quarta-feira, 2 de abril de 2014
A verdade vem dos porões
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
O rescaldo das lembranças de 1964 nos jornais de circulação nacional tem como saldo principal a promessa dos comandantes das Forças Armadas de que vão finalmente concluir e entregar à Comissão Nacional da Verdade o resultado de investigações sobre a violência institucional implantada durante a ditadura. O conhecido espírito de corpo que mantém as casernas apartadas da vida civil certamente coloca em dúvida a possibilidade de que tudo venha a ser esclarecido, mas a mera concordância em submeter seus arquivos – ou o que resta deles – ao poder constitucional já é sinal de alguma modernidade nos quartéis.
O rescaldo das lembranças de 1964 nos jornais de circulação nacional tem como saldo principal a promessa dos comandantes das Forças Armadas de que vão finalmente concluir e entregar à Comissão Nacional da Verdade o resultado de investigações sobre a violência institucional implantada durante a ditadura. O conhecido espírito de corpo que mantém as casernas apartadas da vida civil certamente coloca em dúvida a possibilidade de que tudo venha a ser esclarecido, mas a mera concordância em submeter seus arquivos – ou o que resta deles – ao poder constitucional já é sinal de alguma modernidade nos quartéis.
O pedido de perdão que nunca veio
Por Mônica Mourão, na revista CartaCapital:
Desculpem. Apoiamos o golpe de 1964. Apoiamos o regime instalado a partir dele. Fomos além do acatamento à censura: publicamos matérias e editoriais que deram suporte ideológico aos governos que prenderam, torturaram, mataram e não devolveram os corpos para que fossem velados e enterrados. Desculpem, deixamos que matassem seus filhos e irmãos.
Desculpem. Apoiamos o golpe de 1964. Apoiamos o regime instalado a partir dele. Fomos além do acatamento à censura: publicamos matérias e editoriais que deram suporte ideológico aos governos que prenderam, torturaram, mataram e não devolveram os corpos para que fossem velados e enterrados. Desculpem, deixamos que matassem seus filhos e irmãos.
CPI faz o governo jogar na defesa
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Faltam apenas seis meses e cinco dias para as eleições presidenciais. Com o Marco Civil da Internet aprovado na Câmara (ainda falta o Senado) e concluída a reforma ministerial, a tendência do governo Dilma daqui para frente é fechar a defesa e tocar a bola de lado, sem arriscar grandes jogadas. O clima no Palácio do Planalto é de "no news, good news", ou seja, se não acontecer mais nada de relevante até as eleições, já está de bom tamanho.
Faltam apenas seis meses e cinco dias para as eleições presidenciais. Com o Marco Civil da Internet aprovado na Câmara (ainda falta o Senado) e concluída a reforma ministerial, a tendência do governo Dilma daqui para frente é fechar a defesa e tocar a bola de lado, sem arriscar grandes jogadas. O clima no Palácio do Planalto é de "no news, good news", ou seja, se não acontecer mais nada de relevante até as eleições, já está de bom tamanho.
Venezuela necessita de paz e diplomacia
Há muito tempo um país na região latino-americana e caribenha não tem estado sob tamanha pressão quanto a Venezuela bolivariana.
Os recentes protestos levaram o país ao centro das atenções internacionais, com grande cobertura pelos meios de comunicação que mais uma vez distorceram a realidade do país, apresentando um cenário caótico, de desgoverno e crise, ajudando assim a criar um ambiente propício a aventuras golpistas. Sob o pretexto de castigar o país pelo uso da força contra manifestantes, o governo e o Congresso dos Estados Unidos estão discutindo a imposição de sanções, o que penalizaria o povo, como sempre ocorre em semelhantes situações.
terça-feira, 1 de abril de 2014
1964 foi golpe dos EUA contra o Brasil
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
Quando comecei a frequentar assembleias estudantis, ali pelos anos 80, ainda era comum escutar que havia policiais infiltrados anotando tudo, fazendo a “ficha” de quem se manifestava. A turma mais “pós-moderna” achava que era tudo “paranóia”. Do mesmo jeito, muita gente dizia que atribuir aos EUA participação decisiva no golpe de 64 era pura “invenção”, ou “paranóia” esquerdista. E não era. Nunca foi…
Quando comecei a frequentar assembleias estudantis, ali pelos anos 80, ainda era comum escutar que havia policiais infiltrados anotando tudo, fazendo a “ficha” de quem se manifestava. A turma mais “pós-moderna” achava que era tudo “paranóia”. Do mesmo jeito, muita gente dizia que atribuir aos EUA participação decisiva no golpe de 64 era pura “invenção”, ou “paranóia” esquerdista. E não era. Nunca foi…
Depois da "ditabranda", a "ditacurta"
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Ao participar no sábado do evento TV Globo: Do Golpe de 64 à Censura Hoje, o professor Luiz Antonio Dias contou um pequeno causo. Ele descobriu nos arquivos da Unicamp pesquisas do Ibope, algumas das quais nunca divulgadas, demonstrando apoio a João Goulart, à política econômica de Goulart e às reformas de base propostas por ele. Pesquisas feitas em 1963 e às vésperas do golpe que derrubou o presidente constitucional, em 64.
Golpe de 1964 e a farsa histórica
O cinquentenário do golpe militar traz à baila narrativa que a direita gloriosamente fabrica para enquadrar o episódio. Núcleo fundamental do teorema: os militares romperam a Constituição e tomaram o poder, com amplo da burguesia brasileira, para se anteciparem a supostos planos golpistas de João Goulart e seus aliados.
segunda-feira, 31 de março de 2014
A imprensa e o golpe de 1964
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Folha, Globo e outros jornais estão fazendo especiais sobre os 50 anos do Golpe.
É uma tragédia e ao mesmo tempo uma comédia.
Qualquer esforço sério para falar do Golpe tem que tratar do papel crucial da mídia. O que jornais como o Globo, a Folha, o Estadão e tantos outros fizeram, portanto.
Folha, Globo e outros jornais estão fazendo especiais sobre os 50 anos do Golpe.
É uma tragédia e ao mesmo tempo uma comédia.
Qualquer esforço sério para falar do Golpe tem que tratar do papel crucial da mídia. O que jornais como o Globo, a Folha, o Estadão e tantos outros fizeram, portanto.
Dilma: golpe não pode ser esquecido
Por Luana Lourenço, na Agência Brasil:
A presidenta Dilma Rousseff lembrou hoje (31) os 50 anos do golpe militar que deu início à ditadura no Brasil, em 1964, e disse que as atrocidades cometidas no período não podem ser esquecidas, em memória dos homens e mulheres que foram mortos ou desapareceram enquanto lutavam pela democracia.
A presidenta Dilma Rousseff lembrou hoje (31) os 50 anos do golpe militar que deu início à ditadura no Brasil, em 1964, e disse que as atrocidades cometidas no período não podem ser esquecidas, em memória dos homens e mulheres que foram mortos ou desapareceram enquanto lutavam pela democracia.
Golpe de 1964 e a exumação do presente
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:
Como uma correlação de forças favorável se transformou em uma derrota política de consequências históricas demolidoras?
A pergunta ecoa obrigatória na exumação do Brasil de 1964.
Como uma correlação de forças favorável se transformou em uma derrota política de consequências históricas demolidoras?
A pergunta ecoa obrigatória na exumação do Brasil de 1964.
Vem aí o #RioBlogProg 2014!
Do site do núcleo carioca do Barão de Itararé:
O Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas do Rio de Janeiro – #RioBlogProg, que aconteceu pela primeira vez em 2011, terá sua segunda edição entre os dias 9 e 10 de maio deste ano, em que o Brasil sediará a Copa do Mundo e realizará eleições para presidente da República, governadores e parlamentares federais e estaduais.
Jango rompe o silêncio
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Em agosto de 1964, deposto e exilado no Uruguai, João Goulart publicaria um manifesto numa revista de esquerda, a pretexto dos dez anos da morte de Getúlio Vargas. O texto acabou sendo lido na íntegra no plenário da Câmara dos Deputados por Doutel de Andrade, líder do PTB, o partido de Jango, o que foi considerado uma provocação pelo ministro da Guerra e futuro presidente Costa e Silva. Já naquela época, apenas por ler as palavras do ex-presidente, Doutel foi ameaçado de cassação, o que iria ocorrer dois anos depois, em 1966.
Em agosto de 1964, deposto e exilado no Uruguai, João Goulart publicaria um manifesto numa revista de esquerda, a pretexto dos dez anos da morte de Getúlio Vargas. O texto acabou sendo lido na íntegra no plenário da Câmara dos Deputados por Doutel de Andrade, líder do PTB, o partido de Jango, o que foi considerado uma provocação pelo ministro da Guerra e futuro presidente Costa e Silva. Já naquela época, apenas por ler as palavras do ex-presidente, Doutel foi ameaçado de cassação, o que iria ocorrer dois anos depois, em 1966.
O fim do delírio no STF
pataxocartoons.blogspot.com.br |
A composição do colegiado do STF mudou e dá sinais que o delírio que imperou até pouco tempo está chegando ao fim. Por quê? Explico.
Constituição Federal contempla um instituto conhecido como “foro privilegiado”, está lá no artigo 102, letras b e c, e determina que compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, “nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República”, bem como “nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente”.
Jornal compara Obama a macaco
Do site Opera Mundi:
Depois de ter publicado uma imagem alterada em que Barack e Michelle Obama aparecem como macacos e ser acusado de racismo, o jornal belga De Morgen pediu desculpas nesta segunda-feira (24/03), alegando que cometeu um erro de julgamento.
Depois de ter publicado uma imagem alterada em que Barack e Michelle Obama aparecem como macacos e ser acusado de racismo, o jornal belga De Morgen pediu desculpas nesta segunda-feira (24/03), alegando que cometeu um erro de julgamento.
Mídia e alarmismo em tom de campanha
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
Os três principais diários de circulação nacional produzem nas edições de terça-feira (25/3) o fenômeno das manchetes trigêmeas: “Agência rebaixa nota do Brasil”, dizem a Folha e o Globo. Com mínima variação, O Estado de S. Paulo anuncia: “Agência de risco rebaixa nota do Brasil”.
Os três principais diários de circulação nacional produzem nas edições de terça-feira (25/3) o fenômeno das manchetes trigêmeas: “Agência rebaixa nota do Brasil”, dizem a Folha e o Globo. Com mínima variação, O Estado de S. Paulo anuncia: “Agência de risco rebaixa nota do Brasil”.
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