segunda-feira, 6 de março de 2017

A 'mula' de Temer e o escândalo sem nome

Montagem do blog de Rodolfo Vasconcellos
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Em 2005, Roberto Jefferson (PTB) deu uma entrevista bombástica para Renata Lo Prete revelando um esquema de compra de apoio de deputados pelo governo. Em uma entrevista curta, Jefferson disse a palavra “mensalão” 17 vezes. O escândalo já vinha batizado e atormentaria o governo Lula e o alto escalão do PT por muitos anos. À época, o assunto foi tão explorado e martelado na cabeça dos brasileiros, que muito se duvidou da reeleição de Lula. O ex-senador do PFL (ex-Arena, atual DEM) e filhote da ditadura militar Jorge Bornhausen chegou a decretar a morte do PT com uma frase reveladora da sua alma: “Estou é encantado (com a crise do mensalão), porque estaremos livres dessa raça pelos próximos 30 anos”.

Blindagem de Aécio e tucanos acabou?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A blindagem de Aécio Neves e seus tucanos não resistiu ao Carnaval.

Na Quarta-Feira de Cinzas, eles começaram a entrar na roda da Lava Jato e não deu mais para segurar a fantasia de pureza no enredo do reino encantado da corrupção. O carro alegórico da hipocrisia quebrou no meio do desfile.

De nada adiantou Rodrigo Janot decretar sigilo no depoimento do príncipe das empreiteiras, Marcelo Odebrecht, agora autoproclamado "bobo da corte" e "otário do governo", seus novos personagens.

Temer acelera desmanche iniciado por FHC

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Após dois anos de recessão, corte generalizado do gasto público, contenção do crédito e redução das exigências para a venda e a concessão de ativos do Estado, aumentam os indícios de que o governo Temer tornará o Brasil ainda mais frágil para seguir rumo próprio na economia e mais vulnerável no contexto global.

O pacote em preparação para atrair, segundo os jornais, 370 bilhões de reais em investimentos em dez anos não parece obedecer a outra estratégia além de austeridade na proteção social e facilidade na transferência do controle de ativos do Estado para investidores particulares, principalmente estrangeiros.

A "nova" questão dos juros

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Há décadas que a sociedade brasileira tem convivido com um fenômeno que chama muito a atenção de todos os que pretendemos compreender a economia a partir de uma ótica diferente daquela que a ideologia do financismo impõe como a suposta regra natural da economia de mercado.

Nesse caso refiro-me mais especificamente à trajetória de nossa taxa de juros. Já foi dito e repetido à exaustão que o Brasil tem proporcionado aos agentes econômicos locais e estrangeiros a maior taxa de juros do planeta. Com raras e pontuais exceções de um ou outro mês, ao longo dos últimos anos temos ocupado o primeiro lugar no pódio. Em alguns momentos, chegamos a ser ultrapassados pela Turquia ou pela Rússia. Mas, via de regra, para qualquer investidor capitalista que busque a maior rentabilidade financeira para suas aplicações, a opção Brasil tem despontado como a melhor alternativa isolada.

A senha para regulamentar a escravidão

Por Joanne Mota, no site da CTB:

Michel Temer avança mais uma vez contra a classe trabalhadora e pressiona a base governista a votar o projeto de lei 4302/1998, que institui a terceirização/precarização plena no mundo do trabalho. A proposta, que foi encaminhada pelo executivo durante a gestão FHC, é relatada pelo deputado Laércio Oliveira (SD-SE) e só depende de uma votação no plenário da Câmara para ir à sanção.

Ao criticar a manobra da Câmara e do Executivo, que já deu provas suficientes de que para os trabalhadores e trabalhadoras o horizonte é de precarização e escravidão, o presidente da CTB, Adilson Araújo, afirmou que o que se quer com um projeto como esse é “a liquidação total dos direitos”. Para o dirigente nacional, esse projeto é "a senha para regulamentar a escravidão moderna".

As "reformas" e o longo ano de 2017

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

As questões colocadas na agenda dos debates deliberativos do Congresso Nacional e dos encaminhamentos do poder executivo são iniciativas complexas do governo federal e que terão múltiplos impactos sobre a vida das pessoas e as bases do desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. Será um longo ano de um tempo curto para as lutas.

O desemprego crescerá porque a economia continuará patinando, o que dramaticamente compromete a vida dos trabalhadores e a perspectiva geral do desenvolvimento do país. Por isso,a centralidade da luta pelo emprego, o que requer uma visão estratégica de como retomar e sustentar o crescimento e o desenvolvimento econômico nacional e soberano.

Uma nova onda macartista nos EUA

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Você acredita nas “matérias” e comentários cada vez mais frequentes na velha mídia, segundo as quais Putin aliou-se a Trump para influenciar as eleições norte-americanas? Então leia, por favor, um artigo (http://bit.ly/macartismo) publicado há uma semana, em The Nation, por Stephen Cohen, editor associado à revista e professor emérito das universidades de Princeton e Nova York. Abismado com o volume gigantesco de propaganda anti-russa nos jornais e sites norte-americanos (inclusive “alternativos”), Cohen concentra-se em dois pontos.

Metrô de SP vive à beira de uma tragédia

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Trabalhadores da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), empresa administrada pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB), passam os dias torcendo para que não aconteça uma tragédia. Em um relatório administrativo obtido pela RBA, um operador de trem relata seu desespero ao perceber uma briga dentro do trem e descobrir que só havia seguranças atuando na estação Itaquera da Linha 3-Vermelha. Outros relatam um imenso número de “burlas”, usuários que entram sem pagar no sistema. O Sindicato dos Metroviários está elaborando uma campanha para exigir melhores condições de trabalho e contratações de profissionais para o Metrô.

Denúncia do Moro à Corregedoria de Justiça

Por Jeferson Miola

Exmo. Sr. Juiz João Otávio de Noronha
Corregedor Nacional de Justiça
corregedoria@cnj.jus.br

Senhor Corregedor,

Lê-se na página web da Corregedoria Nacional de Justiça que o objetivo principal da Corregedoria é “alcançar maior efetividade na prestação jurisdicional, atuando com base nos seguintes princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (art. 37 da Constituição Federal)”.

Ali também se lê que “Todas as atribuições do Corregedor Nacional de Justiça estão definidas na Constituição Federal, no § 5º do art. 103-B, e regulamentadas no artigo 31 do Regimento Interno do CNJ”. Dentre elas, cabe destacar aquelas atribuições que consubstanciam a presente denúncia do juiz Sérgio Moro:

domingo, 5 de março de 2017

Quatro anos da morte de Hugo Chávez

Henrique Alves: sortudo ou vigarista?

Por Altamiro Borges

O cinismo dos golpistas não tem mais limites. Blindados pela mídia chapa-branca e protegidos por setores do Judiciário, eles abusam da paciência dos brasileiros – inclusive dos “coxinhas” que serviram de massa de manobra para o impeachment de Dilma. Na semana passada, o Ministério Público Federal revelou que encontrou US$ 833 mil – o equivalente a 2,5 milhões de reais – em uma conta na Suíça em nome de Henrique Alves, um dos líderes do golpe dos corruptos que alçou Michel Temer ao poder. Diante da descoberta, o velhaco afirmou apenas que “desconhecia” o volumoso depósito e que “terceiros” movimentaram o dinheiro sem o seu conhecimento. Ou ele é muito sortudo ou é um autêntico vigarista!

Demissões e censura na "TV do Temer"

Por Altamiro Borges

Quando o ex-presidente Lula aprovou a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em 2008, a mídia privada  que detesta concorrência e se acha dona das concessões públicas de rádio e tevê no país  fez o maior escândalo. Em editoriais e artigos opinativos dos seus "calunistas" de aluguel, ela afirmou que a TV Brasil, um dos veículos da EBC, seria a "TV do Lula". Apesar da cobertura plural  e até "republicana" demais , a emissora foi alvo de intensa campanha de ataques. Agora, porém, o usurpador Michel Temer desfecha vários golpes autoritários contra a TV Brasil e os barões da mídia fazem o maior silêncio. Afinal, eles sempre torceram pelo fiasco do sistema público de comunicação.

Rejeição a Temer vai a 89% nas redes sociais

Por Altamiro Borges

O covil golpista de Michel Temer aumentou as verbas publicitárias na mídia tradicional e nas redes sociais para difundir mentiras, espalhar terrorismo e melhorar sua imagem na sociedade. A "propina" aos donos dos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê e também aos "youtubers" e ativistas digitais mercenários tem sido descarada. Pelo jeito, porém, as campanhas milionárias não têm surtido efeito. Neste domingo (5), a versão brasileira do jornal espanhol El País publicou um estudo sobre a popularidade no usurpador na internet. O resultado é desastroso, um recorde de rejeição. Segundo o levantamento, 89% das manifestações no Facebook e no Twitter são contrárias ao chefe de quadrilha que assaltou o poder no Brasil.

Vale conferir a reportagem do El País, assinada pelas jornalistas Carla Jiménez e Marina Rossi:

O grampo ilegal na cela de Yousseff

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

As investigações sobre o grampo na cela do doleiro Alberto Yousseff, preso na primeiríssima fase da Lava Jato, revela que a operação já nasceu despreocupada em seguir os trâmites legais.

Reportagem publicada pela Folha, hoje, revela diversas coisas.

As próprias forças que sustentaram a Lava Jato, deixando-a crescer desmesudaramente, sem nenhum tipo de limite, perdoando-lhes os mais graves desvios de conduta (a ponto do tribunal regional de porto alegre emitir despacho afirmando que a Lava Jato está acima da Constituição), começam a puxar o freio da operação, para que ela não se desvie de sua narrativa central, que é pegar Lula. É a própria Lava Jato acabando com a Lava Jato, vide o apoio de procuradores da operação à nomeação de Alexandre de Moraes para o STF. Os próprios operadores da Lava Jato agora ensaiam uma maneira de inventar um final digno à operação, talvez se vitimando, talvez em busca de mais ou outro boi de piranha do próprio governo.

O estupro de Alexandre Garcia

Do site Vermelho:

O comentarista do noticiário matinal Bom Dia, Brasil, da TV Globo, e apresentador da Globonews, o jornalista Alexandre Garcia, provocou revolta nas redes sociais na noite desta quinta-feira (2), depois de fazer um comentário irônico e de desprezo a respeito da declaração da atriz norte-americana Jane Fonda, que revelou ter sido estuprada quando era criança.

"E eu com isso?", comentou Alexandre Garcia, ao compartilhar uma matéria sobre Fonda em sua conta no Twitter.

A transposição e o golpista da Paraíba

Por Conceição Lemes, com dica de Gerson Carneiro, no blog Viomundo:





Diz o ditado popular: Filho feio não tem pai.

Já se é bonitinho, há até filas para fazer o teste de paternidade.

É o que está acontecendo com a fantástica transposição do Rio São Francisco, obra-símbolo dos governos Lula e Dilma, que já é realidade.

É inacreditável o que estão aparecendo de pretensos “pais da criança”.

O da hora é deputado federal Marcondes Gadelha, de Paraíba, vice-presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC).

'Paulo Preto', o amigo que Serra deixou

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No Estadão, ressurge a figura de Paulo Preto, Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa-SP, aquele companheiro “deixado à beira da estrada” por José Serra em 2010, que mergulhou no anonimato por sete anos, até que o doleiro Adir Assad propôs um acordo de delação premiada à Lava Jato no qual afirma ter repassado e ale cerca de R$ 100 milhões, entre 2007 e 2010, na gestão José Serra (PSDB) no governo de São Paulo.

Assad, preso e condenado, quer fazer um acordo de delação premiada e fez vazar quanto e de quem recebeu e a quem repassou recursos das obras do Ridoanel e de outros contratos do Governo paulista, diz o Estadão.

Lula não pode ir sozinho à 'Morolândia'

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Dentro de quase sessenta dias o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá que comparecer a Curitiba para ser interrogado pelo juiz Sergio Moro no âmbito de um dos vários processos abertos contra si recentemente. Esse interrogatório está marcado para 3 de maio.

Curitiba, vale lembrar, é hoje uma das cidades mais antipetistas do Brasil. Provavelmente, mais do que São Paulo. Lula irá depor no ambiente mais hostil a si em todo o país.

O antipetismo das classes média e alta curitibanas se deve, obviamente, a ser lá, na capital paranaense, o Quartel General do Juiz Sergio Moro, bem como da Operação Lava Jato, até aqui meramente uma caçada ao PT e a aliados e ex-aliados do PT.

Sandro Mabel pede pra sair do governo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O blog Coluna do Estadão informa que o assessor especial de Temer, Sandro Mabel, que tinha cargo, não tinha salario e mandava no Palácio, pediu pra deixar o governo.

Evidente que a tal Coluna não cita que aqui nesta Fórum, no último dia 28, este blogue publicou que Sandra Mabel tem empresa no mesmo prédio onde está instalada a Stargate, de José Yunes, o “irmão” de Temer. E que dividia sala com Mabel quando estava no governo.

A Stargate, como o leitor mais habitual deste espaço sabe, é uma offshore que foi criada em 2001 no estado de Delaware. E que logo em seguida veio para o Brasil pelas mãos de José Yunes. Posteriormente foram sendo criadas outras empresas debaixo do guarda chuva da Stargate. O blogue também fez uma matéria que traz à tona a relação de empresas suspeitas neste caso.

Paulo Preto e Serra serão ouvidos por Janot?

Destaques: Serra e Paulo Preto
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A Lava Jato enfim chegou a Paulo Preto, o principal operador do tucanato paulista com as empreiteiras, revela o Estadão (https://goo.gl/2IaqmR). Preso desde agosto do ano passado, Adir Assad decidiu abrir o jogo e admitiu ter entregue R$ 100 milhões a Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) no governo Serra, e visto como principal arrecadador do tucano.

Ele deixou as sombras na campanha de Serra, em 2012, quando vazou a informação de que supostamente teria se apropriado de recursos de campanha. Confrontado com o tema, Serra bateu em retirada e voltou imediatamente quando Paulo Preto proferiu a frase célebre: “não se deixa um amigo ferido no campo de batalha”.