segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ultimato a Dilma é golpismo oficializado

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O presidencialismo é o sistema de governo afirmado e reafirmado na história recente do Brasil em dois plebiscitos. Mas a trajetória desse processo representativo na nossa história republicana é vincada muitas vezes pela incerteza e pelo abortamento do estabelecido constitucionalmente.

Na redemocratização pós-regime ditatorial de 1964, a origem e sentido dessa disputa política e classista para alcance da presidência da República não muda.

Basta cobrar impostos de quem sonega

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Existe uma fórmula bem simples e barata, que não é mágica nem utópica, para aumentar a arrecadação do governo sem precisar criar novos nem aumentar velhos impostos: basta cobrar os sonegadores. Por que não é adotada como prioridade absoluta pela equipe econômica nesta situação de emergência permanente para acertar as contas públicas?

Bancada da bala tem extensa ficha suja

Por Danielle Cambraia, na Agência PT de Notícias:

A bancada da bala, conhecida por defender projetos conservadores e polêmicos na Câmara dos Deputados, como o fim do Estatuto do desarmamento, a redução da maioridade penal e o Estatuto da Família, vai além da ligação de seu integrantes com as Forças Armadas e policiais ou com a indústria de armas, muitos respondem algum inquérito na justiça.

Direita dá ultimato a Dilma. E agora?

Por Igor Fuser, na Rede Brasil Atual:

Tenho defendido o governo até agora, mas parece que finalmente chegamos ao momento decisivo em que se esgotou a margem para qualquer tipo de manobra tática.

Leiam o editorial da Folha de S. Paulo de hoje, domingo 13 de setembro. Leiam a nota conjunta da Fiesp e da Firjan, ou as declarações do presidente da Confederação Nacional da Indústria.

A burguesia está dando um ultimato à Dilma. Ou ela se rende completamente, assumindo o programa de arrocho mais brutal de nossa história, ou a ofensiva política para a sua derrubada terá início imediato.

Professores processarão agressor fascista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O casal Walkiria Domingues Leão Rego e Rubem Leão Rego foi objeto de matérias recentes na blogosfera política devido a agressão violenta de que foi alvo no último dia 11 de agosto. O agressor foi o vizinho do apartamento de baixo do deles no condomínio localizado no bairro paulistano de perdizes no qual o casal reside há 29 anos.

Walkiria e Rubem são professores aposentados da Unicamp. Ela é autora do livro Vozes do Bolsa Família – Autonomia, dinheiro e cidadania (editora Unesp). A obra versa sobre os impactos do programa Bolsa Família na vida de seus beneficiários, principalmente das mulheres, titulares do benefício.



A rebelião no Partido Trabalhista inglês

Jeremy Corbyn
Por Vicenç Navarro, no site Outras Palavras:

Este artigo descreve a rebelião das bases do Partido Trabalhista frente às políticas públicas socioliberais desenvolvidas pela direção do partido, iniciadas por Tony Blair, que estabeleceram a Terceira Via e se estenderam amplamente por muitos partidos social-democratas na Europa Ocidental, inclusive na Espanha.

Ainda que você, leitor, não tenha lido na imprensa ou visto nas maiores cadeias de televisão ou ouvido nas rádios de maior audiência, o fato é que estamos assistindo a mudanças muito substanciais nas esquerdas de vários países. São resultado de um protesto generalizado, diante das políticas que caracterizaram grande parte destes partidos de esquerda, ao chegarem ao poder nesses países. Tais políticas, no essencial, não foram diferentes das que as direitas aplicavam em seus governos, apresentando-as como as únicas possíveis.

O que querem os defensores do impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você vê Lobão, Gentili, Fábio Júnior e pensa em perder a fé na capacidade de reflexão da classe artística.

Mas aí você vê Gregório Duvivier e volta a acreditar nos artistas.

A entrevista que Duvivier concedeu a uma emissora portuguesa em Lisboa é uma das mais luminosas análises da cena política contemporânea nacional.

A frase chave é esta: os caras querem tirar Dilma para poderem continuar a roubar.

domingo, 13 de setembro de 2015

Sem luz e sem água. Cadê o Alckmin?

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A vida dos paulistanos na semana passada foi um inferno - com todo o respeito ao governador tucano Geraldo Alckmin, que já foi um fiel seguidor da seita Opus Dei. Vários bairros da cidade ficaram sem luz; na periferia, milhões de famílias seguem sem água, num racionamento que o governo do PSDB insiste em ocultar; a violência policial prosseguiu matando jovens negros; e os trens do Metrô e da CPTM continuaram lotados e com panes. A sorte do "picolé de chuchu" é que a mídia chapa-branca, que ganha fortunas em anúncios publicitários, mantém o silêncio, o que evita que os paulistanos se deem conta da tragédia do "choque de indigestão" tucano - que já dura mais de 20 anos.   

Globo convoca reunião de emergência

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A jornalista Keila Jimenez, do portal R7, informou neste sábado (12) que a direção da TV Globo tem feito várias reuniões de emergência. Não, não é para discutir a crise do império global, que teve a sua nota rebaixada pela endeusada agência de risco Standard & Poor's. Também não é para dar os últimos retoques para a ofensiva golpista pelo impeachment da presidenta Dilma, que os seus capachos no parlamento pretendem deflagrar na próxima semana.

'Veja' mentiu sobre o Bolsa Família

Por Altamiro Borges

Expressão da elite mais egoísta e preconceituosa do Brasil, a Veja sempre foi contra o "Bolsa Família", criado pelo ex-presidente Lula e ampliado pela presidenta Dilma. Centenas de reportagens, artigos e notas já foram obrados contra este programa social que garantiu um mínimo de dignidade a milhões de famílias brasileiras, aquecendo o mercado de consumo e estimulando a ida das crianças às escolas e aos postos de saúde. Na edição desta semana, porém, a revista do esgoto se superou na canalhice. Num artigo falso, ela alardeia que "o governo já cortou quase 800 mil famílias do Bolsa-Família".

Alckmin "comprou" João Doria Jr.

Por Altamiro Borges

Daria até uma manchete garrafal, mas a Folha preferiu evitar maior alarde. Na edição deste domingo (13), o jornal revela que "o governo de São Paulo, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin, pagou R$ 1,5 milhão ao empresário João Doria Jr., um dos pré-candidatos do PSDB à prefeitura paulistana, por anúncios veiculados em sete revistas da Doria Editora, entre 2014 e abril deste ano". Escrita pelo repórter Alexandre Aragão, a reportagem é informativa, sem qualquer opinião ou veneno. Até caberia um duro editorial da famiglia Frias, exigindo apuração rigorosa e, quem sabe, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa. Mas ai já seria pedir muito!

Rebaixada pela S&P, Globo radicaliza!

Por Altamiro Borges

A bilionária famiglia Marinho, dona do Grupo Globo, parece que está desesperada e desembestou de vez. As tiragens do seu jornal (O Globo) e da sua revista (Época) estão em queda. A audiência da sua tevê aberta sofre abalos semanais; já os seus canais por assinatura concorrem com centenas de rivais. Como consequência, o faturamento em anúncios publicitários despenca. Prova destas dificuldades, decorrentes da explosão da internet e da perda de credibilidade de seus veículos, a agência de risco Standard&Poor's rebaixou a sua nota nesta semana. A mídia fez baita escarcéu com a nota da S&P para o Brasil, mas deixou - talvez por cumplicidade - de divulgar as agruras do império global.

Mantega perdoa agressores. Fez o certo?

Por Altamiro Borges

Após sofrer agressões verbais em três locais - um hospital e dois restaurantes -, o ex-ministro Guido Mantega, da Fazenda, localizou e processou dois empresários caluniadores. A atitude foi corajosa e acertada, servindo como antídoto à escalada fascista que se alastrou em alguns bairros "nobres" de São Paulo. Temendo as consequências penais de seus gestos odiosos, porém, os valentões se acovardaram e pediram desculpas ao economista. Este, por sua vez, em mais um ato de civilidade, aceitou o pedido e suspendeu o processo na Justiça. Se a primeira atitude foi correta, tendo a discordar da segunda.

Quem são os defensores do impeachment

Da revista CartaCapital:

A frente pró-impeachment lançada na quinta-feira 10 nasce fraturada. Alguns de seus expoentes ou representantes de certas esperanças receberam más notícias às vésperas do nascimento oficial da iniciativa.

Paulinho da Força, do Solidariedade, tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de ter se beneficiado de um esquema de desvios de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A Procuradoria-Geral da República quer condená-lo por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Nas redes sociais, Paulinho valeu-se de uma tática recorrente da oposição quando citada em falcatruas: acusou o PT de tentar incriminá-lo.


Salvador Allende e a esquerda desvairada

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em 11 de setembro de 1973, um golpe militar derrubava o presidente socialista Salvador Allende, eleito três anos antes no Chile. Allende saiu morto do Palácio de la Moneda, bombardeado pelo Exército. Poucos dias após, o antropólogo Darcy Ribeiro, amigo do presidente, publicou em vários países um texto crítico ao papel de parte da esquerda no fracasso da experiência chilena. Para Darcy, muita gente não percebeu a importância histórica do socialismo proposto por Allende, sem luta armada, e são co-responsáveis pelo golpe.

Uma nota sobre a nota da S&P

Por A. Sérgio Barroso, no site da Fundação Maurício Grabois:

"As últimas pessoas em cuja avaliação deveríamos confiar são os analistas da Standard & Poor's" (Paul Krugman, 2011).

Programaticamente, as agências de risco iniciam sua cantilena e os insultos pela chantagem preparatória ao caminho de claro contraponto aos interesses nacionais dos países em desenvolvimento (taxa de juros baixa para expansão da economia, política cambial que garanta moeda desvalorizada por um extenso período, política fiscal expansionista e de gasto público, função ativa do Estado e das estatais etc.). E o pano de fundo do anúncio da agência dos diagnósticos fraudulentos e das interesseiras “profecias autorrealizáveis” desenha o agravamento da crise econômica no centro capitalista, agora expandindo-se com força à periferia.

O que pode unir as esquerdas

Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:

Talvez a esquerda, os progressistas, nacionalistas e democratas devam aprender com a história, e também com a direita, como criar uma pauta unificadora. Por incrível que possa parecer, as grandes uniões ou consensos sociais e políticos não começam pela compreensão de uma pauta positiva. Em geral, e principalmente, começam por uma pauta negativa.

Tem sido com uma pauta desse tipo que a direita procura se arvorar como representante política dos descontentes, que hoje abrangem amplos setores de todas as camadas sociais. Tal pauta negativa foi primeiramente martelada com insistência pelo oligopólio da mídia, desde os governos Lula. Depois, conseguiu ser transformada em mobilização de massa durante as manifestações de junho de 2013. Sofreu percalços, com o sucesso da Copa Mundial de Futebol e com a derrota de Aécio, nas eleições de 2014. Mas manteve seu ímpeto com a eleição de um parlamento majoritariamente conservador e reacionário, e com o êxito de pregar no PT a pecha de corrupto e, no governo, a pecha de incompetente.

Donos da S&P fugiram da cadeia

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Não era tão difícil prever o que viria, tampouco prever o que vêm por aí.

Matéria da Época desta semana, associando Pasadena à campanha de Lula, é mais uma porrada no ex-presidente e no PT. A artilharia é maciça, e tudo vem meticulosamente planejado.

As delações de Nestor Cerveró e Fernando Baiano prometem deixar a noite mais escura, confirmando as previsões de que as coisas devem piorar um tanto antes de começarem a melhorar.

Os jornais e o ódio fabricado

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Houve época no Brasil em que a oferta diária de jornais passava de uma dezena. Embora a maioria­ estivesse alinhada com interesses conservadores, existiam alternativas. Basta lembrar o Última Hora, de Samuel Wainer, comprometido com a defesa de causas populares.

Hoje os jornais são poucos e quase sempre iguais. É comum vermos em determinados dias fotos e manchetes idênticas estampando suas capas. Mesmice que acompanha os conteúdos, unificados em linhas editoriais voltadas para fustigar diariamente o governo federal.

A oposição e seu boneco de vento

Por Marcelo Danéris, no site Carta Maior:

A oposição e alguns segmentos conservadores comemoram o sucesso do Pixuleco, boneco inflável que representa o ex-presidente Lula como presidiário. Nada mais simbólico. O boneco ocupa o vazio de quadros políticos da oposição capazes de conquistar os corações conservadores. Nem o Aécio de papelão animava. Revestido de preconceitos e pré-julgamentos, ao lado das faixas pedindo a volta da ditadura, blogs que incitam a violência contra a presidenta, defesa de golpes, impeachment, o boneco acabou por compor melhor a imagem desta sinfonia desafinada.