadas na região metropolitana de São Paulo seguem o modelo defendido pelo governo e estão sendo fechadas da mesma forma.

O avião russo e o mundo próximo à guerra

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O fantasma de uma guerra global voltou a se manifestar esta manhã, quando dois aviões de caça turcos dispararam contra um bombardeiro russo, que atacava instalações militares do Califado Islâmico na Síria. O avião, que voava próximo à fronteira sírio-turca (há controvérsias sobre a localização exata) foi derrubado e destruído. Os dois pilotos ejetaram-se da cabine, mas foram capturados e mortos por terroristas. A Turquia integra a OTAN, aliança militar dirigida pelos EUA. É a primeira vez, desde os anos 1950, que ocorre uma escaramuça de tal natureza entre duas potências nucleares. Ainda não se sabe como reagirá Moscou (Vladimir Putin considerou-se “apunhalado pelas costas”), mas num mundo à beira de um ataque de nervos as consequências podem ser dramáticas. Por que a Turquia agiu deste modo? Quais podem ser os desdobramentos?

O roteiro do suicídio político do PT

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Como escrevemos anteriormente, aqui e no Facebook, o mar de lama da Samarco teve também uma dimensão simbólica.

Explicitou que a captura das instituições públicas brasileiras pelo poder econômico é absoluta.

A Samarco disse que a lama não era tóxica, que estava “monitorando” a enxurrada, etc. etc.

A empresa e uma de suas controladoras, a Vale, assumiram papeis que cabiam ao Estado, dentre os quais distribuir água.

André Esteves doou R$ 500 mil a Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sobre as simpatias do banqueiro preso, André Esteves, na coluna de meu bom companheiro Fernando Molica, em O Dia, no dia 12 de outubro passado, que só a memória implacável dos 79 anos do professor Nílson Lage recordaria:

Dono do BSI, banco suíço em que Eduardo Cunha também teria conta, o banco brasileiro BTG Pactual doou, em 2014, R$ 500 mil para a campanha do hoje presidente da Câmara dos Deputados. A existência da conta foi revelada pelo Ministério Público suíço. Segundo relatório de Cunha apresentado ao TSE, a doação ocorreu no dia 11 de agosto. O dinheiro foi entregue pelo BTG ao PMDB, que o repassou para a campanha do deputado. Em 14 de julho, 28 dias antes, o banco brasileiro anunciara a assinatura de acordo para a compra do BSI.

Prisão do senador Delcídio é um erro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao decidir por 59 votos a 13 que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) deve permanecer em prisão preventiva, conforme resolução aprovada por unanimidade pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, o Senado brasileiro preferiu jogar para a plateia da justiça do espetáculo em vez de defender páginas mais honradas de sua história. Só para você ter uma ideia. Ao escrever a petição ao STF onde pedia a prisão do senador, o Procurador Geral da República admite que o pedido poderia ser recusado e até ser considerado uma medida descabida "em razão da vedação constitucional." Está lá, na página 44 da petição.

SC realiza encontro de ativistas digitais

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Está programado para a próxima sexta-feira (27), no Auditório Elke Hering, da Biblioteca Universitária da UFSC - Campus da Trindade, em Florianópolis, o 1º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais de Santa Catarina. A proposta é discutir o processo de democratização da mídia no contexto das novas tecnologias e o aparecimento de novos atores no campo da comunicação.

"Somos a geração da esperança"

Foto: Jornalistas Livres
Enviado por Ana Flávia Marx

Caros e Caras,

Esse texto é fruto de uma oficina de comunicação que o Barão de Itararé realizou em uma escola. Me comprometi com os estudantes que divulgaria para o máximo de pessoas, blogs e sites. Peço que me ajudem nesta tarefa, por favor.

*****

Somos a geração da esperança

Decidimos escrever esse texto para esclarecer alguns pontos sobre as ocupações das escolas públicas que não são mostrados pela mídia.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

"Trensalão tucano" está parado há um ano

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Já virou motivo de galhofa nas redes sociais. Basta se filiar ao PSDB para nunca ser investigado por denúncias de corrupção e, muito menos, ser preso! Nesta semana, o escândalo do "trensalão tucano" - que a mídia chapa-branca batizou carinhosamente de "cartel dos trens" - completa um ano sem que qualquer investigação tenha avançado. O principal inquérito criminal sobre o caso está parado - ou encalhado - no Ministério Público Federal. Até hoje, nenhum tucano de alta plumagem foi acionado. Alguns deles, que ocuparam importantes postos nos governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, seguem fazendo discursos hipócritas contra a corrupção e posando de vestais da ética. 

O Brasil não precisa da lei antiterror

Por Altamiro Borges

Já aprovada e piorada no Senado, a chamada lei antiterrorismo deve ser votada na Câmara Federal na próxima semana. Ela representa uma grave ameaça aos movimentos sociais, podendo servir como instrumento legal para criminalizar as lutas dos trabalhadores. O projeto foi concedido pelo governo Dilma, a partir dos ministérios da Justiça e da Fazenda, sob o argumento de que era uma exigência de agências internacionais. Num típico terrorismo, os ministros argumentaram que sua rejeição poderia resultar em sanções contra a economia nacional. Após a primeira votação na Câmara Federal, ele foi remetido ao Senado e passou por mudanças que pioraram ainda mais seu conteúdo repressivo. Agora, ele ruma para o seu desfecho e pousara no colo da presidenta Dilma para a sua sanção.

Ação contra Demóstenes, amigo dos Civita

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Na semana passada, por quatro votos a um, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido feito pelo ex-senador Demóstenes Torres para trancar a ação penal que responde na Justiça de Goiás por suas íntimas ligações com o mafioso Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Pela sentença da sexta turma do STJ, o ex-chefão do DEM - que chegou a ser cogitado como candidato à presidente da República pela sigla - continuará respondendo por corrupção e advocacia administrativa em favor do contraventor, podendo ser condenando ao final do processo pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

PF prende André Esteves, o amigo de Aécio

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, a mídia tucana fez alarde com a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai. De forma articulada, jornalões, sites das revistonas e emissoras de rádio e tevê fizeram questão de destacar que o detido na Operação Lava-Jato é "amigo do Lula". William Bonner, no Jornal Nacional, bateu nesta tecla várias vezes. A insistência rendeu mais uma ácida piada de José Simão: "Ainda bem que eu não conheço o Lula. Senão já estava preso". Já na manhã desta quarta-feira (25), a Polícia Federal deteve o senador Delcídio Amaral (PT-MS), "o mais tucano dos petistas", e o banqueiro André Esteves. Até agora nenhum veículo de comunicação destacou que o agiota preso "é amigo de Aécio Neves".  

A outra história da Lava-Jato

Por Willian Novaes

Numa narrativa que concilia espírito crítico e elegância, Paulo Moreira Leite desnuda as contradições da Operação Lava-Jato. A Outra História da Lava-Jato: uma investigação necessária que se transformou numa operação contra a democracia (R$ 39,90, impresso e R$ 19,90, e-book) é um livro que explicita tanto as fragilidades jurídicas quanto a estratégia de, via campanha midiática, a obtenção de apoio popular.

A obra é o 13º volume da coleção História Agora, a mais polêmica do mercado literário brasileiro, conta com 416 páginas, sendo uma abertura de 60 páginas e mais 45 artigos analisando os principais fatos da operação, conduzida pelo juiz federal Sergio Moro, no período de maio de 2014 a setembro de 2015. O prefácio é assinado pelo professor e cientista social Wanderley Guilherme dos Santos, além de textos na contracapa do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello e do advogado Marcelo Lavanère, e orelha assinada pelo jurista Luiz Moreira.

As escolas e o plano privatista de Alckmin

Foto: Jornalistas Livres
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Com o argumento de melhorar a qualidade da educação, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) vai fechar mais de 90 escolas, reorganizar em ciclos metade da rede e implementar escolas de tempo integral na outra metade. Tais objetivos, que constam do Plano Estadual de Educação, nada têm de pedagógico, segundo o professor Luiz Carlos de Freitas, diretor da Faculdade de Educação da Unicamp.

De acordo com ele, a estratégia 6.7, que trata do Ensino em Tempo Integral, indica as intenções privatistas do governo: estimular, em regime de colaboração, a apropriação dos espaços e equipamentos públicos e privados, articulando ações entre esses e as escolas, de forma a viabilizar a extensão do tempo de permanência do aluno em atividades correlacionadas ao currículo – daí a necessidade de escolas de ciclo único.

Quem é Delcídio Amaral, o senador preso

Da revista CartaCapital:

O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso na manhã desta quarta-feira 25 pela Polícia Federal, é uma figura política controversa e conhecida por seu bom trânsito em diversos partidos. Exemplo disso é o fato de ser conhecido nos bastidores do Senado, como contou recentemente o jornal O Globo, como "o mais tucano dos petistas".

Engenheiro elétrico, Delcídio tem uma carreira ligada ao setor de energia. Foi engenheiro-chefe da construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará; trabalhou como diretor da Shell na Holanda; e comandou a Eletrosul, braço da Eletrobrás. No governo de Itamar Franco (1992-1994), foi secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, ministro da pasta e presidente do Conselho de Administração da Vale do Rio Doce.

As bandeirinhas francesas no Facebook

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

Há poucos dias, 18 de novembro para ser mais preciso, o presidente da República Árabe da Síria, Bashar al-Assad, concedeu uma entrevista à TV estatal italiana RAI, acrônimo de “Radio Audizioni Itália”. Entrevistar longamente, como fez a RAI, um dos personagens centrais de uma grave crise humanitária que afeta dramaticamente milhões de pessoas no Oriente Médio e na Europa, sem qualquer censura às perguntas, algumas, aliás, beirando a provocação, é sem dúvida, um relevante fato jornalístico.

Lava Jato e Mãos Limpas: comparações

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Muitos tem comparado a operação Lava Jato à operação Mãos Limpas, a Mani Polite, da Itália, que levou, como aqui, à prisão de inúmeros políticos e empresários proeminentes.

As primeiras comparações vieram do próprio juiz responsável pela Lava Jato, Sergio Moro, que já escreveu mais de um artigo laudatório da Operação Mãos Limpas.

Justamente por guardarem semelhanças, alguns também procuram salientar suas diferenças, e estas nem sempre são simpáticas à Lava Jato.

A revolta no jornal argentino. E no Brasil?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro Mundo:

Viralizou nas redes sociais uma foto em que jornalistas do diário argentino La Nación manifestam sua rejeição a um editorial.

Nele, os donos do jornal sustentam que é hora de perdoar, ou coisa parecida, os militares que cometeram atrocidades durante a ditadura.

Prisões agitam a cena política

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Quando tudo parecia indicar uma trégua para o país respirar um pouco no final deste assustador ano de 2015, deixando todas as pendências políticas e econômicas para 2016, eis que irrompeu em cena o temido "fato novo": as prisões desencadeadas na terça-feira, que ainda estão em curso, e ninguém sabe onde vão parar.

Do amigo do ex-presidente Lula, José Carlos Bumlai, ao líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), chegando até o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, o rapa da Polícia Federal veio com tudo esta semana, e não está livrando a cara de ninguém.

Discurso de ódio e a regulação da mídia

Do site do FNDC:


O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) promove, nesta sexta-feira (27/11), às 19hs, o debate “Discurso de ódio, regulação e democracia na mídia: como enfrentar o conservadorismo e as violações de direitos humanos nos meios de comunicação”. A atividade abrirá a reunião ampliada do Conselho Deliberativo da entidade, que se reúne no sábado (28/11), e será realizada na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.

O momento é de guinada na política!

Por Luciana Santos, no blog de Renato Rabelo:

O cenário mundial das últimas semanas é marcado por acontecimentos de grande repercussão para a dinâmica internacional, e com impactos para povos e nações ao redor do mundo.

Os atentados terroristas ocorridos nos últimos dias em três capitais de distintas regiões do mundo – Beirute, Paris e Bamako –, bem como o atentado ao avião da companhia russa, no Sinai, nos quais morreram centenas de pessoas inocentes, são um verdadeiro crime de lesa humanidade e a expressão do pior tipo de banditismo político. Expressamos nossa solidariedade às vítimas e a seus familiares.

'Efeito Orloff' ou ressaca conservadora?

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O ‘efeito Orloff’ borbulha no imaginário do conservadorismo brasileiro após a vitória da direita na Argentina.

O raciocínio linear afirma que como as condições, sobretudo as condições políticas, são semelhantes, o desfecho eleitoral no Brasil, em 2018, será equivalente ao de domingo na Argentina.

Goza-se, algo precocemente, o ‘Macri’ tropical que venceria então o ‘Scioli’ brasileiro.

Argentinos se reorganizam contra retrocesso

Por Vanessa Martina Silva, de Buenos Aires, no site Opera Mundi:

Após a vitória da oposição que encerrou os 12 anos de governos kirchneristas, os movimentos sociais e correntes políticas que apoiaram a Frente para a Vitória, do candidato derrotado Daniel Scioli, começam a planejar a reorganização e as estratégias futuras para “impedir um retrocesso” nas políticas sociais e de direitos humanos no país.

“Temos que trabalhar muito para ver como reunificamos o movimento popular e nos tornamos uma única força para enfrentar o governo” do presidente recém-eleito Mauricio Macri, resume ao Opera Mundi o legislador da Cidade de Buenos Aires Quito Aragón.

Assembleia une alunos de escolas ocupadas

Do site da União Nacional dos Estudantes (UNE):


Representantes de 50 escolas paulistas ocupadas e de algumas escolas ainda não ocupadas se reuniram na noite desta terça-feira (24) na sede das entidades estudantis na Vila Mariana, na capital, para trocar experiências e planejar estratégias e passos para a movimentação dos secundaristas contra a reorganização proposta pelo governador Geraldo Alckmin.

Cenas da tempestade política em Brasília

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A votação da MP da venda dos terrenos da União seguia seu curso normal, indiferente à obstrução da oposição. Foi quando o deputado Rocha (PSDB-AC) tomou o microfone e começou um violento ataque ao ex-presidente Lula, prevendo sucessivas vezes “a iminente prisão do chefe da quadrilha”, “do maior corrupto do país” e daí para a frente. “Estamos arranhando a porta para prendê-lo”, disse em referência à prisão de José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.

A criminalização da maconha e o racismo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Nos Estados Unidos, os negros têm quase quatro vezes mais chances de serem presos por causa de maconha do que os brancos, embora fumem tantos baseados quanto os primeiros. No Brasil, a maioria dos presos por pequenas quantidades de droga são jovens negros. O preconceito com o consumo de maconha embute, ao longo da história, um componente racista e classista. Era fumo de pobre, para começo de conversa, um “vício nada elegante” contra os finos vícios sociais da elite, como revela a excelente tese “Fumo de Negro”: a Criminalização da Maconha no Brasil, de Luísa Gonçalves Saad, da pós em História da UFBA.

Delcídio inaugura passe livre da Lava-Jato

Por Renato Rovai, em seu blog:

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, e o banqueiro André Esteves, do BTG-Pontual, foram presos nesta manhã.

A prisão foi solicitada por Rodrigo Janot e autorizada pelo ministro do Supremo, Teori Zavaski.

É a primeira vez na história do país que um senador da República é preso.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Direito de resposta irrita donos da mídia

Por Altamiro Borges

Os barões da mídia até agora não engoliram a aprovação da lei do direito de resposta e já organizam a sua artilharia pesada para sabotá-la. As três principais entidades patronais - Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e Associação dos Editores de Revistas (Aner) - já divulgaram manifestos raivosos contra o projeto finalmente aprovado no Senado e sancionado pela presidenta Dilma. Numa ação articulada, os grupos monopolistas também acionaram seus aliados para bombardear a nova lei. Em discurso nesta segunda-feira (23) num evento da Aner, o juiz Sergio Moro - novo herói da direita nativa - fez duros ataques ao direito de resposta. 

América Latina: fim de ciclo?

Por Alejandro Mantilla Q, no site Outras Palavras:

A vitória de Maurício Macri nas eleições presidenciais de ontem, na Argentina, parece confirmar uma tese formulada por intelectuais latinoamericanos como Maristella Svampa e Raul Zibechi: assistimos ao fim do ciclo de ascendo dos governos progressistas em nossa América.

A tese do fim de ciclo poderia ser demonstrada por cinco tendências complementares: dificuldades governamentais, guinadas à direita, tendências à moderação, distância em relação aos movimentos sociais e um panorama internacional adverso. A saber:

Os políticos donos de rádio e TV

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A Constituição Federal determina que senadores e deputados não podem manter contratos com concessionárias de serviço público, tais como rádios e TVs, entre outros. Usando uma concessão pública de mídia em causa própria, eles podem desequilibrar a democracia, favorecendo interesses pessoais, atacando adversários políticos, facilitando a sua própria eleição e a sua perpetuação no poder. Pedi para Pedro Ekman, conselheiro do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação e produtor audiovisual independente, escrever um texto para este blog explicando uma ação movida pelo Ministério Público Federal em conjunto com organizações da sociedade civil para cassar as licenças de rádio e TV de 40 políticos donos de mídia no país:

Reflexões sobre a eleição na Argentina

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                        

A eleição do direitista Maurício Macri para a presidência da Argentina por uma margem apertada de votos (em termos percentuais, praticamente a mesma diferença de Dilma para Aécio em 2014) sobre o candidato da situação Daniel Scioli é o primeiro impacto eleitoral da onda conservadora que avança no continente sul-americano.

A derrota do "kirchnerismo" depois de mais de 12 anos no poder mexe no tabuleiro político da região. Como todo consevador sul-americano que se preze, Macri está longe de ser um entusiasta do Mercosul. Embora fale, protocolarmente, em manter seu país no bloco, o presidente argentino eleito defende o estabelecimento de relações privilegiadas com os Estados Unidos e a Europa.

Moro tira a toga da imparcialidade

Dandara vive! A força da mulher negra

Por Maria Carolina Trevisan, no site Jornalistas Livres:

A Marcha das Mulheres Negras avançava lentamente em direção ao Congresso Nacional levando cerca de 15 mil pessoas pelas avenidas de Brasília (DF). Na linha de frente, em respeito à ancestralidade que ancora as religiões de matriz africana, estavam as mulheres mais velhas, abrindo os caminhos sob a proteção dos orixás. Vestiam seus trajes sagrados. Ao apontar na beira do gramado da Esplanada dos Ministérios, as senhoras entoaram em coro o “Canto das três raças”, canção eternizada na voz de Clara Nunes. Foi um dos momentos mais emocionantes do ato.

A música lembra que o povo desta terra ainda “canta de dor”.

Quem 'pariu' Cunha que o embale

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:


Depois de uma intensa e prolongada lua de mel com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a atual oposição federal quer jogar no colo do PT a culpa por ele estar no cargo mesmo após denunciado pelo Ministério Público Federal e de ter admitido ser o dono do dinheiro não declarado em contas na Suíça.

Mesmo com a mídia oposicionista dando suporte a esta deturpação grotesca da realidade, as lideranças do PT deveriam se comunicar melhor na hora em que fossem questionadas. Afinal, existem os fatos irrefutáveis.

Alckmin fecha escolas e constrói cadeias

Editorial do site Vermelho:

A esperteza tentada, na última quinta-feira (19) pelo governo de São Paulo contra estudantes, professores e o povo, revela mais uma vez o caráter autoritário e manipulador do tucano Geraldo Alckmin. Foi o anúncio de que suspenderia o plano de fechar escolas desde que a comunidade deixasse os prédios ocupados em protesto contra aquele plano neoliberal, cujo número passou de 100 nesta segunda-feira (dia 23).

A esperteza não deu certo. E o protesto de alunos, professores e pais foi reforçado, nesta segunda-feira, pela decisão da Justiça de São Paulo de rejeitar os pedidos de reintegração de posse feitos pela administração paulista.

FHC, o cínico, pede renúncia de Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Fernando Henrique sobre a permanência de Eduardo Cunha na Presidência da Câmara, há menos de duas semanas, dia 10 de novembro:

“O afastamento se dá depois que é culpado, antes não. Apenas abre a investigação.

O mesmo FHC, hoje:

“Se ele tivesse um pouco mais de visão de Brasil renunciaria ao cargo”, mas, “não tendo, vai ter que ser renunciado”.

Golpismo tenta sobreviver na Lava-Jato

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Vigésima primeira etapa da Lava Jato.

Eu tenho uma curiosidade: já vivemos algo parecido? Uma operação sem fim, se desdobrando politicamente ad infinitum, sempre seguindo uma agenda estritamente midiática e eleitoral?

Ah, sim, tivemos: o mensalão, cujos julgamentos eram marcados sempre às vésperas de eleições.

A Lava Jato perdeu qualquer pudor de parecer uma investigação séria. A prova está no fato de ter prendido o "amigo de Lula" apenas para fornecer manchetes à mídia e dar continuidade à conspiração midiático-judicial.

Os políticos donos da mídia estão no alvo

Por Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Você pode até não saber que a prática é ilegal, tamanha sua frequência Brasil afora. Mas, segundo a Constituição Federal (art.54), políticos titulares de mandato eletivo não podem ser sócios ou associados de empresas concessionárias do serviço público de radiodifusão. Ou seja, políticos não podem ser donos de emissoras de rádio e TV.

A prática, porém, chega a fazer parte do imaginário da população brasileira, que se acostumou a ver “grandes nomes” da política local também como os proprietários dos meios de comunicação de massa de seus estados. Não à toa, os coronéis da mídia substituíram os antigos coronéis, e hoje dominam o espaço público da comunicação em todo o país.

A palestra esvaziada de Sérgio Moro

Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

De acordo com o site oficial do hotel Renaissance, em São Paulo, a maior sala para eventos é o auditório com espaço de 496 m² e capacidade máxima de 420 pessoas. Com cadeiras de cor azul confortáveis, o espaço estava vazio no final da tarde de segunda-feira (23) pouco antes da palestra do juiz Sérgio Fernando Moro. A conferência estava prevista para começar às 16hrs e todos – sem exceção – atrasaram.

A ação no MPF contra os coronéis da mídia

Do site do FNDC:


Treze organizações da sociedade civil protocolaram, nesta segunda (23/11), representação no Ministério Público Federal (MPF) contra 32 deputados e oito senadores sócios de emissoras de rádio e TV. A representação se baseia no Art. 54, I e II da Constituição Federal, que proíbe a políticos titulares de mandato eletivo possuírem ou controlarem empresas de radiodifusão e empresas que gozem de favor decorrente de contrato com a União. Além de pedir o cancelamento das concessões, permissões e autorizações de funcionamento dessas emissoras, as signatárias também pedem a responsabilização do Ministério das Comunicações pela falta de fiscalização do serviço público de radiodifusão.

A derrota do impeachment e os erros do PT

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Embora ainda existam golpistas de plantão, o impeachment de Dilma, a rigor, já foi derrotado. A proposta, que não conseguiu se viabilizar institucionalmente, já perdeu as ruas, como mostram as últimas manifestações, que minguaram drasticamente. Apenas grupos que pedem intervenção militar conseguem mobilizar algumas centenas de pessoas.

Uma proposta tão drástica como a de um impeachment só se viabiliza mediante a presença de algumas condições necessárias: um fundamento jurídico sólido que a legitime; a combinação da ação institucional com a ação de rua; forças politicas organizadas comandando as ações de rua; a completa erosão das forças de sustentação do governante.

Tragédia em Mariana é herança do PSDB



Por Najla Passos, no site Carta Maior:

A privatização da Companhia Vale do Rio Doce - operada pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1997 - não apenas entregou à iniciativa privada um dos mais rentáveis patrimônios do país, como deixou a exploração do minério brasileiro totalmente à mercê do capital internacional.

Quem afirma é o deputado Rogério Correia (PT-MG), relator da Comissão Extraordinária de Barragens da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG), criada para apurar as responsabilidades pelo desastre ambiental de Mariana (MG). “É mais uma herança maldita que o PSDB nos deixou”, disse.

Macri pediu ajuda aos EUA na Argentina

Por Vanessa Martina Silva, de Buenos Aires, no site Opera Mundi:

O hoje presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri (Cambiemos), teve conversas suas com a embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires vazadas em 2011. De acordo com o Wikileaks, o novo mandatário, que assume o comando do país em 10 de dezembro, se assumiu, em conversas ao longo de três anos, como abertamente "pró-mercado", se colocou como o mais próximo ao governo norte-americano, falou que o governo de Cristina Kirchner 'duraria mais 60 dias' e pediu que os EUA fossem mais enfáticos em suas críticas à Argentina.

Obstrução da oposição é hipocrisia barata

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A semana parlamentar começa nesta terça com a incógnita sobre a prometida obstrução das votações em plenário pela oposição para forçar a renúncia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Para o vice-líder do governo Silvio Costa (PSC-PE) a oposição promete um espetáculo de hipocrisia barata e se comporta como ratos abandonando o navio. “Durante todo o ano eles sustentaram Cunha, jogaram confete em Cunha e sabiam quem era Cunha. Agora querem bloquear as votações sabendo que isso não vai acelerar a saída dele, que vai acontecer, mas na hora certa”, diz o deputado que foi um opositor solitário do presidente da Câmara quando ele ainda era o rei do plenário.