terça-feira, 27 de dezembro de 2011

2011: o ano em que a oposição sumiu

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O principal fato político do ano não foi produzido pelo governo, como costuma ser, mas pela oposição. Foi, na verdade, um não fato: o desaparecimento da oposição partidária (sobrou apenas aquela que se abriga em setores da velha mídia e em alguns blogs).

O PSDB e seus satélites DEM e PPS sumiram da cena política brasileira junto com seus líderes, que não pararam de brigar entre si durante todo o ano, e deixaram o campo livre e tranquilo para a presidente Dilma Rousseff inaugurar o seu governo.

UOL confessa sucesso da “privataria”

Por Altamiro Borges

Meio a contragosto, o portal UOL publica hoje que “o livro ‘A privataria tucana’, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., alcançou o topo do ranking dos livros mais vendidos do site especializado em mercado editorial PublishNews. O site contabiliza as vendas em 12 livrarias – Argumento, Cultura, Curitiba, Fnac, Laselva, Leitura, Martins Fontes, Nobel, Saraiva, Super News, Travessa e da Vila”.

Sobre a resposta de Verônica Serra

Por Luis Nassif, em seu blog:

Em sua "Resposta", Verônica Serra sustenta que deixou a Decidir.com em 2001.

De acordo com o livro de Amaury Ribeiro Jr., Verônica Serra contou apenas parte da história. Seria importante - para esclarecimento final da questão - que apresentasse explicações para os pontos efetivamente centrais do livro e não apenas para o que parece ser a parte mais desimportante da história.

Lula: transparência e mau-olhado

Por Nirlando Beirão, na revista CartaCapital:

A se tomar cultura no sentido amplo que lhe dão os antropólogos – o conjunto de representações simbólicas com as quais se identifica determinado grupo – o câncer do Lula é o acontecimento cultural do Brasil em 2011. Nunca antes neste País uma doença teve o condão de revelar tantos significados emblemáticos e tantas patologias sociais.

A pressão pelo marco regulatório

Por Valério Cruz Brittos e Luciano Gallas, no Observatório da Imprensa:

Enquanto o final de ano está (muito) próximo e avançam os tradicionais balanços sobre o período que chega ao fim, também transcorrem os planejamentos do que será feito de diferente nos 365 (ou 366) dias seguintes. Contabilizam-se prós e contras, lista-se o que não foi efetivamente colocado em prática e organizam-se estratégias para que não sejam cometidos os mesmos erros no novo período. Ante isso, a sociedade brasileira organizada pode e deve aproveitar esse momento para realizar sua autocrítica: é possível fazer mais pela implementação de um marco regulatório da comunicação no Brasil?

Noblat alerta “companheiros” tucanos

Por Altamiro Borges

Ricardo Noblat foi o primeiro colunista da mídia demotucana a tratar do livro de Amaury Ribeiro. Não se fingiu de morto, como vários outros “valentões éticos” da chamada grande imprensa que até agora não falaram uma linha sobre “A privataria tucana”. Certo que tratou de desqualificar a obra e o seu autor e de noticiar, com entusiasmo, a decisão do PSDB de processar Amaury.

A volta da ditadura em Minas Gerais

Por Altamiro Borges

O PSDB de Minas Gerais ingressou neste semana com representação, assinada por seu vice-presidente, Domingos Sávio, pedindo ao Conselho de Ética da Assembléia Legislativa a cassação do deputado estadual Rogério Correia (PT). À representação foi anexada uma "reporcagem" da Veja sobre a suspeita "Lista de Furnas". O pedido se dá sob o argumento de que o petista faltou com o decoro parlamentar. Caso seja aprovada na casa sob hegemonia tucana, será o retorno da ditadura em Minas Gerais.

Os dilemas da sexta economia mundial

Por Altamiro Borges

O Centro de Pesquisa de Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês) divulgou nesta segunda-feira que o Brasil já ultrapassou o Reino Unido e tornou-se a sexta maior economia do planeta. Essa surpreendente melhora na pontuação decorre de dois fatores essenciais: da grave crise econômica que atinge a Europa e das políticas aplicadas no Brasil nos últimos anos.

A carreira meteórica de Verônica Serra

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A propósito da nota publicada pelo site do ex-secretário de Comunicação Social do governo Fernando Henrique Cardoso, senhor Eduardo Piragibe Graeff, na qual a senhora Verônica Allende Serra, filha do ex-governador José Serra, defende-se de acusações contidas no livro A Privataria Tucana, dou a conhecer a carreira meteórica dessa senhora que entre os 25 e os 30 anos se tornou um fenômeno do mundo dos negócios ao ganhar milhões em período tão curto.

País avança, mas há muitos gargalos

Editorial do sítio Vermelho:

"2011 foi um ano de grande prova e 2012 será mais um marco de consolidação do modelo brasileiro. Abriremos o ano com forte aumento do salário mínimo, com redução de impostos, com a retomada do crédito, com aumento de investimentos e mantendo a estabilidade fiscal", afirmou entre satisfeita e otimista a presidente Dilma Rousseff em pronunciamento à nação na noite de 23 de dezembro.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Paulo Bernardo: o prazo acabou

Por Altamiro Borges

No final de abril, representantes de 20 entidades que lutam pela democratização da mídia tiveram uma audiência, de quase duas horas, com o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, em Brasília. Na ocasião, ele se comprometeu a apresentar um projeto sobre novo marco regulatório do setor para consulta pública. Mas quando? – perguntaram os presentes. “No segundo semestre”.

Os corsários do patrimônio público

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Meu exemplar chegou na noite de Natal. Por já conhecer muito do conteúdo, parte por trabalhar como editor de economia e política nos anos das privatizações, parte por acompanhar profissionalmente casos diversos de corrupção e desdobramentos de ações da Polícia Federal, a partir de São Paulo, achei que não encontraria nada de muito escandaloso no relato de Amaury.

Dilma esbarra em Ali Kamel

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Através do Tijolaço, o ansioso blogueiro assistiu à excelente exposição de fim de ano da Presidenta Dilma Rousseff, que também pode ser vista no Blog do Planalto.

Apesar dos pesares, e da crise que a Globo dissemina 24h por dia, foi um ano brilhante.

Que calou a boca da Oposição.

Porém, através do PiG, a Oposição conseguiu engessar a agenda política do pais.

Papel-jornal e o embate na Argentina

Por Damián Loreti, no sítio Carta Maior:

Nos últimos dias assistimos à publicação de diversas críticas ao projeto de lei que declara de interesse público a produção de papel para jornais por sua eventual inconstitucionalidade frente ao artigo 32 da Constituição Nacional. Estudantes, jornalistas e colegas que têm meu endereço de correio eletrônico encheram a caixa de entrada com perguntas a respeito. Veremos se é possível ajudar a esclarecer as coisas.

Casa dos tucanos está podre, vai cair

Por Marco Antonio Araujo, no blog O Provocador:

Diante do silêncio absoluto da mídia canalha, se tornou obrigação cívica divulgar o livro A Privataria Tucana (Geração Editorial), do jornalista Amaury Ribeiro Jr. A reportagem é uma porrada.

Prates, Neymar e o "retardado mental"


Veja também:

- Prates, “o elitista”, dançou na RBS/Globo

Serra, Aécio e a guerra da imprensa

Do blog de Luis Nassif:

Por trás da guerra entre tucanos mineiros (aecistas) e paulistas (serristas), havia também entre 2009 e 2010 uma luta entre jornais engajados.

O Estado de São Paulo e a Folha de S. Paulo não economizaram esforços para detonar toda e qualquer possibilidade de o então governador mineiro, Aécio Neves, ser o candidato tucano à Presidência.

Serra fala de corrupção. A dos outros

Por Nirlando Beirão, em seu blog:

Nas páginas sempre amigas, aliadas, do Estadão de S. Paulo – clamoroso exemplo da imparcialidade da imprensa brasileira – o ex-tudo José Serra (ex-prefeito, ex-senador, ex-ministro, ex-governador, ex-candidato à Presidência) volta à tona, em 22 de dezembro, como se nada tivesse acontecido.

Um diálogo sobre burros e humanos

Faces da guerra - Salvador Dali
Por Georges Bourdoukan, em seu blog:

Dois burros conversavam quando um perguntou ao outro:

- Imagina você que quando um humano quer ofender a outro humano o acusa de burro. Por que será?

- Não tenho a mínima idéia.

- Quando será que isso começou?

- E quem sabe?

- Realmente é estranho isso...Humano chamar o outro de burro como ofensa.

Mudanças na classificação indicativa

Por Iara Moura, no Observatório do Direito à Comunicação:

Os irmãos Miguel, Rafael e Gabriel têm respectivamente 5, 9 e 12 anos e cumprem uma rotina diária típica de muitas crianças brasileiras. São sacudidos cedo pela mãe e vão juntos à escola do bairro localizada a poucos quarteirões da casa onde vivem. No fim da aula, seguem a pé até a casa da avó, onde ficam até a mãe, Lúcia Helena, retornar do trabalho. Após o almoço, cumprem as tarefas de casa “voando” e correm pra frente da TV. Se não passa um filme ou desenho que chame a atenção, ligam o videogame. Ali gastam o resto da tarde enquanto a vó ocupa-se das atividades domésticas. Lúcia nem pensa muito quando a pergunta vem: “Agora (por volta das 15h) o que os seus filhos estão fazendo? “Estão vendo TV”, dispara em tom de adivinha.