domingo, 23 de julho de 2017

Bolsonaro, o 'machão', vai fugir do Brasil?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Em entrevista à Veja, além de um monte de bobagens, a cria indesejada da direita brasileira, Jair Bolsonaro, faz uma revelação surpreendente para quem se vende como “macho”, “valentão”, ferrabrás.

Diz que vai “picar a mula” do Brasil caso não ganhe as eleições de 2018:

“No meu entender, se tivermos em 2019 um governo que seja do PT, do PSDB ou do PMDB, acho que vai ser difícil eu permanecer no Brasil, porque a questão ideológica é tão ou mais grave do que a corrupção.

Megashows: sem crise para os ricos

Por Eduardo Nunomura e Jotabê Medeiros, na revista CartaCapital:

Que tipo de crise é essa? Em menos de duas horas, sumiram todos os ingressos para os três shows do U2 no Morumbi, em outubro. São três estádios lotados, uma estimativa de público de mais de 200 mil pessoas. Detalhe: os ingressos custavam até 1.360 reais e havia filas online para comprar de até 70 mil pessoas.

O Rock in Rio 2017, que será realizado nos dias 15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de setembro, no Parque Olímpico do Rio , esgotou os ingressos ainda no início de abril (o preço era de 455 reais), também em poucas horas. São 700 mil pessoas em 7 dias de evento, com atrações como Justin Timberlake, Lady Gaga, Aerosmith e outros.

A montanha de Dallagnol pariu um rato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – o enredo da Lava Jato

Apesar do comando difuso, entre mídia, troupe de Eduardo Cunha, PSDB e Departamento de Estado norte-americano (através da cooperação internacional), a trama da Lava Jato era de roteiro relativamente simples.

Haveria uma ação intermediária, o impeachment de Dilma. Depois, a ação definitiva, a condenação de Lula com o esfacelamento automático do PT como força política.

Houve intercorrências inevitáveis – como as denúncias contra próceres tucanos, rapidamente abafadas –, importantes para se tentar conferir legitimidade política ao jogo, e um desastre imprevisível: as delações da JBS que atingiram Aécio Neves no peito. Aí o elefante ficou muito grande para ser escondido debaixo do tapete.

Cantanhêde e o acordo da impunidade

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

No mesmo dia em que Joesley Batista publica artigo na Folha em que denuncia “as mentiras” que contaram para tentar desqualificar a denúncia que fez contra Temer, a coluna de Eliane Cantanhêde no Estadão é um exemplo acabado do que pode ser interpretado como “estratégia” de defesa do sucessor de Dilma Rousseff.

Cantanhêde diz que o relatório da Polícia Federal sobre as gravações do ex-senador Sérgio Machado, que também foi presidente da Transpetro, é um “marco no festival de delações”.

A farsa da 'Ferrari de ouro do filho de Lula'

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não passa um dia sem que farsantes espalhem mentiras sobre o ex-presidente Lula e sua família – e, não, não estamos falando das ações contra ele na Justiça, todas elas produtos de farsas oficiais. A farsa em questão é cem por cento criminosa, baseada em mentiras ainda mais grosseiras que a das ações judiciais contra o ex-presidente.

A última dessas farsas é praticamente inacreditável por várias razões. Chega a ser difícil de acreditar que alguém caia nela, mas não falta quem caia. E, no mais das vezes, as pessoas que caem nesses contos do vigário não o fazem por ingenuidade, mas porque querem acreditar na mentira.

Marcos Valério delata FHC e Aécio. E daí?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

O publicitário Marcos Valério ganhou os holofotes da mídia ao denunciar o chamado “mensalão petista”, o que gerou grave crise política logo no primeiro mandato do ex-presidente Lula e levou para a cadeia várias líderes petistas – entre eles, o ex-ministro José Dirceu. Já naquela ocasião, ele deixou implícito que o esquema de desvio de verbas para as campanhas eleitorais teve início em Minas Gerais, durante a gestão do cambaleante Aécio Neves. Mas o “mensalão tucano”, que a imprensa venal apelidou marotamente de “mensalão mineiro”, sempre foi abafado. Aos barões da mídia interessava satanizar o PT e blindar os seus serviçais do PSDB. Agora, porém, Marcos Valério parece estar disposto a revelar toda a sujeira do ninho tucano.

Assessor de luxo de Temer sumiu da mídia

Por Altamiro Borges

Em meados de maio, a Polícia Federal, no curso da chamada Operação Panatenaico, prendeu dois ex-governadores do Distrito Federal (José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz) e um ex-assessor especial de Michel Temer sob a suspeita de recebimento de propina na construção do estádio Mané Garrincha. Já no final de junho, um relatório das diligências policiais vazado pela revista Época indicou que o amigão do Judas, o sinistro Tadeu Filippelli, levava uma vida de luxo. Na reportagem intitulada “PF achou obras de arte e vinhos caros em buscas contra ex-assessor de Temer e ex-governador do DF”, o jornalista Aguirre Talento deu alguns detalhes sobre a vida nababesca do aspone.

PSB encolhe e paga o preço do golpe

Beto Albuquerque
Por Altamiro Borges

Na cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff, o PSB abandonou seu passado progressista – construído por Miguel Arraes e tantos outros líderes de esquerda –, uniu-se a direita nativa e ajudou a alçar ao poder a quadrilha de Michel Temer. A sigla chegou até a ocupar um posto no governo ilegítimo, com o “ministro” das Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho. Com o anúncio das reformas trabalhista e previdenciária, o partido sinalizou uma volta às origens, criticando as regressões sociais impostas pelos neoliberais no poder. Esta postura errática, porém, cobra seu preço. Nos últimos dias, cresceram os boatos de que o PSB perderá mais de 10 deputados devido à sua incoerência política.

sábado, 22 de julho de 2017

O fracasso econômico da ‘mágica golpista’

Por Dilma Rousseff, em seu site:

O governo golpista superestimou o déficit de 2017, elevando-o a R$ 139 bilhões. Com o truque, acreditava que teria folga para, depois, jactar-se de ter cumprido a meta.

Mas nem a elevação forjada da previsão de déficit evitou um vexame. A meta superestimada vai estourar e, em desespero, o governo está aumentando impostos. A imprensa noticia que a gasolina já está sendo vendida a mais de R$ 4 o litro. É o maior aumento de preço em 13 anos.

Volta do pato é hipocrisia da Fiesp

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Nesta sexta-feira (21), o pato amarelo voltou à Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A instituição protesta contra ao aumento das alíquotas do PIS e da Confins sobre combustíveis, que tem impacto não apenas sobre o setor industrial, mas em toda a economia.

O presidente Michel Temer disse que “a população vai compreender, porque este é um governo que não mente, não dá dados falsos”. Segundo ele, a medida tem o objetivo de “manter o critério da responsabilidade fiscal, a manutenção da meta, a determinação para o crescimento”, conforme declarou ao chegar à Argentina na noite de ontem (20).

Os crimes de Moro contra Lula

Por Márcio Sotelo Felippe, no site Justificando:

Concluído em primeira instância o “processo do tríplex”, de fato constata-se que crimes foram cometidos. Os do juiz. Sobre os imputados ao réu nada se pode dizer.

Trata-se de lawfare. A aniquilação de um personagem político pela via de mecanismos judiciais. A série de episódios grotescos que caracterizou a jurisdição nesse caso não deixa qualquer dúvida a respeito. Só o fato de o processo entrar para o imaginário social como um combate “Moro vs. Lula” evidencia o caráter teratológico da atuação do magistrado. Moro cometeu crimes, violou deveres funcionais triviais, atingiu direitos e garantias constitucionais do réu, feriu o sigilo de suas comunicações, quis expô-lo e humilhá-lo publicamente, manteve-o detido sem causa por horas, revelou conversas íntimas de seus familiares.

'Reformas' e desigualdades no governo Temer

Por Tiago Oliveira e Clóvis Scherer, no site Brasil Debate:

Reflexões e estatísticas recentes sobre desigualdades socioeconômicas demostram que padrões mais igualitários de distribuição de renda e de riqueza só foram atingidos nos países desenvolvidos, no período compreendido entre o imediato pós-guerra e a década de 1970, em resposta aos efeitos devastadores provocados pelas guerras mundiais e mediante um consenso social, forjado naquele contexto. Esse consenso permitiu a implementação de políticas fiscais, sociais e regulatórias que alçaram o capitalismo a um novo patamar civilizatório.

Delação de Valério revelará propinas de FHC

Da revista Fórum:

Em cerca de 60 anexos, a delação do publicitário Marcos Valério atinge em cheio os tucanos. O mais implicado é o senador Aécio Neves, acusado de receber comissão por contrato com o Banco do Brasil. Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, afirma Valério, sua agência, a DNA Propaganda, repassou ao senador 2% do faturamento de contrato com o Banco do Brasil, que havia sido arranjado pelo senador com aval do ex-presidente.

Salvação de Temer custará R$ 300 bilhões

Por Paulo Pimenta, no blog Viomundo:

A salvação de Temer, acusado de corrupção, além dos prejuízos políticos para o país, tem um custo econômico altíssimo.

Os R$ 11 bilhões em aumento de impostos anunciados essa semana já são reflexos do uso indevido e irresponsável da máquina pública que Temer faz para comprar votos na Câmara e tentar se salvar.

A estimativa inicial que se faz, por baixo, é que o valor que está em jogo chega próximo aos R$ 300 bilhões.

Essa quantia pode ser ainda maior até o dia 2 de agosto, data da votação.

A questão do poder na Venezuela

Por Raphael Lana Seabra e Gladstone Leonel Júnior, no jornal Brasil de Fato:

Os meios de comunicação tradicionais pintam o presidente Maduro como o grande causador dos problemas na Venezuela. Não por acaso, o discurso que há alguns anos cabia a Cuba, então inimiga número um do chamado “mundo moderno”, foi deslocado para esse novo inimigo. Da mesma forma do feito com Cuba, agora a Venezuela torna-se alvo da pretensa falta de liberdade individual e desrespeito às cláusulas democráticas, tanto pelo discurso oposicionista que vigora no senso comum, quanto por algumas vozes progressistas. Mudam-se os alvos, mantêm-se o enredo!

O capitalismo sem ossos do Brasil

Por Marcelo P. F. Manzano, no site da Fundação Maurício Grabois:

A destruição do Estado brasileiro realizada pelo governo Temer é avassaladora e inédita. A cada semana que se passa, novos desmontes aprovados a toque de caixa por um congresso manchado por inúmeras denúncias de corrupção e que negocia cargos e verbas com um governo ilegítimo que se orienta apenas pelos interesses do mercado financeiro.

Nos últimos dias, além de esfacelar a CLT e lançar dezenas de milhões de brasileiros à incerteza, de propor a regularização de 350 mil hectares de terras griladas na Amazônia (um presente de meio bilhão de reais!), de avançar com o desmonte da Petrobras (leia aqui), ficamos sabendo agora que, em plena recessão, o BNDES reduziu em 17% o volume total de empréstimos no primeiro semestre de 2017 e que o crédito para o setor industrial voltou ao patamar dos anos 1990, com uma queda de 42% sobre o mesmo período do ano passado (leia aqui).

A gritaria de Bolsonaro e o avanço do 'mito"

Por Gabriel D. Lourenço e Luiz Gabriel Braun, no site The Intercept-Brasil:

Militar da reserva, político de carreira (sete vezes deputado federal, uma vez vereador) e presidenciável, Jair Messias Bolsonaro tirou alguns dias fora de Brasília, reino dos memes da corrupção brasileira, para vir até Florianópolis (SC) em maio. Em seguida, sua turnê passaria por Joinville, Blumenau e Jaraguá do Sul. Pela primeira vez, de acordo com evento criado no Facebook, para uma palestra: 2,7 mil pessoas mostraram-se interessadas no encontro aberto ao público, sem cobrança de ingresso. Uma amostra dos 21% de eleitores brasileiros que dizem que, se a eleição fosse hoje, escolheriam Bolsonaro para comandar o país. Número que parece consolidar a direita mais radical como uma alternativa cada vez mais real de poder no Brasil.

Agora, onde vão enfiar o pato?

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                                  

Pessoas, em geral, de poucas luzes intelectuais, as lideranças empresariais brasileiras jamais foram capazes de formular um miserável projeto de país. Sua rala imaginação não vai além da elaboração de projetos e campanhas para fugir do pagamento de impostos.

A obsessão por uma margem de lucro cada vez maior, custe o que custar, e o corte de pessoal diante do menor sinal de retração dos negócios, são outros traços marcantes dos donos dos meios de produção. O apoio incondicional dado ao projeto de antirreforma trabalhista de Temer revela uma visão burra até a raiz dos cabelos a respeito das relações entre demanda, oferta, salário e consumo.

Aumento de impostos e demissões em massa

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, afirmou nesta sexta-feira (21) que o aumento de impostos e o corte no orçamento adotado pelo presidente Michel Temer confirmam que a política econômica do governo é fracassada. “Enganaram os empresários. O pato voltou para a porta da Fiesp”, ironizou Adilson.

De outro lado, os trabalhadores continuam a ser os mais penalizados com demissões em massa e com o aumento do custo de vida, afirmou o sindicalista.


Marco Aurélio Garcia, Lula e 2018…

Foto: Agência Brasil
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Dilma e Lula estavam lá.

Haddad, Suplicy e outras lideranças do PT também estavam.

Jovens acadêmicos, que Marco Aurélio Garcia ajudou a formar e hoje ocupam cátedras nas universidades Brasil afora, marcaram presença.

Militantes emocionados, professores, jornalistas…

Marco Aurélio era um bem-humorado professor e militante. Frasista brilhante. Culto, sem ser pernóstico.

O texto mais bonito sobre ele talvez tenha sido escrito por Gilberto Maringoni – hoje no PSOL (clique aqui para ler).

O discurso mais emocionante, claro, veio de Lula – clique aqui para ver: https://www.facebook.com/Lula/videos/1381450791923917/