domingo, 14 de julho de 2019

A diversidade cultural sob ataque

Dinheirama garantiu golpe da Previdência

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A derrota dos trabalhadores e da maioria da população no primeiro turno de votação da Reforma da Previdência ajuda a lembrar uma velha verdade das disputas políticas. 

Muitas vezes, mais grave do que sofrer uma derrota é não compreender suas causas, lição especialmente importante quando o país aguarda por três votações a partir de agosto.

A tentativa de apresentar um resultado ruinoso como derrota política dos partidos e lideranças que fazem oposição ao governo Jair Bolsonaro e colheram um resultado insuficiente para impedir a passagem de um projeto 100% nefasto, não passa de um esforço lamentável para esconder a natureza da decisão.

Greenwald enfrenta o ódio bolsonarista

Do blog Viomundo:

O jornalista Glenn Greenwald, editor do Intercept Brasil, participou na noite dessa sexta-feira,12/7, da Flipei (Feira Literária Pirata das Editoras Independentes), casa parceira da Flip, em Parati (RJ).

Foi um dos debatedores da mesa ‘Os Desafios do Jornalismo em Tempos de Lava Jato’.

Um grupo de bolsonaristas se concentrou nos arredores, prometendo impedir Greenwald de falar sobre a VazaJato e o ex-juiz e agora ministro de Bolsonaro Sergio Moro.

“Paraty não será um antro comunista”, diziam.

‘O que ele faz não é jornalismo’, afirmou a advogada Adriana Balthazar, 50, líder do movimento Vem Pra Rua, que convocou os protestos.

Derrotas do governo na PEC da previdência

Por Jeferson Miola, em seu blog:                   

Editoriais e colunas de opinião da imprensa ultraliberal produzem a narrativa - questionável - de que a oposição parlamentar e, sobretudo, a resistência popular nas ruas, sofreu uma goleada na votação da previdência.

Numericamente, o placar da votação autoriza falar-se de goleada de 379 contra 131. Na vida real, contudo, o conteúdo aprovado não autoriza essa interpretação tão ufanista pró-governo.

O toma-lá-dá-cá com a liberação de emendas do orçamento falou muito alto. Noticiou-se a circulação de mais de 2 bilhões de reais nessa transação “comercial”, nada republicana, de compra de votos parlamentares no atacado. A chamada “nova política”.

Por trás da tela: a violência de gênero na TV

Do site Mídia Ninja:

O drama de Jandira, personagem de Brenda Sabryna em ‘Topíssima’, chegou ao fim nessa semana. A jovem, que se submeteu a um aborto em uma clínica clandestina, morreu durante o procedimento. A trama reacende a discussão sobre a violência de gênero na TV e em séries televisivas.

A partir do episódio dessa quarta, que mostra o extremo de situações vividas pelas mulheres, separamos mais cinco séries protagonizadas por mulheres e convidamos você a questionar e repensar a violência de gênero em suas diversas formas.

Uma das razões pelas quais a violência contra as mulheres começa a fazer parte dos enredos de séries pode ser o aumento do peso dos papéis femininos nas histórias, mas também o estímulo causado pelo protagonismo do movimento feminista nos últimos anos.

Dallagnol queria lucrar com fama da Lava-Jato

Da Rede Brasil Atual:

Mensagens divulgadas neste domingo (14) em reportagem conjunta do jornal Folha de S. Paulo com o site The Intercept Brasil mostram que o procurador da República e coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol montou um plano de negócios que envolvia eventos e palestras para poder lucrar financeiramente com a fama obtida por meio da operação.

De acordo com a reportagem, a ideia de criar uma empresa que pudesse aproveitar a notoriedade obtida com a Lava Jato foi explicitada por Deltan em dezembro de 2018 em diálogo com sua mulher. Ainda no mesmo mês, ele e outro integrante da força-tarefa, o procurador Roberson Pozzobon, criaram um grupo de mensagens destinado a discutir o tema, com a participação de suas esposas.

Moradores de rua enfrentam frio e rapa em SP

"Vamos lucrar", prega o pastor Dallagnol

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Os novos diálogos da Lava Jato revelados pelo Intercept em parceria com a Folha escancaram a procuradoria da prosperidade de Deltan Dallagnol.

O chefe da “força tarefa”, o menino das bochechas rosadas, media whore, montou um esquema para faturar com a fama amealhada na “luta contra a corrupção”.

Como qualquer ator de “Chiquititas”, estava mais interessado em aparecer do que em trabalhar.

Palestras, formatura, baile de debutante - qualquer coisa servia.

Discutiu criar empresa sem ser sócio.

Bolsonaro é o presidente do baixo clero

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

Jair Bolsonaro segue em campanha. Em vez de governar, gasta tuítes, entrevistas e compromissos públicos para repetir o mesmo discurso que faz desde que virou candidato à Presidência: ataques à esquerda, pregação de ódio e reprodução rasteira de fake news. Suas declarações já não chocam como outrora, mas não se encaixam nem minimamente na dignidade esperada de um chefe de Estado. E muitos de seus subordinados trilham o mesmo caminho, quando não protagonizam escândalos, como Sérgio Moro e o ministro do laranjal.

sábado, 13 de julho de 2019

Moro acionou os fascistas na Flip de Paraty

Por Altamiro Borges

As hordas bolsonaristas estão cada dia mais hidrófobas e agressivas. Gozando de total impunidade, em breve elas poderão cometer atos de violência ainda mais trágicos. Na noite desta sexta-feira (12), a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, presenciou tristes momentos dessa hostilidade fascista. Aos gritos de “gringo de merda”, os fanáticos seguidores do "capetão" Jair Bolsonaro e do "herói" Sergio Moro tentaram impedir uma palestra do jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, sobre os crimes da midiática Lava-Jato.

Brasil nunca esteve tão mal no exterior

Influência da CIA não é teoria conspiratória

Público e privado no desenvolvimento do país

Editorial do site Vermelho:

Em meio ao festival de ataques aos direitos do povo e aos interesses do país pelo espectro bolsonarista, começam a surgir importantes iniciativas de resistência democrática e patriótica. É o caso das frentes parlamentares de defesa dos bancos públicos e dos Correios, assim como iniciativas de denúncias sobre as políticas privatistas que pretendem destruir a Petrobras, que já reverberam na população.

O Brasil sem Paulo Henrique Amorim

Previdência e os efeitos negativos no PIB

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Pela 19ª vez consecutiva, o Boletim Focus - síntese das expectativas de mercado - reduziu a expectativa de crescimento do PIB de 2019. Com mais da metade do ano já tendo passado, espera-se agora que o país cresça 0,82% neste ano de 2019.

A consecutiva redução das expectativas de crescimento de 2019 e a inação do governo em realizar medidas que mudem este quadro podem ser agravadas com a aprovação da reforma da Previdência: estudo de pesquisadores da UFMG, entre elas Débora Freire, mostram que no curto prazo e no longo prazo, se o investimento não aumentar muito após a reforma, ela deve ter um impacto negativo no nosso PIB, justamente pela retirada de poder de compra da população. Segundo a pesquisadora, "a expectativa de que apenas a reforma da Previdência ampliará a confiança dos agentes privados a ponto de gerar incremento relevante no investimento é arriscada."

Previdência: as entranhas do bolsonarismo

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

A enorme facilidade com que a coalizão governista aprovou, na quarta-feira, o texto-base da Contrarreforma da Previdência, desfez-se desde ontem. Na votação de destaques – propostas que, apresentadas por bancadas partidárias, alteram o texto inicial –, as bancadas bolsonarista, do Centrão e de fundamentalistas do mercado desorganizaram-se, dividiram-se em alguns casos e sofreram derrotas com que não contavam. O deputado Rodrigo Maia, que havia previsto encerrar a primeira rodada de votações ontem (11/7) e fazer o segundo turno hoje (12), agora já não tem sequer a certeza de que a tramitação, naquela casa, se encerrará este semestre. Dois fatores concorrem para tornar mais difícil o trabalho dos governistas: o temor (ainda presente) de eliminar direitos; e a cobrança, pelos deputados, das benesses inéditas (dinheiro e cargos públicos) prometidas pelo Palácio do Planalto – a despeito do discurso sobre “nova política”.

A quem interessa aumentar a desigualdade?

Por Thomas Piketty, Marc Morgan, Amory Gethin e Pedro Paulo Zahluth Bastos, no site da Fundação Maurício Grabois:

O Brasil discute uma reforma da previdência que tende a aumentar desigualdades, embora sua propaganda aluda ao combate de privilégios. O país também se prepara para debater uma reforma tributária de modo independente da previdência. Se a redução das desigualdades fosse finalidade das reformas, as mudanças na previdência deveriam ser outras. E ambas as reformas deveriam ser debatidas conjuntamente.

A reforma da previdência proposta aumenta muito a desigualdade de acesso à aposentadoria. Muitos brasileiros pobres começam a trabalhar muito cedo, mas não conseguem contribuir pelos 20 anos exigidos para obter a aposentadoria parcial, para não falar dos 40 anos para a aposentadoria integral.

Hospício Brasil: chapeiro vira embaixador

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

É muita loucura junta pra minha cabeça.

Já disse aqui outras vezes que o problema do Brasil não é político nem ideológico, é psiquiátrico.

O bolsonarismo demente está deixando todo mundo maluco e já não se sabe mais quem é médico ou paciente neste grande hospício chamado Brasil. Embolou geral.

As últimas ações do governo estão desmoralizando as fake news: é tudo verdade. Ninguém é capaz de inventar tanta insanidade.

Para ser embaixador agora basta ser chapeiro de hambúrguer, saber falar inglês e ser amigo da família Trump, além de filho do presidente, é claro.

Cartel da mídia é um câncer metastático

Por Bepe Damasco, em seu blog:

“E daí, que novidade há no título deste artigo? Até aí morreu o Neves.” Estou ciente da reação justa e previsível entre os que me dão a satisfação da leitura. Contudo, numa semana de perdas tão significativas – a do bravo mestre Paulo Henrique Amorim e da aposentadoria do povo brasileiro -, é impossível, para mim, conter a sensação de revolta diante do estrago em larga escala causado pela mídia oligopolizada do país.

Maia e a pressa de se mostrar poderoso

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sigo divergindo das análises que apontam o fortalecimento de Rodrigo Maia após o processo – inconcluso ainda e problemático cada vez mais – da reforma previdenciária.

Alguns, como Eliane Cantanhêde, chegam ao delírio de dizer que ele “segue o caminho de Ulysses Guimarães“.

Os sinais de que Jair Bolsonaro vai se sentindo forte para exercer o poder com menos amarras se multiplicam.