segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Quem ganhou em 2016 vai perder em 2017

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Muito se falou de 2016. Que não vai terminar ou que foi o annus horribilis do século XXI para o Brasil. Alguns, porém, dirão que foi magnífico. Há os que têm o que comemorar. É gente que quer que o país se dane; enquanto quase todos perderam, esses grupelhos ganharam justamente porque quase todo mundo se deu mal.

A Folha de São Paulo captou muito bem essa disparidade de visões dos agentes políticos no ano que (não) se encerrará algumas horas após a confecção deste texto. O jornal abriu a dois agentes políticos opostos a seção de suas páginas destinada a um artigo para cada lado das polêmicas que elege.

Calar Jamais! A luta pela democracia em 2017

Por Renata Mielli, no site Vermelho:

O enfrentamento do conservadorismo e do golpe exige ações que unifiquem amplos setores democráticos e populares em várias frentes. A construção dessa unidade só será efetivada se estiver lastreada em propostas que aglutinem a sociedade. A luta em defesa dos direitos trabalhistas, da Saúde, da Educação, da Soberania Nacional precisam se desdobrar em uma agenda política concreta. Essa é uma das principais tarefas e desafios para o ano de 2017.

A luta pela democratização dos meios de comunicação precisa fazer parte desta agenda. Ela tem como um de seus elementos centrais a garantia do direito à comunicação, da liberdade de expressão e, para tanto, a promoção de mais diversidade e pluralidade na mídia. Tem uma importante dimensão democrática e que afeta o desenvolvimento da sociedade.

Propaganda federal cresce 107% em dezembro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

No Tijolaço, blog do companheiro Fernando Brito, leio um post intitulado "O ano em que acabará o sonho de Temer". No texto, Brito comenta artigos de Elio Gaspari, Miriam Leitão e Luis Veríssimo.

É emblemático que, em 2017, mais de trinta anos à frente de 1984, o ano em que George Orwell ambientou sua obra apocalíptica sobre um mundo dominado por um Big Brother que tudo via e tudo sabia, estejamos ainda rodando em volta da grande mídia, cujo poder de manipular a opinião pública nacional é maior do que qualquer escritor de ficção científica já tenha concebido.

A nova (e velha) estratégia da mídia, por exemplo, é brincar de Fora Temer. Todo mundo cai como um patinho.

Que 2017 traga um antídoto à barbárie

Editorial do site Brasil Debate:

Muito ainda se vai falar desse ano de 2016, sobre o qual talvez não tenhamos, no momento, exata dimensão do significado histórico. Algumas certezas, porém, existem: a de que a democracia retrocedeu algumas casas e a de que um projeto de governo mais inclusivo, que perseguia desenvolvimento com distribuição de renda, foi substituído por outro de ideais neoliberais, empenhado em defender os interesses de elites econômicas. Uma substituição que se deu por meio de um golpe parlamentar, com apoio de setores do judiciário e da mídia.

João Doria poderia se “vestir” de prefeito

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O prefeito João Dória vestiu-se com um uniforme de trabalho de gari, na manhã desta segunda (2), e fez uma ''limpeza simbólica'' na região da praça 14 Bis, no Centro de São Paulo, em companhia de seus secretários de governo. Simbólica, porque a praça já havia sido limpa antes de sua chegada. Ele diz que repetirá a ação semanalmente até o final de seu mandato.

Como peça de marketing, a fim de sensibilizar quem acredita no voluntarismo como método de fazer política, ou para chamar a atenção de nós, jornalistas, sedentos por notícias que quebrem a monotonia desesperadora do primeiro dia útil do ano, pode funcionar.

Retornemos ao tempo da delicadeza

Por Maria Inês Nassif, no Jornal GGN:

Eu não sonho com um Ano Novo. Sonho com um mundo novo, delicado. Com pessoas novas, delicadas.

Que a delicadeza invada as suas vidas e as tornem humanas. Que a humanidade dentro delas exploda em direção ao mundo e o transforme em um mundo delicado.

E o mundo delicado trate com delicadeza todos os contemporâneos dessa era insana, que acreditam que eliminar pessoas pela guerra, pela fome e pelo preconceito faz parte de uma torpe lei natural, que consiste em eliminar os mais fracos para que os mais fortes prosperem.

Temer, Macri e a expressão do fracasso

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

As promessas eram as mesmas de há três décadas: acabar com os gastos inúteis do Estado, com sua administração ineficiente, controlar as finanças públicas como primeira prioridade, retomar a confiança na economia, recuperar o crescimento econômico. No passado, a novidade permitiu que as promessas tivessem duração mais longa: elegeram e reelegeram governos, baseados no controle da inflação, mesmo frente ao processo de estouro da dívida pública, do aumento da desigualdade e da exclusão social.

Doria no seu primeiro dia como prefeito

Por Renato Rovai, em seu blog:

O novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), escolheu para primeiro ato de seu governo ir às ruas com todo o seu secretariado e presidentes de empresas municipais vestido de gari e empunhando vassouras. A cena, além de constrangedora, não é nada nova. Muito pelo contrário, remete ao populismo imbecilizado que teve em Jânio Quadros seu principal expoente. Jânio, o homem da vassourinha, que depois de renunciar e levar o país ao golpe de 64, se tornou prefeito de São Paulo, em 1985, utilizando os mesmos métodos.

2017 terminará com o sonho de Temer?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

2017 começa com sinais, por toda a parte, de que o “andar de cima” – para usar a expressão de Elio Gaspari – já colocou os sonhos de Temer na conta dos improváveis.

O próprio Elio diz, na sua coluna que, “o governo encastelou-se na moderna astrologia dos marqueteiros” e seu chefe, Temer “roda o país prometendo fantasias encantadoras embebidas de “pensamento positivo”.

Míriam Leitão, uma das mais ativas remexedoras do caldeirão de “retomada” que se previa para assim que Dilma fosse derrubada e que o governo parasse de atrapalhar as obras saneadoras da contração econômica com que Joaquim Levy e suas mãos de tesoura já vinham arruinando o país, também não demonstra otimismo e abre sua primeira coluna do ano dizendo que “entramos no ano sem saber se o presidente será o mesmo ao fim destes 12 meses”.

Chacina em Campinas e a onda direitista

O assassino Sidnei Ramis de Araújo
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O pensamento de extrema direita brasileiro moderno produziu sua primeira chacina.

A carta do técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, que matou doze pessoas num réveillon em Campinas, é um catálogo de boçalidades bolsonarianas típicas.

A missiva é dirigida ao filho João Victor, de 8 anos - que o pai acabaria matando na festa, juntamente com a mãe Isamara Filier.

Demagogo e falastrão, Doria não terá paz!

Por Altamiro Borges

Na maior capital do país, São Paulo, o empresário e apresentador de tevê João Doria – também já apelidado de João Dólar – tomou posse neste domingo (1) afirmando que cumprirá todas as suas promessas de campanha. Mas nem a mídia chapa-branca bota fé nas bravatas do novato tucano, uma criação de laboratório do governador Geraldo Alckmin. E muitos já preveem que sua gestão será conturbada. “Pesquisas qualitativas feitas por agências de comunicação mostram que o pavio do paulistano está curtíssimo e que a lua de mel do eleitorado com João Doria pode ser curta”, informa uma notinha da Folha. Ou seja: o demagogo e falastrão não terá paz!

domingo, 1 de janeiro de 2017

Desemprego e falências. Feliz 2017?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Em sua primeira coluna do ano, o veterano jornalista Janio de Freitas, uma das poucas vozes críticas da mídia monopolista, ironizou já no título: “Desejar ‘feliz 2017’ é uma extravagância cômica”. Como aponta, as perspectivas de futuro – não só no Brasil – são bem sombrias. “Michel Temer e Donald Trump são sócios em uma excentricidade que nos onera com alcance, pode-se dizer, unânime. A voz geral é o pessimismo sobre o 2017 com Temer e seu grupo de aturdidos e corruptos. A essa desesperança convicta Trump anexa uma inquietação medrosa do quanto pode piorar as desgraças do mundo, entre as quais a nossa”.

sábado, 31 de dezembro de 2016

Para "bebemorar" a passagem do ano

Por Apparício Torelly, o Barão de Itararé:

“Monólogo”

- Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...

- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente.

E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.

- Tirei a rolha da primeira garrafa e despejei o seu conteúdo na pia, com exceção de um copo, que bebi.


Eduardo Galeano e o direito ao delírio

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A narrativa golpista da mídia privada

Do site do FNDC:

Se o golpe que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff trouxe retrocessos para o conjunto da população brasileira, no campo da luta pela democratização da comunicação não foi diferente. A mídia privada, que monopoliza a agenda e o discurso público, foi um dos pilares mais fortes do processo que destituiu o governo democraticamente eleito. A partir dessa ruptura, instalou-se também uma escalada de violações à liberdade de expressão: a classe trabalhadora e os estudantes têm sido violentamente reprimidos pelas polícias militares e até pelo Exército por ousarem denunciar as consequências do golpe.

Temer e o jogo de cena no TSE

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não nos iludamos. O que está em curso no TSE, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, é um espetáculo farsesco destinado a manter Temer no governo, seja pela absolvição, seja pelo decurso de prazo para as providências de sua substituição. O país continuará sendo sangrado pela instabilidade e a incerteza mas, como no golpe, dane-se o país. A ação da Polícia Federal nas gráficas que trabalharam para a campanha Dilma-Temer não é indicativa de que o TSE pretenda ir fundo nas investigações e endurecer no julgamento, condenando Dilma, já deposta, e cassando Temer, o que levaria à sua substituição por um presidente biônico, eleito pelo Congresso. Ou, na melhor hipótese, à realização de eleições diretas, se a pressão popular compelir o Congresso a aprovar uma das emendas constitucionais que preveem diretas mesmo faltando menos de dois anos para o fim do mandato. Muito pelo contrário, a diligência nas gráficas vem ao encontro do plano B de Michel Temer.

É seguro matar no Metrô do Alckmin!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Economia desaba e mídia confessa: “Erramos”

Por Altamiro Borges

Não dava mais para esconder. Nem os “midiotas” iriam acreditar. Nos últimos dias do trágico 2016, o ano do “golpe dos corruptos”, a mídia chapa-branca finalmente confessou que a economia está desabando. Em manchetes nos jornais e comentários na tevê, inclusive na Globo, ela agora admite: “Com Natal fraco, vendas em shoppings caem 9% no ano”; “Contas do governo têm pior resultado para novembro desde 1997”; “Índice de Confiança da indústria registra menor patamar desde junho”. Os barões da mídia até poderiam publicar em conjunto – já que difundem o mesmo pensamento único emburrecedor – um enorme “Erramos”. O mais correto seria “Mentimos”, com o seguinte texto:

Temer pode cair como Nixon

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país obrigado a procurar caminhos para livrar-se de Michel Temer e escolher seu sucessor em urna, pelo voto direto, interrompendo um processo de destruição de direitos e ameaças crescentes a soberania do país, os brasileiros podem encontrar lições úteis na luta política que produziu a derrocada de Richard Nixon, o presidente norte-americano forçado a deixar a Casa Branca em 1974.

Ignorando, por um minuto, as imensas distâncias econômicas, políticas e geo-políticas entre os dois países e os dois personagens, é possível encontrar traços razoáveis de semelhança entre o Temer que prometeu resistir com todas as forças a toda tentativa de afastá-lo do cargo, mesmo em caso de decisão judicial, e o comportamento de Nixon no último ano de governo, quando sua permanência na presidência mostrou-se insustentável. Há muita diferença mas um razoável número de semelhanças no esforço de dois presidentes capazes de mobilizar - de qualquer maneira - o conjunto das forças do Estado para garantir a própria sobrevivência.

A engenharia brasileira está morta

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A Engenharia Brasileira está morta. Será cremada no altar da Jurisprudência da Destruição, do entreguismo e da ortodoxia econômica. Suas cinzas serão sepultadas em hora e local a serem anunciados no decorrer deste ano de 2017.

Em qualquer país minimamente avançado, a engenharia é protegida e reverenciada como o outro nome do poder, da prosperidade e do desenvolvimento. Não há países que tenham chegado a algum lugar sem apoiar soberana e decisivamente sua engenharia.

BNDES tenta inviabilizar futuro do país

Por Sandra Brandão, no site Vermelho:

O governo golpista se supera, a cada dia, em seu propósito de inviabilizar o futuro do Brasil. Na véspera do Natal, o Estadão publicou matéria relatando que estão em curso discussões sobre mudanças na taxa de juros adotada pelo BNDES. Querem, em empréstimos de longo prazo, aproximar a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) da Selic e das taxas praticadas pelo mercado que remuneram títulos da dívida pública.

Fernando Brito, do "Tijolaço", repercute a matéria e alerta que, se isto ocorrer, não haverá mais investimentos em infraestrutura no Brasil. Os estragos que esta decisão, se implementada, irá causar farão o Brasil retroceder décadas.

Tucanada poupa Temer por "Häagen Dazs"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A saída de Temer e de seus asseclas tucanos para responder às acusações de estarem incorrendo nas práticas administrativas que ao menos o PSDB e seus pistoleiros condenavam quando estavam na oposição foi insinuar na TV ou dizer claramente nas redes e no rádio que no governo Dilma os suprimentos do avião presidencial também eram caros e sofisticados.

Veio à tona nesta semana notícia de que o Palácio do Planalto abrira licitação para comprar alimentos para viagens aéreas da Presidência. O valor total da contratação: 1,748 milhão de reais. Entre os diversos itens listados, chamou a atenção o pedido por 500 unidades de “sorvete tipo premium” Häagen-Dazs, 120 potes de creme de avelã Nutella e 500 quilos de gelo seco.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O que esperar da dupla mídia/Lava Jato?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Não precisa ser vidente: mais proteção ao PSDB, simbolizado por Aécio Neves, e mais perseguição ao PT, simbolizado por Lula.

A ação do consórcio midiático/judicial nos estertores de 2016 mantém o padrão adotado desde o início da operação.

MP, Moro, PF e mídia corporativa de repente viram respeitadores dos direitos fundamentais e da privacidade do investigado quando ele pertence ao PSDB.

A venda de terras ao capital estrangeiro

Por Luiza Dulci, no site Brasil Debate:

Terra, capital e trabalho compõem a clássica tríade dos fatores de produção que embasam as análises e cálculos econômicos desde a Economia Política, não havendo, portanto, atividade econômica que prescinda da combinação destes fatores. Na atual conjuntura de mudanças que se abate sobre o Brasil e o mundo muito tem se falado dos movimentos do capital e seus impactos sobre o trabalho. Entretanto, a questão da terra – tanto rural quanto urbana – é pouco discutida, apesar de ser peça-chave para a compreensão da dinâmica capitalista contemporânea.

“Mineirinho” depõe na PF. Cadê a Globo?

Por Altamiro Borges

E ainda tem gente que acredita na imparcialidade e na neutralidade da mídia tupiniquim. Esse sujeito mal informado e alienado merece, de fato, o apelido de “midiota” – termo criado pelo jornalista Luciano Martins Costa, quando ainda editava o “Observatório da Imprensa”. Na semana passada, Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e candidato derrotado na eleição de 2014, foi prestar depoimento na Polícia Federal, em Brasília. Bem diferente do tratamento dado ao ex-presidente Lula, não houve sequer uma equipe da TV Globo para registrar este episódio inusitado. A “cordial visita” também não foi capa dos jornalões. Ela quase passou despercebida – talvez porque o “Mineirinho”, da lista de propina da Odebrecht, ainda continue clandestino para o justiceiro Sergio Moro e para os barões da mídia.

Cai o Meirelles da Argentina. E no Brasil?

Por Altamiro Borges

Henrique Meirelles, o czar da economia do Judas Michel Temer, deve estar preocupado. O seu amigo Alfonso Prat-Gay acaba de levar um pé no traseiro do presidente argentino Mauricio Macri. O descartado ministro da Fazenda e das Finanças da nação vizinha também era exibido pela mídia rentista como “o salvador da pátria”, o homem de confiança do “deus-mercado” e o “gestor moderno” que superaria o populismo “bolivariano” da presidenta Cristina Kirchner. O Grupo Clarín – tão mafioso como o Grupo Globo – garantiu que Alfonso Prat-Gay reergueria o país, que sairia rapidamente do inferno para ingressar no paraíso, com mais investimentos, empregos e renda. Tudo mentira!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Temer suspende o sorvete do Michelzinho

Por Altamiro Borges

Michelzinho, o menino prodígio de sete anos que já acumula R$ 2 milhões em patrimônio, deve estar magoado. Depois da repercussão negativa da lista de comidinhas dos voos presidenciais, o seu pai, o Judas Michel Temer, mandou cancelar a licitação. O garoto, que não é bobo, deve ter pensado: o meu pai é realmente um "fujão", não aguenta uma pressãozinha na internet. Nas redes sociais, o edital das compras - no valor de R$ 1,75 milhão - causou alvoroço nesta terça-feira (27). O golpista virou motivo de galhofa e sobrou inclusive para o "pobre" Michelzinho. Até o site do mercenário Estadão, o jornal da famiglia Mesquita - que adora bajular o usurpador em troca de uns anúncios -, ironizou a cena: 

Mais de mil jornalistas são demitidos em SP

Por Altamiro Borges

A mídia privada, controlada por meia dúzia de famílias, continua exercendo forte influência no Brasil - não há que subestimá-la. Ela foi a principal protagonista do "golpe dos corruptos", que derrubou a presidenta Dilma e alçou o Judas Michel Temer ao poder. Contraditoriamente, porém, o seu modelo de negócios está em profunda crise. Entre outros fatores, ela decorre do crescimento da internet e da própria perda de credibilidade dos veículos partidarizados e manipuladores. O resultado é a queda de tiragem dos jornais e revistas e a perda de audiência das tevês. Outro efeito, mais trágico - inclusive para os jornalistas que ainda insistem em chamar o patrão de companheiro - é a drástica redução do número de profissionais nas redações.

Temer favorece grileiros e desmatadores

Por Patrus Ananias

O governo publicou no Diário Oficial de 23 de dezembro a Medida Provisória 759, em que se mantém fiel a um autoritarismo sem povo, sem debate, sem nenhuma conversa com setores atuantes e organizados da sociedade civil.

Especialmente no campo, não há porque modificar todo o arcabouço legal agrário do país (leis 8.629/93, 11.952/09 e 13.001/04 e até mesmo a Lei de Licitações Públicas) sem debater com ninguém que vive no meio rural.

O martírio do ambulante Luiz Carlos Ruas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Luiz Carlos Ruas. Viveu invisível, como milhões de brasileiros que são, como ele, ambulantes.

Virou notícia na morte, aos 54 anos, na noite de Natal, no metrô de São Paulo.

Eu ia dizer que só então o enxergaram, mas eu estaria mentindo.

Ele continuou invisível enquanto dois homens jovens o espancavam até a morte. A idade somada dos dois não chegava à dele.

Aécio e a pinguela sobre o Rubicão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer, na sua pomposa pretensão, chamou-se de “uma ponte para o futuro”.

Fernando Henrique, mais pragmático, chamou-o de pinguela: ¨é o que temos”.

Aécio Neves, na Folha, hoje, dá um passo além e chama o período Temer de Rubicão:

Eu conduzirei o partido com as forças que eu puder ter para viabilizar essa agenda de reformas para que nós possamos atravessar o rubicão e chegar a 2018 com o país melhor.

Temer presenteia radiodifusores e teles

Por Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Há mais de seis meses, este blog vem denunciando uma série de medidas que a gestão Temer tem implementado no campo das comunicações, com impactos profundos para o acesso à informação e a liberdade de expressão dos brasileiros e brasileiras. Longe, obviamente, dos holofotes da imprensa tradicional, mudanças significativas tem sido feitas nas políticas públicas e normas que regulam tanto o setor de telecomunicações quanto o de radiodifusão. Trata-se da “agenda paralela do golpe”, que avança a passos largos, sem que sequer a população tome conhecimento dos direitos que está perdendo. Esta semana, às vésperas do final do ano, três novos ataques foram deflagrados.

Vídeo ironiza "Escola Sem Partido"

MPF tornou-se uma força antinacional

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 - o cenário pré-Lava Jato

A Lava Jato vai revelando dois aspectos do estágio de desenvolvimento brasileiro.

O primeiro, a corrupção endêmica e generalizada que foi apodrecendo o sistema político sem ser enfrentada por nenhum partido. Era o tema à vista de todos e há décadas percebido pela opinião pública, o único tema capaz de provocar a comoção geral.

O segundo, as indicações de que o país estava a caminho de se transformar em uma potência média, repetindo a trajetória de outras potências, inclusive no atropelo das boas normas.

Vade Retro, 2016, o ano da infâmia

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                              
Por mais que a Rede Globo, inimiga do Brasil e dos brasileiros, gaste 24 horas de sua programação tentando, de forma velhaca, vender a ideia de que o país ainda desfrute do regime democrático; por mais que um governo que não foi eleito se sinta autorizado para promover o maior retrocesso político, social, econômico, cultural, ambiental e civilizatório da história do país e por mais que uma safra indigente de deputados e senadores tenha aderido à vassalagem ao golpista que roubou a cadeira da presidenta Dilma, nada será capaz de impedir que 2016, o ano do golpe, entre para a história como o ano da infâmia.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Papa Francisco e o confronto na Igreja

Por Mauro Lopes, em seu blog:

A verdadeira guerra que quatro cardeais e segmentos ultraconservadores movem contra o Papa deixou definitivamente os bastidores, acontece à luz do dia e deve agravar-se no início de 2017. A sucessão de confrontos entre o grupo apoiado por uma agressiva mídia católica conservadora e Francisco mudou de qualidade em novembro e tornou-se uma crise aguda.

Apesar de o primeiro movimento público ter sido assumido por quatro cardeais conservadores, os alemães Walter Brandmüller e Joachim Meisner e mais Carlo Caffarra (italiano) e Raymond Burke (norte-americano), a liderança pública das afrontas ao Papa têm sido liderada por este último, que se apresenta como um porta-voz dos conservadores da Igreja.

PMDB rachado e sem projeto de poder

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Quando Michel Temer e a cúpula do PMDB resolveram trair Dilma, romper com seu governo e embarcar no golpe do impeachment, calculavam que tomando o governo uniriam o partido em torno de um projeto próprio de poder para 2018. Após seis meses de um governo desastroso, o partido está novamente rachado e destinado a continuar sendo linha auxiliar na próxima disputa presidencial.

O racha na bancada do Senado foi escancarado nesta segunda-feira pela postagem do presidente do partido e líder do Governo, Romero Jucá, negando que pretenda disputar a presidência da Casa e dizendo haver consenso em torno do nome do atual líder do partido, Eunício Oliveira. Jucá ouviu de Renan Calheiros uma proposta para que se lançasse candidato a presidente com seu apoio, cedendo-lhe a presidência do partido, posto que daria mais cacife a quem vai trocar o alto da Mesa pela planície do plenário. Jucá não apenas recusou como foi à rede social explicitar sua posição, que é apoiada por Temer. E com isso, restará a Renan o posto de líder da bancada, mesmo assim se conseguir a maioria de votos para ser eleito.

Direitos ameaçados e a trincheira de luta

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

O Brasil começou a se democratizar com a Consolidação das Leis de Trabalho. No período que antecedeu a chegada de Getúlio Vargas ao poder, o presidente até hoje venerado pela elite paulista, Washington Luís (1926-1930), se notabilizou por frequentemente afirmar que "a questão social é questão de polícia".

A passagem para o período sob gestão de Getúlio foi notável, não apenas pelo começo do reconhecimento dos direitos da classe trabalhadora, mas também na forma de se dirigir aos brasileiros, chamando-os de "trabalhadores do Brasil".

Aeroportos, telefones e o choro do 'coxinha'

Por Altamiro Borges

Os destemidos “coxinhas”, que foram às ruas gritar pelo “Fora Dilma” e que depositaram todas suas esperanças no Judas Michel Temer, vão adorar estas duas notícias: 1- A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou nesta segunda-feira (26) no Diário Oficial da União a permissão de reajuste das tarifas de embarques para voos domésticos e internacionais em seis aeroportos do país a partir de janeiro; 2- Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que as contas de telefones terão um aumento de quase 20% no início do ano. O usurpador no Palácio do Planalto, vestido de Papai Noel, continua distribuindo presentes para os que bancaram o “golpe dos corruptos”.

Base "aliada" já ameaça trair o Judas Temer

Por Altamiro Borges

O pacto mafioso costurado para viabilizar o “golpe dos corruptos” e para dar sustentação ao Judas Michel Temer está prestes a ser rompido. Há quem garanta que ele não dura até o segundo semestre de 2017. Com o agravamento da crise econômica e a queda de popularidade do usurpador, cresceram os boatos sobre as prováveis traições na “base aliada”. No PSDB, Michel Temer é tratado como “pinguela” – rótulo dado pelo ex-presidente FHC, que irrita o atual ocupante do Palácio do Planalto. No DEM, o senador Ronaldo Caiado já propôs a renúncia do Judas e a convocação de novas eleições presidenciais. Nos outros partidos governistas o clima também é de abandono do barco à deriva.


Alckmin visitará prefeito preso de Osasco?

Por Altamiro Borges

O governador Geraldo Alckmin foi um dos principais apoiadores do "jovem empresário" Rogério Lins no segundo turno da eleição para a prefeitura de Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Surfando na onda antipetista e com um discurso "contra os velhos políticos e contra a corrupção", o candidato do nanico PTN venceu a disputa com 61,2% dos votos, derrotando a longa administração do PT na cidade. Neste domingo (25), porém, Rogério Lins desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos e se entregou à Polícia Federal. Ele é acusado de empregar funcionários fantasmas durante seu mandato como vereador. Como dizem, os mais imorais são os falsos moralistas.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Sete verdades sobre o conflito na Síria

Homs, Siria, 24 de dezembro de 2016. Foto:Omar Sanadiki/Reuters
Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:

Com a melhor das intenções e a maior inocência, muitos brasileiros com posições progressistas têm se deixado levar pelas informações deformadas sobre a situação na Síria que nos chegam por meio da mídia pró-imperialista. A isso se soma a postura delirante de certos grupos de ultraesquerda que tomam partido, naquele conflito, exatamente do mesmo lado que os Estados Unidos, a Otan e os terroristas psicopatas do Estado Islâmico, espalhando pelas redes sociais, de forma acrítica, as versões dos propagandistas do Império. Uma polêmica se instala em setores da esquerda brasileira a partir de uma falsa questão: apoiar ou não o regime de Bashir Assad.

Natal em tempos de Herodes

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O Natal deste ano será diferente de outros natais. Geralmente é a festa da confraternização das famílias. Para os cristão é a celebração da divina Criança que veio para assumir nossa humanidade e faze-la melhor.

No contexto atual, porém, em seu lugar assomou a figura do terrível Herodes. o Grande (73 a.C-4-a. C), ligado à matança de inocentes. Zeloso por seu poder, ouviu que nascera em seu reino, a Judéia, um menino-rei. Foi quando ordenou degolar todas os meninos abaixo de dois anos (Mt 2,16). Ouviu-se então uma das palavras mais dolentes de toda Bíblia:”Em Ramá se ouviu uma voz, muito choro e gemido: é Raquel que chora os filhos e não quer ser consolada, porque eles já não existem”(Mt 2,18).

Agripino Maia vai perder concessão de TV?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte ajuizou ação civil pública para que seja cancelada a concessão de rádio e tevê para um grupo de mídia que tem como sócio o senador Agripino Maia, presidente nacional do DEM. A ação foi movida contra o governo federal, a TV Tropical (afiliada da Record) em Natal e cinco emissoras de rádios. O chefão dos demos é sócio da emissora afiliada da Record e de duas rádios. O filho dele, Felipe Maia, deputado federal, mantém sociedade com quatro emissoras de rádio envolvidas no processo. Estes palanques eletrônicos, que exploram concessões públicas de radiodifusão, até hoje garantem a sobrevida política deste clã.

E os bens bloqueados de Eliseu Padilha?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o desesperado Michel Temer se reuniu com João Roberto Marinho, um dos três herdeiros do império da Rede Globo, e pediu uma cobertura jornalística mais generosa da empresa. Também nos últimos dias, vários prepostos da mídia monopolista visitaram os aspones da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência. Pelo jeito, as conversas renderam frutos. Somente as revistonas - como Veja, Época e IstoÉ - tiveram um aumento de 900% nas verbas publicitárias. Como contrapartida, a mídia mercenária parece que deu uma trégua ao covil golpista. Um dos chefes da quadrilha, o ministro Eliseu Padilha, por exemplo, já sumiu do noticiário.


Os presentes de Natal de Temer, o cruel

Por Altamiro Borges

O Natal do “golpe dos corruptos” será inesquecível para os trabalhadores brasileiros. O Judas Michel Temer, vestido de Papai Noel, distribuiu um bocado de presentes. Sem se preocupar com a popularidade, que já está no lixo – segundo todas as pesquisas de opinião –, o usurpador esbanjou crueldade. As associações patronais e a mídia venal, que apoiaram a conspiração golpista, aplaudiram as medidas. Já as entidades de trabalhadores prometeram um 2017 de muitas greves e protestos. O site do PT listou algumas das maldades impostas nos últimos dias pela quadrilha que assaltou o poder. Vale conferir:

STF adia presentão de R$ 100 bi às teles

Por Altamiro Borges

As multinacionais da telefonia ainda não poderão festejar o presentão de Natal do Judas Michel Temer. Nesta sexta-feira (23), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, suspendeu a tramitação no Senado do projeto de que modifica a Lei Geral das Telecomunicações e concede benefícios de mais de R$ 100 bilhões às famigeradas teles. Ela atendeu a uma ação dos senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Paulo Rocha (PT-PA) e pediu explicações sobre o rápido andamento do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 79/2016, que seguiria para aprovação sem votação em plenário. Com a decisão, a matéria não poderá ser sancionada imediatamente pelo usurpador.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Odebrecht, EUA e a Operação Vira-Lata

Por Renato Rovai, em seu blog:

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato, comemorou o acordo de leniência firmado pela Odebrecht e pela Braskem com o Ministério Público Federal, que incluiu uma multa de R$ 8,5 bilhões, dizendo que é possível melhorar o país a despeito do “complexo de vira-lata” de alguns de nós que achamos que “o Brasil não tem jeito”.

Ontem o ex-ministro da Justiça da presidente Dilma Rousseff, Eugênio Aragão, contestou no que chamou de uma “cartinha aberta” ao procurador, dizendo:

A troca de favores entre Temer e as revistas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Raras vezes, se é que alguma, o Brasil foi regido como agora por homens tão sem noção de decência pública.

É simplesmente humilhante para a sociedade.

Fomos obrigados a tolerar, primeiro, Eduardo Cunha, com o gangsterismo despudorado com o qual ele armou o golpe contra Dilma na presidência da Câmara.

Logo em seguida veio Temer, o homem das 43 citações na primeira delação da Odebrecht.

Temer vai à TV na noite de Natal

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O senhor Michel Temer não é apenas um desastre para o país.

É, também, um sádico.

Ocupar rede nacional de televisão na noite de Natal, com sua impopularidade e a rejeição que tem da maioria do povo brasileiro, é assumidamente tentar levar a discórdia e a discussão ao momento em que a maioria das famílias está confraternizando, deixando para lá problemas e divergências e saudando as esperanças já difíceis de manter.