domingo, 4 de junho de 2017

Justiça pune vídeo porco de Danilo Gentili

Do blog Socialista Morena:

O desembargador Túlio de Oliveira Martins, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) considerou “misógino”, “humilhante” e “uma agressão às instituições” o vídeo postado nas redes sociais pelo pseudohumorista Danilo Gentili, do SBT, contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e ordenou a retirada imediata do conteúdo do ar. No vídeo supostamente “cômico”, Gentili pega uma notificação extrajudicial recebida da deputada para que parasse de divulgar notícias falsas sobre sua filha, rasga, enfia na cueca, esfrega nos testículos e afirma que vai enviar de volta para ela.

Doria e o manual do perfeito gestor idiota

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – manual do perfeito idiota latino-americano

Anos atrás ficou famoso o livro "Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano", de Plinio Apuleyo Mendoza, acerca dos vícios do continente. Valeria uma versão sobre uma das variáveis, o "Perfeito Gestor Idiota Latino-Americano".

Dos anos 90 para cá houve enormes avanços nos modelos de gestão no Brasil, graças ao trabalho dos consultores de qualidade, de gestão, de planejamento estratégico.

Mas persistem vícios do velho modelo fechado, como ectoplasmas pairando no atraso do continente.

Os princípios do "Manual do Perfeito Gestor Idiota Latino-Americano" seriam os seguintes:

1. O idiota bala de prata.

"Querem colocar outro Temer no governo"

Por Pedro Zambarda, no blog Diário do Centro do Mundo:

A demissão de Maria Silvia Bastos no dia 26 de maio e o início da CPI do BNDES em plena delação premiada da JBS movimentaram o noticiário econômico junto com o político.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, criado em 1952, é apontado como uma das empresas públicas federais que abasteceu o caixa dois de partidos nos escândalos da Lava Jato.

Por trás das acusações pesadas ao BNDES, que financia do agronegócio, passando pela indústria e até mercados tecnológicos de pequenas empresas como os games – o banco é o maior financiador deste segmento –, existe uma campanha de ataque aos investimentos públicos.

Essa é a tese da economista Laura Carvalho, professora do departamento de Economia da FEA-USP e colunista do jornal Folha de S.Paulo.

Remoção de Temer é imperativo republicano

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

'Daqui não saio', diz o presidente-zumbi. Sua remoção da Presidência é um imperativo republicano, mas como ele resolveu se amarrar ao cargo, o custo será altíssimo para o Brasil, prolongando e elevando a incerteza política a índices temerários. Temer e seus auxiliares já admitem que ele será denunciado ao STF pelo procurador-geral Rodrigo Janot e se preparam para a batalha que seria travada na Câmara: a autorização para que ele seja processado pelo STF terá que ser dada pelo voto de 2/3 dos deputados, ou 342 dos 513. A mesma “assembleia de bandidos” que, em 17 de abril de 2016, autorizou o impeachment de uma presidente honesta irá agora barrar o processo contra o presidente criminoso? Só se o Brasil tiver perdido completamente a razão mas como estamos vivendo tempos loucos, até isso pode acontecer aqui no “bananão” verde-amarelo.

III Encontro de Ativistas Digitais de SP

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Liberdade de expressão em tempos de exceção é o tema do 3º Encontro Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais de São Paulo, que ocorre nos dias 9 e 10 de junho, na capital paulista. O evento reúne jornalistas, blogueiros, midiativistas e estudantes para debater uma série de temas ligados à mídia e à resistência democrática contra o Estado de exceção em curso no país.

O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo - Sindisep (Rua Barão de Itapetininga, 163, 2º andar) sediará a atividade. A taxa de inscrição é de R$ 50, sendo que estudantes têm direito à meia-entrada (R$ 25).


O golpe em seu impasse

Por Pedro Otoni, no site Outras Palavras:

A crise do governo Temer ocasionada pela delação dos proprietários da JBS promoveu uma atualização da tática golpista. O ponto final para Temer é uma tentativa de continuidade para o golpe.

Postulado 1 – Contradição entre interesse particular e o geral

Os interesses de uma classe não correspondem a um programa acordado a priori entre todos os indivíduos que a compõem. No mundo real, os indivíduos agem a partir de seus interesses, das avaliações que fazem sobre as situações que lhes são impostas, e cada uma destas ações é limitada pelo universo cognitivo do mesmo, além, é claro, da força que dispõe para atuar e viabilizar seus objetivos.

Homem de verdade respeita as mulheres

quinta-feira, 1 de junho de 2017

A eleição indireta será a nova crise

Por Renildo Souza, no site Vermelho:

O tensionamento nacional extremo, a polarização política e o esgarçamento do tecido institucional, além do desemprego avassalador, atingiram o paroxismo, e voltaram-se como bumerangue contra seus antigos beneficiários, a exemplo do ilegítimo presidente Michel Temer e do revanchista senador Aécio Neves. O fato político evidente é que Temer já era, acabou. Mas as forças conservadoras agora preparam a permanência e renovação da crise política com a eleição indireta para o restante do mandato presidencial. Eis a nova peça central do desmonte do país, em prejuízo direto ao povo.

A queda de Temer, em si mesma, é um fato alvissareiro para a democracia. Remove-se a maior expressão do golpe do impeachment contra a presidente Dilma. O afastamento de Temer significa uma grande derrota para as correntes direitistas na sociedade brasileira. Esse revés não deve ser subestimado. Temer era o condutor das reformas trabalhista e previdenciária, que assim ficam chamuscadas. O colapso do governo Temer é um alívio temporário importante para as forças progressistas, até há pouco acossadas, acuadas, massacradas, pelo ataque concentrado e permanente do consórcio político, judiciário e midiático.

Veja agora enxerga 'estado policial' no país

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A “carta ao leitor” da Veja desta semana é um escárnio com os brasileiros que defendem genuinamente o estado de direito, em risco desde que a mídia comercial apoiou um golpe para arrancar Dilma Rousseff da presidência. Após participar ativamente da grampolândia que se tornou nosso país, incentivando-a a ponto de revelar conversas privadas de uma suposta amante de Lula para atingi-lo, o panfleto da Abril agora resolveu condenar o “estado policial” em que nos encontramos. Coincidentemente, justo no momento em que os vazamentos atingem políticos do PSDB, o presidente que a revista ajudou a alçar ao cargo e um blogueiro de seu time de jornalistas.

O desemprego e o silêncio cínico da mídia

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                                                 
Nenhum veículo de comunicação tem a obrigação de adotar linhas editoriais progressistas e sintonizadas com causas caras à esquerda. Aliás, meios de comunicação de massa com essas características são francamente minoritários ao redor do mundo.

Todavia, como diz um dos nossos maiores jornalistas, o bravo Mino Carta, o compromisso com a “verdade factual”, premissa básica do jornalismo, devia ser ponto de honra de qualquer empresa de comunicação, de todo jornalista preocupado em levar informação de qualidade para a sociedade.

Na mídia monopolizada brasileira, isso está a anos luz de acontecer. Mais do que ostentar o nada nobre do título de campeã em manipulações, mentiras e assassinato de reputações, a grande imprensa atua como verdadeiro partido de direita, disputando a agenda política do país, perseguindo e caçando adversários, protegendo corruptos aliados, servindo cegamente aos interesses do mercado e sabotando os interesses populares e nacionais.

Ajuste fiscal e o terrorismo das elites

Por Juliano Giassi Goularti, no site Brasil Debate:

No campo da teoria macroeconômica, desde a crise da dívida nos anos 1980, a política fiscal vem sofrendo uma inflexão quanto a sua capacidade de financiar o processo de desenvolvimento. Naquela década, com um quadro de desequilíbrio nas contas públicas advindas da ruptura do padrão de financiamento, do endividamento e da inflação galopante, a visão de política econômica dominante que passou a exercer influência dentro do Estado foi o monetarismo da Escola de Chicago, protagonizado por Milton Friedman.

Noblat diz que Aécio virou um estorvo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Menos de dois meses depois de tê-lo como convidado VIP de sua festa de 50 anos de carreira, Ricardo Noblat, hoje, joga definitivamente Aécio Neves no lixo, como já fizera com o ex-bonitão Michel Temer.

Diz que “ninguém dentro do PSDB aguenta mais suportar o peso do fardo em que se transformou o senador afastado Aécio Neves (MG). Nem seus telefonemas de cobrança de apoio”.

Se bem que a fama de “telefonista chato” de Aécio seja um traço comum mas delações em que aparece, Noblat não dá pistas de quantos ou quem seriam os incomodados ou se o prefixo dos telefones é 011, São Paulo.

Dados do PIB não autorizam otimismo

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados hoje não autorizam o governo a falar em retomada da economia brasileira, avalia o professor Marcio Pochmann, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que alguns dados positivos do PIB mostram mais um "efeito estatístico" do que consequência de ações do governo Temer.

"As informações revelam muito mais um efeito estatístico, que não deriva de ações do governo, do que uma materialidade para sustentar uma recuperação", diz Pochmann. Entre esses efeito, está o mercado externo, parcialmente favorecido por um período de desvalorização cambial. "Poderíamos ter uma recuperação externa maior se não tivéssemos um processo de valorização cambial no governo Temer", comenta.

O jogo da Seleção não vai passar na Globo!

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

O casamento entre a emissora de televisão e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – que resultou num dos maiores monopólios midiático-esportivo do mundo – esteve inabalável por quatro décadas. Agora, a política, as novas tecnologias, e a busca por mais lucratividade são fatores que estremecem a relação entre ambas e podem abrir um novo capítulo na discussão sobre direito de transmissão de eventos esportivos no Brasil.

O poder econômico da Rede Globo nunca abriu brechas para que outras emissoras de televisão pleiteassem a compra dos direitos de transmissão de campeonatos de futebol. A Globo, para não perder a sua força, comprava tudo – o que ia transmitir e o que não ia transmitir. Ou seja, eliminava qualquer possibilidade de concorrência e criava uma situação na qual a sociedade ficava completamente refém da emissora. A Globo impunha o jogo de futebol que a sociedade iria assistir na televisão. Isso teve impactos culturais, como o fato de ser o Flamengo o time de maior torcida nacional.

PEC abre caminho para as diretas-já

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao aprovar uma nova regra para a eleição direta para Presidente da República, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado tomou uma providência que não pode ser diminuída nem exagerada num país que enfrenta uma situação duas vezes sufocante.

Se Michel Temer até pode ser derrubado em função da rejeição absoluta da uma maioria de brasileiros e brasileiros, num universo de desastres que soma denúncias da JBS, a pior crise econômica da nossa história e uma mobilização popular crescente, a manter-se a legislação atual a troca de presidentes pode representar um golpe dentro do golpe. Isso porque o artigo 81 da Constituição prevê eleições indiretas para substituir um presidente afastado na segunda metade do mandato.

A "retomada" e os ciclos da economia

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Os jornalões estampam em seus sites manchetes animadas com a alta do PIB, que foi de 1% no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior (O Fernando Brito demonstra, no Tijolaço, não haver muitos motivos para comemoração).

Como você pode ver acima, o Globo dá espaço para o exagero desesperado de Temer acompanhado de uma foto do (ainda) presidente parecendo confiante, como que vislumbrando um futuro melhor para a nação.

A economia não está se recuperando

Ilustração: Cival Einstein Macedo Alves
Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

PIB cresceu na margem. O PIB cresceu 1% no primeiro trimestre do ano em relação ao trimestre anterior, mas apresentou queda de 0,4% em relação primeiro trimestre de 2016. A agropecuária teve desempenho extraordinário, crescendo 13,4%. As exportações cresceram 4,8%. Transportes e armazenagem cresceram 2,8%. Tais números indicam que o PIB cresceu voltado para fora. Os investimentos e o consumo das famílias sofreram contração no trimestre, respectivamente 3,7% e 1,9%.

Senado aprova MP da regularização fundiária

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

O plenário do Senado aprovou, por 47 votos a 12, a medida provisória (MP) 759, que trata da regularização fundiária, promovendo alterações estruturais em legislações do campo e da cidade. A votação se deu sob intensos protestos da oposição, que tentou obstruir os trabalhos, mas foi vencida pela maioria governista. O texto da matéria segue agora para sanção presidencial, para ser convertido em lei.

Oito bancadas (PSDB, DEM, PP, PR, PDT, PTB, PRB e PSB) fecharam questão pela votação favorável à medida. Dividida, a bancada do PMDB, mesmo partido de Michel Temer, liberou os senadores para o voto livre. Parlamentares do PT, do PSB, do PCdoB e da Rede se posicionaram contra a matéria, que foi votada depois horas de discussão e atropelos.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

A luta pela democratização da comunicação

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Apesar da agenda de retrocessos imposta pelos setores que assaltaram a democracia através do impeachment e que impõem duros obstáculos para a luta pela democratização da comunicação, há muito o que ser feito neste campo. A avaliação foi feita por Renata Mielli, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), durante o 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (3ENDC), em Brasília, no último domingo (28/5).

Diante de um auditório repleto de comunicadores, estudantes, representantes de movimentos sociais e ativistas pela democratização da comunicação, Renata alertou para a urgência de toda a sociedade civil aderir à batalha em torno desta pauta estratégica. “O movimento social precisa vir para essa luta. Não pode ser uma luta apenas do FNDC e de entidades que atuam especificamente nesse campo. Enfrentar o monopólio privado das comunicações talvez seja a luta mais dura a ser enfrentada”, opina.

Cracolândia no divã: psicanalistas nas ruas

Enviado por Marco Piva

Um grupo de psicanalistas decidiu deixar o consultório para ouvir o que as ruas têm a dizer sobre a complexa situação dos usuários de drogas em São Paulo e a forma como a questão vem sendo tratada pela Prefeitura e pelo governo estadual. O ato, organizado por Ana Laura Prates Pacheco, Aline Molina, Enzo Pizzimenti e Odonel Serrano, surge em meio à indignação diante das medidas autoritárias e violentas na região da Cracolândia, no domingo, 21 de maio. A ação envolveu mais de 900 agentes policiais, não foi comunicada a nenhum órgão de direitos humanos e ainda ocorreu à revelia do Ministério Público e da Defensoria Pública.