segunda-feira, 21 de junho de 2021

O Fora Bolsonaro não é uma hashtag!

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

O dezenove de junho, ou 19J foi um dia marcado na história do Brasil. Foi o dia em que atingimos mais de 500 mil mortes por covid-19, mas foi também um dia de resistência, de grandes mobilizações em todo território nacional.

Segundo reconhecem os veículos de comunicação do Brasil, o 19J pelo #ForaBolsonaro, foi maior – muito maior – que o 29M. Foram mais de 750 mil brasileiras e brasileiros que ocuparam as ruas em diversas cidades, em todos os estados, além de protestos em 17 outros países.

Os atos, convocados por entidades da Campanha Fora Bolsonaro, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, centrais sindicais, movimentos populares, partidos políticos, instituições religiosas e torcidas organizadas, conseguiu alcançar todo território nacional, e sem dúvida nenhuma, foi um grande sucesso.

Programas sociais e os mitos da direita

Por César Locatelli, no site Carta Maior:


“A inclusão da população carente, nos governos do PT, foi feita pelo consumo.”

“O Bolsa Família é um cartão de débito.”

“FHC é o pai do Bolsa Família.”

“Milton Friedman é o avô do Bolsa Família.”

“As famílias são negligentes com a educação e a saúde.”

“O Bolsa Família promove aumento da taxa de fecundidade das famílias pobres.”

“O Bolsa Família promove o efeito preguiça, o não trabalho.”

“Os programas sociais não cabem no orçamento do governo.”

As máquinas publicitárias a serviço, muito bem remunerado, da direita conservadora são muito eficientes na criação e na divulgação de mitos. Especialmente em um dos sentidos do termo trazido pelo dicionário Houaiss: afirmação fantasiosa, inverídica, que é disseminada com fins de dominação, difamatórios, propagandísticos, como guerra psicológica ou ideológica. O dano é agravado, aponta Tereza Campello, quando “a ideia vendida pela direita é comprada pela esquerda”.

Governo de SP não dialoga com metroviários

Poluição na China: mito ou verdade?

Protestos contra Bolsonaro só crescem no país

As raízes da intolerância e do ódio no Brasil

Senadores fazem balanço da CPI do Genocídio

500 mil mortes por Covid: o que fazer agora?

domingo, 20 de junho de 2021

500 mil mortos e protesto repercutem no mundo

Av. Paulista, 19/6/21. Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas
Por Altamiro Borges


Segundo levantamento publicado pelo site britânico da BBC News, "o trágico número de 500 mil brasileiros mortos em decorrência da Covid-19 registrados no sábado (19) e os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro ocuparam as páginas dos principais veículos internacionais neste fim de semana".

"Brasil ultrapassa marco sombrio de 500 mil mortes por Covid-19 em meio a protestos contra a resposta de Bolsonaro", estampou o título do jornal britânico The Independent. A foto que ilustrou a matéria é de uma mulher em uma manifestação com a frase "Fora Bolsonaro" estampada na sua máscara.

O abutre Guedes não merece nem as sobras

Por Altamiro Borges


O abutre financeiro Paulo Guedes defendeu nesta quinta-feira (17) “que as sobras dos restaurantes sejam destinadas a mendigos e pessoas fragilizadas, de modo a encadear o que chamou de 'excessos' da classe média” – relata a Folha. O czar da Economia, que no passado serviu ao sanguinário ditador chileno Augusto Pinochet e hoje é serviçal do neofascista Jair Bolsonaro – é um sujeito elitista, insensível, arrogante... e asqueroso. Ele não merece nem as sobras!

O piriri verborrágico do ministro foi disparado no 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, um evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Após criticar os “exageros” da classe média, que deixam “sobras” em seus pratos, ele obrou: “Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda”.

Doria demite 150 na imprensa oficial (Imesp)

Por Altamiro Borges


Na semana passada, os jornalistas demitidos pelo governador tucano João Doria na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (Imesp) divulgaram uma carta aberta contra o desmonte na estatal. Desde 2 de junho, cerca de 150 funcionários já foram dispensados covardemente em plena pandemia da Covid-19 – todos via aplicativos de mensagens.

A gráfica da empresa foi fechada e os profissionais de diversos setores foram cortados. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), em conjunto com outras entidades, já promoveu vários protestos exigindo a anulação do facão. “Na semana passada, a comissão de negociação dialogou com deputados estaduais na tentativa de reverter às demissões e manter os empregos enquanto parte dos demitidos se manifestou do lado de fora da Assembleia Legislativa”, relata o site do SJSP.

Salário: 60% têm reajustes abaixo da inflação

Por Altamiro Borges


O boletim "De olho nas negociações", produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), confirma que a pandemia da Covid-19, que agravou a crise econômica que já vinha de antes, está corroendo a renda dos trabalhadores. Segundo o estudo, 60% dos reajustes salariais de abril ficaram abaixo da inflação de 6,94%.

O pior desempenho se deu entre os trabalhadores do setor de serviços, com 71,7% inferior à inflação. “Segundo o Dieese, em abril do ano passado, ocorreram 30,9% negociações acima da inflação. Naquele mês, 31,4% empataram e 37,6% perderam. Agora, a perda – em 60% – mostra que a situação piorou”, alerta o site da Agência Sindical.

A defesa da Empresa Brasil de Comunicação

Witzel liga Bolsonaro ao caso Marielle

A crônica do genocídio narrada pelo genocida

O ato contra Bolsonaro na Avenida Paulista

A saúde e a lógica miliciana

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O chamado gabinete paralelo da saúde já deixou de ser uma desconfiança a ser apurada pela CPI do Senado. É hoje um grupo reconhecido, consolidado, com hierarquia definida e poder de influência, formado por nomes que vão da ponta mais doentia do negacionismo científico aos propagadores de mentiras sem qualquer credencial de conhecimento.

Além de criar um descaminho perigoso para a política oficial de saúde, ele opera com o álibi de não passar pelo crivo das instituições, sejam elas de controle ou de prática profissional e validação científica. Um bando avulso, nem por isso menos perigoso.

Assim como as milícias assassinas atuam no vazio da política de segurança, o shadow cabinet bolsonarista leva para a saúde o mesmo método. Como patrono, nos dois casos, a morte. No caso da segurança pública, como objetivo principal; no terreno sanitário, como objeto de manipulação e temor.

Witzel poderá revelar segredos dos Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:


O ex-sócio político do clã Bolsonaro e ex-governador do Rio Wilson Witzel deixou um suspense no ar da CPI.

Ele prometeu aos senadores que, numa sessão secreta da Comissão, poderá fazer revelações comprometedoras sobre o que os Bolsonaro fizeram no verão passado.

Em coletiva após o depoimento Witzel afirmou, sugestivamente, que a partir do dia que a Polícia Civil prendeu os executores do assassinato da vereadora Marielle, “o presidente não falou mais comigo”.

Witzel não perdeu a oportunidade de registrar que os assassinos da Marielle “moravam no condomínio do presidente”. Na realidade, o vizinho dos Bolsonaro no Vivendas da Barra era Ronnie Lessa, com quem foram encontrados 117 fuzis em outro endereço na cidade do Rio. Élcio Queiroz, comparsa de Ronnie e também integrante da milícia especializada em assassinos de aluguel, residia em outro local.

Há Justiça Eleitoral no Brasil?

Foto: Reprodução
Por Fernando Brito, em seu blog:

Sabe aquelas notinhas que você lê de quando em vez sobre um pré-candidato que colocou um outdoor desejando “Feliz Dia das Mães” e foi multado pela Justiça Eleitoral?

Esqueça.

O presidente da República, num evento do governo pago pelo governo federal, que custou um caro voo do avião presidencial para Belém, escancarou sem o menor pudor.

Além de estimular coros contra Lula e o governador Hélder Barbalho, Bolsonaro atirou-se numa campanha eleitoral aberta, mostrando camisetas “Bolsonaro 2022” e “é melhor jair se acostumando”.

500 mil mortos e uma tragédia social

Editorial do site Vermelho:


No momento em que o Brasil chega a 500 mil de mortos pela Covid-19, impõe-se a reflexão sobre as causas dessa imensa tragédia social. O ponto central é, sem margem para dúvida, o projeto de poder que se instalou no Presidência da República com a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018. Desde então, o país ingressou no caminho que levou a um rápido agravamento da crise econômica, com seus conhecidos desdobramentos sociais, situação que muito contribuiu para a tragédia decorrente da Covid-19.