segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

A unidade contra o fascismo é necessária

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Provocado pela entrevista do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) à Folha de S. Paulo, o debate sobre a unidade necessária dos trabalhadores e da população explorada na campanha presidencial de 2018 não deve terminar tão cedo, até porque não se trata de uma iniciativa isolada.

Estimulada pelo PSOL, a possível entrada de Guilherme Boulos na campanha pode produzir uma rachadura expressiva, já que se trata de uma liderança de grande expressão junto às camadas populares.

Balanço 2017: um ano 'do piru'

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

É difícil fazer o balanço de um ano tão complicado quanto este de 2017. Selecionei alguns blocos de acontecimentos.

1 - Crescimento e/ou consolidação da direita e da extrema-direita em escala mundial. Em graus e estilos diferentes. Estados Unidos e políticas brucutus de Trump, apesar das dificuldades internas. Europa: Polônia, Hungria, Alemanha, França, Áustria. América Latina: sobrevivência do governo golpista de Michel Temer, Argentina, Peru, Chile. Japão: política belicista de Shinzo Abe. Oriente Médio: ofensiva diplomática e militar da Arábia Saudita e sua aproximação com Israel. Em consequência deste clima, volta do perigo de um confronto nuclear: EUA x Coreia do Norte.

domingo, 31 de dezembro de 2017

El pueblo unido jamás será vencido

Para curar a ressaca da virada do ano

Por Apparício Torelly, o Barão de Itararé:


“Monólogo”

- Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...

- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente.

E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.

A "receita de ano novo" de Drummond

Por Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)

Para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).

sábado, 30 de dezembro de 2017

A saída do “ministro” do trabalho escravo

Por Altamiro Borges

Ronaldo Nogueira, o “ministro” do Trabalho do covil golpista, pediu demissão nesta quarta-feira (27). Em carta entregue a Michel Temer, o chefe da quadrilha, ele justificou a saída do governo à deriva com o anúncio de que disputará a reeleição para deputado federal em 2018. No maior cinismo, o adorador do “deus-mercado” e incentivador do trabalho escravo afirma que deixa o cargo “com o sentimento de dever cumprido” e que deseja voltar à Câmara Federal para defender “de forma aguerrida as reformas que modernizem a sociedade brasileira”. É bom o eleitor gaúcho gravar bem o nome deste notório escravagista e serviçal da cloaca empresarial: Ronaldo Nogueira!

Freixo, as esquerdas e a nota do MTST

Por Altamiro Borges

A entrevista do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) nesta sexta-feira (29) na Folha causou celeuma nas redes sociais. O jornal da famiglia Frias, que adora fazer intrigas e estimular a divisão do campo popular, estampou no título: “‘Não sei se é o momento de unificar a esquerda, não’, diz Marcelo Freixo”. De imediato, vários internautas lembraram que a quadrilha de Michel Temer promove uma brutal regressão no Brasil, com a entrega do patrimônio público, a desnacionalização da economia, o ataque selvagem aos direitos dos trabalhadores, o desmonte das políticas sociais e os atentados à democracia. Em coro, os ativistas digitais pregaram a urgência da unidade das esquerdas no enfrentamento ao retrocesso e na eleição presidencial de 2018 – caso ela ocorra.

Merval devia assessorar Marun, o pitbull

Por Altamiro Borges

Carlos Marun nem bem tomou posse como novo “ministro” da Secretaria de Governo do covil golpista para confirmar a sua trajetória sinistra – de cão-de-guarda do presidiário Eduardo Cunha a pitbull de Michel Temer. Na maior caradura, o falastrão andou ameaçando governadores e prefeitos que não garantirem votos nos seus Estados para aprovar o fim da aposentadoria dos brasileiros. O fisiologismo e a truculência foram tão descarados que resultaram numa reação altiva de oito governadores do Nordeste. Em nota enviada ao chefe da quadrilha, eles informaram que estudam processar o ministro que condicionou a liberação de recursos públicos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil ao apoio à contrarreforma da Previdência.

Dallagnol insulta até a baixa inteligência

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Deltan Dallagnol, o menino das faces rosadas, utilizou o twitter, esse novo braço da justiça brasileira, para se queixar ao seu público (sim, procuradores no Brasil agora possuem público) de que está sendo insultado pelo governo Temer.

O significado da palavra cinismo precisa ser atualizado.

Poucas pessoas neste País foram mais responsáveis pela ascensão de Michel Temer (e a canalha que veio a reboque) do que Deltan Dallagnol, seu colega procurador Carlos Fernando dos Santos Lima e toda a trupe circense de Curitiba, além, é claro, do atração principal, Sergio Moro.

2018 começa no dia 24 de janeiro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ano político, claro, começa com o julgamento, com sentença razoavelmente previsível, do ex-presidente Lula no dia 24 de janeiro.

O mais provável – resta sempre a esperança em algum nível de lucidez dos seres humanos – é que comece ali a experiência, inédita no Brasil, de uma eleição onde o conservadorismo pretende contar a possibilidade de uma disputa interna da direita, apenas.

Geraldo Alckmin, Rodrigo Maia, Henrique Meirelles e Marina Silva, entre si, crêem que travariam um “jogo de compadres”, deixando que a mídia e a falta de tempo de televisão mantenham Jair Bolsonaro no patamar entre 15 e 20% do qual não se vislumbra possa sair.

MBL e terraplanistas: o que têm em comum?

Por Guilherme Coutinho, no blog Socialista Morena:

Os terraplanistas, aquele grupo bizarro que acredita que a Terra é plana, e o MBL, aquele grupo que defende a reforma trabalhista sem nunca ter trabalhado, têm muitas coisas em comum. Ambos propagam ideias medievais, desafiam a lógica e, por incrível que pareça, possuem um crescente número de seguidores nas redes sociais. Mas existe uma outra semelhança peculiar: os dois movimentos costumam usar o termo “globalista” para, por motivos diferentes, denominar seus contraditores. Enquanto que para os terraplanistas o termo remete ao grupo que “insiste em acreditar” que a Terra possui formato esférico, para a turma de Kim Kataguiri, globalista se refere à agenda da Rede Globo –para eles, uma emissora comunista. Difícil eleger quem está mais fora de órbita.

Feliz 2018, ano em que o bicho vai pegar

Por Bepe Damasco, em seu blog:

2017 marcou a aceleração do roubo dos direitos do povo pela quadrilha que ocupa o governo da República e a entrega das riquezas estratégicas da nação aos capitalistas estrangeiros.

Contudo, o ano termina com os golpistas encurralados numa autêntica "sinuca de bico". É que a aliança mafiosa entre o capital, as instituições do Estado e o cartel da mídia, protagonista do planejamento e da execução da ruptura da ordem constitucional, fecha o ano fazendo água por todos os lados.

Oma Tünes e o fim de feira de Temer

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

O que tem a ver minha avó materna alemã com os melancólicos últimos dias do ano do presidente Temer num cenário de fim de feira?

Tudo começou com um vídeo do começo dos anos 60 do século passado que o escriba amigo Humberto Werneck me mandou junto com os votos de feliz ano novo.

Mostra cenas do patético aniversário de 90 anos de uma aristocrática senhora alemã em sua mansão, na companhia apenas do mordomo, também um ancião.

EBC e a fake news de Alckmin

Freixo deveria pedir desculpas ao PSoL

Reprodução: Facebook
Por Renato Rovai, em seu blog:

Freixo deu ontem uma entrevista para a Folha de S. Paulo que bombou nas redes. E o prato principal da polêmica foi a frase: “A gente vive um momento de reconstrução: qual esquerda a sociedade vai enxergar? Porque precisa enxergar o diferente. Não sei se esse é o momento de unificar todo mundo, não”. Os mais petistas vão me odiar, mas tendo a concordar com Freixo neste aspecto, em especial se Lula for candidato.

O golpe do satélite e a conta do cidadão

Arte: Ninja
Por Margarida Salomão, no site Mídia Ninja:


Primeiro satélite produzido integralmente com tecnologia nacional, o SGDC havia sido previsto para a implementação do Plano Nacional de Banda Larga. Contudo, uma vez nas mãos daqueles que hoje dirigem o país, quase teve sua capacidade de tráfego de dados vendida às todo-poderosas teles – servindo, portanto, não ao interesse público, mas prioritariamente à realização de
lucro. Tal disposição fez água quando nenhum candidato se apresentou para o processo licitatório.

2018 começará com cortes no orçamento

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Nesta hora de tantas previsões sobre 2018, uma coisa é certa: Temer e Meirelles vão impor novos sacrifícios à população, pela razão elementar de que não fizeram ajuste fiscal algum ao longo de 2017. A meta era um déficit de 159 bilhões mas ela já foi para o beleléu porque praticamente todas as medidas que poderiam garantir seu cumprimento deixaram de ser aprovadas pelo Congresso. O governo festejou a ligeira melhora fiscal em novembro, por conta dos leilões de outubro na área do petróleo e do início da vigência do Refis. Mas foi uma arrecadação sazonal, que não terá continuidade nem se projetará em 2018. E assim, preparamo-nos para as tesouradas que a equipe econômica aplicará no orçamento do novo ano, e que certamente atingirão os investimentos programados, já escassos, além de setores já muito castigados pelo teto dos gastos, como Saúde, Seguridade Social e Ciência e Tecnologia.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Os dez piores acontecimentos de 2017

Por João Pedro Stédile, no site Sul-21:

A cada final de ano sempre se costuma fazer o balanço de avanços e atrasos na vida do povo. Mas neste 2017, cheio de acontecimentos memoráveis, está muito difícil selecionar.

Sendo assim, sugiro que você também faça sua lista! Veja a minha lista, a ordem não importa muito…

10 – Paralisação da reforma agrária e das políticas públicas para a agricultura familiar e camponesa, com fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), sucateamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a liberação de mais sementes transgênicas e mais agrotóxicos para envenenar nossos alimentos. Soma-se a isso, o projeto de vender nossas terras ao capital estrangeiro.

A chantagem de Temer e os governadores

Editorial do site Vermelho:

"O governo espera que aqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência."

Estas palavras do ministro da Articulação Política, Carlos Marun (PMDB-MS), revelam que, no balcão de negócios costumeiro para obter apoio parlamentar, o governo golpista de Michel Temer ultrapassou os limites do escárnio. Agora usa a chantagem para forçar governadores a usar sua influência para convencer deputados federais a apoiarem a reacionária contra reforma da Previdência, cuja votação está prevista para ocorrer na Câmara dos Deputados em fevereiro próximo.

Furgões da 'Folha' voltam a cruzar as ruas

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

“O cacique petista se põe acima da lei; no desespero, aposta no descrédito da Justiça e da própria legitimidade do processo eleitoral”, diz a Folha, em editorial, ele sim desesperado.

A Folha mergulhou tão fundo no golpe de Estado de 2016, um golpe que ela não quer chamar de golpe, assim como tentou chamar a ditadura de “ditabranda”, que agora não sabe como sair dele. Nem consegue enxergar mais nada à sua volta.

Desorientada, a Folha se dispõe novamente (como fez na ditadura) a emprestar seus forgões ao regime de exceção, um regime desta vez não liderado por militares, mas por bandidos de toga.