sexta-feira, 10 de março de 2017

Doria aumenta acidentes nas marginais

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Como a mídia não informa corretamente os dados preliminares divulgados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da capital paulista, que indicam um aumento de mais de 50% no número de acidentes com vítimas nas marginais Tietê e Pinheiros nos 30 dias após determinação do prefeito João Doria de aumentar o limite de velocidade nas vias, o Blog da Cidadania divulga a informação correta.

A mudança, adotada no dia 25 de janeiro, fixou a velocidade máxima nas pistas expressas em 90 km/h, revertendo a redução para 70 km/h implantada pelo governo anterior.

Atletiba no Face e o monopólio da Globo

Por Eduardo Jenisch Barbosa, no blog Socialista Morena:

Conhecido como “o país do samba e futebol”, o Brasil assistiu ambos serem privatizados pela Rede Globo ao longo dos anos. A transmissão do desfile das escolas de samba é exclusivo da TV dos Marinho, que dita todas as normas, desde o horário de início até o tempo de duração do desfile de cada escola. E não é exagero falar que a emissora do Plim-Plim é a dona do futebol brasileiro, mandando mais que a própria Confederação Brasileira de Futebol.

Uma das injustiças impostas pela Globo ao futebol brasileiro é o chamado sistema de cotas pagas aos clubes pelos direitos de transmissão. Esta temporada marca o segundo ano do atual triênio do contrato firmado pelos clubes do Campeonato Brasileiro com a Rede Globo de Televisão. Este vínculo que dura até 2018 causa apreensão nos amantes do futebol. Pelo menos é o caso de quem quer ver o futebol nacional sendo disputado de forma justa e competitiva. E justiça, definitivamente, não está incluída na divisão deste bolo.

Lições da ruína da Alstom para a Petrobras

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para a maioria dos brasileiros, a palavra Alston recorda denúncias de contratos superfaturados e licitações marotas promovidas por governadores do PSDB. Na vida dos franceses, o destino da Alston, uma das antigas glórias do capitalismo de Estado erigido no país no pós-Guerra, é sinônimo de uma investigação do Departamento de Justiça do governo dos Estados Unidos, entre 2012 e 2014, que guarda semelhanças impressionantes com a Petrobras, devassada pela Lava Jato e esquartejada em plena luz do dia pelo governo Temer. Em dezembro de 2014, o setor mais lucrativo da Alston, a área de energia, mudou de mãos. Foi adquirido pela General Eletric, gigante norte-americano que, com a transação, consolidou sua posição hegemônica no mercado mundial.

Rodrigo Maia desdenha Justiça do Trabalho

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados e codinome ''Botafogo'' na lista de pagamentos da Odebrecht, retirou o resto do tapa-sexo que mantinha uma certa aura de pudor hipócrita no Congresso Nacional e deixou claro que, se depender dele, direitos trabalhistas e o bom funcionamento do mercado de trabalho serão peça de museu.

Quando um político – que, na ausência de Michel Temer, assume a Presidência da República – afirma que ''o excesso de regras no mercado de trabalho gerou 14 milhões de desempregados'' e, pior, que a ''Justiça do Trabalho não deveria nem existir'', pode ter certeza que o apocalipse está próximo.

A guerra entre a família Bolsonaro e o MBL

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em 2014 e 2015 era tudo uma coisa só. Bolsonaro pai subia para discursar em caminhões do MBL (Movimento Brasil Livre) e fazia selfies com adoradores do Revoltados OnLine que por sua vez abraçavam amigos do Vem Pra Rua e eram todos seguidores de Reinaldo Azevedo.

Tudo por um impeachment. O tempo passou, o impeachment também e o caldo entornou para os ‘movimentos’ que iam até Brasília bajular Eduardo Cunha.

Já no primeiro mês de 2016, Kim Kataguiri, power ranger do MBL, passou a criticar Jair Bolsonaro. Levou o troco. Reinaldo Azevedo saiu em defesa do franzino líder e colega de jornal.

Tabapuã Pappers: empresas de Yunes e Mabel

Por Renato Rovai, em seu blog:

Depois que as investigações da Polícia Federal revelaram que empresas da família de José Yunes repassaram mais de R$ 1 milhão a companhias de fachada do doleiro Adir Assad, o melhor amigo de Michel Temer se apressou em afirmar que não tinha qualquer relação com Assad ou as empresas dele.

Uma reação bem diferente da que vem tendo em relação às notas relativas ao Tabapuã Pappers, que já ensejaram várias matérias neste blogue.

No entanto, os negócios pouco republicanos de Assad parecem estar bem mais próximos de Yunes do que ele admite.

Os economistas que inventaram a recessão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

3,6% de queda do PIB em 2016 não é culpa de Dilma Rousseff. Arriscaria a dizer que nem é culpa de Michel Temer. Quem levou o país à maior recessão desde 1930 é uma subciência econômica, uma submissão atrasada a um pensamento econômico equivocado, raso, que transformou o conhecimento científico em matéria de fé, abolindo princípios básicos de uma economia de mercado.

A culpa de Dilma e Temer foi a da semi-ignorância de uma, da ignorância ampla de outro, deixando a condução do país nas mãos de técnicos e Ministros de pequena estatura, escasso conhecimento geral.

A tragédia da reforma da Previdência

Ilustração: Cival Einstein
Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

A reforma da Previdência que está sendo proposta pelos usurpadores sob o comando de Michel Temer se for mesmo aprovada será uma tragédia para o povo brasileiro. Temer chega ao ponto de afirmar que a críticas ao seu trágico projeto são feitas por aqueles que ganham mais do que o salário mínimo. Temer concretamente agride quem comprova que o governo faz o jogo escancarado da previdência privada.

É lamentável que esse golpista usurpador, bem como aposentado com a idade abaixo de 55 anos e recebendo uma alta quantia, ocupando o cargo que jamais ocuparia se fosse submetido ao voto, defenda uma proposta indecorosa como essa. É também lamentável que seus áulicos no Congresso se comportem como estão se comportando, possivelmente atrás de recompensas, as tais boquinhas, levantem a voz para esbravejar que a idade mínima para a aposentadoria, 65 anos, não será alterada. Ou que para receber a aposentadoria integral só depois de 49 anos de trabalho.

A chantagem de Cunha a Temer deu certo?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Da revista CartaCapital:

De dentro de sua cela no Complexo Médico-Penal de Pinhais (PR), onde cumpre prisão provisória, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-PR) chantageia o governo Michel Temer e consegue emplacar aliados em posições estratégicas. O diagnóstico é de Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do governo no Senado e desafeto de Cunha.

“Os últimos sinais emitidos pelo governo com as nomeações mostram que há uma disputa entre o PSDB e o núcleo da Câmara ligado a Eduardo Cunha pelo comando do governo", afirmou Renan na quarta-feira 8, após encontrar Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral do governo.

Trump ataca pobres, doentes e idosos

Ilustração: Mary Zins/Cartoon Movement
Por Deirdre Fulton, no site Carta Maior:

O plano Republicano para revogar e substituir o Ato de Assistência Acessível (ACA) “prejudicará milhões de pessoas, particularmente as pessoas de baixa renda e os idosos”; inclui isenções fiscais para CEOs ricos; e é em geral “uma proposta mais desagradável e contra os consumidores do que até seus seguidores mais próximos poderiam esperar”.

O Ato de Assistência Médica Americano (AHCA), divulgado pelos Republicanos na segunda a noite, desmantela grandes provisões do ACA, ou Obamacare, e põe em prática um sistema de créditos fiscais por idade para os indivíduos comprarem seguros.

quinta-feira, 9 de março de 2017

A pinguela da reforma previdenciária

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Sentindo o vento da lista de Janot nas costas, e tentando empreender uma “fuga para a frente”, Temer e seu governo aproveitaram até a notícia de um desastre, a recessão de 2016, para vender a ilusão de que a economia reage. Espetaram a conta em Dilma como se o golpe, com seus erros e incertezas, não tivesse contribuído, a partir de abril, para a grande depressão. E tome discursos terroristas sobre a imprescindibilidade das reformas: Temer fixou prazo para a aprovação da reforma previdenciária, que as mulheres estão hoje nas ruas combatendo, para a votação da trabalhista e agora anunciou mais uma, a tributária. Os líderes prometem fazer tudo que o Planalto mandar mas algumas tábulas da pinguela estão balançando e ameaçam se soltar. A bancada da bala, um dos pilares da base, está refugando a reforma. Outros grupos estão ruminando em silêncio sobre mudanças que o governo diz que não aceita.

Quanto vale uma esfirra, João Victor?

Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

Laudo necroscópico do Instituto de Criminalística (IC), ligado à Polícia Civil de São Paulo, afirma que o menino João Victor Souza de Carvalho, de 13 anos, morreu no dia 26 de fevereiro, no Habib's da Avenida Itaberaba, Vila Nova Cachoeirinha, zona norte da cidade, depois de usar lança-perfume e cocaína.

Família exige Justiça!

Extrema coincidência, o menino teve uma parada cardiorrespiratória menos de um minuto depois de ser perseguido por um gerente e um segurança do Habib’s –a cena foi flagrada por uma câmera de segurança localizada na escola de idiomas Wizard, vizinha do restaurante. Duas testemunhas disseram à polícia que o menino foi agredido com um soco desferido pelos funcionários.

O quem-é-quem da burguesia brasileira

Por Igor Fuser, no site Outras Palavras:

O golpe de estado de 17 de abril de 2016 atropelou as ilusões de quem acreditava nas virtudes infinitas da política de conciliação de classes – a ideia de que seria possível superar o apartheid social e o subdesenvolvimento no Brasil sem confronto com as elites dominantes, mas apenas por meio do crescimento da economia. No pós-golpe, essas mesmas elites demonstram plena convicção de que agiram corretamente, em defesa dos seus interesses.

Tal como ocorreu em tragédias históricas anteriores, como o golpe de 1964, o campo progressista discutirá ainda por muito tempo os fatores e as circunstâncias da derrubada de Dilma Rousseff, a começar pelos motivos da espantosa passividade das camadas mais pobres da população, as mais beneficiadas pelos governos liderados pelo PT.

CIA usa smart TVs como grampos

Por Sam Biddle, no site The Intercept-Brasil:

É difícil comprar uma TV nova que não venha com um software “smart” (geralmente medíocre) oferecendo ao seu home theater as funções normalmente encontradas em telefones e tablets. Mas trazer esses recursos adicionais para sua sala significa trazer também um microfone — o que está sendo explorado pela CIA, segundo novo conjunto de documentos publicados hoje pela WikiLeaks.

De acordo com os documentos, o programa da CIA chamado “Weeping Angel” (Anjo Choroso) deu aos hackers da agência acesso às TVs Samsung Smart, permitindo que o microfone embutido do controle por voz fosse manipulado remotamente enquanto a TV aparentemente permanecia desligada. O recurso é conhecido como “Fake-Off mode” ou “Modo Desligado Falso”. 

Rodrigo Maia, o "preposto do capital"

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Ex-presidente das associações paulista, brasileira e latino-americana de advogados trabalhistas, Luís Carlos Moro considerou "panfletária, agressiva e preconceituosa" a declaração feita ontem pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contra a existência da Justiça do Trabalho. "Não é uma declaração de um presidente de casa legislativa da importância da Câmara. É absolutamente inarrazoada, do ponto de vista político e institucional. Ele fez uma agressão institucional, não emitiu uma opinião política. É um agressor da ordem jurídica", afirmou Moro.

Carta ao machista não eleito Michel Temer

Por Mariana T. Noviello, no blog Cafezinho:

Michel Temer.

As manifestações vindas de todos os cantos, das redes sociais, dos jornais e até da Rede Globo, já demonstraram o desconforto criado pela a sua fala no Dia Internacional das Mulheres. Portanto, espero não repetir aqui o que já foi dito.

Primeiro, não vou chamar a sua fala de ‘gafe’ porque uma gafe implica em erro. E o seu discurso não foi um ‘erro’. Com certeza você (não vou chamá-lo de Sr. porque você não merece o meu respeito, e na verdade até esse ‘você’ soa muito informal para me direcionar a alguém com quem não quero ter nenhuma intimidade) trabalha com assessores e talvez até tenha sido aconselhado a dizer o que disse, pensando que boa parte da população se identificaria com os seus sentimentos.

Onda Doria faz lembrar onda Collor em 89

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

De repente, do nada, forma-se uma onda grande no mar aberto.

A depender dos ventos, pode morrer logo ali na frente ou ganhar força e chegar à praia arrastando tudo o que encontra pela frente.

A imagem marítima me fez lembrar o que aconteceu com a onda Collor em 1989 e pode se repetir agora com Dória.

Em meados de 1988, fui um dos três jornalistas convidados pelo SBT para entrevistar Fernando Collor de Mello, então governador de Alagoas.

O que diz o PIB de 2016?

Por Pedro Paulo Zahluth Bastos, no site Vermelho:

A queda de 3,6% do Produto Interno Bruto de 2016 frustrou mais uma vez as previsões das consultorias e departamentos econômicos de bancos, que não entenderam a natureza da crise brasileira e, desde 2014, consideravam que a transparência e os cortes de gasto prometidos por Joaquim Levy recuperariam a economia brasileira.

No fim de 2014, o boletim Focus, com a previsão das instituições financeiras, apontava para um crescimento de 0,9% em 2015, depois que Levy anunciou seu programa de cortes. Após o tombo de 3,8% em 2015, a previsão para 2016 era um tombo menor que 3%, com recuperação firme a partir de meados do ano.

Lava-Jato e o "acordo" da Odebrecht

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Contribuindo, não se sabe se conscientemente ou não, para dar uma "levantada na bola" da operação, e enganar e manipular a população, parte da mídia comemora, no alto de suas páginas, a suposta "recuperação" - que poderá levar cerca de 25 anos, prazo que algumas empreiteiras terão para "pagar" as penalidades - de mais de 11 bilhões de reais, pela Lava-Jato.

Como se bilhões em dinheiro "roubado" dos cofres públicos estivessem voltando, vitoriosamente, para os cofres do erário.

E os prejuízos econômicos causados por essa operação, em empregos, quebra de acionistas e fornecedores e projetos sucateados e interrompidos, não fossem muitíssimo maiores do que a quantia publicada nas manchetes em letras garrafais.

Por que mudar? Mudar por quê?

Por Paulo Kliass, na revista Caros Amigos:

Nem mesmo a entrada no período da quaresma tem facilitado a vida do ocupante do Palácio do Jaburu. A impressão que se tem é que 2016 insiste em se estender ainda mais a cada dia que passa, resistindo bravamente a ceder o passo para a plenitude de 2017. Foi-se o réveillon e nada. Os mais otimistas argumentavam que tal pressa em cobrar resultados não fazia sentido. Afinal tudo no Brasil só começa, de fato, depois do Carnaval. Pois bem, na sequência veio o desfile do Rei Momo e também nada. Tudo indica que a barra está mesmo bem pesada pelo lado de lá, pois a estadia no Palácio do Alvorada exigiu reforma especial e durou apenas uns poucos dias, além de muitos mil reais.