sábado, 25 de fevereiro de 2017

Botar o bloco na rua contra Temer

Editorial do site Vermelho:

O grande sucesso do carnaval de 1973 - ano do auge sangrento da ditadura militar - foi a canção Eu quero é botar meu bloco na rua, do capixaba Sérgio Sampaio. Era perfeita para o carnaval daquele ano, com a sutileza do refrão que subentendia um chamado para a resistência contra a ditadura militar.

O carnaval brasileiro é assim. Combina irreverência e alegria, luta e compromisso. Da mesma maneira como os brasileiros fazem em seu dia a dia.

O povo, nos blocos, nas ruas, sempre deu o recado do descontentamento, das exigências e denúncias dos despotismos dos maus governos.

Reinaldo Azevedo está certíssimo!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

José Reinaldo Azevedo e Silva, vulgo Reinaldo Azevedo, foi inventado pela revista Veja no início dos anos 2000. Era um jornalista sem expressão, famoso por seu carreirismo e pelas puxadas de tapete nas redações durante os anos 1990.

Azevedo formou-se em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, após frequentar o curso de letras na Universidade de São Paulo (USP). Foi trotskista na adolescência, durante a ditadura militar. Adulto, tornou-se crítico do comunismo e das ideias socialistas.

Fim de Temer está mais próximo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A providencial cirurgia na próstata anunciada por Eliseu Padilha, 24 horas depois de ter sido denunciado pelo amigo presidencial José Yunes como destinatário de uma mala de dinheiro, confirma que o fim de Michel Temer está próximo.

Por mais que seja possível insistir na coreografia - e Brasília já viu muitos espetáculos semelhantes - o governo acabou esta manhã.

A versão de que Padilha afasta-se do governo por razões médicas não merece credibilidade. A história inteira é outra.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Justiça exige resposta do farsante Gentili

Por Altamiro Borges

Em 30 de julho de 2015, a sede do Instituto Lula, localizada no bairro do Ipiranga (SP), foi alvo de um atentado terrorista. Durante a madrugada, uma bomba foi lançada e danificou a entrada do prédio. Até hoje a Polícia Civil, chefiada pelo governador tucano Geraldo Alckmin, não esclareceu o caso - que poderia ter até consequências mais graves. Na ocasião, o apresentador de tevê Danilo Gentili, famoso por seu humorismo reacionário, postou nas redes sociais que o próprio "Instituto Lula forja ataque pra sair de vitima e o máximo que conseguem com isso é todo mundo dizendo 'que pena que o Lula não tava lá na hora'". A acusação falsa e cheia de ódio gerou uma onda de revolta na internet.

A quadrilha no governo e a dos cúmplices

Malafaia é indiciado por lavagem de grana

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Silas Malafaia, o falso pastor metido a vestal da ética, bem que poderia passar alguns dias na cadeia para se penitenciar dos seus pecados. Segundo informa o site do jornal Estadão, o chefão da sinistra Associação Vitória em Cristo, ligada à Assembleia de Deus, "foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Timóteo por lavagem de dinheiro. A informação foi dada nesta sexta-feira, 24, pela Polícia Federal. Em 16 de dezembro do ano passado, o pastor foi alvo de mandado de condução coercitiva – quando o investigado é levado a depor e liberado". Agora, com a nova ação da PF, a situação do "pastor" que faz apologia do ódio e é um fascistoide convicto fica ainda mais complicada.

"Mula" Yunes reforça delação contra Temer

Da revista CartaCapital:

"Fui mula involuntário do Padilha", disse o advogado à Veja, que confirmou sua versão à publicação e também ao jornal Folha de S.Paulo. "Não teria problema nenhum ele [Padilha] reconhecer que ligou para mim para entregar um documento, o que é verdade. Vamos ver o que ele vai falar. Estou louco para saber o que ele vai falar. Ele é uma boa figura. Mas, nesse caso, fiquei meio frustrado. Não sei. É tão simplório. É estranho, não é?", disse Yunes à revista.

Em seu depoimento, Yunes trouxe um elemento novo ao caso contra Temer e Padilha. Segundo o advogado, o mensageiro da Obebrecht era o doleiro Lucio Bolonha Funaro, que teria mencionado, em rápida conversa, financiamento a 140 deputados para "fazer o Eduardo presidente da Casa".

Entrou uma mula na suruba do golpe

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Que a política brasileira sempre foi um antro de imoralidade, corrupção, permissividade, balbúrdia e sacanagem propriamente dita não é novidade pra ninguém, mas as indecências das relações promíscuas que adornam o governo ilegítimo de Michel Temer desceram a níveis tais que fariam corar de vergonha o próprio Marquês de Sade.

Verdade seja dita, desde que Romero Jucá – o porta-voz informal da baixaria Temeriana – classificou como “suruba” a pornografia institucionalizada do foro privilegiado, ficou cada vez mais clara a forma que devemos entender todo o movimento que se organizou para criar as condições necessárias para a deposição da ex-presidente Dilma Rousseff.

Quatro fatores na demissão de Serra

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

José Serra é um político à deriva. É detestado no PSDB, suportado no governo Temer e se tornou eleitoralmente irrelevante. Tão irrelevante que a última sondagem CNT sequer o incluiu nas fichas de presidenciáveis.

Seu pedido de demissão deve-se aos seguintes fatores:

Fator 1 – a irrelevância de sua atuação à frente do MRE

O insuspeito O Globo relacionou todos os fatos relevantes da gestão Serra no MRE. Sob o impactante título “As principais passagens de Serra no MRE”, relacionou os seguintes feitos:

Levy Fidelix é multado por homofobia

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo confirmou uma multa no valor de R$ 25.070,00 a Levy Fidelix por declarações homofóbicas durante a campanha para Presidência da República em 2014. Ele tem 15 dias para pagar após notificado.

Um dos pontos mais baixos da campanha presidencial de 2014 (e olha que o pessoal se esforçou para produzir vários) foi protagonizado por ele, na madrugada de 29 de setembro, durante um debate na TV Record.

Questionado por Luciana Genro (PSOL) sobre direitos homoafetivos, ele soltou um rosário de impropérios que fariam corar até os mais fundamentalistas dos parlamentares religiosos. Afirmou que “aparelho excretor não reproduz'', comparou homossexuais a quem pratica o crime de pedofilia e, ao final, conclamou: “Vamos ter coragem! Nós somos maioria! Vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los''. A fala de Levy provocou reações de indignação, da Procuradoria Geral da República aos movimentos sociais.

As reformas de Temer e a ação sindical

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Está claro que o governo do presidente Michel Temer “fincou o bambu do lado grosso”. As propostas de reformas da Previdência e trabalhista expressam demandas há muito desejadas pelo mercado. As matérias terão tramitação rápida no Congresso, em particular, a da Previdência (PEC 287/16), porque desta depende a efetividade da Emenda à Constituição 95/16, que congela, em termos reais, o gasto público por 20 anos. Mas apenas os primários: saúde, educação, segurança, salários, etc. As despesas financeiras do governo estão intocadas. Em particular, àquelas relacionadas aos juros e serviços da Dívida Pública.

Oposição quer criar a CPI da Previdência

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

Parlamentares da oposição estão se mobilizando para que o Senado instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a real situação financeira da Previdência. Uma lista organizada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) já conta com 29 assinaturas. O número é maior que o mínimo exigido pelo regimento da Casa para instauração de colegiado dessa natureza, que é de 27 parlamentares, correspondente a um terço do número de senadores.

O suntuoso apartamento de Moraes

Por Renato Rovai, em seu blog:

Uma matéria de maio de 2013 no site UOL anuncia o edifício Mansão Tucumã, localizado no Jardim Europa e nas proximidades do Clube Pinheiros, como o quinto metro quadrado mais caro de São Paulo. De acordo com levantamento da empresa Lello, em 2014 havia 21 mil condomínios residenciais na cidade.

É ali que vive, no apartamento 71, Alexandre de Moraes, cujo nome foi aprovado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal na manhã de ontem e que assumirá no dia 22 de março.

O imóvel tem 365 metros quadrados de área privativa real e 293,327 metros quadrados de área de uso comum real, incluindo o uso de 5 vagas de garagem, de acordo com a certidão de propriedade. Um total de 658,367 m² de área total construída.

O homem forte da reforma da Previdência

Marcelo Caetano, durante anúncio do envio do projeto
de reforma da Previdência ao Congresso Nacional
Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

A central sindical Pública, que representa servidores públicos da ativa e aposentados dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), denunciou hoje (23) o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, por conflito de interesses. Segundo a entidade, Caetano, um dos principais articuladores da proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Temer, ocupa também cargo de conselheiro na Brasilprev, uma das maiores empresas de previdência privada do país.

A denúncia foi protocolada nesta manhã em Brasília, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. E será também encaminhada ao Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF).

Impostos e luta de classes no Brasil

Por Juliano Giassi Goularti, no site Brasil Debate:

“Mudar o mundo meu amigo Sancho não é loucura, não é utopia, é justiça.” Dom Quixote de la Mancha em diálogo com Sancho Pança – Miguel de Cervantes.

No debate constitucional, em 1988, o legislador constituinte estabeleceu um conjunto de princípios tributários baseados na justiça fiscal e social. A começar, a Carta Magna definiu que a tributação deve ser, preferencialmente, direta, de caráter pessoal e progressiva. No entanto, a nova ordem neoliberal que estava em curso nos anos 1990 não somente minou os avanços definidos na Constituição, mas tratou de agravar as distorções sociais, sobretudo, aprofundando a regressividade do sistema tributário brasileiro.

Marcola tem muito a aprender com Cunha

Por Jeferson Miola

Eduardo Cunha tem razões de sobra para se sentir o presidiário mais poderoso do país. Os motivos para isso são mais que justificáveis:

1- sua turma na trama golpista, que o ministério público federal diz ser a organização criminosa identificada por alcunhas nas planilhas de propinas da Odebrecht, está no centro do poder: Michel Temer, o MT; Eliseu Padilha, o Primo; e Moreira Franco, o Angorá – Geddel Vieira Lima, outro parceirão do time e colecionador de desvios e crimes, já foi ejetado do Planalto, e em breve poderá fazer companhia a Cunha;

2- Gustavo do Vale Rocha, seu advogado e também advogado da Marcela Temer na censura das notícias do hacker, foi indicado por Cunha e nomeado pelo “Primo” como Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, um dos cargos mais influentes do governo federal;

O problema da República: como soltar Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A lógica da política já é complicada. A da política bandida, quase indecifrável. E quando o banditismo político infiltra-se em meio às togas, aí se passa a ter de raciocinar com o pressuposto do crime e da conspiração nas próprias instituições, já não apenas nos homens.

Há muita gente achando que a súbita sinceridade de José Yunes, dispondo-se a fazer o papel de velho “bobo”, é parte de uma estratégia que aceita degolar o entorno de Temer – Geddel já foi, Moreira Franco é um morto-vivo político (mesmo antes, prestava-se mais a negócios, para o que hoje está interditado) e Eliseu Padilha agora só vai ficar a salvo enquanto permanecer no hospital.

O novo diversionismo da Lava-Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Através de seu órgão oficial, o blog do Fausto Macedo, vinculado ao Estadão, a Lava Jato não esconde sua obsessão em controlar a narrativa.

Com os operadores da Lava Jato defendendo Alexandre de Moraes, ministro da Justiça de Temer, no STF, e o próprio Sergio Moro atuando como bombeiro no incêndio que Eduardo Cunha ameaça lançar sobre o Planalto, a operação perdeu o seu charme “subversivo” e tornou-se uma iniciativa governista.