Por Diogo Cunha, no site Carta Maior:
A ordem de prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula encerra mais um capítulo – que certamente não será o último – da crise que o Brasil atravessa desde 2013. Em entrevista ao Valor Econômico, publicada no dia 2 de março passado, Wanderley Guilherme dos Santos disse que nunca se deparou com uma crise igual a que se está vivendo hoje no Brasil: “Há uma desestruturação tão grande no sistema político, uma multiplicação de centros autônomos que, todavia, não podem ser domesticados, ou enquadrados”. O decano da Ciência Política brasileira ainda comparou a atual situação brasileira a uma tragédia grega: “Na tragédia grega todos os atores agem sabendo que não vão escapar ao destino, não importa o que façam. Todos que estão, hoje, no processo político brasileiro, com as posturas que estão tendo, sabem que o que desejam não vai acontecer. Só
que não podem agir de outro jeito”. Toda crise marca uma ruptura e a manifestação de conflitos latentes na coletividade; toda crise traz consigo fenômenos que se exprimem por meio de paroxismos emocionais e irracionais. Um dos componentes mais assustadores e graves da crise brasileira que ora atravessamos é a irrupção do ódio no espaço público.
A ordem de prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula encerra mais um capítulo – que certamente não será o último – da crise que o Brasil atravessa desde 2013. Em entrevista ao Valor Econômico, publicada no dia 2 de março passado, Wanderley Guilherme dos Santos disse que nunca se deparou com uma crise igual a que se está vivendo hoje no Brasil: “Há uma desestruturação tão grande no sistema político, uma multiplicação de centros autônomos que, todavia, não podem ser domesticados, ou enquadrados”. O decano da Ciência Política brasileira ainda comparou a atual situação brasileira a uma tragédia grega: “Na tragédia grega todos os atores agem sabendo que não vão escapar ao destino, não importa o que façam. Todos que estão, hoje, no processo político brasileiro, com as posturas que estão tendo, sabem que o que desejam não vai acontecer. Só
que não podem agir de outro jeito”. Toda crise marca uma ruptura e a manifestação de conflitos latentes na coletividade; toda crise traz consigo fenômenos que se exprimem por meio de paroxismos emocionais e irracionais. Um dos componentes mais assustadores e graves da crise brasileira que ora atravessamos é a irrupção do ódio no espaço público.