quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Jandira na Globo: símbolo da resistência

Por Jeferson Miola

Jandira Feghali, candidata do PCdoB e PT à prefeitura do Rio de Janeiro, encheu de orgulho as pessoas de bem, que prezam a democracia e respeitam a Constituição.

Participando do debate eleitoral promovido pela TV Globo no dia 29 de setembro, na largada Jandira disparou: “Boa noite, nós estamos aqui na TV Globo e eu não poderia deixar de registrar que essa emissora apoiou o golpe contra a democracia e contra uma mulher eleita, que foi cassada sem qualquer crime”.

A eleição e a resistência aos golpistas

Editorial do site Vermelho:

Encerrado o primeiro turno da eleição municipal as forças conservadoras estão comemorando o resultado das eleições. Seria recomendável alguma cautela, em primeiro lugar porque a disputa continua em locais muito importantes, como o Rio de Janeiro, por exemplo. Depois porque o PMDB do presidente ilegítimo amargou derrotas relevantes.

PF não quer mais delações na Lava-Jato

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

PF se opõe a novas delações premiadas na Lava Jato’ é o título de uma matéria na Folha de hoje.

Dois dias depois das eleições, com o consórcio golpista ainda comemorando o sucesso da sua empreitada de destruição do PT, a Lava Jato, através da PF, anuncia que não quer novas delações.

É lógico que não quer, o serviço já foi entregue.

Para que mais delações, não é mesmo? Melhor deixá-las para uma data mais próxima às eleições de 2018…

Trajano: “O macartismo está no ar”

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O jornalista José Trajano foi demitido da ESPN depois de 21 anos de casa na semana passada.

Um dos comentaristas esportivos mais conhecidos do país, âncora do “Linha de Passe”, ele tem como marca registrada adjacente a militância política.

Brizolista, Trajano se manifestou em diversas ocasiões contra a escalada da direita, especialmente depois do golpe.

Gravou vídeos chamando para manifestações, falando o que precisava ser dito, e chegou a discursar num caminhão no Largo da Batata, em São Paulo.

Doria: Um filantropo nos Panamá Papers

Por Darío Pignotti, no site Carta Maior:

Filantropo em benefício de si mesmo. O recém eleito prefeito de São Paulo, João Doria, repetiu ontem sua promessa de campanha de “doar os seus salários durante os quatro anos de mandato. Serão 48 salários. Cada um entregue a uma entidade de beneficente distinta”.

Doria é um “não político” que desde o dia 1º de janeiro de ano que vem administrará uma megalópole de 12,5 milhões de habitantes, cujo Produto Interno Bruto é superior ao da maioria dos estados brasileiros.

O chocolate estragado de João Doria

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao dizer a jornalista Monica Bergamo que pretende levar chocolates para Lula na prisão da Lava Jato, o novo prefeito de São Paulo, João Doria, produziu um desastre político.

Exibiu um exibicionismo que repete o comportamento absurdo do Ministro da Justiça, Alexandre Moraes, que antecipou a prisão de Antonio Palocci.

Também apresentou um traço atrasado de sua formação política, reproduzindo, com três séculos de atraso, o barbarismo da população que no século XVIII comparecia a cenas de execução e tortura de prisioneiros, em praça pública, para pedir mais sangue ao carrasco.

Arrocho na saúde e educação vai a votação

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Passada a eleição na maioria dos municípios, o plano do governo Temer de congelar investimentos em saúde e educação por vinte anos, a PEC 241, avança no Congresso. Um primeiro relatório sobre a proposta, favorável à aprovação, foi apresentado na Câmara nesta terça-feira 4, enquanto o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcava a votação inicial em plenário para a segunda-feira 10.

Por ser uma ideia impopular, o relator, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), combinou com o governo uma mudança no projeto, com o objetivo de tentar diminuir resistências parlamentares à aprovação.

Ibope confirma a desgraça de Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Cinco meses de governo, quase, e a pesquisa CNI/Ibope mostra Temer no mesmo lugar: 14% apenas o consideram ótimo ou bom, uma variação pífia dos 13% de junho.

O ruim e péssimo fica igual.

O resto, só piora.

A aprovação à maneira de Temer governar cai de 31% para 28% e a desaprovação passa de 53% para 55%. A confiança baixa de 27% para 26% e a desconfiança sobe de 66% para 68%.

Vereador do MBL já é alvo de inquérito

Da revista Fórum:

Fernando Holiday acaba de entrar, teoricamente, na política.

Foi eleito vereador pelo DEM, um dos partidos mais envolvidos em esquemas de corrupção pelo país.

Integrante e membro da coordenação nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), agora Holiday se junta ao mesmo grupo de políticos para o qual tanto discursou contra: aqueles envolvidos em escândalos.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Temer corta verba para reforma agrária

Por Altamiro Borges

Passadas as eleições municipais, que deram ampla vitória às forças conservadoras que promoveram o “golpe dos corruptos”, o Judas Michel Temer deve anunciar em breve novas maldades contra os trabalhadores. Além das reformas previdenciária e trabalhista, que já estão no forno, o governo ilegítimo estuda outros ataques. No sábado passado (1), a Folha noticiou que o Orçamento da União prevê um brutal corte dos recursos públicos destinados à reforma agrária. A desculpa é o déficit fiscal, mas sobra dinheiro para pagar os juros aos rentistas – e até grana para ampliar a publicidade da mídia chapa-branca.

O factoide da aposentadoria de Dilma

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

Mesmo tendo sido arrancada a fórceps da Presidência por meio de um processo de impeachment cheio de controvérsias, Dilma Rousseff segue como um dos alvos preferenciais da velha mídia, como demonstrou a última edição de Época. A revista editada pela Globo - que viu sua receita publicitária saltar 25% desde que Michel Temer assumiu o poder - lançou mão de mais um vazamento - dessa vez, não foi a Lava Jato! - para cravar que Dilma furou a fila do INSS para se aposentar um dia após ter sido derrotada no Senado.

Quais são os anseios da juventude?

Derrota é continuidade de roteiro golpista

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

“A realidade mostra que ou a esquerda brasileira faz uma política de frente ou ela se suicidará.” A opinião é do cientista político Roberto Amaral, ex-presidente histórico do PSB, diante da clara percepção de que a derrota da esquerda nas eleições municipais foi considerável. O resultado de São Paulo, onde João Doria (PSDB) venceu sem precisar de segundo turno, é emblemático.

“A esquerda precisa se sentar e fazer uma avaliação desse pleito. Por exemplo, o papel de Luciana Genro (Psol) em Porto Alegre. Não se elegeu, não foi ao segundo turno, não fez grande campanha, mas (com seus votos) tirou Raul Pont (PT) do segundo turno”, avalia. Essa avaliação não se aplica a São Paulo, onde alguns setores progressistas defenderam uma aliança entre o prefeito Fernando Haddad (PT) e Luiza Erundina (Psol) ainda no primeiro turno.

Vitória tucana terá custos para Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A Lava Jato, a criminalização da política e a demonização do PT surtiram os efeitos esperados: abstenção e voto nulo batendo candidatos que vão ao segundo turno, derrota aplasmante do PT, avanço das forças conservadoras e uma vitória inegável do PSDB. O PMDB ficou praticamente onde sempre esteve: com muitas prefeituras no interior e presença tênue nos grandes centros urbanos.

Segundo as leis da política, a vitória tucana afetará a relação com os peemedebistas e com o governo Temer. Nas vésperas do pleito foram nítidos os movimentos no sentido de que, liquidada a força político-eleitoral do PT, a Lava Jato vai centrar fogo no PMDB como sócio do petrolão. E com isso, podem ser abertas as portas para o descarte de um governo que, cinco meses após a posse, não estabilizou a política nem aprumou a economia. As mesmas justificativas usadas para derrubar Dilma podem ser reembaladas numa operação contra Temer.

O voto da periferia: Por que João Doria?

Por Danilo Sartorello Spinola, no site Brasil Debate:

Há uma tendência na tradição política brasileira que vem do nosso senso comum em acreditar que o projeto político da esquerda esteja associado aos interesses da grande massa populacional e da classe trabalhadora. Por outro lado, associa-se à elite o projeto político de direita.

Pois, nos meses que antecederam as eleições municipais, em um dos raros momentos da política brasileira, tivemos um candidato que abertamente defende um projeto liberal, privatista e que se põe como o representante da classe empresarial capitalista. O resultado, para muitos inesperado, foi a vitória de tal candidato no primeiro turno nas eleições municipais da maior cidade do país.

Esquerda aposta na paz na Colômbia

Por Vanessa Martina Silva, no site Opera Mundi:

Após a vitória do “não” no plebiscito que consultou a população para a ratificação do acordo de paz assinado entre o governo colombiano e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), neste domingo (02/10), a Marcha Patriótica, principal movimento social e político da Colômbia, ressaltou a importância de seguir no caminho da paz.

Em seu Twitter, a organização afirmou que “hoje não perdemos nem um ápice da convicção na paz. Cada dia somos mais, impulsionados por profundos sentimentos de amor”.

A periferia abandona o PT

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, perdeu em todos os distritos eleitorais da capital, inclusive nos redutos tradicionais do seu partido, o PT. Haddad perdeu em Parelheiros e Grajaú (zona Sul) para Marta, perdeu no Itaim Paulista (zona Leste) para Celso Russomanno e perdeu para o eleito João Doria Jr. em Guaianases, Cidade Tiradentes e Capão Redondo (zona Sul). O prefeito teve seu melhor desempenho em Pinheiros, bairro de classe média alta da zona Oeste.

Eleições: um desastre e seus significados

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

As forças políticas que deram um golpe de Estado e empossaram um governo ilegítimo, há poucos meses, tiveram ontem uma vitória eleitoral expressiva, em todo o país. Ela pode ser vista por diversos ângulos.

No conjunto dos municípios, PMDB (1028) e PSDB (793) – os dois partidos essenciais para o golpe – elegeram o maior número de prefeitos. Embora já fosse assim em 2012, a novidade mais expressiva é o encolhimento das prefeituras petistas: são agora apenas 256, menos da metade de há quatro anos.

Já nas capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores – um universo de 93 cidades, onde concentram-se 40% dos eleitores – sobressai algo ainda mais grave: o predomínio do PSDB; além, novamente, do declínio do PT. Os tucanos, que tinham 18 prefeituras há quatro anos, elegeram 14 candidatos no primeiro turno e levaram 19 postulantes ao segundo. Os petistas, que tinham 14 em 2012 (e chegaram a eleger 25, em 2008), ficarão entre um (eleito no primeiro turno) e oito.

Oligarquias praticam o golpe da reconquista

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O golpe de classe via parlamento é um processo que gerou uma cadeia de outros golpes com especial atropelo da ordem jurídica e constitucional. Os golpes são contra a diversidade social e de gênero, não mais representada no governo, golpe na cultura, golpe na saúde, golpe nos direitos sociais, golpe nas aposentadoria, golpe judicial e ultimamente golpe nas eleições. Estes golpes têm por detrás as oligarquias conservadoras que utilizaram uma sagaz estratégia de conquistar setores do judiciário, do ministério publico, da polícia federal e do corpo de procuradores para conseguir seus fins.

As eleições e o desencanto com a política

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

O número de pessoas que não votaram em nenhum candidato – abstenções, brancos e nulos – superou a quantidade de votos do primeiro colocado nas eleições municipais em diversas cidades. Para movimentos populares brasileiros, esse fenômeno indica um repúdio de boa parte da população brasileira ao sistema político nacional.

Em Belo Horizonte, o número de eleitores que não escolheu qualquer candidato superou a soma dos dois primeiros colocados. João Leite (PSDB) obteve o voto de 395.952 eleitores e Alexandre Kalil (PHS) 314.845. Juntos, portanto, receberam 710.797. As abstenções (417.537) e os votos nulos (215.633) e brancos (108.745) totalizaram 741.915.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A vitória do banditismo nas eleições

Por Jeferson Miola

O resultado eleitoral representa o êxito praticamente absoluto da estratégia golpista. É sinal inequívoco da vitória do banditismo sobre a democracia. Mais que uma derrota do PT, foi uma vitória do banditismo político, jurídico e midiático.

Nas semanas que antecederam a eleição deste domingo, foi processado o mais impressionante bombardeio já sofrido por um partido político na história do Brasil.

O ataque aterrador de juízes [inclusive do STF], procuradores do MP e delegados da PF para alvejar lideranças e candidaturas do PT não encontra precedente histórico.

PT corre atrás das mudanças que despertou

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Quando o PT foi formado, em 1980, o Brasil lutava contra a ditadura militar. O partido surgiu como frente de intelectuais, militantes das Comunidades Eclesiais de Base da igreja Católica e o operariado do ABC paulista, onde estava o mais moderno da indústria brasileira. Era o auge da presença da indústria no PIB, com cerca de 22%, um aumento vertiginoso em relação aos anos 50 (mais ou menos 10%).

A tarefa principal da ditadura tinha sido a de organizar a mão-de-obra brasileira dentro dos parâmetros necessários à expansão multinacional dos Estados Unidos: arrocho salarial, controle absoluto sobre a organização sindical, supressão contínua de direitos. A Globo, como hoje, fazia o roteiro do golpe: festejava periodicamente o Operário Padrão, que ganhava premio por bom comportamento e aparecia no Jornal Nacional como exemplo de ascensão social. Era a versão retrô da ‘meritocracia’, ascensão individual obtida pelo estudo e pelo trabalho, nunca pela organização coletiva ou - Deus que nos livre - pela reivindicação de direitos.

O trem da alegria da mídia golpista

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Realmente, o discurso de austeridade fiscal do governo vale apenas quando se trata de cortar investimentos em educação, saúde e aposentadoria do pobre; não para as mamatas da Globo, Folha, Estadão e Abril, os quatro cavaleiros do golpe.

O trem da alegria começou a rodar a todo vapor!

Os pixulecos federais para os apoiadores do golpe estão brotando como maná dos céus!

Alckmin tira Serra e Aécio de seu caminho

Por José Cássio, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Eu nem sabia que o João Doria era do PSDB”.

Agora José Serra, ministro das Relações Exteriores, sabe.

Seu colega de partido é o novo prefeito de São Paulo, eleito em primeiro turno com 3.085.187 votos, numa eleição em que superou Fernando Haddad (PT), Celso Russomanno (PRB), Marta (PMDB) e Luiza Erudina (PSOL).

Medo de vaias: Temer foge da Casa Rosada

Manifestantes jogam ratos para Temer,
em sua visita a quinta de Olivos 
Do site Carta Maior:

Nesta segunda-feira (3/10), Mauricio Macri e Michel Temer realizarão o primeiro encontro entre um presidente do Brasil e da Argentina após a queda de Dilma Rousseff do Planalto, após um processo que o governo argentino acompanhou à distância. O encontro não será na Casa Rosada, sede oficial do Poder Executivo, e sim na Quinta de Olivos, a residência presidencial – equivalente ao Palácio da Alvorada.

Antes de partir a Buenos Aires, Temer afirmou que espera iniciar uma boa relação com Macri: “pensamos parecido”. Aqueles que não pensam como ele, e que acreditam que a saído de Rousseff não foi legítima, realizarão protestos na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, com a consigna “Buenos Aires escracha Temer, o presidente golpista do Brasil”.

A eleição da abstenção e da Lava-Jato

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Não é preciso ter muita imaginação para antecipar a explicação convencional para a derrota histórica sofrida pelo Partido dos Trabalhadores nas eleições municipais, em particular em São Paulo, maior cidade brasileira e tradicional referência para o debate político. Passaremos os próximos dias a ouvir que o PT foi punido por seus próprios erros e pagou por eles. Adversários históricos do partido que desde o nascimento esteve no centro das principais lutas dos trabalhadores e da população mais pobre do país irão profetizar a inevitável derrocada final, que seria a confirmação da desorientação política, de uma suposta falta de valores morais e até ausência de títulos acadêmicos por parte de seu núcleo dirigente.

MBL elegeu oito de seus 45 candidatos

Da revista CartaCapital:

O Movimento Brasil Livre, um dos grupos que liderou os protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff desde 2015, conseguiu eleger oito dos 45 candidatos que apoiou nas eleições municipais de 2016. Para obter esse aproveitamento, de 17%, o grupo elegeu um prefeito no interior de Minas Gerais e sete vereadores, sendo três no estado de São Paulo, dois no Paraná e outros dois no Rio Grande do Sul.

Durante todo o ano de 2015 e o início deste ano, o MBL vendeu sua imagem como a de uma entidade apartidária, que estava nas ruas "contra a corrupção". O avanço do processo de impeachment e aproximação das eleições mostraram que não era bem assim.

Eleição confirma hegemonia dos golpistas

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                    

Os números são estarrecedores, não só para o PT mas também para toda a esquerda e as forças antigolpistas: os tucanos elegeram no primeiro turno, além de Dória na maior cidade do país, Firmino Filho, em Terezina. E disputarão o segundo turno em oito capitais.

Já o PMDB, embora tenha sofrido derrotas importantes no Rio e em São Paulo, está no segundo turno em seis capitais. No primeiro turno, o partido do usurpador Temer só elegeu o prefeito de Boa Vista (RR), mas detém ainda o maior número de prefeitos do país.

João Doria poderia não assumir o cargo?

Da revista Fórum:

O novo prefeito da cidade de São Paulo, confirmado ontem (2), já no primeiro turno, pode não assumir o cargo se condenado em uma das duas ações judiciais que pedem a cassação do registro da sua candidatura por abuso de poder politico e por utilizar dinheiro oriundo de contrato com pelo menos quatro estados para financiar sua campanha.

A derrota do PT e os desafios futuros

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

As eleições municipais trazem consequências variadas para a oposição e para a situação.

As principais conclusões a serem tiradas:

Peça 1 – a derrota de Fernando Haddad

A derrota no primeiro turno em São Paulo foi a maior demonstração, até agora, da eficácia da política de “delenda PT”, conduzida pela Lava Jato junto com a mídia. Não se trata apenas de uma derrota a mais, mas a derrota do mais relevante prefeito da cidade de São Paulo desde Prestes Maia.

Doria anuncia mais mortes no trânsito

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Impressionante a rapidez do retrocesso que espera os paulistanos.

João Dória apressou-se em anunciar hoje, no Bom Dia SP, que fará, na primeira semana de governo, a liberação dos limites de velocidade nas marginais da cidade: 90, 70 e 60 km/he não mais 70, 60 e 50 Km, respectivamente nas pistas expressa, central e local.

É só o tempo, diz ele, de trocar as placas.

Mídia, classe média e o voto conservador

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Uma das características políticas do Brasil nos últimos anos tem sido a polaridade entre a votação nas regiões em que o papel dos meios de comunicação é determinante – de que as grandes cidades do Centro-Sul é o melhor exemplo – e aquelas em que a melhoria das condições de vida da população é determinante – como no Nordeste do país – e anula o efeito da imprensa. Foi assim, caracteristicamente, na reeleição da Dilma, em 2014, quando ela foi amplamente derrotada no Centro-Sul – com a grande e decisiva exceção de Minas Gerais onde, ainda assim, foi derrotada em Belo Horizonte –, mas triunfou, sempre com mais de 70%, no Nordeste do Brasil.

Sobre as eleições e os epitáfios

Por Valter Pomar, em seu blog:

Só tem algo mais chato do que uma derrota: os epitáfios escritos pelos inimigos, adversários e falsos amigos.

Contra eles, só há um antídoto: o exame da realidade, a busca das causas, retomar as energias e voltar a caminhar.

Ponto 1

Para começo de conversa: a esquerda já sofreu, está sofrendo e ainda vai sofrer derrotas piores do que as deste 2 de outubro de 2016.

Golpe não deu votos ao PMDB de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O PT, como era previsível, perdeu nas urnas deste domingo mais da metade das prefeituras que tinha e só ganhou em uma capital, Rio Branco (AC). Mas foi o PSDB, e não o PMDB, que o removeu do Planalto com o golpe do impeachment para herdar o governo, o maior beneficiário da onda conservadora. Derrotado no chamado “triângulo eleitoral das Bermudas” (Rio, São Paulo e Belo Horizonte), o partido de Temer venceu apenas em Boa Vista (RR), com Teresa Jucá, no primeiro turno. Certamente um resultado frustrante para quem patrocinou o golpe apostando na viabilização de um projeto próprio de poder. “Derrotamos o PMDB em homenagem à democracia brasileira”, proclamou Marcelo Freixo, do PSOL, sob gritos de “Fora Temer. Ele passou ao segundo turno derrotando o peemedebista Pedro Paulo.

domingo, 2 de outubro de 2016

Um tsunami conservador arrasa o país

Por Altamiro Borges

Ainda é muito cedo para analisar o resultado das eleições municipais deste domingo (2). A contagem dos votos segue em muitas cidades médias e pequenas e o segundo turno, no final de outubro, é que definirá, de fato, o novo quadro de correlação de forças no país. Mesmo assim, a primeira impressão é de que o Brasil sofreu um tsunami conservador, que terá consequências desastrosas para o sofrido povo brasileiro. No rastro do "golpe dos corruptos", que depôs a presidenta Dilma e levou ao Palácio do Planalto uma gangue de mafiosos neoliberais, a eleição confirmou a guinada direitista no Brasil.


Jandira dá "apoio incondicional" a Freixo

Por Altamiro Borges

Antes mesmo do término da apuração no Rio de Janeiro, a deputada Jandira Feghali (PCdoB) gravou vídeo em que declara seu "apoio incondicional" à candidatura de Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno. Ela agradeceu o carinho dos seus eleitores, explicou que houve migração de seus votos devido às últimas pesquisas e reafirmou que a sua campanha visou demarcar politicamente com o "golpe dos corruptos" - inclusive contra a golpista da TV Globo. Ao final, sem titubear, Jandira Feghali afirmou que agora é total apoio a Marcelo Freixo para derrotar o "retrocesso civilizatório".

Desemprego e arrocho. Acorda peão!

Por Altamiro Borges

O "deus-mercado" prometeu que com o golpe do impeachment de Dilma a economia iria deslanchar e que os empregos ressuscitariam num passe de mágica. Já a mídia privada, que antes só dava notícias pessimistas, mudou abruptamente de postura e passou a difundir um cenário róseo. Os "urubólogos" se converteram em otimistas radiantes - talvez como forma de agradecimento ao covil golpista pelo aumento das verbas de publicidade. Já o Judas Michel Temer, não vale nem comentar. Afinal, ele é apenas um fantoche, um fujão, um típico oportunista - sem voto e sem legitimidade. A promessa do paraíso, porém, não durou muito tempo. E muitos "midiotas", que foram às ruas rosnar pelo "Fora Dilma", já devem ter concluído que fizeram papel de otários, de massa de manobra dos golpistas!

Temer, o fujão, vota escondido!

Por Altamiro Borges

O usurpador Michel Temer morre de medo das vaias. Neste domingo (2), ele foi o primeiro a votar na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Perdizes, na zona oeste da capital paulista. Temendo os protestos agendados por estudantes, o "fujão" chegou ao local por volta das 7h30 - meia hora antes da abertura dos portões para os eleitores e três horas e meia antes do horário de votação divulgado pela própria assessoria do Palácio do Planalto. De acordo com o noticiário, o Judas ainda reforçou o seu esquema de segurança – com agentes em uma van e em mais dois outros carros descaracterizados. A manobra evitou as vaias e os gritos de "Fora Temer", mas confirma o rápido desgaste do golpista.

sábado, 1 de outubro de 2016

PMDB e PSDB lideram time de "fichas-sujas"

Por Altamiro Borges

O site Congresso em Foco fez um levantamento detalhado sobre os partidos com maior número de candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa. Daria até manchete nos jornalões e destaque na tevê na semana decisiva das eleições municipais. O estudo, porém, simplesmente foi ofuscado pela imprensa falsamente moralista. E não é para menos. Os dois partidos campeões em políticos "fichas-sujas" são exatamente o PSDB e o PMDB, os principais responsáveis pelo "golpe dos corruptos" que depôs a presidenta Dilma. O levantamento poderia servir de alerta aos "midiotas" de várias cidades, que estão prestes a votar em candidatos mais sujos do que pau de galinheiro.

FMI manda Temer ferrar o trabalhador!

Por Altamiro Borges

Pelo jeito, uma antiga palavra de ordem dos movimentos sociais brasileiros será retomada em breve: “Fora daqui, o FMI”. No triste reinado do tucano FHC, o Brasil firmou três acordos com o Fundo Monetário Internacional e seus algozes impuseram o receituário neoliberal de desmonte do Estado, da nação e do trabalho. Com a vitória de Lula em 2002, um novo ciclo politico se iniciou no país e a submissão ao órgão foi superada, inclusive com o pagamento de antigas dívidas. O slogan perdeu o sentido. Agora, porém, o covil golpista de Michel Temer retoma a relação servil com o FMI, que já passa a dar ordens sobre os rumos da economia – logicamente visando beneficiar os banqueiros e ferrar os trabalhadores.

A estratégia do PIG contra PT e PCdoB

Manifesto de jornalistas em apoio a Haddad

Reeleição de Haddad é parte do restabelecimento da democracia ameaçada

O jornalismo deve apresentar os fatos da maneira mais objetiva possível. No entanto, temos visto cotidianamente versões, opiniões, distorções ou, mesmo, invenções sendo divulgadas como fatos.

Esta postura é alimentada pela direção de grandes veículos de comunicação que não agem segundo as normas do bom jornalismo mas, sim, motivados por interesses políticos, ideológicos ou econômicos, o que tem causado danos à reputação, credibilidade, imagem e, até mesmo, integridade física de alguns profissionais que são agredidos durante coberturas jornalísticas.

A ofensiva da Folha contra os blogs

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Nassif publicou hoje uma análise sobre o recente ataque da Folha aos blogs, em reportagem de página inteira publicada ontem. Eu gostaria de complementar o texto de Nassif com algumas observações. Talvez eu repita pontos já levantados por Nassif, mas é que eu gostaria de ressaltar umas coisas.

Em primeiro lugar, destaquemos a bizarrice de uma matéria sobre um não-fato. Não há notícia. A reportagem não informa ao leitor para onde o dinheiro de seus impostos está sendo destinado. Ele sabe que não há mais um centavo indo para os 13 blogs pesquisados. Ok. Mas então para onde está indo o dinheiro? Quanto foi gasto em publicidade federal de maio até agora? Para quais veículos foram destinadas os recursos?

A demissão de Trajano e a caça às bruxas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro de Mundo:

A demissão de Trajano da ESPN é um prenúncio da caça às bruxas nas grandes corporações jornalísticas brasileiras.

Muito mais coisa está por vir.

Esquerdistas como Trajano estão sob a mira da plutocracia.

Me veio à cabeça um episódio narrado num documento por Armando Falcão, ministro de Geisel, no começo do fim da ditadura.

E com vocês, a Petrobrax!

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Em um país que costuma apagar rapidamente eventos históricos importantes de sua memória coletiva, nunca é demais recuperar fatos carregados de significado. Tanto mais pelo simples fato de que, muitas vezes, tendem a se repetir por aqui ensaios esfarrapados, como se fossem a maior novidade da face da Terra.

Refiro-me, no caso, a todo esse carnaval que vem sendo feito em torno da tentativa de desmonte que o governo Temer está tentando patrocinar em cima de uma das maiores conquistas do povo brasileiro ao longo das últimas décadas - a Petrobrás. A blindagem dos meios de comunicação em torno de críticas às opções de política econômica se completa com a construção de uma narrativa, segundo a qual a equipe é formada de indivíduos de elevada competência técnica e profissional. E o mesmo fenômeno se dá com o Pedro Parente, o indicado para a presidência da nossa petroleira. Tudo na base da torcida e do embalo do “agora, vai!”.

Coragem de Jandira mostrou o rei nu

Foto: Bruno Bou
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os brasileiros tiveram uma lição inesquecível sobre a vida num país onde não existe uma mídia livre, mas um conglomerado de emissoras que tratam a democracia como extensão da sala de visitas de suas empresas.

Estou falando da reação da apresentadora Ana Paula Araújo diante da observação de Jandira Feghalli sobre o papel da TV Globo no golpe que derrubou Dilma Rousseff. Na abertura do debate entre candidatos a prefeito do Rio de Janeiro, Jandira fez uma declaração sobre o papel da emissora no impeachment. Lembrou que a Globo “apoiou o golpe contra a democracia, contra uma mulher eleita, cassada sem cometer crime”.

Cenas de uma CPI para tucano ver

Por Débora Melo, na revista CartaCapital:

“Vim aqui conversar com os senhores. Não preciso de advogado, vim conversar com os meus colegas.” A frase dita pelo presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), no início de seu depoimento à CPI da Merenda, resume o que têm sido as reuniões da comissão instalada para investigar o pagamento de propina em contratos superfaturados de merenda com o governo Geraldo Alckmin (PSDB) e ao menos 22 prefeituras paulistas.

Capez teve seu nome citado na Operação Alba Branca, deflagrada em janeiro para investigar a fraude. Ele nega envolvimento no esquema. Seu depoimento no dia 14 de setembro, o mais aguardado da CPI, frustrou expectativas. De um lado, deputados da base tucana rasgaram elogios a Capez; de outro, petistas criticaram o fato de documentos da investigação, incluindo delações premiadas, ainda não estarem em poder da CPI.

O chute na canela que Jandira deu na Globo

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                            

"Boa noite, nós estamos aqui na Globo e eu não poderia deixar de registrar que essa emissora apoiou o golpe contra a democracia e contra uma mulher eleita, que não cometeu nenhum crime. Esse golpe interrompeu o mandato de uma mulher eleita, que melhorou a vida de todos vocês e investiu muito na cidade", disparou Jandira , na abertura do debate da TV Globo, na noite desta quinta-feira, 29 de setembro.

Além de expressar mais uma vez coragem e combatividade, dois dos principais traços característicos de sua personalidade, a candidata da coligação PCdoB/PT à prefeitura do Rio apontou o caminho para enfrentar os adversários da democracia e das boas causas do povo brasileiro: dar nome aos bois, falar o português direto e objetivo que as pessoas entendem.

Lava-Jato e a história surreal de um 'JD'

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em fevereiro deste ano, os principais jornais do país noticiaram que José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, teria recebido 48 milhões de reais da Odebrecht entre 2009 e 2010. A fonte da informação eram os investigadores da Polícia Federal na operação Lava-Jato, que afirmavam corresponder a Dirceu a sigla JD, citada quatro vezes na planilha da empreiteira abaixo dos anos de 2009 e 2010 e ao lado de valores que somavam R$ 48 milhões. A tese, então, era de que Dirceu teria recebido dinheiro da Odebrecht ilegalmente e repassado ao PT.

A educação de Michel Temer

Por Jean de Menezes, na revista Caros Amigos:

O pronunciamento do ministro da Educação e o presidente do País demonstrou o quanto estes senhores estão preocupados com o ensino.

É necessário registrar que falavam para uma plateia de pessoas que muito provavelmente nunca entraram em uma sala de aula, pois aplaudiam e veementemente o rei sem roupas, com vestimentas roubadas!

A medida provisória que modifica o ensino médio visa a formação para o mercado de trabalho, não a formação humana. No pronunciamento, a ênfase no ensino técnico deu o tom. Querem com isso formar alunos que sirvam o capital, qualificados diante dos interesses do mesmo. O Rei pelado ao abrir a boca fez referência ao ensino de sua época no interior paulista, o clássico e o científico, como se isso fosse a grande maravilha de tempos passados. Com isso reivindica o positivismo mais arcaico no ensino, porem melhorado, como ele próprio proferiu.