domingo, 29 de novembro de 2015

Folha chora derrota neoliberal em Portugal

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (26), o líder do Partido Socialista (PS) de Portugal, Antônio Costa, tomou posse como primeiro-ministro do país no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. Após várias manobras para sabotar o resultado das eleições legislativas de outubro, que deram vitória às legendas de centro-esquerda e esquerda, o presidente direitista Cavaco Silva foi forçado a indicar o novo chefe do governo no regime parlamentarista. O desfecho do impasse não agradou aos chefões da “troika” – o comitê dos agiotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Central Europeu e da União Europeia. Ele também desapontou o jornal tucano Folha de S. Paulo, que torce pelos neoliberais no Brasil e no planeta.

PSDB prepara "guerra" nas escolas ocupadas



Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

Em reunião realizada agora há pouco, na antiga escola Normal Caetano de Campos, a primeira escola pública de São Paulo na era republicana, cerca de 40 dirigentes de ensino do Estado de São Paulo receberam instruções de Fernando Padula Novaes, chefe de gabinete do secretário Herman Jacobus Cornelis Voorwald, sobre como deverão agir a partir de amanhã para quebrar a resistência de alunos, professores e funcionários que estão em luta contra a reorganização escolar pretendida pelo governador Geraldo Alckmin.

A reunião foi realizada em uma sala anexa ao próprio gabinete do secretário.

Russomanno será acionado pelo Procon?

Por Altamiro Borges

Com votações expressivas, o jornalista Celso Russomanno virou deputado federal graças à exposição midiática em programas sensacionalistas de defesa do consumidor. Nas eleições de 2102, explorando esse bordão, ele disparou na disputa para a prefeitura paulistana. Só que não conseguiu superar nem a barreira do primeiro turno, sendo soterrado por várias denúncias. Agora, novamente, ele sai na frente para o cargo de prefeito da maior cidade do país, mas já é abatido em pleno voo. Nos últimos dias, a Folha de S.Paulo - não se sabe por qual motivo - disparou vários torpedos contra o candidato do PRB. Se bobear, a falsa mercadoria será denunciada na Fundação Procon, de proteção ao consumidor!

Entre a Constituição e o sangue

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Há um ano, questionava-se o abuso de prisões preventivas na Lava Jato - contra empresários, doleiros, operadores, lobistas. Em várias ocasiões, vozes respeitadas dos meios jurídicos chegaram a falar em tortura.

Refletindo um questionamento que ganhou aliados importantes e respeitáveis nos meios jurídicos de lá para cá, em outubro de 2015, o juiz João Batista Gonçalves, da 6a. Vara de Justiça Federal de São Paulo, que, depois do desmembramento, irá examinar os delitos da Lava Jato que ocorreram em São Paulo, fez uma condenação enfática das prisões preventivas:

A principal conclusão do Datafolha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A principal conclusão do Datafolha é a seguinte: a mídia desinforma a sociedade.

Isso fica claro naquilo que foi classificado como o maior problema brasileiro pelos respondentes: a corrupção.

É uma besteira.

E é lamentavelmente uma coisa comprada pelos brasileiros porque eles são bombardeados diuturnamente com essa mensagem.

Crise política e as jabuticabas tributárias

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A crise fiscal chega a seu ponto crítico: a tempestade política dificulta a aprovação da projeto que reduz a meta de superávit primário fixada para este ano (impossível de ser cumprida). Para que a presidente Dilma não incorra em crime de responsabilidade, o governo teria que fazer cortes que levariam a máquina pública ao colapso. Ela determinou ontem um corte de R$ 10 bilhões no custeio mas, se o projeto não for aprovado antes do final do ano, terá que afundar muito mais a tesoura.

O manifesto da frente antifascista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Demorou, mas, finalmente, surgiu iniciativa de peso contra o surto fascista que se abateu sobre o Brasil. Esse processo de fascistização da sociedade brasileira já saiu de controle. As pessoas estão tendo que esconder suas ideias políticas por medo de descontrolados e que não hesitam em agredir verbal ou fisicamente quem pensa diferente deles.

No Congresso Nacional, o fascismo avança através de uma pauta conservadora que investe contra os direitos das minorias; no Judiciário, garantias constitucionais são “relativizadas” em prol de um pseudo “combate à corrupção”.

Agrotóxicos são do mal, sim!

Por Adilson D.Paschoal, no site do MST:

Sobre o título "Agrotóxicos são do mal?" (Boletim Informativo do Sistema FAEP, no.1323, out.-nov.2015) o engenheiro-agrônomo Alfredo J.B.Luiz, da Embrapa Meio Ambiente, dá seu parecer, pobre de argumentos científicos, sobre estes perigosos agentes controladores de pragas, patógenos e ervas invasoras no nosso país, por sinal o maior consumidor desses venenos agrícolas em todo o mundo. A interrogação que faz (...são do mal?) permite deduzir que é a favor do uso desses produtos, confirmando-se a assertiva pela leitura do artigo.

Os desafios da saúde e as ameaças ao SUS

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site Brasil Debate:

Em tempos de retrocesso político e social, em que é considerado ousado até mesmo defender a Constituição Federal de 1988, a conjuntura mais recente coloca diversos obstáculos à concretização da “saúde como direito de todos e dever do Estado”, segundo a nossa constituição:

1. Emprego e planos de saúde empresariais:

Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) (Caderno de Informações da Saúde Suplementar 2014, ANS), dos cerca de 26% de brasileiros com planos de saúde, cerca de 67% são cobertos por planos do tipo empresarial.

A ponte do PMDB... rumo ao abismo

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

O documento lançado pelo PMDB em 29/10/15, intitulado “Uma ponte para o futuro”, prima pelas premissas liberal/conservadoras, dinamitando inteiramente o que restou do então MDB, que fora forjado no bojo da ditadura militar.

As principais recomendações do partido para o Brasil “voltar a crescer” e se “desenvolver” são as seguintes, abaixo. Sublinhamos alguns dos aspectos que corroboram a visão e os interesses neoliberais e do rentismo:

Sobre a crise ético-moral no Brasil

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

A crise ético-moral que a imprensa e a oposição atribuem aos governos da última década é, na verdade, bem mais antiga, apenas era desconhecida da população.

Para ilustrar, basta dizer que nos últimos doze anos houve significativa redução da cultura do segredo, com a aprovação e incorporação ao ordenamento jurídico brasileiro de uma série de leis e emendas à Constituição com o propósito de ampliar a transparência, o controle, o acesso à informação e o combate à corrupção, entre as quais:

A "guerra fria" do século 21

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

“É a mais significativa virada nas relações entre as grandes potências desde o colapso da União Soviética”, confessa a revista The Economist em editorial, depois de enunciar que a dominação norte-americana está sendo desafiada, com capa em que jogam cartas os chefes de Estado dos Estados Unidos, da Rússia e da China. A operação militar russa na Síria e os acordos a que os norte-americanos foram obrigados a chegar para tentar evitar choques entre seus bombardeiros e os de Moscou terminam de constituir a ideia de que há uma nova Guerra Fria em curso. A Rússia intervém num país que considera sua área de influência e empurra Washington a um acordo que formalize essa definição.

À beira de um novo conflito global


Por Aray Nabuco, na revista Caros Amigos:

Quando perguntado sobre os riscos de um novo conflito global, com as tensões que se acumulam da Ucrânia e a escalada de intervenções no Oriente Médio, o historiador Peter Kuznick sentencia: “O risco é altíssimo”. Em entrevista à Caros Amigos, o professor da Universidade Americana, em Washington, diz que a direita estadunidense, entranhada no governo de Barack Obama, parece ter “segundas intenções”.

Datafolha só mostra a derrota da política

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha antecipa no site os resultados de uma pesquisa Datafolha que o jornal publica amanhã.

Seu “destaque” é a rejeição de 47% a Lula.

Sinceramente, achei pouco.

Deveria ter sido mais, tamanha é a campanha de mídia que se desenvolve contra ele.

A equipe neoliberal de Macri na Argentina

Do site Opera Mundi:

O gabinete de economia do presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, foi anunciado nesta quarta-feira (25/11). Ele selecionou uma equipe alinhada à postura neoliberal para comandar cinco Ministérios diferentes - quatro deles já foram anunciados.

A relação de todos os outros ministros também foi divulgada em coletiva de imprensa com Marcos Peña, atual secretário do governo de Buenos Aires, e futuro chefe do gabinete de ministros da Argentina. O ministro do Trabalho, contudo, ainda não foi definido. Além disso, Macri conservou apenas um nome da gestão de Cristina Kirchner.

Sobre jornalismos, gongorismos e cinismos

Por Renato Dalto, no blog RS Urgente:


Bombou esta semana a capa do jornal Estado de Minas mancheteando que era sujeira pra todo lado e finalizando com a pergunta: “Que país é este?” Também circulou pela rede a dita cuja, como exemplo de jornalismo bom, ousado e coisas do gênero. Desde os tempos da faculdade, e até antes disso, sempre aprendi o óbvio: jornalismo é noticia. Mais: bom jornalismo é o que traz a notícia nova ou traz a noticia velha com outra cara, com outro olhar, com uma interpretação do fato. Mas parece que jornalismo e fato são seres de planetas estranhos que poucas vezes se encontram. Ou, o que é pior: o fato de uma única versão, o jornalismo que joga só para um lado e que julga, culpa, denuncia muito antes da justiça. Certa vez o professor Ruy Carlos Ostermann, numa palestra, revelou uma preocupação: é que toda vez que entrava numa redação de jornal ela estava cheia de gente. O professor Ruy era de um outro tempo: repórteres na rua, portanto redação vazia.

A imagem da Venezuela na Band

Por Roberto Bitencourt da Silva, no Jornal GGN:

O Jornal da Band, desde terça-feira, tem veiculado uma série de reportagens sobre a Venezuela. Trata-se de uma produção da própria equipe de jornalismo da empresa da família Saad. Intitulada “Venezuela no fundo do poço”, a série resvala no grotesco, distante de qualquer prática que se possa chamar adequadamente de jornalismo.

O unilateralismo domina a cena. São entrevistados, única e exclusivamente, atores que manifestam clara oposição ao governo de Nicolás Maduro. Os enquadramentos noticiosos apoiam-se decididamente em imagens associadas ao caos, a descontentamentos e ao medo.

Inimigos da educação são desmascarados

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

No dia 22 de novembro, o Viomundo denunciou: Deputados pró-Alckmin aprovam fechamento das 94 escolas; PT, PCdoB e PSOL foram contra; quem são os inimigos da rede pública.

O resultado caiu como bomba nas redes sociais.

Cobrados por estudantes, pais e professores de cidades que terão escolas fechadas em 2016, vários deputados acusaram o golpe. Entre eles, Luiz Fernando Machado (PSDB/região de Jundiaí), Carlos Cézar (PSB/região de Sorocaba) e a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB/sudoeste do Estado e Sorocaba).

As diversas faces do racismo no Brasil

Por Rodger Richer, no site da UNE:

“Eles querem alguém

Que vem de onde nóis vem

Seja mais humilde, baixe a cabeça

Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda

Eu quero é que eles se…” (Emicida)


O racismo no Brasil é estruturante das relações sociais, econômicas, políticas, culturais, institucionais e ambientais. O sistema capitalista se vale da dominação racial para explorar a classe trabalhadora e se manter hegemônico no mundo. Não há como falarmos de capitalismo sem falarmos de racismo. A classe trabalhadora brasileira tem cor: é negra.

sábado, 28 de novembro de 2015

"Globo não pode acusar, julgar e condenar"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) defendeu ontem (26), em São Paulo, a Lei do Direito de Resposta (n° 13.188/2015), da qual é o autor. Segundo ele, o texto legal está sendo mal interpretado ao ser considerado por órgãos de imprensa e alguns advogados como uma ameaça à liberdade de expressão. O senador lembra que a lei nem sequer prevê entrar no mérito ou condenar veículos de imprensa por prejudicar a imagem de pessoas.

“O fundamental é dizer que, com a lei, não se trata de julgar o mérito de uma acusação de um meio de comunicação. Trata-se apenas de garantir o direito ao contraditório”, disse.